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Norma de acessibilidade digital completa um ano sem muito a comemorar

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Por Valmir de Souza (*)

A famosa regra de ouro do comportamento humano preconiza a máxima de que tudo aquilo que desejamos para nós, devemos fazer também aos outros. Este conceito pode, ainda, ser entendido pela necessidade de se colocar no lugar do outro para entender seus problemas e assim desenvolver empatia. Diante deste contexto, o mês de outubro oferece a oportunidade para uma reflexão sobre a situação de pessoas que, por exemplo, precisam apertar a tecla ‘tab’ mais de 50 vezes simplesmente para conseguir chegar a um link disponibilizado no meio da página de um site qualquer. Este é apenas um dos vários obstáculos enfrentados todos os dias por grande parte dos mais de 18 milhões de pessoas com deficiência, quando querem navegar na internet ou usar um aplicativo de celular no Brasil.

Neste mês de outubro, completou-se um ano desde a implantação da Norma Brasileira ABNT NBR 17060, cujo objetivo é justamente o de orientar a sociedade como um todo – e aos desenvolvedores de sites e aplicativos para smartphones em especial – a não construir estes ambientes virtuais sem dar as alternativas corretas para que este tipo de sofrimento ao alcançar o link, assim como outros, deixem de existir.

Criado pelo Comitê Brasileiro de Acessibilidade, por meio de sua Comissão de Estudo de Acessibilidade para a inclusão digital, com a participação do Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br) e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), o documento estabelece 54 requisitos distribuídos em temas como “percepção e compreensão”, “controle e interação”, “mídia” e “codificação”.

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Apesar de não existirem estudos atuais consistentes a respeito do tema e do reconhecimento de que se trata indiscutivelmente de um avanço no sentido da conscientização, é possível afirmar que nestes primeiros 12 meses de vigência a norma não foi suficiente para produzir resultados práticos em termos de uma oferta de recursos mais inclusivos nos sites e apps usados no país.
Basta uma navegação mais atenciosa para notar que são poucos os ambientes que, por exemplo, oferecem textos alternativos às imagens, usam corretamente níveis de cabeçalho ou fornecem formas mais práticas de saltar conteúdos.

Alguns estudos feitos no ano passado, quando a norma ainda não existia, mostraram o tamanho do desafio que precisa ser vencido.

Um deles, da TIC Web Acessibilidade / Ceweb.br, mostrou que somente 0,7% dos portais e páginas sob o domínio gov.br (usados por órgãos governamentais federais, estaduais e municipais, e, portanto, que deveriam dar os melhores exemplos) eram plenamente acessíveis.

Por sua vez, a pesquisa BigDataCorp / Movimento Web Para Todos constatou que apenas 0,46% dos 21 milhões de websites do País estavam livres de barreiras para pessoas com deficiência.
É um quadro assustador, principalmente levando em consideração a dependência cada vez maior que as pessoas têm do uso de dispositivos digitais para realizar as mais prosaicas tarefas do dia a dia.
Se os bancos, os órgãos públicos, as farmácias e as empresas de todos os setores da economia buscam todos os dias acelerar a digitalização na oferta de seus produtos e serviços, com este nível de acessibilidade digital é possível afirmar que, ao mesmo tempo, o que se está acelerando na mesma proporção é a exclusão de uma parcela significativamente considerável de brasileiros destes ditos avanços na qualidade de vida.

Em outubro do ano passado a ABNT NBR 17060 mostrou o caminho para a inclusão.
Que daqui em diante surjam outros dispositivos capazes de sensibilizar pelo amor, ou pela dor (no bolso), todos os que podem fazer alguma coisa prática para que a acessibilidade digital saia do papel e esteja definitivamente nos aplicativos e sites.

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* Valmir de Souza é COO da Biomob, startup especializada em soluções de acessibilidade e consultoria para projetos sociais

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Planejamento e realização de investimentos podem maximizar o valor de aposentadorias

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De acordo com João Adolfo de Souza, especialista em finanças, com as estratégias certas, é possível seguir prosperando mesmo na terceira idade

A aposentadoria é uma fase que muitos aguardam com ansiedade, vendo-a como uma oportunidade para relaxar e aproveitar os frutos de décadas de trabalho duro. No entanto, a realidade financeira de muitos aposentados pode ser menos confortável do que esperavam ou idealizavam. Mas existem maneiras eficazes de aumentar o valor do benefício, garantindo um estilo de vida mais confortável e seguro. 

Planejamento estratégico

De acordo com João Adolfo de Souza, CEO e fundador da João Financeira e especialista em finanças, o primeiro passo para garantir uma aposentadoria mais robusta é o planejamento. “Muitos benefícios previdenciários são calculados com base nos últimos salários antes da aposentadoria, o que significa que aumentar a renda nos anos finais de trabalho pode ter um impacto significativo no valor do benefício”, revela.

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Para os autônomos, onde o emprego atual não contribui suficientemente para a previdência, considerar contribuições voluntárias pode ser uma boa escolha. “A previdência privada, por exemplo, irá aumentar o montante que esses cidadãos receberão após o momento de suas aposentadorias”, pontua.

Muitos aposentados desconhecem que podem receber menos do que o devido. “Revisar os benefícios com a ajuda de um especialista em finanças pode revelar erros ou omissões que, uma vez corrigidos, podem aumentar significativamente o valor da aposentadoria”, declara João.

Vale lembrar que a legislação pode mudar e novos direitos podem ser estabelecidos para categorias específicas de aposentados. Manter-se atualizado sobre essas mudanças ou buscar aconselhamento jurídico é crucial para aproveitar esses ajustes.

Investimentos inteligentes

O especialista acredita que a aposentadoria é um excelente momento para investir, especialmente para aqueles que acumularam uma poupança ao longo dos anos. “Investir em opções de baixo risco e boa rentabilidade pode complementar a renda mensal de um aposentado, facilitando a manutenção de um bom padrão de vida. A diversificação desses investimentos é um movimento essencial para reduzir riscos e aumentar o retorno potencial”, relata.

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João alerta que entrar na aposentadoria com o mínimo de dívidas possível é essencial para maximizar os benefícios. “É preciso planejar o pagamento de dívidas bem antes de se aposentar, considerando maneiras de consolidar esses débitos e reduzir as taxas de juros”, pontua.

Aumentar o valor da aposentadoria é uma combinação de planejamento cuidadoso, investimentos estratégicos e uma vigilância constante sobre os próprios direitos e benefícios. “Com as estratégias certas, é possível não apenas sobreviver, mas prosperar durante os anos de aposentadoria. Aproveitar ao máximo essa nova fase da vida depende de decisões tomadas hoje. Portanto, quanto antes começar a planejar, melhor”, finaliza.

Sobre a João Financeira

João Adolfo de Souza é administrador de empresas e atua há quase 20 anos no ramo de finanças. Com mais de 6 milhões de seguidores nas redes sociais, João luta pelos direitos dos aposentados e pensionistas, os ajudando a se libertar das dívidas e a garantir melhorias nos seus benefícios, aprimorando a qualidade de vida dessas pessoas. Atualmente, é CEO e fundador da João Financeira. Para mais informações, acesse o canal no Youtube ou o Instagram.

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Resiliência e Renovação: A Atuação Crucial de ONGs em Desastres Naturais

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Lideranças fortes e organizações estruturadas ajudam a transformar calamidades em recuperação

As enchentes devastadoras que atingiram o Rio Grande do Sul recentemente trouxeram à tona a importância vital de organizações não governamentais bem consolidadas na gestão de crises. O Instituto Macedônia, com mais de 40 anos de experiência em assistência social, tem sido fundamental na resposta a esse desastre natural, demonstrando o impacto significativo que uma instituição estruturada pode ter em situações de emergência.

Sob a liderança de Tatiana Souza, que tem uma longa trajetória como educadora, assessora parlamentar e assistente social, o Instituto Macedônia conseguiu mobilizar rapidamente recursos e voluntários para atender às necessidades urgentes das comunidades afetadas. A capacidade do instituto de agir prontamente, combinada com sua infraestrutura robusta e parcerias estabelecidas, como com a Secretaria Municipal de Educação, tem facilitado a coordenação e ampliado o alcance de suas ações de auxílio.

Tatiana Souza destaca a eficiência da organização em tempos de crise. “A estrutura que construímos ao longo dos anos nos permite não apenas responder rapidamente, mas também fazer isso de maneira eficaz. Estamos comprometidos em usar nossa experiência para atender às necessidades imediatas e ajudar na reconstrução das vidas das pessoas afetadas,” afirma ela.

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Além do atendimento presencial, o Instituto Macedônia também oferece suporte virtual para os afetados nas áreas mais remotas. “Para aqueles que estão no Rio Grande do Sul e precisam de assistência, nossa equipe está pronta para prestar atendimento virtual, oferecendo orientação e apoio psicológico, além de coordenar a logística de envio de doações,” explica Tatiana.

Para quem deseja ajudar, há várias formas de contribuir. Tatiana sugere: “Doações financeiras são extremamente úteis, pois nos permitem comprar exatamente o que é mais necessário no momento. Além disso, estamos sempre em busca de voluntários que possam ajudar, seja fisicamente ou através de suporte remoto. Juntos, podemos fazer uma diferença significativa.”

Esta atuação do Instituto Macedônia ilustra como o empreendedorismo social é essencial na resposta a crises. A experiência e a estrutura dessas instituições não apenas garantem uma resposta rápida, mas também um planejamento eficaz para a recuperação a longo prazo das áreas afetadas. Em um mundo onde desastres naturais são cada vez mais frequentes, o impacto positivo que o engajamento comunitário e o empreendedorismo social podem ter na sociedade é um lembrete poderoso do poder da resiliência humana.

Sobre o Instituto Macedônia

Fundado em 1985, o Instituto Macedônia é uma organização sem fins lucrativos com sede em São Paulo, dedicada a promover o autodesenvolvimento, a educação e a cidadania de crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade social. Com mais de 40 anos de atuação, o instituto cresceu significativamente sob a liderança de Tatiana Souza, expandindo seus serviços de três para quinze, em parceria com a prefeitura local. O Instituto Macedônia é reconhecido por sua abordagem inclusiva e por fomentar a união popular, o empoderamento individual, a educação integral e a dignidade humana. A organização é um farol de esperança para a comunidade, transformando vidas através de uma vasta gama de serviços e programas que incluem suporte a idosos, mulheres e crianças, além de projetos focados em meio ambiente e empreendedorismo.

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Sobre Tatiana Souza

Tatiana Souza é empresária e presidente do Instituto Macedônia, onde começou sua jornada como educadora. Com um vasto histórico profissional que inclui assessoria parlamentar e assistência social, Tatiana tem sido uma peça fundamental na expansão e no impacto contínuo do Instituto. Sob sua liderança, o Instituto Macedônia fortaleceu sua infraestrutura e expandiu suas operações, aumentando significativamente o alcance de seus programas de assistência. Tatiana é conhecida por sua dedicação  à justiça social e seu compromisso com a melhoria da qualidade de vida das pessoas em situação de vulnerabilidade. Através de sua liderança  , ela continua a inspirar uma equipe de mais de 200 colaboradores dedicados a fazer a diferença na comunidade.

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Startup Recicli quer captar R$1,25 milhão para aumentar equipe e modernizar estrutura de unidade de destinação de resíduos eletrônicos

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Investimento está sendo buscado por meio da plataforma de equity crowdfunding Captable

A RECICLI, startup que atua na reciclagem de resíduos eletroeletrônicos (REEE), está em rodada de investimento no valor de R$1.250.000,00. O recurso está sendo captado por meio da plataforma de equity crowdfunding Captable e o investimento mínimo é de R$1 mil. A campanha pode ser acessada aqui.

A RECICLI utilizará o montante para a fixação da sua equipe e contratação de novos profissionais para atuar no desenvolvimento tecnológico da sua tecnologia. As operações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação se concentram hoje em Belo Horizonte. A startup buscará também a ampliação da sua estrutura empresarial (marketing, administração, comercial, TI e segurança digital) nos escritórios de Aracaju, Salvador e Belo Horizonte.

“Esse valor captado como investimento anjo representará um grande avanço para a modernização das nossas operações. Sabemos que esta conquista é parte do nosso amadurecimento como empresa, e que esse passo pode gerar um fluxo muito promissor, com novos investimentos, que nos permitirão chegar ainda mais longe”, destaca Paulo Pietrobon, CPO (Chief Project Officer) e um dos sócios da startup.

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A modernização da operação prevê a implantação de uma nova linha de produção, com máquinas e equipamentos especiais, estrutura de armazenamento e etapas bem definidas para aumentar a eficiência do pré-processamento dos materiais. O objetivo é que a nova estrutura esteja pronta no mês de maio. Até agora, a manufatura reversa (pré-processamento) já permitiu a destinação adequada de 30 toneladas de equipamentos em três anos.

O plano de investimento também engloba a estruturação da REEETurn, startup criada e controlada pela RECICLI para centralizar suas operações de logística reversa e pré-processamento de resíduos eletrônicos. Para esta finalidade, está em fase final de validação uma plataforma digital que visa garantir o fluxo contínuo dos resíduos eletrônicos para a usina de reciclagem. Além da plataforma digital, a REEETurn promoverá melhorias na infraestrutura do seu galpão de armazenamento e pré-processamento, onde a desmontagem, separação e destinação dos resíduos eletrônicos passarão a contar com processos digitalizados, mecanização de etapas e ferramental mais moderno para elevação da produtividade.

O aporte de R$1,25 milhão faz parte da estratégia da empresa para ampliar a sua capacidade operacional. A startup quer abrir inicialmente três unidades de pré-processamento nas cidades de Belo Horizonte, Salvador e Aracaju, além de uma usina para o processamento de resíduos eletrônicos com pelo menos 40 colaboradores, em Belo Horizonte. A RECICLI tem como meta o processamento de 4,5 mil toneladas de resíduos eletrônicos por ano. O objetivo é que, com o aprimoramento da tecnologia, essa capacidade de processamento dobre a cada dois anos, e que novas unidades também sejam construídas. Para isso, em paralelo à rodada de investimento em andamento, a startup já mira uma nova captação, de R$20 milhões, em sua primeira rodada de Venture Capital, a fim de financiar a expansão da estrutura e das operações.

Até agora, a startup fundada em 2017 foi auto-financiada pelos seus sócios (bootstrap) e obteve também um pequeno investimento FF (Friends and Family) em abril de 2022. Desde agosto de 2022, os custos com operações e crescimento foram alcançados com projetos de desenvolvimento tecnológico, financiados por corporações transnacionais parceiras.

Sobre a RECICLI

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A RECICLI faz a recuperação de metais nobres a partir de resíduos industriais complexos, com tecnologia própria e patenteada. Para escalar a sua cadeia de suprimento, a RECICLI criou uma nova startup (controlada por ela) para centralizar a logística reversa de eletrônicos: o que inclui as suas centrais de pré-processamento e uma plataforma digital para facilitar a sua conexão com pessoas físicas e jurídicas que queiram descartar seus resíduos eletrônicos. Além da sua atual estrutura de atuação direcionada à cadeia de resíduos eletroeletrônicos (REEE), a RECICLI conta com uma equipe técnica que tem adaptado sua tecnologia para outras cadeias industriais. Novas versões da sua tecnologia hoje apresentam excelentes resultados na reciclagem de baterias de carros elétricos, além da reciclagem de escória siderúrgica e de rejeito da mineração. A RECICLI foi incubada no Parque Tecnológico de Sergipe (SergipeTec), acelerada em duas rodadas pelo FIEMG Lab 4.0, e foi reconhecida em premiações como o Stellantis Venture Awards (Global Prize) 2023, o 100 Open Startups em 2023 (entre as 5 melhores startups de inovação para indústrias) e em 2022 (entre as 10 melhores startups de saneamento), e além disso, foi selecionada entre as 10 startups do Demo Day Braskem Labs 2022 e foi destaque no SEBRAE StartUp Nordeste 2022/2023 e Open Mind Academy edição 2023.

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