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Escassez de mão de obra qualificada na construção civil no Brasil: Desafios e comparações internacionais

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A construção civil no Brasil enfrenta um crescente desafio: a escassez de mão de obra qualificada. Esse problema impacta diretamente a produtividade e os custos dos projetos, tornando-se uma preocupação crítica para o setor. Enquanto a produtividade americana é cinco vezes superior à brasileira, isso se deve, em parte, ao uso intensivo de equipamentos e máquinas na construção. Nos Estados Unidos, a escassez de mão de obra é parcialmente compensada por um maquinário avançado, o que torna a comparação ainda mais desafiadora para o Brasil, onde o acesso a esses recursos é limitado.

Contexto global e comparativo

Nos Estados Unidos, dados do Bureau of Labor Statistics (BLS) mostram que o setor de construção civil enfrenta uma taxa de desemprego relativamente baixa, em torno de 4%, mas apresenta uma alta demanda por trabalhadores especializados, como carpinteiros, eletricistas e engenheiros civis. Essa demanda eleva os salários, resultando em uma remuneração média de US$ 15 por hora para ajudantes gerais, o que equivale a aproximadamente R$ 14.500 por mês no Brasil. Em contrapartida, um profissional similar no Brasil recebe em torno de R$ 2.200 registrado, totalizando R$ 4.500 com encargos para o contratante. O alto custo da mão de obra no exterior faz com que as empresas americanas e alemãs invistam em tecnologia e equipamentos para manter a produtividade em um mercado escasso de trabalhadores.

Na Alemanha, o foco na educação técnica e na formação de aprendizes resultou em uma taxa de desemprego para profissionais da construção civil de apenas 2,8%, segundo o Eurostat. A alta qualificação e especialização dos profissionais alemães fazem com que o país se destaque pela produtividade e eficiência em projetos de construção, algo que o Brasil luta para alcançar.

Realidade brasileira: Custo e qualificação

A falta de mão de obra qualificada no setor de construção no Brasil tem levado a um aumento significativo nos custos dos projetos. A desvalorização da profissão e a precariedade nas condições de trabalho afastam novos profissionais. Atualmente, apenas 30% dos trabalhadores da construção civil possuem qualificação técnica formal, de acordo com dados do IBGE. Além disso, o envelhecimento da força de trabalho e a migração de trabalhadores em busca de melhores oportunidades dificultam ainda mais a reposição de profissionais.

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Celso Zaffarani, CEO da Zaffarani Construtora, observa que essa dinâmica é refletida na cultura atual: “O operário da construção civil no Brasil quer que o filho seja engenheiro.” Essa aspiração destaca a desvalorização da profissão e a necessidade urgente de transformar a percepção sobre carreiras na construção civil. Essas questões, aliadas às flutuações econômicas, tornam a situação ainda mais alarmante.

Desafios e soluções propostas

Para Celso Zaffarani, CEO da Zaffarani Construtora, a solução para essa crise passa pela valorização e formação de novos profissionais. “O Brasil precisa investir mais em qualificação técnica e formação continuada. Sem profissionais capacitados, não conseguiremos atingir os padrões de produtividade que vemos em países como os Estados Unidos e a Alemanha”, destaca Zaffarani. Ele enfatiza que a inovação e o uso de novas tecnologias podem ser diferenciais competitivos essenciais. “A implementação de técnicas como o Light Steel Frame não apenas otimiza processos, mas também diminui a dependência de mão de obra intensiva”, acrescenta.

Investimento em capacitação

Uma alternativa viável para reverter esse cenário é aumentar o investimento em cursos técnicos e parcerias com instituições de ensino. Zaffarani defende uma revolução na forma como a educação técnica é encarada no Brasil: “Precisamos incentivar programas de formação profissional e estreitar laços entre empresas e escolas técnicas para garantir um futuro mais próspero para a construção civil.”

Oportunidade para crescimento

A crescente demanda por profissionais qualificados pode ser vista como uma oportunidade de crescimento. “Se conseguirmos alinhar a formação de mão de obra com as necessidades do mercado, não apenas atenderemos à demanda interna, mas também poderemos nos tornar um polo exportador de serviços especializados em construção civil”, finaliza Zaffarani.

Conclusão

A escassez de mão de obra qualificada é um desafio global, mas no Brasil, ela representa um obstáculo ainda maior à competitividade do setor de construção civil. É essencial que o país desenvolva uma estratégia robusta para formar e reter talentos, visando competir em um cenário internacional cada vez mais exigente e tecnológico. A valorização da profissão, a melhoria das condições de trabalho e a adaptação às inovações são passos fundamentais para superar essa crise e garantir um futuro promissor para a construção civil no Brasil. Enfrentar a escassez exige uma abordagem integrada que considere todos esses fatores, promovendo um ambiente mais atrativo e sustentável para os profissionais do setor.

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7 anos de MY BEE SUNGLASS

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A marca de óculos de sol MY BEE SUNGLASS celebra, em grande estilo, seus 7 anos de existência. Criada em Goiânia-GO, a empresa nasceu com o propósito de unir elegância, autenticidade e inovação, oferecendo óculos de sol de qualidade tanto em vendas presenciais quanto online.

Com o passar dos anos, o sucesso e a credibilidade conquistados abriram caminho para a expansão da marca, que hoje também conta com uma filial no Rio de Janeiro-RJ, consolidando a MY BEE como referência no setor.

À frente do negócio está a CEO Priscila Pontes, que transformou sua visão empreendedora em um nome respeitado no mundo da moda. Além de atender ao grande público, a marca também conquistou o reconhecimento de celebridades brasileiras, fornecendo modelos exclusivos para nomes como Belo, Dudu Nobre, Xande de Pilares, entre outros artistas que estampam estilo com o brilho MY BEE.

Ao longo dessa trajetória, a marca comemora a confiança de mais de 100 mil clientes que fizeram da MY BEE SUNGLASS uma empresa sólida, admirada e desejada.

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Porque, afinal, o brilho está no seu olhar – e é nele que a MY BEE encontra inspiração para continuar crescendo e iluminando histórias.

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Compras online: 5 dicas de segurança para evitar golpes cibernéticos

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  • Pesquisa aponta que 71% dos brasileiros já foram vítimas de golpes virtuais; especialista alerta para cuidados com senhas, URLs e políticas de privacidade

Comemorado em 15 de setembro, o Dia do Cliente propõe estreitar a relação entre comércio e consumidores, mas é preciso estar atento nas compras online para evitar golpes cibernéticos. Diversos varejistas aproveitam a data para oferecer promoções especiais, cupons de desconto e sorteios, inclusive pela internet. De acordo com dados da Rede Itaú, o e-commerce ampliou em 88% as vendas no Dia do Cliente no ano passado.

A data comercial, entretanto, é uma brecha para golpes cibernéticos, cada vez mais comuns no país. De acordo com levantamento da Nord Security, aproximadamente 71% dos brasileiros já foram vítimas de pelo menos um golpe online, relacionado principalmente a roubo de dados pessoais e bancários. Isso posiciona o Brasil como o segundo país que mais sofre com ataques virtuais na América Latina.

“Com a maior ocorrência de compras online, a segurança é um dos pilares mais impactados, devido a usuários mal-intencionados que exploram as vulnerabilidades do sistema eletrônico para acessar, ilegalmente, informações sensíveis”, afirma Ana Vitória da Silva Santos, coordenadora de cibersegurança da keeggo.

Para aumentar a segurança em compras online, o especialista recomenda cinco cuidados.

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Confira as dicas para evitar os golpes cibernéticos:

1 – Evitar conexões a redes de Wi-Fi públicas e não seguras, utilizando Rede Privada Virtual (VPN) quando possível;

2 – Cadastrar senhas fortes, complexas e exclusivas para cada sistema que é acessado;

3 – Efetuar compras somente em lojas virtuais de fontes confiáveis, observando se o endereço de rede é mantido em protocolo seguro HTTPS – camada de segurança que transmite dados por meio de conexão criptografada e verifica a autenticidade do servidor;

4 – Manter softwares sempre atualizados, principalmente sistemas operacionais, navegadores de internet e plugins nele instalados, pois são as principais fontes de ataques;

5 – Verificar, por meio das políticas de privacidade e devolução, se os dados são mantidos de forma segura e se os mesmos são deletados do datacenter quando os acessos são removidos ou revogados.

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Ana Vitória ressalta que: “É de extrema importância utilizar tecnologias de segurança ofensiva (proativa) e defensiva (reativa), para se proteger antecipadamente de ataques e saber de que forma agir em incidentes já performados”.

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Empresas investem em automação, sensores de ocupação e zonas independentes de climatização para equilibrar conforto e eficiência

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É possível identificar quais horários o consumo de energia é maior e ajustar o funcionamento para evitar picos desnecessários

Com a consolidação do trabalho híbrido, os escritórios brasileiros passaram a enfrentar um novo desafio, que é o de manter a climatização eficiente em ambientes que já não funcionam em ocupação máxima e que exigem mais flexibilidade no controle térmico. A transição do modelo 100% presencial para jornadas alternadas impactou diretamente o desenho dos espaços e trouxe à tona a necessidade de adaptar os sistemas de climatização.

Patrick Galletti, engenheiro especialista em climatização, e CEO do Grupo RETEC, explica que o modelo híbrido exige mudanças profundas no gerenciamento do clima nos escritórios. “A inteligência nos sistemas permite analisar dados do ambiente e sugerir mudanças que os usuários talvez não percebam. É possível, por exemplo, identificar quais horários o consumo de energia é maior e ajustar o funcionamento para evitar picos desnecessários, o que também ajuda na sustentabilidade”, aponta.

Segundo levantamento da Agência Internacional de Energia, aquecimento e resfriamento respondem por cerca de 40% do consumo de eletricidade em edifícios comerciais. Esse dado reforça a importância de tecnologias de automação capazes de ajustar a temperatura de acordo com a ocupação real do espaço. Em ambientes híbridos, áreas como salas de reunião ou estações de trabalho podem permanecer vazias por longos períodos, tornando inviável manter a climatização contínua sem desperdício.

A pesquisa Global Workplace Survey 2023, da consultoria Leesman, mostrou que 37% dos funcionários em regime híbrido apontam o conforto térmico como um dos fatores mais importantes para a produtividade. No Brasil, a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) estima que cerca de 20% do gasto energético adicional dos sistemas corporativos está associado ao uso ineficiente em áreas desocupadas.

Nesse cenário, soluções como controle por zonas independentes, sensores de presença e automação integrada a aplicativos de gestão predial se tornam cada vez mais comuns. “A climatização inteligente tem permitido que gestores e moradores entendam melhor o comportamento dos ambientes onde vivem ou trabalham. Essa análise detalhada ajuda a planejar soluções mais adequadas, como a redistribuição do uso de equipamentos ou melhorias na ventilação, que antes não eram tão evidentes”, afirma Galletti.

Além da eficiência energética, a personalização do conforto tem impacto direto na retenção de talentos. Um estudo da Harvard Business Review revelou que ambientes mal adaptados ao conforto térmico estão entre as principais causas de queda de produtividade no modelo híbrido, superando fatores como ruído ou iluminação. Para Galletti, os escritórios que investem em climatização inteligente ganham vantagem competitiva. “Esses sistemas não são apenas mais eficientes, mas também mais inteligentes. Eles tornam os espaços mais funcionais e confortáveis, mostrando que é possível aliar tecnologia, economia e sustentabilidade”.

Com ondas de calor cada vez mais frequentes, segundo o serviço europeu Copernicus, a tendência é que o tema se torne prioridade nos projetos corporativos. O desafio não é apenas garantir conforto térmico, mas integrar sustentabilidade e saúde ocupacional em um mesmo sistema. A adaptação dos escritórios ao modelo híbrido, portanto, passa inevitavelmente pela climatização inteligente.

Sobre o Grupo RETEC

O Grupo RETEC é referência, há mais de 40 anos, no setor de climatização e refrigeração no Distrito Federal e Goiás, oferecendo soluções integradas para instalação de ar-condicionado, ventilação, isolamento térmico e renovação de ar. Com uma equipe altamente qualificada e parcerias com fabricantes líderes, a empresa garante acesso às tecnologias mais avançadas e inovadoras do mercado. Oferecendo suporte técnico especializado e produtos com pronta-entrega, o Grupo RETEC está comprometido com a excelência, inovação e satisfação de seus clientes em projetos de diferentes portes.

Para mais informações, acesse o site oficial e Instagram.

Sobre Patrick Galletti

Patrick Galletti é Engenheiro Mecatrônico, pós-graduando em Engenharia de Climatização e estudante do curso “O impacto das mudanças climáticas na saúde das pessoas”, pela Universidade de Harvard. Possui experiência em engenharia de orçamento, gerenciamento de riscos de construções, obras e operações offshore em uma das maiores empresas do Brasil, além de oito anos de atuação no mercado de climatização. Atualmente, é CEO do Grupo RETEC, uma empresa pioneira e referência com mais de 42 anos de atuação no mercado de AVAC-R (aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração).

Para mais informações, visite o Instagram.

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