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O papel da educação para frear os problemas climáticos no Brasil e no mundo

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Por Rodrigo Bouyer, avaliador do INEP e sócio da Somos Young

Conforme relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), as emissões globais de CO2 (gases de efeito estufa) precisam cair 43% até 2030. Isso deve evitar um aumento na temperatura média da terra, que pode ultrapassar 1,5oC. Compara-se esta estimativa aos níveis pré-industriais de aquecimento global.

Se a meta não for atingida, os problemas quanto à biodiversidade, à segurança alimentar e hídrica, à saúde humana e à paz mundial se tornarão ainda maiores. No Brasil, há uma vasta liderança de universidades que há anos estão trabalhando com temas relacionados ao ambiente; a USP (Universidade de São Paulo), Unicamp, Puc e Mackenzie são algumas delas. Seria muito importante, contudo, que houvesse um projeto de governo que unisse o setor e nossos melhores cientistas em torno do tema. A educação é a chave para solucionar problemas contemporâneos pelo âmbito do conhecimento.

As Instituições de Ensino Superior (IES) podem propor soluções para consumo de energia, para uma produção agrícola mais ecológica, para a segurança alimentar e para a preservação dos reservatórios de água. A pesquisa é sempre mais relevante quando realizada no local de aplicação. Com países de dimensões continentais e necessidades diversas, unir cientistas de todo o Brasil em um projeto único e amplo, ajudaria a desenvolver soluções que impactem positivamente cada comunidade. É necessário que empresas, governos e diversas organizações apresentem metas inovadoras para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

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Assim, formam-se profissionais qualificados que podem auxiliar na produção de uma perspectiva mundial, administrando uma das maiores crises que a humanidade já enfrentou. Este ano, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) será sediada no Brasil. Percebe-se e sente-se a falta de um grupo de pensadores que possam refletir sobre tais causas em nosso território.

O mundo espera por isso. A universidade é fundamental nesse processo, afinal, não se faz uma boa política ambiental sem consenso científico; este é o meio do caminho: a princípio, há o ensino de base (essencial); depois, o científico e , por fim, a formação. Estamos às vésperas de um colapso cataclísmico sem precedentes em nossa história. Janeiro foi o mês mais quente de todos os tempos.

A universidade tem um papel de transformação, sendo detentora da autoridade para informar a sociedade, mantendo-se à frente da discussão, apontando soluções que são, hoje, necessárias para a manutenção da vida. É necessário estabelecer o enfrentamento às mudanças ambientais globais. Esta é a prioridade dos nossos tempos, que tem a capacidade de acelerar o envolvimento de todas as IES.

A ciência é o principal dínamo desta discussão, havendo uma inserção nas mudanças ambientais e na formação de todos os estudantes. Exigem-se inovação e reeducação para o futuro. Não podemos nos esquecer do que nos foi ensinado até agora.

Devemos observar a formação de profissionais como potencializadores para mitigar o impacto social em todo o mundo. É um dever humanitário preservar a própria vida, a ciência e os direitos da humanidade diante das adversidades impostas. Os indivíduos devem sair dos centros acadêmicos preparados para uma realidade, a qual, aos poucos, deixa de existir.

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Precisamos reformular a forma de fazer ciência. Esta deve ser muito mais integradora, convergente e multidisciplinar. Só assim resolveremos esse problema, que é, talvez, o mais complexo da nossa história. A temática pode estar incluída em todos os currículos, afinal, precisaremos de engenheiros, arquitetos, médicos, enfermeiros que deverão transformar tal tarefa em um foco das suas carreiras.

Enfrentar a emergência climática não é uma tarefa fácil, requerendo uma abordagem interdisciplinar, multinível e com muitos atores envolvidos. Há muito trabalho a ser feito.

Portanto, deve haver a colaboração entre diferentes instituições e organizações para que haja engajamento com toda a sociedade a fim de realizar uma mudança real e duradoura para a humanidade. A lógica por detrás do nosso sistema tem de ser superada. A única maneira para que haja reformas efetivas neste âmbito é por meio do convite de toda a sociedade a um pensamento inovador e transformador.

O nascedouro de novos tempos advém de uma consciência que reflita sobre os problemas coetâneos. A educação é, como sempre, a chave para o futuro; a chave para nossa transformação política, econômica e ambiental.

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Paschoalotto é reconhecida entre os melhores lugares para pessoas LGBTQIA+ trabalharem no Brasil

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Créditos da foto: Divulgação

A Paschoalotto recebeu a certificação de um dos “Melhores Lugares para Pessoas LGBTQIA+ Trabalharem” no Brasil, reconhecimento concedido pela Human Rights Campaign Foundation, em parceria com o Instituto Mais Diversidade e o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, por meio do relatório Equidade BR 2025. O título reforça o compromisso da empresa com a construção de um ambiente de trabalho diverso, acolhedor e livre de discriminação.

A certificação faz parte da metodologia do Programa Global de Equidade no Trabalho, que avalia políticas corporativas de inclusão e direitos LGBTQIAPN+ em diversos países. No Brasil, o Equidade BR é considerado uma das principais referências em boas práticas empresariais voltadas à diversidade. As organizações que recebem o selo são avaliadas em critérios como políticas de igualdade de oportunidades, benefícios inclusivos, representatividade interna, ações afirmativas e engajamento público na pauta da diversidade.

Ser reconhecida entre as empresas mais inclusivas do país é um marco importante para a Paschoalotto, que há anos investe em políticas de diversidade e inclusão. A companhia se destaca por iniciativas voltadas à equidade e ao respeito, como o uso do Crachá Social, que assegura o direito ao nome social de colaboradores trans e travestis, e a parceria com o TransEmpregos, que apoia a empregabilidade de pessoas trans no mercado formal. Além disso, a empresa promove campanhas educativas e rodas de conversa sobre diversidade, conduzidas pelo Comitê de Diversidade e Inclusão, fortalecendo a conscientização e o diálogo entre equipes.

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O reconhecimento também reflete os resultados do Censo de Diversidade da Paschoalotto, que apontou que 24% dos colaboradores se identificam como LGBTQIAPN+. Esse dado demonstra que a empresa tem conseguido avançar em representatividade e criar um ambiente onde cada pessoa possa expressar sua identidade com segurança e respeito.

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Créditos da foto: Divulgação

De acordo com a direção da Paschoalotto, essa conquista simboliza o compromisso diário da empresa em promover uma cultura corporativa cada vez mais inclusiva. “Receber essa certificação é motivo de orgulho para todos nós. Ela valida nosso esforço contínuo em garantir um ambiente onde cada colaborador possa ser quem é, sem barreiras ou preconceitos. A diversidade é um dos pilares que sustentam a nossa cultura e impulsionam a inovação dentro da empresa”, destaca a direção da empresa.

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Teto Ferreira: o empresário por trás de grandes nomes do esporte

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Aos 24 anos, Everton Ferreira, mais conhecido como Teto Ferreira, já desponta como um jovem empresário visionário no cenário esportivo e do entretenimento digital. Nascido em São Paulo, ele iniciou sua trajetória profissional no futebol, atuando como agente de jogadores e se dedicando ao gerenciamento de carreiras, sempre com foco na construção de oportunidades estratégicas para atletas em ascensão.

Com uma atuação cada vez mais abrangente, Teto ampliou seu campo de trabalho para o universo dos influenciadores digitais, consolidando-se como um gestor de talentos multifacetado. Sua capacidade de identificar potenciais e de alinhar esporte, marketing e entretenimento tem fortalecido sua marca pessoal como referência em gestão de carreiras.

Ambicioso e determinado, Everton Ferreira mira alto: tornar-se um dos maiores empresários do mundo. Sua meta é construir um legado baseado em credibilidade, profissionalismo e impacto positivo, transformando a trajetória de quem confia em sua gestão.

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Maratona de Impacto no Museu do Amanhã terá Shark Tank E-School no comando e presença confirmada de Carol Paiffer

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Evento integra o Festival CriaBrasil e promete acelerar projetos sociais e startups no Museu do Amanhã

A Maratona de Impacto, que integra a programação da 7ª edição do Festival CriaBrasil, chega com força total nos dias 10 e 11 de outubro, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Este ano, a jornada será conduzida pela Shark Tank E-School, trazendo a expertise de mercado e o olhar estratégico para a aceleração de projetos sociais e startups. Um dos destaques da edição é a presença confirmada da empresária e investidora Carol Paiffer, referência nacional em inovação e empreendedorismo de impacto.

Realizada na área interna do Museu, a Maratona de Impacto é uma experiência prática que une mentoria, desenvolvimento de pitches e conexão direta com investidores e especialistas do ecossistema de impacto. A iniciativa é idealizada pela EGP e patrocinada pela PETRONAS Brasil viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rounet. O encontro reunirá participantes de diferentes regiões do país em dois dias de imersão intensa, transformando ideias em soluções capazes de gerar impacto positivo em suas comunidades.

“Participar do CriaBrasil é uma oportunidade incrível de fomentar ideias que realmente transformam. Acredito que, quando educação, criatividade e empreendedorismo caminham juntos, conseguimos tirar do papel projetos inovadores, com impacto real e novas possibilidades para o nosso país”, comemora Carol Paiffer. 

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“A Maratona de Impacto é uma experiência de aceleração que conecta mentes brilhantes a oportunidades reais. É uma imersão prática, com mentoria, pitch e visibilidade, na qual projetos sociais e startups podem sair do papel ou escalar com consistência. O que acontece ali é a prova viva de que é possível empreender com propósito e gerar impacto concreto nos territórios”, destaca Vanessa Pires, CEO da Brada.

Nas edições anteriores, o evento reuniu mais de 25 mil espectadores, 150 palestras, 2800 empreendedores, além de diversas iniciativas formativas, debates e vivências artísticas.

Segundo Vanessa, a edição deste ano reforça ainda mais o compromisso do Festival com a diversidade e o protagonismo de comunidades historicamente marginalizadas. “Reuniremos uma programação ampla, com shows, oficinas, rodas de conversa, exposições interativas e experiências que estimulam o pensamento crítico e a colaboração”, completa Vanessa.

Confira mais em: www.criabrasil.art.br

Acompanhe também no Instagram: @festival_criabrasil

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