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O que as mulheres empreendedoras de Pirenópolis tem a ensinar?

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Nos últimos anos, Pirenópolis testemunhou uma metamorfose impressionante impulsionada pelo turismo, transformando-a de uma cidade tranquila em um destino vibrante e procurado. Esse boom turístico não apenas redefiniu a paisagem da cidade, mas também desafiou os empreendedores locais a se adaptarem rapidamente, mostrando ousadia e criatividade para aproveitar as oportunidades de um mercado em constante evolução. Nesse cenário dinâmico, as mulheres empreendedoras emergiram como líderes inspiradoras, demonstrando sua força, determinação e habilidades únicas para enfrentar os desafios do mundo dos negócios. Este artigo busca explorar e celebrar as lições valiosas que essas mulheres têm a oferecer, destacando suas histórias de sucesso, suas motivações internas e suas contribuições para o crescimento econômico e cultural de Pirenópolis.

Conheça cada uma delas: 

Larissa Neiva, estrategista de marketing e dona da Alya Company, uma das mulheres que mais tem ganhado espaço no marketing com sua atuação. Tem 27 anos e já acumula várias especializações no seu currículo, estando hoje a frente de uma startup que desenvolve novas tecnologias. Vive e vinga em um lugar majoritariamente masculino mostrando a força de conquista de espaço das mulheres.

“Quando você chegar lá, não fique sozinha no topo, amplie esse espaço para caber mais mulheres com você. Esse é meu principal pensamento. Mulheres que defendem outras mulheres e motivam-nas para continuar sua jornada. O preço de ser mulher é caro, vivemos em jornadas duplas e triplas e nossa força é exigida. Porém, que fique claro que nossa força não é a bruta. Somos de perseverança, resistência e principalmente: inteligência.”

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Catarina Schiffer, dona da Fazenda Vagafogo que é destacada como um ponto turístico imperdível e tradicional de Pirenópolis.

“Minha jornada começou com o sonho de sobreviver com os recursos do cerrado. Inicialmente, empreendemos enquanto eu também trabalhava como professora e anos depois no Iphan de Pirenópolis. Mesmo agora, com meu filho à frente, ainda me sinto presente ao ver os visitantes da nossa casa. Durante 10 anos, vendemos nossa produção e a de fazendeiros locais em Brasília, através de um sistema de telemarketing que desenvolvemos, sobrevivendo graças a essa iniciativa. Ao percebermos a mudança do cenário em Brasília, optamos por nos concentrar mais no turismo local. Foi desafiador, especialmente enquanto nossos filhos ainda eram jovens, mas eventualmente conseguimos enviá-los para estudar em Brasília, o que nos trouxe um sentimento de realização e gratidão. Hoje, compartilhamos essa história com nossa família, filho e netos levando e desfrutando de um pouco do nosso sonho e da tranquilidade merecida. Enquanto eu me preparo para novos capítulos emocionantes.”

Suzana Martins, diretora de criação e CEO da Aba Marketing, está há 4 anos gerenciando pessoas, projetos e marcas. Começou sozinha e conquistou, ao longos dos anos, clientes fiéis e renomados em Pirenópolis. Atualmente, está a frente do Projeto ABA, iniciativa filantrópica de ensino em escolas públicas da cidade.

“O que me faz continuar é saber que, como empreendedora alcançando lugares novos, posso abrir portas para outros que estão começando. Meu objetivo sempre foi gerar oportunidades e abraçar quem tem potencial. Como empresa, buscamos compartilhar conhecimento e métodos que ampliem os horizontes dos que ainda não podem dar grandes passos. Juntos vamos mais longe!”

Natiele Santos, 26 anos, empreendedora na área da beleza há 11 anos.

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“Tudo iniciou apenas com uma sacola de esmaltes, atendendo a domicílio, de indicação em indicação todos os dias tinha clientes. Meu pai me presenteou com o maior sonho da minha vida, minha graduação, e aos 17 anos iniciei minha faculdade de Estética. Tenho uma mãe que sempre trabalhou, e ela foi minha maior incentivadora, eu vi e vejo ela trabalhando todos os dias, e por muitas vezes ela me falou: vai Natiele, você consegue!

Eu tive muito medo, medo por não ter uma estrutura, de não ter um capital, não ter conhecimento, não ter clientes o suficiente, medo de dar tudo errado, mas eu tinha vontade e eu acreditava que havia 1% de chance. Sei agora o tamanho da minha coragem, e que  1% é um número grande, tudo depende de mim e tudo que deu errado nesse caminho não foi fracasso, foi para me fortalecer e me motivar a continuar. Hoje meu trabalho pode me levar ao infinito, e é isso que me motiva, onde estou não é o fim, há um universo de possibilidades, todos os dias eu procuro conhecimento para que eu possa aproveitar todos os meus dias trabalhando com o que eu amo, entregando para as outras mulheres autoestima, repassando o amor que eu recebi da minha mãe, o maior exemplo de mulher que eu pude conhecer.”

Bruna Silvério, 28 anos, mãe solo, terapeuta holística desde 2016 e CEO da Doce e Suprema Sexshop.

“Nasci das necessidades vistas em sala de atendimento, com o objetivo de promover a auto descoberta, unindo sexualidade, autoconhecimento e liberdade. Rompendo as barreiras e padrões da sociedade, facilitando o acesso à cura, desmistificando e quebrando tabus. Voltado principalmente para mulheres que precisam se conectar verdadeiramente com sua essência, tendo como fonte desses desejos minhas próprias experiências. Sigo ativamente na busca de levar esse conhecimento, apoio e informação.”

Dora Luzia, fundadora da maior produção de doces típicos e artesanais da região

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“O meu objetivo iniciar ao começar a fabricar e vender meus doces, a quase 40 anos atrás, foi ter minha independência financeira. A ideia de depender do marido e de outras pessoas sempre me amedrontou, assim como a perspectiva de ser dona de casa e infelizmente não ser valorizada.

Comecei fabricando biscoitos e compotas que aprendi a fazer com as mulheres da época, em especial minha mãe, e com o crescimento do turismo na cidade nossa fabricação acompanhou a demanda e hoje sustentamos toda a família com a Dora Doces.”

Norma Siqueira, fundadora da Pousada Rancho do Ralf

“Ao perder meu filho em um acidente de carro achei que minha vida tinha acabado. Mas refleti junto ao meu marido e decidimos transformar aquele luto tremendo em uma homenagem ao nosso filho, assim criando a pousada Rancho do Ralf, que leva o nome dele.

No começo, a 30 anos, tínhamos apenas o terreno e alguns quartos, servindo o café da manhã dos hóspedes em nossa própria casa. Com o tempo, fomos fazendo as ampliações e adequações necessárias e hoje tenho muito orgulho em ver nosso empreendimento estabelecido homenageando nosso saudoso filho.”

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Eduarda Gonçalves Steckelberg, dona da Brilha Flor, empreendedora desde pequena, se apaixonou pelo mundo da maquiagem e sempre usou da força e ousadia para se manter com seu negócio.

“O que me motiva e o que me faz empreender é ver o impacto que meu trabalho tem na vida das pessoas. Hoje, 90% do meu público é formado por mulheres e vê-las saindo da loja com um sorriso radiante no rosto é algo que não tem preço. Saber que estou ali trazendo bem-estar, alegria e autoestima, através de acessórios, roupas e maquiagens, é muito gratificante! É o que me faz colocar os pés na Brilha Flor todos os dias!”

Vanda Jayme, dona do Restaurante Pedreiras, pioneira em Pirenópolis com sua visão e ousadia

“Acredito que é preciso estar antenado e ter ousadia. Tudo muda muito rápido e não podemos ficar para trás. Temos que estar sempre a frente e colocar nossas ideias no mundo. Se você acreditar e fizer o seu melhor, o mundo responderá te dando o valor necessário. Eu não tenho medo de tentar porque sei que eu busco um lugar para mim e minha família sempre. Eu estou à frente.” 

Rosângela, uma mulher empreendedora de Pirenópolis, trilha uma jornada marcada por dedicação e evolução constante. Iniciando como professora, sua trajetória tomou um rumo inovador ao se mudar para a cidade e fundar, junto ao seu marido, o Laboratório Pasteur. Com a criação do laboratório, Rosângela viu a oportunidade de se especializar em biomedicina, assumindo a responsabilidade pela gestão e implementação de melhorias tecnológicas, mantendo-se alinhada com os avanços científicos.

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A história de Rosângela destaca não apenas sua habilidade em acompanhar a evolução da ciência, mas também seu papel fundamental na gestão do laboratório. Seu desejo como mulher empreendedora é inspirar outras mulheres a utilizarem sua intuição, percepção, empatia, inteligência e organização como ferramentas poderosas para agir com excelência em suas áreas de atuação.

Ynaê Siqueira Curado, empreendedora do turismo e produtora rural, além de ser advogada formada pela Universidade Evangélica de Goiás, pós graduando em Direito Ambiental e Direito Municipal. Atualmente, exerce o cargo de vereadora em Pirenópolis, atua como assessora jurídica na empresa Espaço Hípico e Cachoeira Bonsucesso e da empresa Vivarbo Frutas, e é advogada no escritório Siqueira Curado & Paixão Advogados Associados.

“Eu luto pelo lugar que eu vivo sendo mulher: eu luto por um acesso da mulher à política e aos meios que são basicamente acessados por homens. Eu aprendi tudo com meus pais e quero retribuir para o  mundo o quanto nós podemos ser e fazer onde estamos melhores”. 

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Cinco erros invisíveis que sabotam as vendas sem o vendedor perceber

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Falhas de comunicação e comportamento ativam resistência no cliente e reduzem conversões mesmo em ofertas competitivas

Relatórios recentes da Harvard Business Review indicam que cerca de 95% das decisões de compra são tomadas de forma subconsciente, enquanto estudos da Gallup mostram que interações negativas com vendedores reduzem em até 60% a probabilidade de recompra. Os dados ajudam a explicar por que muitos profissionais de vendas não entendem a real razão de resultados abaixo do esperado. Nem sempre o problema está no preço ou no produto, mas em erros sutis, pouco percebidos por quem está do outro lado da negociação. 

Para Grazi Guaspari, especialista e fundadora do Método VPM em neuro vendas e persuasão, com mais de 20 anos de atuação e mais de 3.500 profissionais treinados, “o vendedor costuma repetir padrões automáticos que parecem inofensivos, mas acionam mecanismos de defesa no cérebro do cliente e travam a decisão”.

Erro 1 Comunicação excessivamente racional

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O primeiro erro ocorre quando o vendedor aposta apenas em argumentos técnicos, números e explicações lógicas. Embora necessários, esses elementos não conduzem a decisão sozinhos. A neurociência mostra que o cérebro decide primeiro pelo emocional e só depois justifica racionalmente. Quando a conversa ignora sentimentos, desejos ou inseguranças do cliente, a proposta perde força. Na prática, isso faz com que a negociação avance, mas não se converta em fechamento, criando a falsa sensação de interesse.

Erro 2 Falar mais do que escutar

Outro ponto crítico aparece na condução da conversa. Muitos vendedores acreditam que dominar o diálogo demonstra preparo, quando o efeito pode ser o oposto. Pesquisas publicadas pela Salesforce apontam que 66% dos clientes esperam que as empresas compreendam suas necessidades específicas. Ao não escutar com atenção, o profissional perde informações-chave e apresenta soluções genéricas, o que enfraquece a percepção de valor ao longo do processo.

Erro 3 Linguagem que ativa defesa

A escolha das palavras também influencia diretamente o desfecho da venda. Expressões que soam impositivas ou apressadas ativam a amígdala cerebral, região associada à percepção de ameaça. Quando isso acontece, o cliente tende a se fechar, adiar decisões ou encerrar a conversa. Grazi Guaspari explica que “tentar convencer demais, insistir ou pressionar cria resistência automática, mesmo quando a oferta é adequada”. O resultado aparece em objeções frequentes e no clássico “vou pensar”. Alerta. 

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Erro 4 Falta de leitura emocional do cliente

A ausência de sensibilidade emocional é outro erro recorrente. Vendedores que ignoram sinais de desconforto, dúvida ou ansiedade seguem o roteiro padrão, sem ajustar o ritmo da conversa. Dados da PwC indicam que 73% dos consumidores consideram a experiência tão importante quanto o produto. Quando o profissional não adapta sua abordagem ao estado emocional do cliente, a negociação perde conexão e tende a esfriar antes do fechamento.

Erro 5 Insegurança mascarada por excesso de técnica

Por fim, muitos profissionais tentam compensar inseguranças pessoais com excesso de técnica, scripts rígidos ou discursos ensaiados. Embora pareçam estratégias de proteção, elas reduzem a autenticidade da interação. Estudos sobre comportamento do consumidor apontam que vendedores percebidos como artificiais geram menor confiança e menor taxa de conversão. “Vendas não são um teatro. Quando falta presença e verdade, o cliente percebe, mesmo que não saiba explicar o motivo”, afirma Grazi.

Na avaliação da especialista, identificar esses erros invisíveis é um passo decisivo para recuperar performance comercial. Ajustes na comunicação, maior escuta e atenção ao comportamento humano têm impacto direto nos resultados, sobretudo em mercados nos quais produtos e preços já são semelhantes. Mais do que mudar técnicas, o desafio está em mudar a forma como o vendedor se relaciona com o processo de decisão do cliente.

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Sophia Martins consolida trajetória editorial com três livros best sellers em cinco países e anuncia novo projeto voltado a mulheres para 2026

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Empresária é coautora de 12 livros no mercado imobiliário, atua com estratégias de ativos financeiros imobiliários e lidera iniciativas de impacto social voltadas à autonomia feminina

A empresária e referência no mercado imobiliário , Sophia Martins, consolida seu nome também no cenário editorial internacional. Com três livros best sellers lançados em sete países, a autora transforma conhecimento prático em obras que ultrapassam o discurso motivacional e se posicionam como guias estratégicos para quem busca crescimento profissional, posicionamento e resultados consistentes.

Os livros de Sophia não nascem do improviso. São fruto de anos de atuação direta em negócios, vendas, estruturação de ativos imobiliários, liderança e construção de marca pessoal. Essa vivência prática explica a forte adesão do público e o desempenho internacional das obras, que rapidamente alcançaram o status de best seller em diferentes mercados.

Além dos títulos próprios, Sophia Martins também é coautora de 12 livros voltados ao mercado imobiliário como autora convidada . contribuindo com análises estratégicas, visão de investimento e leitura de cenário em um dos setores mais relevantes da economia.

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De livro a movimento: o fenômeno 50 Tons de Luxo

Entre os títulos, “50 Tons de Luxo” se tornou um marco. O que começou como um livro evoluiu para algo maior: um movimento de formação profissional. A obra deu origem ao 50 Tons de Luxo Interativo, um ecossistema educacional que reúne curso, aulas estratégicas, conteúdos semanais, e-books aplicáveis e uma comunidade exclusiva.

O conceito central rompe com a ideia tradicional de luxo associada apenas a status ou estética. Para Sophia Martins, luxo é postura, repertório, entrega, disciplina e visão de longo prazo. O método ensina que qualquer profissional , independentemente da área de atuação , pode se tornar um profissional de luxo, desde que construa valor real, consistência e excelência no que faz.

“Vence quem sustenta com ética , entrega experiência e constrói confiança”, resume a autora.

Impacto além das páginas

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O sucesso editorial acompanha a atuação de Sophia Martins como estrategista de ativos financeiros com foco em imóveis, palestrante e mentora. Seus livros dialogam diretamente com empreendedores, líderes, profissionais liberais e investidores que buscam não apenas crescer, mas se posicionar de forma sólida em mercados cada vez mais competitivos.

A combinação entre linguagem acessível, visão estratégica e exemplos reais de mercado transformou suas obras em ferramentas práticas de desenvolvimento profissional, adotadas por leitores no Brasil e no exterior.

Novo livro em 2026: foco em mulheres e independência

Para 2026, Sophia Martins confirmou o lançamento de um novo livro direcionado a mulheres, com foco em independência, tomada de decisão, autonomia profissional e financeira e amadurecimento de mentalidade. Lançamento previsto para Março no Seminário das Mulheres no Mercado Imobiliário em Portugal.

O projeto se conecta a uma causa que a empresária defende ativamente: o fortalecimento feminino por meio de projetos que traz a liberdade financeira financeira e iniciativas que unem moradia, dignidade e desenvolvimento econômico. A proposta vai além do discurso, abordando desafios reais enfrentados por mulheres que desejam crescer, liderar e ocupar espaços com autoridade ,sem abrir mão de identidade, estratégia e consistência.

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Uma autora conectada ao mercado real

Com três livros best sellers em cinco países, 12 coautorias no mercado imobiliário, um movimento educacional em expansão e um novo lançamento já anunciado, Sophia Martins se consolida como uma das vozes mais relevantes quando o assunto é profissionalização, posicionamento e excelência aplicada.

Mais do que escrever livros, ela constrói métodos, provoca reflexões e entrega ferramentas práticas para quem decidiu elevar o próprio padrão , nos negócios, na carreira e na vida.

(Fotos : Arquivo Pessoal)

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A profissionalização das equipes de montagem no setor de acabamentos

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Especialistas explicam por que o modelo brasileiro de instalação é mais estruturado que o norte americano e como a qualificação técnica influencia vendas, experiência do cliente e competitividade das lojas físicas

A demanda por ambientes de exposição mais completos, organizados e capazes de apresentar peças de grandes formatos transformou o setor de acabamentos no Brasil e reposicionou o trabalho das equipes de montagem. O país, que figura entre os maiores produtores e consumidores de revestimentos cerâmicos do mundo, ocupando atualmente a terceira posição segundo dados da Anfacer, desenvolveu um modelo de instalação muito mais profissionalizado do que o padrão predominante nos Estados Unidos. O contraste revela diferenças estruturais na forma de operar lojas físicas, manter showrooms e garantir eficiência no varejo.

Para o especialista em montagem, coordenação de equipes e desenvolvimento de ferramentas de exposição, Jucemar Silva da Rosa, com mais de 30 anos dedicados ao setor, a evolução brasileira foi resultado direto do crescimento da indústria cerâmica e da necessidade de qualificação técnica. “As montagens no Brasil avançaram porque a indústria percebeu que a equipe treinada influencia a segurança, a durabilidade dos expositores e a experiência de compra. Nos Estados Unidos, o modelo é mais fragmentado e depende majoritariamente de prestadores autônomos. Isso dificulta padronização e manutenção”, afirma o profissional, que atua desde 2013 na criação de displays e coordenação de projetos de montagem em lojas de acabamentos.

Um modelo técnico que acompanha a complexidade do produto

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O mercado brasileiro de revestimentos passou nos últimos anos por uma expansão acompanhada do aumento dos grandes formatos, peças que podem atingir 3,20 metros de altura. Para esses produtos, expositores precisam de estruturas reforçadas, ajustes precisos de abertura, materiais metálicos e sistemas de fixação específicos, todos presentes nas linhas industriais dedicadas ao segmento, como mostra o catálogo de expositores para porcelanatos, louças e metais da Jota Silva .

Esse avanço exigiu equipes de montagem com competências técnicas que vão além da instalação final, como leitura de projetos, domínio de ferramentas de exposição, conhecimento de ergonomia, logística e controle de qualidade. “Quanto melhor a equipe entende o projeto e o material, menor o risco de perdas e maior a velocidade de execução. Isso impacta diretamente a performance da loja”, explica Jucemar.

O cenário norte americano e o impacto da fragmentação


Nos Estados Unidos, o varejo de materiais de construção enfrenta um momento de retração. Levantamento do UBS, amplamente repercutido pela imprensa financeira americana, projeta que mais de 50 mil lojas de varejo de todos os segmentos podem fechar até 2027, pressionadas pelo avanço do comércio eletrônico e pela concentração de operações em grandes centros logísticos. Embora o número não seja específico do setor de acabamentos, ele evidencia uma tendência que se repete no segmento. Pequenas lojas têm encontrado dificuldade em competir e manter estrutura física.

Segundo Jucemar, a baixa especialização de equipes de montagem no mercado norte americano reforça esse cenário. “Há pouca integração entre fabricantes, arquitetos e instaladores. A montagem costuma ser apenas execução, não parte do projeto. Isso reduz a vida útil dos displays, prejudica a apresentação das peças e aumenta o custo de manutenção”, analisa.

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Por que o Brasil criou um modelo mais eficiente

A profissionalização da montagem no país consolidou um ciclo de produção mais estruturado, marcado por características como:

  • Equipes internas e treinadas para manipulação de porcelanatos, metais, louças e estruturas metálicas.
    • Integração direta com fábricas e arquitetos, garantindo a correta interpretação de layouts e a execução fiel dos ambientes.
    • Padronização logística e frota própria, como ilustrado nas operações industriais que atuam com mais de 4 mil metros quadrados de parque fabril e produção automatizada de expositores.
    • Protocolos de ergonomia e segurança, fundamentais para peças de grande formato.
    • Redução de tempo de montagem, resultado de treinamento técnico, divisão de tarefas e antecipação de problemas.

No currículo de Jucemar constam experiências que reforçam esse padrão, como coordenação de amostras na Cecrisa, participação na montagem de espaços em feiras como Revestir e Cersaie e liderança de equipes dedicadas a projetos completos envolvendo fabricação, transporte e instalação de displays para showrooms em todo o país.

Efeitos diretos na experiência de compra e na saúde das lojas físicas
Estudos de comportamento de consumo mostram que ambientes organizados, bem iluminados e com exposição clara do produto aumentam a conversão em até 20 por cento, segundo análises de varejo presentes em relatórios internacionais. No setor de acabamentos, onde o cliente precisa visualizar textura, cor, brilho e paginação, o papel da montagem torna se ainda mais central.

Para Jucemar, uma exposição mal executada tem impacto imediato no desempenho da loja. “Quando a peça não está bem posicionada, quando o display não suporta o peso ou quando a paginação não é fiel ao ambiente real, o consumidor perde referência. A montagem é parte da venda”, explica.

Tendências e caminhos para os dois mercados
Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, especialistas apontam que o futuro da montagem no setor de acabamentos passa por três direções principais.

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  1. Formação continuada
    A qualificação em leitura de projetos, logística, ergonomia e manuseio de grandes formatos torna se cada vez mais indispensável.

  2. Participação do instalador desde o início do projeto
    Integrar montadores às decisões de layout reduz falhas, melhora o acabamento final e aumenta a durabilidade dos expositores.

  3. Padronização de processos
    Rotinas documentadas, cronogramas claros e testes prévios de estruturas otimizam tempo e reduzem custos operacionais.

Impacto econômico e oportunidade para o varejo

A adoção de modelos profissionais de montagem em larga escala tem potencial para fortalecer lojas físicas, especialmente em cidades de médio porte, onde a presença de arquitetos, designers e consultores ainda é um diferencial competitivo. No Brasil, essa profissionalização contribuiu para a expansão de franquias e boutiques de acabamentos. Nos Estados Unidos, o movimento pode ajudar a reduzir a dependência das grandes redes e permitir a sobrevivência de pequenos negócios locais.

Jucemar sintetiza: “A montagem deixou de ser apenas execução. Ela é estratégia comercial. Quando a equipe entende técnica, logística e exposição, a loja ganha eficiência, estética e resultado.”

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