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Música e Show

O caminhoneiro do samba, Glauco Leão conta como viaja pelo Brasil levando sua música por onde passa

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Não há dúvidas de que o samba é uma paixão nacional. Não apenas um dos ritmos mais apreciados do Brasil, o samba é a cultura de muitos que amam essa vertente. É o caso de Glauco Leão, carioca da gema e nascido em Madureira, lugar conhecido por ser exatamente a terra do samba. Sua história com a música começa ainda na infância.

“Minha mãe falou que eu nem sabia falar direito e já cantava. Era a influência da minha família, que era muito festiva. Sempre tinha um batizado, aniversário, batucada. Eu já nasci nesse ambiente” conta Glauco Leão sobre suas raízes que cruzam com a história do bairro Madureira, no Rio de Janeiro, conhecido por ser casa das escolas de samba Portela e Império Serrano.

Hoje, com 50 anos, o artista lembra sua trajetória artística, que perpassa por episódios surpreendentes, como a música gospel e seu retorno para o samba popular. Mas, sua grande identificação com o ritmo começou aos sete anos, quando seu pai o presenteou com um disco de vinil de João Nogueira. “Foi minha maior influência”, conta. Benito di Paula e Paulinho da Viola também entraram nessa lista com o tempo.

“Eu ficava ouvindo, passava a tarde em claro curtindo esse som. Mas, foi o meu tio e padrinho, o Chocolate da Mangueira, que me levou para o samba. Desde então, nunca mais parei de mexer com música”, ressalta o cantor que passou a fazer parte de um grupo musical aos 17 anos. “Eu frequentava todas as rodas de samba do Rio de Janeiro. Foi quando passei a encontrar a rapaziada fazendo um samba todos os sábados em Seropédica. Aí me convidaram para formar uma roda de samba num quintal embaixo de uma mangueira e assim nascia o Pagode da Tia Gilza em Seropédica”, conta.

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Glauco Leão passou a tocar fixo todo domingo à tarde. Foi quando seu grupo iniciou os trabalhos, lotando o espaço de amantes do samba. O chamado Grupo Etiqueta já existia e Leão chegou para complementar o time, tocando pandeiro e cantando. “Foi quando decidi viver da música”, relata o artista que aos cinco anos teve uma visão de que cantaria para uma multidão. Mas, a necessidade o obrigou a trabalhar duro para se sustentar.

Um sonho, um caminhão, uma realidade

Na juventude, Glauco Leão sempre tentou perseguir seu sonho de viver da música, mas logo veio o primeiro casamento e filhos. Com este desejo latente, passou cerca de oito meses, na década de 90, tocando todos os dias, mas o sonho acabou cedo quando o dinheiro começou a faltar. “Não tive mais como pagar a pensão dos meus filhos, então voltei a trabalhar no segmento de Transporte Rodoviário de Cargas, atuando em todos os setores, inclusive conduzindo carretas”, diz.

Seu pai sempre havia trabalhado com transporte rodoviário de cargas como gerente de um terminal de exportação no porto do Rio de Janeiro. Glauco Leão tinha 13 anos quando saía da escola para acompanhar seu pai no trabalho. Aos 15, passou a trabalhar como office boy na empresa que seu pai montou. Foi aprendendo tudo o que podia até se tornar gestor de operação de cargas. Subiu de cargo para Supervisor de Operações Portuárias e com uma grana que juntou comprou sua primeira carreta. “Passei por todos os setores, aprendi tudo. Quando me converti, comprei um ônibus para fazer missões”, lembra.

“Eu acreditei, naquele momento, que estava contribuindo com a obra de Deus e que isso também iria me gerar um retorno financeiro para que eu pudesse sobreviver, o que infelizmente não aconteceu. Deixei o ônibus guardado e fui para São Paulo pregar o Evangelho. Passei por Belo Horizonte e quando ia seguir para Brasília, recebi a informação de que meu ônibus seria rebocado pela Prefeitura. Fui lá, retirei do local e no trânsito me deparei com uma blitz. Meu ônibus foi rebocado para o depósito público e eu não tive grana para pagar”, conta Glauco Leão que resolveu trabalhar de Uber e depois como taxista no Rio de Janeiro.

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“Depois desse período, retornei para o ramo de Transporte Rodoviário de cargas . Meu pai negociou outro conjunto (cavalo e carreta) o qual eu sou o condutor e ele cuida da parte administrativa. Tenho viajado pelo Brasil e quando há oportunidade também canto meu samba por onde passo. Hoje minha carreira musical é independente. Gravei um álbum em 2018 e em 2020 lancei o álbum ‘Mensageiro do Samba’ com 15 músicas autorais. Em breve lançarei meu novo single nas plataformas digitais”, finaliza o caminhoneiro artista.

​​​​​​​Acompanhe o trabalho de Glauco Leão no Instagram:

https://www.instagram.com/glaucoleaooficial/

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MD Chefe e Papatinho lançam álbum colaborativo “Garbo & Elegância”

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MD Chefe e Papatinho lançam nesta quarta-feira (10), o aguardado álbum colaborativo “Garbo & Elegância”. A produção, que chega a todas as plataformas digitais às 00h, marca a consolidação da parceria entre dois nomes de peso da cena urbana nacional.

A união entre os artistas se iniciou com a faixa “Tiramisù”, que abriu caminho para o projeto. Agora, o novo disco surge como uma obra completa, que mistura o rap, trap e outras influências musicais, resultando em uma sonoridade sofisticada.

O álbum traz oito faixas inéditas, todas com produção de Papatinho e letras de MD Chefe. Entre elas estão “Bandeira”, em parceria com Borges, Leall e Maru2D; “Tiramisù”; “Gostoso & Rico”, “Acabou o Amor”, “Só Pra Você” com Ítalo Melo, “Garbo & Elegância” com Raffé; “Tá Duro Dorme” e “Gostoso & Rico RMX”, que conta com Maru2D e CJOTA.

O projeto, distribuído pela MusicPRO, distribuidora digital 100% brasileira, e lançado pela Papatunes, também aposta em um conceito visual marcante. Além do videoclipe de “Tiramisù”, que já está disponível no Youtube, os artistas irão lançar a produção audiovisual de “Gostoso & Rico” e visualizers para as demais faixas.

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Música “Pirulito que bate bate” ganha roupagem adulta

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A música infantil “Pirulito que bate bate”, um clássico que embala a infância de muitas gerações, está prestes a passar por uma transformação surpreendente. No próximo dia 28 de março, o funk “Pirulito” será lançado nas plataformas musicais com a produção de Rubão da ZS e a participação especial de Amanda Pascoeleto.

Nesta nova interpretação, a canção ganha uma roupagem adulta, misturando a melodia nostálgica com batidas contagiantes do funk. A letra promete ser repleta de sensualidade e ousadia, refletindo um estilo que promete agradar tanto aos fãs do gênero quanto a novos ouvintes. Rubão da ZS, conhecido por sua capacidade de reinventar clássicos, traz uma abordagem inovadora, enquanto Amanda Pascoeleto adiciona seu carisma e talento à faixa.

A transformação de uma canção infantil em um hit para adultos levanta questões sobre a evolução da música e a forma como diferentes gerações se conectam com as canções. Essa versão do “Pirulito” não só homenageia a original, mas também a reinventa, trazendo à tona discussões sobre a sensualidade na música contemporânea e a aceitação de novos estilos.

Com a expectativa alta, muitos já se perguntam como será a recepção do público. A combinação de nostalgia e modernidade promete fazer de “Pirulito” um dos lançamentos mais comentados do mês. Os fãs aguardam ansiosos para ouvir como essa nova interpretação dialoga com a cultura pop atual e como ela se encaixa no panorama musical do Brasil.

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Fique atento ao dia 28 de março e prepare-se para descobrir como “Pirulito” se transforma em um funk ousado e provocante, que certamente marcará presença nas playlists de todo o país.

www.instagram.com/rubaodazs

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VAI!: Cantora italiana Susanna Stivali e Trio Corrente celebram a música brasileira em novo disco

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O encontro entre Itália e Brasil ganha vida no álbum VAI! (Biscoito Fino) que será lançado nas plataformas digitais no dia 27 março, pela cantora, compositora e arranjadora Susanna Stivali e o Trio Corrente, um dos mais destacados grupos de jazz do Brasil, formado por Fabio Torres (piano), Edu Ribeiro (bateria) e Paulo Paulelli (contrabaixo). 

O projeto nasceu de um intercâmbio artístico profundo, explorando novas sonoridades e conexões entre diferentes culturas musicais. VAI! é uma fusão de estilos, linguagens e gêneros, onde cada artista imprime sua identidade de forma única e inovadora. O repertório do álbum inclui composições originais dos integrantes do Trio Corrente, enriquecidas com letras de Susanna Stivali em italiano, além de canções autorais da própria cantora. O disco também traz clássicos da tradição brasileira, apresentados com a inconfundível assinatura do trio e, em alguns casos, reinterpretados com versões em italiano.

Formam o disco Parlo alle rose / As rosas não falam (Cartola – versâo italiana Susanna Stivali), Só danço samba (A.C.Jobim), Decostruzione (S.Stivali), Chiama la poesia / Dez e trenta e un (Edu Ribeiro – letras Susanna Stivali), D’incanto ( S.Stivali), Solo melodia / Canção só (Fábio Torres – versão italiana Susanna Stivali), C’è più samba /Tem mais samba (C.Buarque – versão italiana B. Lauzi) e Due / Baião doce (Paulo Paulelli – letras Susanna Stivali).

O resultado desse projeto é um diálogo sofisticado entre o canto expressivo e sensível de Susanna Stivali e a excelência instrumental e composicional do Trio Corrente. Um lançamento que reafirma a força da colaboração artística entre grandes talentos internacionais.

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A cantora e compositora já lançou quatro CDs, com colaborações de Lee Konitz, Fred Hersch, Chico Buarque, Jaques Morelembaum, Francis Hime, Giorgia (para o qual ele escreveu a canção Chiaraluce), Miriam Makeba, Lea Freire, Toninho Ferragutti e muitos outros. Além da Itália, tem desenvolvido projetos na África do Sul, Tailândia e especialmente no Brasil e, após a experiência com o seu cd Caro Chico (Biscoito Fino), dedicado à música de Chico Buarque, com a participação do próprio compositor, gravado entre Brasil e Itália, em que misturava ao jazz, a música brasileira e a língua italiana. Em sua turnê no Brasil em 2019, Susanna Stivali teve ao seu lado o músico Edu Ribeiro, baterista do Trio Corrente. A partir disso, se inicia uma forte parceria com o Trio Corrente, continuado na Itália para uma série de concertos em vários festivais importantes em 2022 e 2023.

Nascido em 2001, o Trio Corrente criou seu próprio som no cenário da música instrumental brasileira, e não só, interpretando de forma única e inconfundível os clássicos do Choro, da Música Popular graças ao seu interessante repertório de composições originais. Uma fusão culta e refinada de ritmos brasileiros de jazz moderno. Em 2014, eles ganharam o Grammy Award pelo álbum “Song For Maura”, gravado junto com Paquito D’Rivera, como Melhor Álbum de Jazz Latino e o Grammy Latino. São muitas as colaborações que o Trio realiza em sua trajetória entre elas: Rosa Passos, a Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo, o Quarteto de Cordas da cidade de São Paulo. O trio já realizou dezenas de turnês na Europa, Japão, Estados Unidos e América Latina.

CONHEÇA:  https://mailchi.mp/1d39b30e477f/susannastivaliepkbrasil

FICHA TÉCNICA:
Voz: Susanna Stivali
Piano: Fábio Torres
Contrabaixo: Paulo Paulelli
Bateria: Edu Ribeiro 
Gravadora: Biscoito Fino 
Gravado no Tube Recording Studio por Francesco Lupi e no R&B Analog/ Digital Recording Studio por Max Rosati 
Mixado por Max Rosati no R&B Analog/Digital Recording Studio
Produção: Susanna Stivali e Biscoito Fino
Design gráfico: Ilaria Capponi Teixeira
Foto de Susanna Stivali: Max de Dominicis e Giulio Paravani
Vídeo: Marco Mari

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