Ferramenta fundamental para tratamentos personalizados
Um novo método para bioimprimir organoides tumorais em miniatura foi desenvolvido por cientistas do UCLA Jonsson Comprehensive Cancer Center. O método permitirá aos pesquisadores estudar e analisar organoides individuais em grande detalhe, o que pode ajudar a identificar tratamentos personalizados para indivíduos com cânceres raros ou difíceis de tratar. A equipe de pesquisa relatou seus desenvolvimentos na Nature Communications.
A triagem de drogas de alto rendimento é uma abordagem estabelecida para investigar a biologia do tumor e identificar pistas terapêuticas, escreveram os autores. As plataformas tradicionais usam culturas bidimensionais, mas não refletem com precisão a biologia dos tumores humanos. Em contrapartida, os organoides tumorais tridimensionais (3D) são modelos promissores para medicina de precisão que podem ser estabelecidos de forma rápida e eficaz a partir de uma variedade de linhagens celulares e fontes de tecidos primários, do próprio indivíduo, que podem reproduzir, com maior precisão, a resposta de um paciente à terapia.
Esses tumores miniaturizados, chamados de organoides, cultivados em laboratório usando linhagens de células ou células dos próprios pacientes que possibilitam uma maior compreensão sobre a biologia e doenças humanas. Ao recriar tumores de pacientes, os pesquisadores podem testar diferentes drogas para ver se a resposta do tumor será significativa ou não ao tratamento proposto. Podendo ser uma ferramenta que auxilia os médicos na escolha da melhor terapia para seus pacientes.
Advertisement
Os organoides tumorais tornaram-se ferramentas fundamentais para investigar a biologia do tumor e destacar as sensibilidades aos medicamentos específicos para cada paciente. Embora esses minitumores tenham ajudado a melhorar a modelagem de medicamentos e estejam se tornando ferramentas essenciais para testar a eficácia e a segurança de medicamentos em potencial, ainda é um desafio para os modelos atuais capturar a heterogeneidade presente no tumor, que geralmente leva à resistência observada à terapia. Uma das principais limitações dessa abordagem é que os métodos atuais não conseguem capturar alterações ou diferenças nas amostras de organoides que podem ser responsáveis pela resistência à terapia observada em ambientes clínicos.
Para superar esses desafios, a equipe de pesquisadores criou um método que usa uma técnica de bioimpressão para imprimir células em uma fina camada de proteínas extracelulares de suporte para dar origem a minitumores 3D sem alterar a histologia do tecido e as expressões gênicas. Com isso, a bioimpressão está ganhando força rapidamente na biologia do câncer.
Como os organoides podem ser produzidos a partir das células de um ser humano específico, eles também podem ajudar a testar um medicamento ou tratamento nas células de um paciente. Os organoides específicos de órgãos podem abrir um caminho ainda mais rápido para a medicina personalizada. Isso permite que drogas sejam testadas para cada indivíduo, como remédios personalizados para o câncer.
Basicamente, organoides são modelos que permitem aos cientistas estudar como diferentes células interagem entre si quando em uma determinada estrutura, além de fornecer evidências dos eventos específicos envolvidos no desenvolvimento dos tecidos, que não são possíveis de serem observados in vivo. A tecnologia dos organoides passou a ser utilizada como um grande avanço na pesquisa do câncer ao permitir que sejam coletadas pequenas amostras de tumores, cujo crescimento é estimulado em laboratório e posteriormente um teste é aplicado para verificar o efeito de medicamentos em amostras de pacientes com câncer.
No Brasil, os investimentos da Invitrocue Brasil na tecnologia de organoides foram fundamentais para a introdução do Teste Onco-PDO no país. O cultivo celular tridimensional que melhor reflete in vitro as condições observadas in vivo do seu tumor de origem. A tecnologia do teste inovador permite recriar em um ambiente controlado organoides a partir das células do tumor do paciente que foram retiradas por biópsias ou durante cirurgia. Esses organoides derivados do paciente são nutridos, crescem e se auto-organizam em laboratório de forma similar àquela observada no organismo. Ao expor os PDOs a diferentes tratamentos, é possível avaliar quais terapias induziram a morte das células cancerosas, fornecendo dados para que os médicos oncologistas possam ter uma melhor compreensão da resposta do tumor e assim traçar um plano terapêutico mais assertivo, ou seja, um tratamento personalizado.
Advertisement
O Teste Onco-PDO leva em conta que cada paciente é único, e isso ajuda o médico a traçar a melhor escolha para aquele paciente específico. Alguns tumores mostram-se resistentes a certos medicamentos e saber previamente as respostas das células tumorais do paciente para os diferentes tratamentos em laboratório contribui para a tomada de decisão dos médicos oncologistas.
Disponível no Brasil para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário, o Teste Onco-PDO permite que o médico escolha 8 de 60 drogas para teste e o resultado demonstrará como as células responderam em laboratório, sendo uma ferramenta de alto valor para o médico oncologista. O relatório, gerado em até 21 dias, fornece informações de como os organoides derivados do paciente responderam aos diferentes tratamentos testados.
O Teste Onco-PDO está disponível para coletas em todo o Brasil. Para mais informações, consulte a Invitrocue Brasil. Para que a nova ferramenta possa ser utilizada, converse com o seu médico para uma avaliação precisa e análise das opções de tratamento!
Sobre a Invitrocue Brasil
A Invitrocue Brasil iniciou suas operações no país em 2020, desenvolvendo e comercializando diversas tecnologias bioanalíticas, entre elas a cultura de células 3D.
Advertisement
Responsável Técnico no Brasil: Invitrocue Brasil – Dra. Danielle Ferreira (CRBM: 42180 – 1ª Região)
O Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) é uma condição psiquiátrica caracterizada por uma preocupação desproporcional com supostos defeitos físicos mínimos ou inexistentes. Esse distúrbio provoca intenso sofrimento emocional, isolamento social e prejuízo funcional. Embora não seja exclusivo da cirurgia plástica, é nos consultórios dos cirurgiões que ele frequentemente se manifesta com maior nitidez, já que muitos pacientes recorrem a procedimentos estéticos na expectativa de encontrar alívio para uma insatisfação que, em essência, é de natureza psicológica.
Na prática da cirurgia plástica, o TDC representa um desafio ético e clínico singular. “Pacientes acometidos costumam buscar múltiplos procedimentos com a expectativa de alcançar uma transformação que transcenda a realidade física. Ainda que a cirurgia seja tecnicamente perfeita, a insatisfação persiste ou se desloca para outras regiões do corpo”, ressalta o cirurgiao plástico, Eduardo Sucupira, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Colégio Brasileiro de Cirurgioes. Estudos indicam que até 10% dos candidatos a intervenções estéticas apresentam sinais sugestivos do transtorno. De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, essa taxa varia entre 7% e 15% entre candidatos a cirurgias estéticas, contrastando com a prevalência de apenas 2% na população geral.
Para Sucupira , o desafio do cirurgião é discernir entre o paciente que busca uma melhora estética legítima e aquele cujas expectativas são irreais e distorcidas. “Consultas repetidas para discutir o mesmo “defeito” mínimo, histórico de múltiplas cirurgias com baixa satisfação, sofrimento intenso associado à autoimagem, expectativas desproporcionais (“ficar perfeito”, “mudar completamente de vida”) e resistência em aceitar orientações médicas são sinais de alerta. Questionários de triagem psicológica podem ser ferramentas valiosas na avaliação inicial”, avalia o médico
Advertisement
Cabe ao cirurgião plástico assumir o papel de guardião da saúde integral do paciente, reconhecendo que recusar uma cirurgia, em determinadas circunstâncias, é mais do que um gesto de prudência, é um ato de cuidado e de responsabilidade ética. Nesse sentido, ecoam as palavras do Professor Ivo Pitanguy, um dos maiores expoentes da cirurgia plástica mundial: “A beleza é um poder, mas pode ser uma tirania quando escraviza o indivíduo.” Reconhecer o TDC e proteger o paciente contra intervenções desnecessárias é reafirmar o compromisso da especialidade com a medicina em seu sentido mais humano.
‘Afinal, a cirurgia plástica não deve se limitar à estética, mas integrar-se à saúde mental e ao bem-estar global, assegurando que cada intervenção respeite não apenas a forma, mas também a essência do ser humano”, finaliza Eduardo Sucupira.
A renomada biomédica das celebridades, Dra. Nadyni Laham, comenta sobre a crescente relevância dos procedimentos estéticos na sociedade contemporânea. Segundo ela, cada vez mais homens e mulheres buscam alternativas para realçar a beleza, prevenir o envelhecimento precoce e, sobretudo, elevar a autoestima.
Entre os tratamentos mais procurados estão o botox, que suaviza linhas de expressão e garante um ar mais jovial, e os bioestimuladores de colágeno, capazes de promover firmeza e qualidade da pele de forma natural e progressiva.
“Os procedimentos estéticos deixaram de ser um tabu e se tornaram aliados de quem deseja cuidar não apenas da aparência, mas também do bem-estar. Quando uma pessoa se olha no espelho e gosta do que vê, isso impacta diretamente em sua confiança e na forma como ela se posiciona no mundo”, afirma a Dra. Nadyni.
Com uma carreira consolidada e um público fiel, a biomédica explica que a evolução da tecnologia e das técnicas disponíveis possibilita hoje resultados mais sutis, seguros e personalizados: “O conceito de beleza está cada vez mais ligado à naturalidade e à valorização das características individuais. Nosso objetivo é harmonizar, nunca padronizar.”
Além de atender nomes conhecidos da mídia e do entretenimento, a Dra. Nadyni também se dedica a compartilhar conhecimento em palestras e cursos, ajudando a formar novos profissionais da área. Para ela, a estética vai muito além da vaidade: trata-se de autocuidado, saúde e qualidade de vida.
Mais de 47 mil pessoas estão na lista de espera de transplantes no Brasil. Desses, 43 mil aguardam por um transplante de rim. Os dados são do Ministério da Saúde e demonstram que esse é um problema de saúde pública a ser solucionado no país.
Pesquisador sobre o sistema de transplantes brasileiro e CEO da XenoBrasil, Tadeu Thomé explica que a escassez de órgão é o principal desafio que o país enfrenta em relação a esta temática. Para ele, é possível mudar esse cenário, no qual milhares de pacientes permanecem em lista de espera, e muitos não chegam a ser transplantados. E isso pode acontecer com o uso dos xenotransplantes, sendo uma alternativa para complementar a doação de órgãos.
“Oferecendo uma fonte praticamente ilimitada de órgãos, o xenotransplante surge como alternativa concreta para complementar a doação de órgãos entre humanos. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento dessa tecnologia mobiliza ciência de ponta — engenharia genética, imunologia, bioengenharia — e fortalece a capacidade científica nacional, com impacto que vai além dos transplantes, alcançando toda a biotecnologia em saúde”, explicou o pesquisador doutorando, enfermeiro Tadeu Thomé.
Advertisement
Crédito da foto: Divulgação
Ainda segundo Tadeu Thomé, o xenotransplante consiste em uma alternativa viável por utilizar órgão, tecidos ou células de animais, geralmente suínos geneticamente modificados, para transplante em seres humanos.
“Essa área, que já avançou em experiências clínicas nos Estados Unidos, é vista como uma das grandes fronteiras da medicina. No Brasil, trabalhamos para estruturar uma plataforma nacional de pesquisa e produção de órgãos suínos geneticamente editados, com o apoio da Universidade de São Paulo (USP), instituições de fomento científico, indústria farmacêutica (EMS) e instituições como o Ministério da Saúde. Trata-se de um projeto pioneiro que pode colocar o país em posição estratégica nessa inovação”, revelou Tadeu Thomé, que também é CEO da XenoBrasil, empresa brasileira responsável pela sistematização desta modalidade de transplante no país.
Sistema brasileiro de transplantes
Tadeu Thomé comenta ainda que o sistema brasileiro de transplantes é um patrimônio do país, mas que enfrenta desafios importantes, a exemplo da baixa taxa de autorização familiar para doação e, em algumas regiões, há desigualdades na distribuição de equipes e centros transplantadores, dificultando a logística no transporte de órgãos.
“Temos um modelo único, público e universal, que oferece transplantes de alta complexidade integralmente financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas que precisa ser constantemente atualizado com gestão eficiente, investimento em infraestrutura e incorporação de novas tecnologias”, comentou.
O especialista ressalta ainda a necessidade de investimento em campanhas de conscientização sobre a importância da doação de órgãos, a exemplo do que acontece neste mês de setembro. “O Setembro Verde é o mês oficial da doação de órgãos no Brasil — que mobilizam a sociedade para esse gesto de solidariedade que salva-vidas”, destacou.
Advertisement
Tadeu Thomé participará, na sexta-feira, 26/9, do Simpró – Simpósio Multidisciplinar, com o tema “Transplante de Órgãos”, promovido pela Fundação Pró-Rim em Joinville (SC).
“Iniciativas como o evento da Pró-Rim são fundamentais por promoverem debate, atualização científica e integração entre profissionais de saúde, pacientes e familiares, fortalecendo a cultura da doação”, ressaltou Tadeu Thomé.
O especialista Tadeu Thomé é enfermeiro e pesquisador, doutorando dedicado ao campo dos transplantes e à inovação em saúde. Atua há mais de 20 anos no desenvolvimento de estratégias que unem ciência, gestão e políticas públicas, sempre visando ampliar o acesso da população brasileira ao transplante de órgãos. Também faz parte da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e, além do trabalho acadêmico, lidera a XenoBrasil Desenvolvimento e Pesquisas sobre Xenotransplante, uma iniciativa voltada para trazer ao país tecnologias de ponta em transplantes, conectando universidades, hospitais, indústrias e organismos internacionais.