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Negócios

Microcrédito Produtivo Orientado cresceu 45% nos últimos 3 anos

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Liderado por mulheres, modalidade busca reduzir informalidade e ampliar o desenvolvimento econômico

Seja para capital de giro, compra de máquinas ou reforma, o microcrédito produtivo orientado (MPO) tem crescido no Brasil. Nos últimos 3 anos, entre 2020 e 2023, o aumento do valor liberado de empréstimos atingiu 45%, segundo dados do Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos (Ceape Brasil). Já o valor médio dos empréstimos concedidos subiu 29% em igual período. E as maiores tomadoras são as mulheres, responsáveis por mais de 60% do volume total.

A pesquisa foi feita com a base de clientes da própria instituição, que já concedeu mais de R$2,5 bilhões em crédito, beneficiando cerca de 1,5 milhão de empreendedores, principalmente na região Nordeste. Entre 2019 e 2023, o Ceape concedeu cerca de R$ 800 milhões em crédito e 170 mil operações.

“O microcrédito produtivo orientado se encontra acima dos níveis pré-pandemia. Em 2019, o tíquete médio solicitado era de R$ 3.893,38 e passou para R$ 5.855,86 em 2023, um crescimento de 50,4%. Buscamos evitar conceder empréstimos elevados e fazer com que a pessoa fique cada vez mais endividada”, observa Claudia Cisneiros, diretora executiva do Ceape Brasil, ao lembrar que a maior parte dos solicitantes se encontram na informalidade, ou seja, ainda não fizeram seu cadastro como Microempreendedor Individual (MEI).

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As perspectivas para este ano são promissoras. Com a continuidade da queda da taxa básica de juros (Selic), há o barateamento do custo de crédito, que se torna mais acessível aos pequenos. Além disso, os juros mais baixos estimulam novos negócios e investimentos. Para se ter uma ideia, 58,7% dos microempreendedores afirmam que a taxa de juros é o que mais pesa na hora de pegar empréstimos, de acordo com a pesquisa de Educação Financeira realizada pelo Ceape, com 242 pessoas.
Outro dado do levantamento que chama a atenção é que 32,2% dos entrevistados afirmam que recorrem a linhas de crédito quando se deparam com o orçamento apertado para pagar as contas ou fazer compras de última hora. Outros 16,1% usam o cartão de crédito e 13,6% pedem emprestado para parentes ou amigos. O restante (38%) conta com uma reserva de emergência.

Existente desde 2005 para incentivar a geração de emprego por microempreendedores populares com juros baixos, o MPO busca não apenas conceder o empréstimo solicitado para impulsionar os pequenos negócios, mas também atua na educação financeira. O Ceape empresta principalmente para microempreendedores informais com o objetivo de fomentar esses pequenos negócios e, em seguida, colocá-los no caminho da formalização. “Hoje também emprestamos para alguns MEIs, mas o foco maior ainda está nas pessoas físicas que empreendem informalmente”, afirma Claudia Cisneiros.

Claudia lembra que, sem a devida orientação, o microempreendedor acaba conseguindo obter o crédito, mas não aplica corretamente para impulsionar o crescimento do negócio. Desta forma, o risco do concessor que atua neste segmento é elevado, o que limita a participação dos bancos. “O microcrédito das instituições comerciais tem um viés de consumo. É um CDC (Crédito Direto ao Consumidor) adaptado. Nós buscamos educar financeiramente para que estes microempreendimentos cresçam, gerem mais renda e emprego e ajudem no desenvolvimento econômico”, ressalta.

Segundo Claudia, o principal desafio é entender o perfil de risco do público. “Não é um simples conceder empréstimo, pois trata-se de um público diferenciado, que nem sempre está cadastrado nos bureaus de crédito. A análise do risco precisa ser feita in loco. Muitos nem conta bancária tem. É um trabalho maravilhoso, mas quem deseja participar deste mundo, precisa ter muita paixão e desejo por ajudar ao próximo”, afirma Cláudia.

Presente no Maranhão, Ceará, Pará, Tocantins e São Paulo, o CEAPE Brasil conta com 21 mil clientes ativos, ou seja, com empréstimos em andamento. Hoje a entidade tem 290 colaboradores, sendo que 60% são assessores de crédito, aqueles que visitam os tomadores para saberem as condições e avaliarem os riscos envolvidos.

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Negócios

Oportunidade para o varejo: evento em São Paulo destaca potencial de crescimento das marcas próprias no Brasil

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PL Connection 2025 acontece nos dias 26 e 27 de agosto, no Expo Center Norte, com mais de 100 empresas especializadas trazendo as tendências e novidades do setor

Em agosto, a cidade de Sao Paulo recebe a 3ª edição do PL Connection, o principal evento para o setor de private label (marcas próprias) na América Latina, que reune indústrias, varejistas e fornecedores em um ambiente que combina feira de exposição e conferências. O evento é a principal plataforma de negócios do setor e se consolidou como ponto de encontro estratégico para quem aposta em produtos exclusivos com diferencial competitivo, como supermercadistas, distribuidores, redes de farmácias e drogarias, lojas de cosméticos, pet shops, home centers, agências especialistas em marketing e influenciadores.

A Francal, maior promotora e ecossistema para eventos da América Latina, une forças com a Amicci, maior hub de private label do continente, para realizar esse encontro único no setor, com objetivo de potencializar o universo de marcas próprias e terceirização em toda região.

O setor de marcas próprias vive um momento de aceleração no país, com crescimento de 27,2% no valor das vendas em 2024, mais que o dobro do avanço das marcas de fabricantes (11,1%), segundo dados da Nielsen. Para Fernando Ruas, CEO da Francal, os números da última edição da PL Connection, realizada em setembro de 2024, refletem esse cenário positivo.

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“Foram mais de 3,4 mil visitantes, alta de 36% em relação a 2023, e um crescimento de 130% no número de expositores. Os 100 expositores reunidos no evento representaram setores como alimentos, farma, higiene e beleza, pet e serviços. Além disso, 73% dos visitantes eram tomadores de decisão e 31% ocupavam cargos C-Level, reforçando o caráter estratégico do encontro para a geração de negócios”, completa Fernando.

A edição de 2025 deve ampliar ainda mais essa relevância. A organização projeta superar o número de visitantes e reunir mais de 100 expositores qualificados, acompanhando o crescimento contínuo do setor e o interesse crescente de varejistas e fornecedores por produtos de maior valor agregado.

Para Antócio Sá, sócio fundador da Amicci o evento acompanha a transformação do mercado brasileiro: “O consumidor brasileiro está mais aberto às marcas próprias, e o varejo já percebeu que produtos exclusivos aumentam margens, fortalecem a diferenciação e fidelizam clientes. O PL Connection conecta os principais players do setor, transformando tendências e oportunidades em negócios reais.”

Prêmio Excelência em Marca Própria

Entre os destaques deste ano no PL Connection também está a segunda edição do Prêmio Excelência em Marca Própria, tem como objetivo reconhecer e valorizar varejistas, indústrias e empresas de serviços que se destacam no desenvolvimento de soluções inovadoras, produtos exclusivos e estratégias de marca que fortalecem a conexão com o consumidor e impulsionam a competitividade do setor transformando produtos de marca própria em referências no mercado brasileiro.

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O prêmio contempla cinco categorias: Design de Embalagem, Inovação em Produto, Sustentabilidade, Melhor Desenvolvimento de Marca e Indústria Parceira da Marca Própria, cada uma delas engloba três setores: Alimentos, Farmácia e Outros. Os projetos inscritos são avaliados por um comitê técnico especializado dentro de subcategorias classificadas por produto, varejista, indústria e agência.

Nesta edição, a programação do evento também reúne grandes nomes do varejo e da indústria em palestras e workshops com debates vão abordar temas que vão da inteligência artificial ao comportamento da Geração Z. Entre os participantes confirmados estão Patriciana Rodrigues (Farmácias Pague Menos), Domenico Tremaroli (NielsenIQ), Marcos Ambrosano (Pátria Investimentos), Fernanda Dalben (Dalben Supermercados) e Ricardo Dias (Adventures).

Serviço da feira

Datas: 26 e 27 de agosto de 2025 – Das 11h às 19h

Local: Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo (Portão 6), Av. Otto Baumgart, 1000 – Vila Guilherme, São Paulo – SP

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Entrada: a visitação é gratuita para profissionais com CNPJ ativo. Menores de 16 anos não têm entrada permitida, salvo lactentes até 24 meses

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Negócios

Transporte pesa no bolso e impacta preço dos alimentos e insumos no campo

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Do diesel à escolha da rota, logística pode representar até 15% do valor final pago pelo consumidor; especialistas apontam gargalos e soluções para reduzir custos

No Brasil, a distância entre a lavoura e a mesa do consumidor não se mede apenas em quilômetros — mede-se em custo. O transporte rodoviário, responsável por 62% de toda a movimentação de cargas no país, pode representar até 15% do preço final dos alimentos, segundo estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Quando o diesel sobe ou a oferta de caminhões aperta, a conta chega rapidamente ao produtor e ao consumidor.

Em 2025, os custos logísticos brasileiros atingiram R$ 940 bilhões, de acordo com o Instituto Ilos, um aumento de quase 7% em relação ao ano anterior. No modal rodoviário, que concentra a maior parte do escoamento das safras, a alta foi de 4,2%. O impacto é sentido principalmente no agronegócio, onde a colheita, concentrada em poucos meses, provoca picos de demanda por frete e pressiona preços.

A Conab registrou aumentos expressivos nas tarifas de transporte de grãos: no Piauí, a alta média foi de 39%; no Maranhão, 26,8%; no Paraná, subiu até 20% em municípios como Campo Mourão. “O frete é um componente invisível que o consumidor raramente percebe, mas que está embutido em tudo que chega ao supermercado. Uma rota redundante, carga ociosa ou caminhões rodando vazios são custos que se somam ao preço do alimento”, explica Célio Martins, gerente de novos negócios da Transvias, que atua há mais de duas décadas acompanhando tendências logísticas no Brasil.

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Além do peso do combustível, a precariedade da infraestrutura amplia o problema. O custo de transportar uma tonelada de grãos até a China, por exemplo, chega a US$ 110 no Brasil, enquanto nos Estados Unidos e na Argentina fica entre US$ 56 e US$ 57. Para Martins, enquanto a dependência quase exclusiva das rodovias se mantiver, será difícil reduzir o peso do frete no preço final. “O país precisa investir em modais alternativos e, ao mesmo tempo, melhorar a eficiência do transporte rodoviário existente”, afirma.

Entre as estratégias apontadas por especialistas do setor estão a roteirização inteligente, que evita viagens redundantes e reduz o consumo de combustível, e o uso de cargas fracionadas planejadas, que permitem otimizar o espaço nos veículos. Essas práticas, segundo estudos do Instituto de Transporte e Logística (ITL), podem reduzir em até 20% o custo por tonelada transportada.

O cenário também exige políticas públicas consistentes. Programas como o Renovabio e iniciativas para estimular o transporte ferroviário e hidroviário são caminhos para diminuir a dependência do modal rodoviário. “A solução para o custo do frete não está apenas na mão do produtor ou do transportador. É um esforço conjunto, que precisa unir tecnologia, gestão eficiente e investimento em infraestrutura”, conclui Martins.

No campo, o desafio segue sendo o mesmo: colher bem, vender bem — e fazer com que o trajeto entre a fazenda e o mercado não pese tanto na conta.

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Elev-C vira assunto do momento e apresenta modelo inédito de negócios digitais com propósito social

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Conecta creators ao empreendedorismo de impacto, une monetização inteligente a causas sociais e cria oportunidades reais de crescimento

A Elev-C está movimentando os bastidores do marketing de influência e se tornando o assunto mais comentado entre criadores de conteúdo. Em um cenário onde muitos buscam ir além das ações tradicionais de publicidade, o negócio apresenta um formato inovador que combina monetização, campanhas exclusivas e impacto social real, destinando parte dos resultados gerados a causas que beneficiam comunidades e estimulam o engajamento genuíno entre influenciadores e suas audiências.

Mais do que uma ferramenta para gerar renda, a Elev-C propõe uma nova forma de empreender no universo digital. Os influenciadores que aderem ao sistema passam a atuar como sócios Elev-C dentro de um ecossistema que integra:
• Comercialização inteligente de produtos;
• Campanhas integradas com marcas alinhadas ao perfil do creator;
• Portal de capacitação com estratégias e conteúdos exclusivos de empreendedorismo digital;
• Doações automáticas a projetos sociais selecionados.

Com adesão crescente e repercussão nas redes, a Elev-C mostra que a nova onda do marketing de influência está no cruzamento entre negócio, propósito e impacto social. E, ao que tudo indica, este é apenas o começo.

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(Fotos : Elev-C)

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