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Fernanda King alerta: Baixa adesão à educação infantil compromete desenvolvimento e alfabetização das crianças no Brasil

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É chegado um momento crucial para muitas crianças nessa época do ano – a mudança da educação infantil para o Ensino Fundamental. Algumas escolas infantis realizam até festas de formatura para celebrar essa transição. Mas será que estamos preparando corretamente esses alunos para a alfabetização? E num país como o nosso, onde os índices de analfabetismo e de evasão escolar são alarmantes, quais seriam os motivos?

O Brasil tem 2,5 milhões de crianças de até 3 anos de idade fora das creches, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com o estudo, apenas 30% das crianças dessa faixa etária estão matriculadas na educação infantil. A meta do Plano Nacional de Educação (PNE), do Ministério da Educação, é de que até o próximo ano 50% delas estejam frequentando escolas.

Fernanda King, CEO da escola infantil Petit Kids Cultural Center e da King Educacional, empresa que atua no ramo de palestras na área da educação, afirma que restringir o acesso das crianças pequenas a uma educação de qualidade é um retrocesso social e traz consequências que não podem ser revertidas. Segundo ela, a alfabetização deve começar desde cedo para garantir o pleno desenvolvimento infantil. “Muitos pais deixam a educação infantil de lado na primeira infância e ela é fundamental para criar toda a base de conhecimento. É preciso levar em consideração o desenvolvimento da criança e não apenas a conveniência ou vontade dos pais”, afirma.

Fernanda defende que o incentivo à leitura começa junto com a fala. “Com 1 ano a criança precisa conhecer livros, ouvir as histórias desses livros, ver figuras para que tenha vontade de aprender a ler”, comenta. A educadora explica que a educação antes dos 3 anos não é somente um recurso para as mães que trabalham, mas sim uma necessidade das crianças. “Não dá para querer que criança simplesmente entre na escola aos 6 anos e aprenda a ler e escrever. Há todo um processo de desenvolvimento da educação antes disso”, alega.

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Para a pedagoga Fernanda King, que é especialista em desenvolvimento infantil e renomada palestrante nessa área, muitas coisas precisam ser revistas. A educadora reconhece que ainda há tabus sobre bebês frequentarem escolas, mas defende que a educação nessa fase é fundamental para o desenvolvimento integral da criança, o avanço na formação escolar nos anos seguintes e a profissionalização. Estudos mostram que a evolução do cérebro humano acontece muito rapidamente nos três primeiros anos de vida, com 1 milhão de novas conexões entre neurônios por segundo, e que 90% das conexões cerebrais são estabelecidas até os 6 anos. Portanto, esse é o período em que o cérebro mais precisa de estímulos. “A educação nessa fase é transformadora”, garante Fernanda, que é referência em educação infantil.

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Gracyovos e Canva: transparência ainda importa no marketing?

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Entre a genialidade e o risco de perder a credibilidade há uma linha tênue das campanhas que flertam com a ficção

Por Lilian Carvalho

A musa fitness Gracyanne Barbosa parou a internet ao anunciar sua suposta marca de ovos “de luxo”, a Gracyovos, com direito a embalagem premium em veludo azul‑royal e um logo dourado. A narrativa incendiou as redes sociais e chegou a pautar a imprensa, em mais um capítulo da tendência que borra as fronteiras entre o real e o fake.

Algum tempo depois, veio a revelação: a marca não existia. Tudo fazia parte de uma ação publicitária do Canva Brasil, que criou a identidade visual e o storytelling da Gracyovos usando Inteligência Artificial (IA). A reviravolta transformou o caso em vitrine da campanha “Faz Bonito”, na qual o Canva vem explorando ícones da cultura pop brasileira — como Xuxa e agora Gracyanne — para reforçar a promessa de que qualquer pessoa pode criar sua própria marca com poucos cliques.

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O “plot twist” gerou mais de 5 mil menções nas redes sociais, segundo dados da Polis Consulting. A maioria foi neutra (76%), mas as opiniões se dividiram: 12% positivas e 12% negativas. Entre os elogios, a criatividade da ação e sua capacidade de viralizar foram destaque. Já as críticas questionam o teor “enganoso” da campanha.

Esse tipo de stunt revela bem o momento do marketing digital brasileiro, que para ser visto aposta no vale tudo, como criar universos fictícios que flertam com a realidade, exploram memes pré-existentes (como o histórico “como 40 ovos por dia” de Gracyanne) e usam o corpo da influenciadora como ativo simbólico de disciplina, performance e consumo fitness. Dentro do mercado, muitos se perguntam se essa abordagem pode se tornar um “tiro no pé”.

Do ponto de vista estratégico, um alerta acendeu. Até que ponto vale arriscar a confiança do público quando “mais uma publi genial” depende de que ele acredite, ainda que por algumas horas, em uma marca que nunca existiu?

O caso Gracyovos é mais do que uma ação criativa, é um espelho do marketing digital atual, onde a busca por viralização desafia os limites entre verdade e ficção. Estratégias que constroem universos fictícios, exploram memes e se apoiam em símbolos culturais podem gerar engajamento massivo, mas também levantam questões sobre transparência e credibilidade.

Em um cenário saturado de campanhas que disputam segundos de atenção, a linha entre genialidade e desgaste é cada vez mais tênue. E, pelo menos desta vez, a mentira correu longe.

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Automação por IA ajuda prefeituras a eliminar burocracia na validação de documentos

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Utilização de inteligência artificial está entre as prioridades dos dos governos municipais, mas sua adoção ainda é fragmentada, segundo estudo

A validação de documentos é uma das etapas mais burocráticas dentro das prefeituras, responsável por atrasar serviços essenciais e sobrecarregar equipes. Um relatório recente da Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), “Governing with Artificial Intelligence”, analisou 200 casos reais de uso de inteligência artificial (IA) em funções governamentais no mundo e mostrou que, embora a tecnologia seja prioridade para os executivos municipais, sua adoção ainda é desigual e fragmentada. Mesmo assim, quando aplicada a processos administrativos, especialmente em serviços municipais, a IA demonstra impacto direto na redução da burocracia que trava o dia a dia do cidadão.

A emissão de cartões de transporte é um exemplo claro. Em muitos municípios, o processo ainda depende da conferência manual de comprovantes, o que pode levar semanas. Com IA, essa checagem ocorre em minutos, permitindo que estudantes, trabalhadores e pessoas em situação de vulnerabilidade recebam o benefício sem demora. “Quando a prefeitura elimina a burocracia e abre espaço para processos automáticos, ela libera seus times para tarefas estratégicas e devolve tempo para a população”, afirma Rodrigo Grossi, especialista em IA e sócio da Dynadok, startup de automação de validação documental por IA.

Outra aplicação relevante está nos programas sociais administrados pelos municípios, que exigem a análise de documentos como comprovantes de renda, certidões e laudos. A automação reduz erros, padroniza análises e impede que famílias elegíveis esperem meses por um retorno. Já nas áreas de licenciamento de ambulantes, a IA agiliza a conferência de documentação e evita retrabalho, permitindo que pequenos empreendedores iniciem suas atividades com mais rapidez.

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“A automação identifica inconsistências, organiza evidências e reduz em até 95% o tempo gasto na análise. O impacto não é apenas administrativo: ele melhora a relação entre prefeitura e sociedade”, completa Grossi. Ao eliminar etapas manuais repetitivas e diminuir a burocracia, a IA contribui para uma máquina pública mais ágil, transparente e próxima do cidadão, especialmente nos serviços do dia a dia que mais afetam a vida urbana.

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Como o Sofá na Caixa virou uma das startups mais comentadas do Brasil e agora acelera sua expansão industrial

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A Sofá na Caixa pode até ter começado como uma startup pequena no interior de São Paulo, mas virou um fenômeno nacional. A marca, fundada em 2024 por Rubens Stuque, conquistou o público com vídeos viralizando nas redes mostrando sofás saindo de uma caixa e sendo montados em minutos. Agora, a empresa está entrando em uma nova fase: a expansão industrial.

O conceito criado pela marca é simples e genial: sofás compactados enviados em uma única caixa, fáceis de transportar, sem dores de cabeça na entrega e com montagem intuitiva. A proposta conquistou um público que busca praticidade, preço acessível e design atual — e mudou a lógica do setor moveleiro.

Em pouco mais de um ano, a marca ultrapassou 100 mil unidades entregues, fortalecendo sua presença em um mercado que tradicionalmente cresce de forma lenta e conservadora. Para sustentar a demanda, a Sofá na Caixa ampliou sua fábrica com um novo galpão de 2.500 m², contratou cerca de 70 colaboradores e reforçou sua equipe de gestão.

A chegada de Osvaldo Filho como diretor de Operações marca uma etapa decisiva: profissionalização e eficiência em escala. “A marca ganhou força rapidamente. Agora era o momento de estruturar a operação para acompanhar esse crescimento com qualidade”, destaca o executivo.

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Além da inovação no produto, o sucesso da empresa reflete uma tendência mais ampla: consumidores buscam soluções que economizam tempo e evitam frustrações, especialmente em categorias complexas como móveis.

Para Stuque, fundador da marca, o desafio é continuar crescendo sem perder a simplicidade que tornou a empresa famosa. “Estamos construindo uma operação sólida, mas mantendo a essência: descomplicar a vida das pessoas”, afirma.

O resultado é claro: a Sofá na Caixa deixou de ser apenas uma startup viral e se tornou uma marca relevante no mercado moveleiro, com potencial para expansão nacional e internacional.

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