Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP) promove programação multilinguagem que traz mostras, instalações e performances dos artistas visuais Novíssimo Edgar, Igi Lola Ayedun, Monica Ventura e Idris Brewster/ Kinfolk
O público já pode conferir o Anexa_CCBB: Movimentos Convexos, novo projeto do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP). Arte, culturas ancestrais e tecnologia ocupam o anexo e o entorno do CCBB SP, com uma programação multilinguagem em cartaz até 22 de outubro. A iniciativa reúne instalações, performances, DJ sets, pocket-shows, festas e oficinas de artistas como Novíssimo Edgar, Igi Lola Ayedun, Mônica Ventura e Idris Brewster/Kinfolk.
ANCESTRALIDADE
Ao entrar no anexo do CCBB SP, o público encontra a instalação Dispositivos Intermediários Entre Fontes de Energia, de Novíssimo Edgar. A obra representa quatro pontos riscados de Exu Gira Mundo por meio de tomadas e energia elétrica, que formam uma espécie de mandala. Exu faz o intermédio entre os humanos e os Orixás, e a obra representa uma possibilidade de condução da energia, uma alusão à conexão de Exu com a tecnologia. A areia que circunda a obra é o elemento natural que relembra quem somos, enquanto o carvão simboliza, além do fogo, a transformação, porque, dependendo da pressão, o carvão pode virar diamante.
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Eclosão de um sonho, uma fantasia, de Igi Lola Ayedun, presente no segundo andar, é uma instalação site specific que apresenta a distopia da realidade como ponto de partida em um processo de contaminação do metro quadrado, como se a espacialidade comunicasse a existência de um outro mundo, onde a violência pudesse ser ignorada. Por meio da cor eixo da pesquisa da artista – o azul –, significados de ancestralidade afrodescendentes são reverenciados a partir do mineral lápis lazuli, típico das culturas norte-africanas marroquinas e egípcias. Dessa forma, elementos da matriz original de um espaço são recuperados e projetados arquitetonicamente dentro da estrutura construída.
Para a mostra, a artista implementa elementos do hall do prédio histórico do CCBB São Paulo em iconografias e as reproduz dentro da instalação. Tais composições imagéticas desenvolvidas a partir da art nouveau – escola artística presente na construção de grande parte do centro histórico de São Paulo – encontram a partir do azul norte-africano um processo de descontextualização conectado com o princípio das linhas, formas e curvas da cultura árabe que, mais tarde, foi incorporada como parte de uma identidade europeia desgastando a percepção sobre a origem dessa estética entre simetrias, fauna e flora.
Parte da instalação, um filme possibilita a criação de imagens audiovisuais que superam o limite óptico das câmeras fotográficas ou mesmo do sistema ocular por meio do uso de ferramentas de inteligência artificial.
A artista Mônica Ventura, por sua vez, apresenta duas obras. Kiri Kirí é uma instalação visual e sonora localizada na vitrine do espaço anexo, composta por cinco dispositivos em formato de grandes capacetes. Um convite para que os visitantes entrem na peça e desfrutem o áudio enquanto olham para o ambiente externo do espaço. Sem um significado específico, funciona como uma onomatopeia que traz fonemas encontrados em diversas línguas, conectando a ideia de lúdico.
Já Jardim Kiri Kirí é outra instalação da artista, em formato de arte urbana, na qual vinte bambus com alturas entre dois e cinco são dispostos em conjuntos com um mobiliário urbano de concreto, localizados na Rua da Quitanda.
Outro destaque é a instalação em realidade aumentada Black Lands, da Kinfolk Foundation, que já foi exposta no Festival de Tribeca e no MoMa (NY). Passado, presente e futuro das comunidades negras que construíram a cidade de Nova York (EUA) são monumentalizados na instalação de realidade aumentada que explora as histórias de Land of the Blacks (área histórica de Manhattan), Flatbush Ancestral Burial Grounds (cemitério afro-americano também histórico) e o Pinkster Festival (que comemora a cultura e história afro-americana da região). A obra destaca histórias de indivíduos dessas comunidades, criando um espaço digital seguro para se conectar com os seus ancestrais.
PERFORMANCES Em 12 de outubro, das 14h às 19h, Mônica Ventura apresenta O Rio Kiri Kirí. Trata-se de uma proposição performática de interação do público por meio da instalação de um tapete LED disposto em forma curva, assemelhando-se a um pequeno trecho de rio. O trabalho envolve animações feitas em colaboração com o artista visual e parte do Duo VJ Suave, Ygor Marotta. As crianças poderão passear sobre a instalação, ao som de uma playlist sonora.
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No dia 22 de outubro, às 15h, a performance Eclosão de um sonho, uma fantasia, de Igi Lola Ayedun, apresenta uma leitura dramática dos ensaios poéticos da artista, que questionam as travessias do corpo nos códigos de temporalidade por meio de alusões espirituais e sociais. O texto transporta a mente humana para o ato de vislumbrar imagens como testemunho multidimensional e como forma de desencadeamento da dicotomia entre a experiência e a imaginação. O projeto ainda trará outros grandes nomes como Afrogroove, Perifa no Toque, Carol Tucuju, ONNiKA, MOOC e Nill.
PROJETO
A produção de Movimentos Convexos é da Cinnamon + Phi. “Convidamos artistas visuais que, a partir de suas vastas pesquisas no âmbito de povos e saberes originários, proporcionem ao público uma experiência de amplificação de sentidos e saberes a partir de instalações e performances no novo espaço do CCBB e em seu entorno, resultando em trocas criativas de fora para dentro e de dentro para fora desse lugar-espaço”, comenta a idealizadora Lia Vissotto, da Cinnamon.
Com patrocínio do Banco do Brasil, o projeto Anexa_CCBB: Movimentos Convexos nasceu da vontade do CCBB São Paulo de celebrar seu novo espaço. O anexo foi aberto em junho com duas incríveis obras da exposição Studio Drift – Vida em Coisas, mas para Cláudio Mattos, Gerente Geral do CCBB São Paulo, o novo anexo precisava ser apresentado ao público também como um potente espaço multidisciplinar: “queremos movimentar, ocupar e fomentar a vida no centro da capital paulistana e o anexo amplia as possibilidades do CCBB oferecer arte e cultura de forma acessível e inclusiva, em seus vários formatos, linguagens e manifestações”.
PROGRAMAÇÃO
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ANEXA_CCBB: MOVIMENTOS CONVEXOS
MOSTRA
Até 22/10 – 9h às 20h (anexo CCBB)
“Dispositivos Intermediários Entre Fontes de Energia” (Novíssimo Edgar)
“Eclosão de um sonho, uma fantasia” (Igi Lola Ayedun)
“Kiri Kirí” (Monica Ventura)
“Black Lands” (Kinfolk)
Até 22/10 – 24h – Rua da Quitanda
“Jardim Kiri Kirí” (Monica Ventura)
EVENTOS E OFICINAS
23/09
Ativação cultural (anexo CCBB, prédio principal e entorno)
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12h às 20h: AÇÃO GASTRONÔMICA – Fitó Cozinha no Café Girondino
16h às 20h: AÇÃO FESTIVA com Afrogroove
12/10
Especial semana infanto-juvenil (anexo CCBB, prédio principal e entorno)
10h às 14h: OFICINA de Pintura e Animação Digital, com VJ Suave
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12h às 19h: AÇÃO GASTRONÔMICA – Fitó Cozinha no Café Girondino
14h às 19h: PERFORMANCE – O Rio Kiri Kiri (Mônica Ventura, com participação de Ygor Marota) – Rua Álvares Penteado
14/10
Especial semana infanto-juvenil + ativação cultural (anexo CCBB, prédio principal e entorno)
10h: OFICINA Realidade aumentada – Do papel à tela
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12h às 20h: AÇÃO GASTRONÔMICA – Fitó Cozinha no Café Girondino
11h15: OFICINA Inteligência artificial – Pintores do futuro
13h15: OFICINA Inteligência artificial – Dê vida ao seu personagem
22/10 – Encerramento (anexo CCBB, prédio principal e entorno)
12h às 20h: AÇÃO GASTRONÔMICA – Fitó Cozinha no Café Girondino
15h: PERFORMANCE Eclosão de um sonho, uma fantasia (Igi Lola Ayedun e convidados)
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16h: DJ SET Carol Tucuju
17h: POCKET SHOW ONNiKA
17h30: DJ SET MOOCRADIO
19h: POCKET SHOW Nill
SERVIÇO
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ANEXA_CCBB: MOVIMENTOS CONVEXOS Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112, Centro Histórico, São Paulo
O anexo CCBB fica ao lado do prédio principal na Rua da Quitanda, 80.
Período do projeto: até 22 de outubro Funcionamento: todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças-feiras Ingressosgratuitos: disponíveis em bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB SP (sujeito à lotação)
O Teatro I Love PRIO, uma das grandes referências como casa de espetáculo no Rio de Janeiro, acaba de completar dois anos. Nesse período, foram mais de 100 mil espectadores, com 37 temporadas de teatro, 258 sessões realizadas e 53 mil de público somente para as peças. Grandes nomes já pisaram no palco, como Fernanda Montenegro, Osmar Prado, Letícia Sabatella, Daniel Dantas, Marília Gabriela, Beth Goulart, Cláudia Abreu, Heloísa Périssé, Denise Stoklos, Mel Lisboa, Elisa Lucinda e muitos outros.
Sendo um dos principais teatros com Naming Right, o I Love PRIO se posicionou, nesses dois anos, como apoiador ativo das artes e da educação cultural, gerando prestígio e relevância social. Somente em shows, foram mais de 40 apresentações, com um público de mais de 12 mil pessoas, onde já recebeu grandes apostas como Os Garotin, Melly e Rubel. Nos espetáculos musicais, como Candlelight ou Ballet of Light, foram 88 apresentações com mais de 30 mil pessoas assistindo.
Localizado no bairro da Gávea, para além das peças, o espaço também se destaca como uma ótima opção para eventos corporativos. O teatro é projetado para ser versátil, oferecendo infraestrutura e recursos adequados para a realização de diversos tipos de eventos empresariais, como palestras, seminários, workshops, lançamentos de produtos, convenções e até encontros mais intimistas ou coqueteis. Nos últimos dois anos, foram mais de 60 eventos, com mais de 20 mil pessoas. Destaque para o anúncio de Lady Gaga no Todo Mundo no Rio, onde recebeu mais de 100 jornalistas.
Outro grande destaque do I Love PRIO é a acessibilidade e democratização do espaço, onde foram investidos mais de R$500 mil, com mais de 7 mil ingressos gratuitos para mais de 300 espetáculos, 100% das apresentações com libras, formação técnica e profissional para 50 estudantes das Cias de Teatro, além de parceria com Grupo Nós do Morro e a Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Pena na criação e produção do espetáculo “Gil: Sobre Todas as Coisas”.
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Para 2026, o Teatro I Love PRIO já tem confirmado o retorno do espetáculo “O Cravo e a Rosa”, sucesso absoluto de público; a estreia do espetáculo “Choque”, com Danielle Winits, direção de Gerald Thomas; e “Matilde”, uma comédia em homenagem a Paulo Gustavo, com Malu Valle e Ivan Mendes. Além disso, manterão as cases “CandleLight”, “Ballet of Light” e “The Jury Experience”. Shows de artistas como Jadsa, Silvana Estrada, Mahmundi e Cícero estão na programação também.
Mais informações em contato@teatroprio.com.br ou nas redes sociais.
Evento acontece no Distrito Anhembi e tem a apresentação de Marquês
A tradicional premiação Moto de Ouro, promovida pela Revista Motociclismo, chegou à 26ª edição reconhecendo 24 categorias, entre 15 de Produto, cinco de Imagem e quatro de Pilotos. O público elegeu as marcas e modelos de destaque em uma ampla pesquisa realizada com leitores da revista, que registrou aproximadamente 7.000 votos.
O apresentador escolhido para conduzir o Moto de Ouro 2025 foi Marquês, profissional que leva ao palco mais de dez anos de atuação como locutor e comunicador, com passagens pela Massa FM, Tri FM, Programa Canta Comigo, Centros Culturais Vila Madalena e Pompéia e pelo canal Music Box Brazil.
A volta de Marquês ao comando da premiação — função que já desempenhou na edição de 2019, realizada no Salão Internacional Duas Rodas — reforça a conexão construída com o evento. Ele comenta a oportunidade:
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“É um privilégio fazer parte desta grande premiação, onde milhares de consumidores votam em diversas categorias. É, sem dúvida, um evento muito importante para a indústria e para os consumidores. Recebi com carinho o pedido para conduzir este celebrado evento ao lado de profissionais que nutro profunda admiração. É uma grande responsabilidade. Agradeço à Revista Motociclismo pelo convite.”
Serviço: Local: Salão Internacional do Automóvel, distrito Anhembi Dia 28.11.25 A partir das 16h
Conhecido por estrelar na televisão e no streaming, ator mostra sua versatilidade no palco
A peça “As Cinzas de Mairu” chega ao público trazendo uma narrativa potente sobre retomada indígena, memória e transformação. Entre os destaques do elenco está Hélio Amaral, conhecido como o ator e gari, que dá vida a Beto, um homem negro do circo conectado com a ancestralidade. Sua presença no espetáculo amplia o diálogo sobre representatividade, reafirmando a potência da arte como espaço de encontro de histórias diversas e plurais.
Com texto de Silvio de Andrade e direção de Jessyca Meyreles, a peça conta a história de Lili, uma jovem urbana que, acompanhada das cinzas da mãe, parte do Rio de Janeiro rumo à Floresta Amazônica. No caminho, enfrenta o irmão e a patroa da mãe, enquanto busca se reconectar com sua ancestralidade indígena. Inspirada em uma história pessoal, a montagem aborda temas de luto, resistência e reencontro com as raízes que habitam cada um de nós.
A dramaturgia dá corpo a um elenco de cinco atores em cena: três indígenas, um homem negro e uma mulher branca — composição que reflete a diversidade e a potência simbólica da proposta. Dividem o palco com Hélio Amaral as atrizes e atores Clarisse Dessaune, Yumo Apurinã, Aline Stefânia e Monique Vaillé.
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“As Cinzas de Mairu” tem ainda assistência de direção de Juliana França e direção de movimento de Camila Rocha. O espetáculo tem classificação indicativa de 12 anos (A12) e marca sua estreia no Rio de Janeiro, como ponto de partida para uma jornada que promete novos desdobramentos e circulação.
Com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, a iniciativa reafirma o compromisso com a valorização da memória, da ancestralidade e das artes como espaço de resistência e transformação.
“Este espetáculo é reconhecimento da intersecção que pulsa no Brasil desde os primeiros até a contemporaneidade ”, destaca o ator.