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Risco de exposição cria obstáculo para igualdade salarial entre mulheres e homens

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Gabriel Henrique Santoro (*)

Passada a euforia inicial pela escolha da direção certa adotada pelo Congresso com relação à equiparação salarial entre homens e mulheres, uma análise mais profunda sobre o texto da lei nº 14.611/2023 aprovada no dia 3 de julho revela que existem obstáculos no caminho.

Uma das principais dificuldades em fazer a lei ‘pegar’ efetivamente se refere ao antagonismo existente entre a necessidade de comparação dos valores pagos a cada gênero e a inconveniência de expor os salários pagos a cada trabalhador.

O dilema fica explícito ao se imaginar como será colocado em prática o que rege o artigo 5º desta norma. Segundo a redação aprovada pelos deputados, “fica determinada a publicação semestral de relatórios de transparência salarial e de critérios remuneratórios pelas pessoas jurídicas de direito privado com 100 (cem) ou mais empregados, observada a proteção de dados pessoais de que trata a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)”.

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Pelo que estabelece este item, para não arcar com uma multa que pode chegar a até 100 salários-mínimos para hipótese de descumprimento, uma empresa que tenha mais de 100 empregados precisa publicar esses relatórios periódicos.

Mas o detalhe que parece passar despercebido e que torna a missão quase impossível é que isso precisa ser feito sem expor a vida financeira dos trabalhadores.

Como será viável criar esse mecanismo de transparência da política salarial sem que a organização exponha o salário das pessoas?

Afinal, para que um gerente homem e uma gerente mulher, por exemplo, ou uma analista mulher e um analista homem, possam comparar os seus salários objetivando saber se está havendo ou não respeito à lei, será necessário que haja uma certa identificação sobre qual foi o valor recebido por esses profissionais.

Seja pelo número da matrícula do funcionário, ou por meio de um documento como RG ou CPF, o fato é que as partes precisarão comparar na planilha da empresa quem é o trabalhador X e quem é a trabalhadora Y para saber se ambos estão recebendo a mesma quantia.

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De uma forma ou de outra, a trabalhadora Y precisará ter condição de analisar essa planilha para verificar se o colega de profissão do sexo masculino que exerce a mesma função que ela na empresa está recebendo o mesmo valor de salário.

Quais problemas podem ser gerados nas empresas quando os salários das pessoas se transformarem em informações correntes pelos corredores?

Apesar de ter uma redação simples, o cumprimento do que esse artigo estabelece é extremamente complexo e exigirá dos profissionais de recursos humanos e de tecnologia um grande esforço para criar soluções que possam entregar este nível de transparência que, na verdade, só será bem-sucedido se entregar também algum nível de ‘não transparência”.

É inegável que a lei recém-criada representa mais um avanço na, já antiga, luta pela igualdade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho.

Na verdade, essa tão desejada equidade vem sendo buscada desde as versões mais remotas da CLT, quando o artigo 461 estabeleceu que “sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá, igual salário, sem distinção de sexo”.

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De lá para cá, aos poucos, foram introduzidas novas exigências, estabelecidos critérios e regras com o objetivo de assegurar esse direito, mas as dificuldades demonstradas no comprimento do artigo 5º da lei de 2023 revelam mais uma vez que é preciso um esforço ainda maior para ir além da boa vontade e dos textos bem escritos.

As leis funcionam como asseguradoras dos desejos da sociedade, mas neste caso, a impressão que se tem é que, se a sociedade pretende mesmo fazer com que homens e mulheres recebam o mesmo salário em situações iguais de prestação de serviço, será necessário muito mais do que o estabelecimento de normas.

A conquista deste patamar exige mudanças na estrutura social que passam pela educação, cultura, geração de oportunidades e uma série de aspectos que possam fazer com que essa equiparação passe a ser natural e não forçada por instrumentos fiscalizadores e punitivos.

* Gabriel Henrique Santoro é advogado do Juveniz Jr Rolim e Ferraz Advogados

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Negócios

Marketing de Alta Performance

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Créditos da foto: Divulgação

A Agência Digitals é uma agência de marketing full service especializada em trabalhar com empresas de alto padrão que buscam unir sofisticação estética a resultados comerciais concretos. Entre seus trabalhos, figuram projetos para grandes empresas, como Intel, Danone e Gerdau – além de marcas Brasileiras de pequeno e médio porte que atendem clientes exigentes.


“Mais do que fornecer serviços, a agência posiciona-se como uma parceira estratégica de marcas premium, em muitos casos, substituindo completamente o departamento de marketing e vendas dessas empresas”, afirma Pedro Burgos, sócio fundador e CMO da Digitals, formado em Design pela Hochschule Anhalt (antiga Bauhaus – Dessau).


“Nosso foco é atender empresas que se identificam com um design refinado e valorizam um trabalho orientado para o retorno do investimento em Marketing, com uma performance real em vendas, enquanto constroem uma reputação sólida, tanto no ambiente digital quanto no físico”, pontua Pâmela Burgos, sócia fundadora da Digitals e . Responsável pela Gestão Operacional da Digitals, especializada em Comunicação Corporativa e Branding.

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Com uma abordagem estratégica e altamente personalizada, a agência amplia a presença e a influência das empresas parceiras de forma estruturada, aliando elegância, minimalismo e alto impacto visual, o que proporciona uma redução sensível do custo de aquisição de clientes (CPA), uma conexão sólida com seu público-alvo, o fortalecimento da percepção de valor dessas marcas no mercado e a aceleração direta e mensurável de sua performance comercial.


Por meio da combinação entre criatividade e dados, a Digitals entrega soluções que integram times de Design, Audiovisual, Estratégia, Performance e Conteúdo em uma operação de Marketing completa e estruturada, com foco absoluto em eficiência, desejo e conversão. “Nosso portfólio contempla todos os serviços necessários para atender, parcial ou integralmente, às demandas de marketing e vendas dos nossos clientes”, ressalta Pedro .


As áreas de atuação incluem estratégia de marketing, operação de marketing, gestão de tráfego pago (ads), design com padrão internacional, produção de conteúdo, social media e produção audiovisual própria, garantindo excelência visual e narrativa, com uma abordagem flexível, podendo operar como o time completo de marketing das empresas ou complementar equipes internas já existentes – como é o caso nas grandes empresas – somando experiência, metodologia e visão estratégica de crescimento.


O processo contempla todas as etapas essenciais para o aumento de vendas, desde a construção da percepção de marca, por meio do design e da comunicação, até a execução e gestão de campanhas orientadas para resultado.
Pedro Burgos ressalta entre os principais diferenciais da Agência Digitals destacam-se o foco exclusivo em marcas cujos clientes são exigentes, a integração de sete departamentos internos especializados, a presença de uma equipe multidisciplinar com excelência criativa e técnica, o domínio das técnicas da escola alemã de design, que reforça confiabilidade, elegância e minimalismo, a capacidade de produção audiovisual em padrão cinematográfico e uma atuação orientada por dados e performance comercial, com o propósito de impulsionar marcas que valorizam a estética, o detalhe e a inteligência estratégica.


“Para a Digitals, o verdadeiro luxo está no minimalismo, na clareza da mensagem, no rigor do design e na precisão dos resultados. Nossa missão é contribuir para que marcas brasileiras atinjam seu máximo potencial por meio de uma publicidade de qualidade excepcional, tanto no digital quanto no offline, promovendo crescimento concreto, mensurável e sustentável”, finaliza Pâmela..

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Negócios

Empreendedora goiana Eliana Martins lança linha de produtos capilares após dois anos de testes, com a filha Isley como embaixadora

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A empresária goiana Eliana Martins, criadora da técnica Mega Hair Micro emborrachada — método que ganhou visibilidade nacional com o apoio da cantora Marília Mendonça e que se consolidou entre celebridades como Maiara & Maraísa — anuncia o lançamento de sua primeira linha de produtos capilares.

A novidade chega ao mercado após mais de dois anos de pesquisas e testes em diferentes tipos de cabelo. O objetivo, segundo Eliana, é oferecer soluções práticas e eficazes para quem deseja manter a saúde dos fios, especialmente mulheres que utilizam alongamentos.

“Percebi que muitas clientes que procuravam o Mega Hair Micro emborrachada tinham uma dor em comum: o cabelo natural estava fragilizado, quebradiço e sem vitalidade. Por isso, comecei a testar fórmulas para criar uma linha que não apenas recuperasse os fios, mas também ajudasse a mantê-los fortes e saudáveis no dia a dia”, explica a empreendedora.

A linha já começa a ser distribuída em Goiás e deve alcançar o mercado nacional nos próximos meses. Reúne produtos para reconstrução, hidratação e proteção térmica, desenvolvidos tanto para uso doméstico quanto profissional. O diferencial está na combinação de ativos de alta performance, pensados para prolongar a durabilidade de procedimentos como o alongamento capilar e o próprio Mega Hair Micro emborrachada.

O lançamento também marca a entrada da filha da empresária, Isley Martins, como embaixadora oficial da linha, reforçando o elo familiar do projeto. Jovem e conectada, Isley representa a nova geração e aposta no uso diário dos produtos, especialmente em penteados e finalizações, destacando a versatilidade e a força da marca.

“Assim como o Mega Hair Micro emborrachada nasceu da necessidade real das mulheres, essa linha de produtos também nasceu da escuta e da experiência prática com minhas clientes”, afirma Eliana.

Com a novidade, a expectativa é ampliar a presença da marca em salões de beleza de todo o país e fortalecer a relação com consumidoras que buscam mais do que estética: desejam saúde e cuidado capilar de longo prazo.

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Negócios

Como a formação de talentos mantém a engrenagem da manufatura americana em movimento

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Engenheiro mecânico com trajetória internacional, Hugo se destaca por liderar equipes e capacitar trabalhadores em metodologias de qualidade e segurança, contribuindo para a inclusão e o fortalecimento da mão de obra industrial nos EUA

O engenheiro mecânico Hugo Rocha Andrade, que há mais de duas décadas atua na multinacional Norma Group, transformou sua experiência técnica em um papel central na formação e desenvolvimento de equipes industriais. Líder responsável por treinar novos colaboradores em processos de qualidade, segurança e inovação, Hugo tem contribuído não apenas para o crescimento produtivo, mas também para a inclusão de diferentes perfis no mercado de trabalho.

Entre suas atribuições, estão o treinamento em metodologias como 5S, Kaizen e Problem Solving Procedure (PSP), além do acompanhamento de novos profissionais no sistema interno de produção da companhia. Esse trabalho permite que a empresa mantenha padrões globais de eficiência ao mesmo tempo em que capacita trabalhadores locais, fortalecendo a base da indústria americana. “Meu papel é garantir que cada novo integrante da equipe tenha condições de crescer e contribuir. É assim que a indústria evolui de forma sustentável”, afirma Andrade.

O impacto desse tipo de liderança se reflete em números. Segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), empresas que investem em programas estruturados de treinamento têm aumento médio de 17% na produtividade por trabalhador. Nos Estados Unidos, a National Association of Manufacturers (NAM) estima que o déficit de mão de obra qualificada pode chegar a 2,1 milhões de vagas até 2030, o que reforça a importância de especialistas como Hugo na preparação de talentos para o setor.

Além do aspecto técnico, Hugo também desempenha papel relevante no acolhimento e integração de diferentes culturas dentro da empresa. Bilingue, com fluência em português e inglês, ele atua como facilitador entre trabalhadores de diferentes origens, promovendo inclusão e diversidade no ambiente de produção. Esse diferencial tem ganhado relevância, já que, segundo dados do U.S. Bureau of Labor Statistics (BLS), cerca de 19% da força de trabalho industrial americana é formada por imigrantes, muitos em busca de qualificação e estabilidade.

A responsabilidade social atrelada ao treinamento de equipes também impacta diretamente a economia. O último Boletim Focus projeta crescimento de 2,2% para o PIB americano em 2025, com a indústria sendo um dos motores dessa expansão. O fortalecimento da mão de obra e a formação de talentos são apontados como elementos centrais para sustentar esse avanço, principalmente diante dos desafios de reindustrialização do país.

Para Hugo, o legado da sua atuação vai além da produtividade, “Treinar uma pessoa não é apenas ensinar uma técnica. É oferecer a chance de crescimento profissional e pessoal. Acredito que o futuro da indústria está nas mãos de quem tiver coragem de investir em gente”, finaliza o especialista.

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