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Romance Aquando nem o inferno transgride a linguagem habitual e explora uma forma singular de expressão literária

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O autor Fernando Dusi Rocha lança, pela editora 7 Letras, o romance Aquando nem o inferno, uma obra que inova ao combinar a linguagem arcaica do cancioneiro galego-português com uma narrativa contemporânea e provocativa. O livro traz à tona temas que questionam a sociedade atual, utilizando elementos lexicais desse vasto acervo trovadoresco medieval, uma das mais ricas tradições literárias da Península Ibérica, que floresceu entre os séculos XII e XIV.

Na obra, Dusi revisita as cantigas de escárnio e maldizer, um dos gêneros do cancioneiro, ao mesmo tempo que transgride as normas da gramática culta brasileira, utilizando construções linguísticas pouco usuais, algumas das quais mais próximas do português europeu, como a colocação pronominal. 

A narrativa, menos complexa que seu romance anterior, Eu, Jeremias, estabelece uma ponte entre o passado literário e linguístico e o presente, expondo a desintegração crescente dos valores éticos, agravada na contemporaneidade. 

“Minha intenção é afastar do público leitor a ideia de que meu processo de escrita, pautado numa linguagem e léxico tão inusuais, seria incompatível com a contemporaneidade, por soar anacrônico e descabido à formatação habitual dos romances em voga”, explica o autor. “O tom de novidade que pretendo dar ao meu romance reside em reavivar a chave medieval e fecunda de nossa língua, buscando mostrar como um léxico usado há quase oitocentos anos ainda pode interagir com o leitor atual.”

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A história se passa na fictícia cidade de Santa Vaia, no interior de Minas Gerais, onde um boticário e maestro de uma banda local vive com suas três filhas: Celestina, Melibea e Areúsa. 

A trama central gira em torno de um incidente desastroso envolvendo Celestina durante a procissão da Sexta-Feira da Paixão. A partir desse episódio, uma série de acontecimentos negativos passa a afetar sua vida e de suas irmãs, desencadeando diversos conflitos e reviravoltas. Paralelamente, o processo de beatificação da Devota Hebreia, uma figura de suposta origem criptojudaica, gera comoção e ceticismo na cidade, intensificando os dilemas religiosos e sociais.

O autor usa o ambiente familiar e religioso para refletir sobre questões profundas, como a prevalência da aparência sobre a essência (das coisas e da psique) e a superficialidade da fé institucionalizada. Ao longo da narrativa, o boticário procura, por meio de suas reflexões filosóficas e moralistas, inspiradas na doutrina do jesuíta espanhol Baltasar Gracián, moldar o destino de suas filhas, especialmente da primogênita, que busca aventuras fora do casamento e desafia a moral reinante.

“A dominância da aparência das coisas e pessoas nos anos 1950 e 1960, época em que transcorre a narrativa, chega a ser desprezível se comparada com os acontecimentos que vivenciamos agora, sobretudo diante do poderio das redes sociais sobre as pessoas, que nelas encontram lugar ideal para a dissimulação e o disfarce”, reflete Dusi. “Além disso, a hipocrisia da sociedade vigente na época do romance ganhou uma grandeza ostentosa nos dias de hoje. O falso moralismo filtrado no romance mostra-se agravado em progressão geométrica pelas engrenagens do conservadorismo em nossa sociedade contemporânea”, finaliza o autor.

Aquando nem o inferno é uma obra que funde tradição e inovação, oferecendo ao leitor uma trama envolvente e reflexiva, que critica as hipocrisias de uma sociedade conservadora enquanto celebra a riqueza linguística e cultural de uma das mais valiosas tradições literárias do mundo ocidental. A obra já está disponível nas principais plataformas digitais de vendas. 

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Sobre o autor

Fernando Dusi Rocha é poeta e escritor. Mineiro de Ubá, reside em Brasília desde 1984. É pós-doutor em Literatura pela Universidade de Brasília. Pela 7Letras, publicou os livros de poesia O exílio de Polifemo (2006), finalista do Prêmio Jabuti em 2007, Crisol com açúcar (2008) e O breviário (2016), a reflexão autobiográfica Tua carne verá a luz (2014) e Eu, Jeremias (2020). Em 2009 teve publicado, ainda, seu poemário Lições de taxidermia pela Ateliê Editorial; e, em 2010, o livro ensaístico O problema da verdade: literatura e direito, pela Fino Traço.

Aquando nem o inferno

Autor: Fernando Dusi Rocha
Editora: 7 Letras
Preço: R$ 67,00
Páginas: 150

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Pablo Cortez estreia no Globoplay como Jesus Cristo na Série “Raul Seixas: Eu Sou”

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O ator Pablo Cortez faz sua aguardada estreia no Globoplay na pele de Jesus Cristo na nova série original “Raul Seixas: Eu Sou“. A produção, uma homenagem ao renomado Raul Seixas, explora a complexidade e genialidade do artista, aprofundando em suas influências culturais, políticas, espirituais, batalhas contra vícios e sua incessante busca por autenticidade e liberdade de expressão.

Raul Seixas foi um dos maiores ícones da música brasileira, amplamente reconhecido como o “Pai do Rock Brasileiro”. Sua obra transita por temas complexos como existencialismo, misticismo, filosofia e crítica social. Conhecido por sua personalidade “Maluco Beleza” e letras instigantes, Raul desafiou padrões e inspirou gerações com sua autenticidade e busca incessante pela liberdade de expressão, deixando um legado imortal que continua relevante até os dias de hoje.

Na trama que homenageia o artista, a relação de Raul com Jesus Cristo – personagem de Pablo -, é profunda, complexa e simbólica, aparecendo de várias formas ao longo da sua obra musical e filosófica. Raul era fascinado por figuras revolucionárias e pensadores que romperam com o status quo e Jesus, para ele, se encaixava nesse perfil. 

Para o ator, dar vida a Jesus Cristo na série, sob a ótica singular de Raul Seixas, foi um mergulho profundo e desafiador. Ele não vê o papel apenas como um personagem, mas como uma representação simbólica da dimensão espiritual e filosófica que tanto permeou a vida e a obra do Raul. “É um personagem que eu sempre quis fazer e poder trabalhar em um contexto totalmente diferente do que se espera desse personagem tem tudo haver comigo”, conta Pablo.

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Essa conexão é evidenciada também em diversas músicas na trama, como “Medo da Chuva”, “Gita”, “O Homem”, “Água Viva” (com Marcelo Nova), “Rock das Aranhas” (com Raulzito e os Panteras) e “Canto para Minha Morte”, que mencionam ou fazem referência a Jesus.

Este projeto marca a estreia do ator em uma produção original do Globoplay, um passo significativo em sua carreira. “Desde a estreia, todo o retorno vem sendo ótimo. O resultado artístico da série está maravilhoso, cada detalhe, da arte à direção, está muito bem feito. Fico muito feliz de fazer parte de um projeto desse tamanho”, declara.

“Raul é mais que um artista, é uma lenda, um movimento. Eu nem sabia quem era Raul Seixas e ele já estava presente na minha vida , quando minha avó me chamava de Maluco Beleza!”, finaliza.

A série “Raul Seixas – Eu Sou”, com a participação de Pablo Cortez, já está disponível para streaming exclusivo no Globoplay.

Sobre Pablo Cortez:

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Pablo Cortez possui uma trajetória marcada pela busca por aprimoramento artístico. Recentemente, o ator se mudou para Nova York para ingressar no renomado The Actors Studio, a convite do co-diretor artístico Javier Molina. A instituição, conhecida por seu rigoroso processo de seleção por audição e por ser um espaço de pesquisa cênica para grandes nomes do teatro e do cinema como Al Pacino, Alec Baldwin e Ellen Burstyn, reforça a dedicação de Cortez à sua arte.

Atualmente, o ator encontra-se em Portugal, preparando-se para novos trabalhos que ainda não podem ser detalhados, mas que prometem expandir sua atuação para o mercado europeu, incluindo a Espanha. Além disso, Pablo dirigiu dois filmes rodados em Nova York no ano passado, que atualmente estão em fase de finalização.

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Anna Dalmei celebra novo passo na produtora Valence Filmes e integra equipe de pesquisa e desenvolvimento

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A renomada atriz, diretora e roteirista Anna Dalmei inicia um novo capítulo em sua carreira ao integrar a equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da Valence Filmes, a produtora idealizada por seu amigo e parceiro criativo Matheus Galdino. A talentosa artista, com uma trajetória que transita entre o Brasil e o cenário internacional, assume agora a responsabilidade de dar os fundamentos para as próximas obras audiovisuais e teatrais da produtora, reforçando seu compromisso com a arte e a inovação.

A Valence Filmes, que celebra três anos de existência neste mês de Julho, já se consolidou no mercado com diversas produções de destaque, como “Ostium“, “Cabresto Digital“, “Solos” e “Corra Nina, Corra“. Sob a liderança de Matheus Galdino, ator, roteirista, produtor e advogado, a produtora tem se destacado pela qualidade de suas obras e pelo prestígio alcançado em festivais, como o Rio Web Fest 2024, com indicações de melhor elenco e atriz para Ana Semião, e melhor trailer para “Corra Nina”. A corporação também expandiu seus horizontes com a Valence Tablado, dedicada a produções teatrais, com novidades aguardadas para 2026. A colaboração entre artistas e a ambição de transformar o mundo são os pilares que movem a Valence.

Anna Dalmei expressa sua alegria e honra em fazer parte da equipe fixa da produtora, com a qual já havia colaborado anteriormente como atriz e na equipe de direção. “Nesse mês de junho, fui convidada para fazer parte dessa produtora que amo tanto, que é de um grande amigo e artista. Está sendo uma honra integrar uma equipe tão especial e maravilhosa”, afirma Dalmei.

A paixão de Anna pelo estudo e pela busca de informações foi um fator decisivo para sua atração pela área de Pesquisa e Desenvolvimento. “A parte de pesquisa especificamente me atrai porque eu amo estudar sobre assuntos variados, então buscar informações e destrinchá-las é algo que amo fazer. Foi o casamento perfeito”, explica a artista.

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Em seu novo papel, Anna Dalmei será responsável por conduzir estudos aprofundados sobre os temas dos projetos, levantando informações e pautas que possam ser abordadas. Esse trabalho, realizado em conjunto com o restante da equipe, visa criar o argumento de cada projeto, formando a base sólida para o desenvolvimento das produções. “É uma área muito importante do processo de desenvolvimento de projetos”, ressalta Anna, enfatizando a relevância da pesquisa e desenvolvimento para a produção de filmes e demais obras atualmente. “É o que dá o fundamento do projeto, a base, a raiz. Antes do projeto entrar em pré-produção, ele obrigatoriamente passa por pesquisa e desenvolvimento. É uma grande responsabilidade, que aceito com muita gratidão e sede por aprender cada vez mais”, completa.

Com uma carreira marcada pela versatilidade e reconhecimento internacional, Anna Dalmei, natural de São Paulo, já morou em Nova Iorque (EUA) e Gyeongsan (Coreia do Sul), experiências que enriqueceram sua visão artística e expandiram seu trabalho. 

Com atuações premiadas em diversos países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e França, Anna é um nome promissor na indústria. Desde cedo, sua conexão com a arte foi evidente, solidificada por uma infância imersa em cinemas, teatros e museus. 

Entre seus trabalhos de destaque estão “The Cure” (“A Cura”), que lhe rendeu um Leão de Bronze em Cannes em 2024, a série “Ostium” (em pós-produção) e “Horrorscope” (longa-metragem também em pós-produção), no qual também atuou como co-diretora. Recentemente, a atriz comemorou a estreia da série “El Regreso de mi Esposo a la Grandeza”, gravada em espanhol e disponível na plataforma Reelshort.

Com fluência em português e inglês, e avançado em espanhol e básico em coreano, Anna Dalmei está envolvida em diversas produções que serão lançadas em 2025, incluindo as séries “Ostium” e “Corra Nina, Corra!”, além do curta “Solos” e do longa-metragem “Horrorscope”.

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Neste novo desafio na Valence Filmes, Anna Dalmei espera colaborar de forma significativa. “Espero que eu possa contribuir da maneira mais pura possível, ajudando a entender pautas, sanando dúvidas e questionando temas. Espero aprender muito e agregar, nem que seja em 1%, aos projetos que levantaremos no futuro”, finaliza Anna.

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Henrique e Juliano esgotado? Camarotes são opções para conseguir ingressos, além da experiência diferenciada

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Para os fãs que ainda desejam viver a experiência no Allianz Parque, a alternativa exclusiva conta com open bar, open food e uma vista privilegiada

A dupla Henrique e Juliano se prepara para uma sequência de 3 shows no Allianz Parque, que acontecem nos dias 4, 5 e 6 de julho. Com as apresentações dos dias 4 e 5 de julho esgotadas e o terceiro show prestes a ter seus últimos ingressos vendidos, os fãs dos sertanejos que ainda desejam viver essa experiência no Allianz Parque podem apostar em uma alternativa exclusiva: os camarotes temáticos Braza e La Coppa, que oferecem conforto, serviço all inclusive e uma vista privilegiada do espetáculo.

Instalados no 3º andar e completamente de frente para o palco, os camarotes se destacam pela proposta de transformar o show em uma verdadeira celebração. O Braza é uma gastronomia contemporânea que entrega o melhor das cores e sabores brasileiros em cada prato. Já o La Coppa é uma neo trattoria que une cuidadosamente a cozinha tradicional italiana com a leveza da culinária asiática. Em dias de shows e jogos, o que muda é apenas o ambiente: o menu é completo e igual para ambos os restaurantes, com serviço de mesa antes e durante as atrações.

O cardápio dos camarotes inclui entradas quentes e frias, 2 pratos principais e 2 sobremesas. Para beber, está incluso vinho tinto, vinho branco, Drinks como Negroni, Gin Tônica e Aperol Spritz, além de cerveja heineken, água com e sem gás, refrigerantes da linha coca cola e suco Del Valle, tudo a vontade durante todo o evento, além de uma mesa reservada no restaurante e acesso a cadeira externa, com vista privilegiada de frente para o palco.

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Ambos os camarotes contam com entrada e banheiros exclusivos, atendimento personalizado e acesso facilitado, garantindo mais comodidade ao público. Os ingressos estão disponíveis pelo site da Zig Tickets: braza-lacoppa.zig.tickets.

Os camarotes abrem duas horas antes do evento e fecham 1 hora após a finalização o show. 

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