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O futuro do wealth management no Brasil: consolidação ou boutique?

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Enquanto gigantes globais ampliam presença no país, gestoras independentes conquistam espaço com modelos personalizados de atendimento

O setor de wealth management no Brasil vive um momento de redefinição. De um lado, grandes casas globais intensificam sua presença no mercado, impulsionadas pela sofisticação do investidor brasileiro e pelo aumento da demanda por soluções internacionais. De outro, gestoras independentes ganham relevância ao oferecer atendimento altamente personalizado, baseado em relações de confiança e estratégias sob medida para famílias empresárias, executivos e investidores de alta renda. O segmento no Brasil movimenta mais de R$ 2,4 trilhões e deve crescer a uma taxa anual de 10% até 2026, superando a média global de 7% do setor financeiro tradicional.

Nos últimos cinco anos, a indústria global de gestão de patrimônio passou por um movimento de consolidação, com fusões, aquisições e expansão de bancos internacionais em mercados emergentes. Esse modelo privilegia escala, tecnologia e eficiência operacional. No entanto, cresce a percepção de que a padronização pode deixar lacunas em necessidades mais complexas, especialmente em temas como planejamento sucessório, estruturação internacional e governança patrimonial.

É nesse contexto que surgem as boutiques independentes. Mais enxutas e flexíveis, elas atuam com menor número de clientes, garantindo proximidade e estratégias sob medida. “O investidor de alta renda brasileiro amadureceu e busca algo além da oferta massificada de produtos. Ele quer soluções que conversem com seu contexto familiar, sucessório e global”, afirma Fernando Camargo Luiz, sócio fundador da Garoa Wealth Management. A consultoria independente está com mais de R$ 1 bilhão em patrimônio sob acompanhamento permanente e R$ 1,5 bilhão em carteiras analisadas e reformuladas.

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Para famílias empresárias, o desafio vai muito além da performance financeira. Questões como sucessão, proteção contra riscos regulatórios, internacionalização de ativos e diversificação global tornam-se centrais. Gestoras independentes se destacam justamente por combinar expertise técnica com um olhar estratégico e humano.

Além da personalização, outro diferencial dessas boutiques é a independência na seleção de ativos. Ao operar com arquitetura aberta, essas gestoras não estão vinculadas a produtos próprios ou comissionados, o que permite construir portfólios mais alinhados aos objetivos e ao perfil de risco de cada cliente. Essa liberdade de escolha favorece a busca por oportunidades em mercados globais, ativos alternativos e estratégias de longo prazo que muitas vezes ficam fora do radar das grandes instituições.

Outro ponto de destaque é o uso inteligente da tecnologia. Muitas dessas gestoras desenvolvem sistemas próprios para consolidação de dados, relatórios de performance e monitoramento de risco. Isso permite uma visão integrada do patrimônio, com análises detalhadas sobre liquidez, exposição cambial, ativos ilíquidos e métricas de volatilidade. A tecnologia, nesse caso, não substitui o relacionamento humano — ela o potencializa, oferecendo mais clareza e agilidade na tomada de decisão.

A governança também é um pilar fundamental. Boutiques sérias investem em políticas internas robustas, com comitês executivos atuantes, revisão periódica de práticas e adesão às melhores normas do mercado financeiro. A reputação, construída ao longo do tempo, torna-se um ativo valioso, especialmente em um segmento onde confiança e discrição são essenciais.

Outro aspecto que tem ganhado relevância é o alinhamento de propósito. Cada vez mais, investidores buscam que suas decisões patrimoniais reflitam valores familiares, visão de longo prazo e responsabilidade intergeracional. As boutiques têm se mostrado capazes de traduzir essas expectativas em estratégias concretas, atuando como parceiras na construção de legados duradouros.

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No horizonte, especialistas apontam que os dois modelos devem conviver. A consolidação das grandes instituições financeiras trará eficiência e acesso a produtos globais, enquanto as boutiques continuarão crescendo ao ocupar um espaço de alta personalização, sobretudo entre famílias que buscam soluções alinhadas a seus valores e objetivos de longo prazo.

“A grande questão para os próximos anos será o equilíbrio: escala ou personalização. É nesse debate que o futuro do wealth management no Brasil está sendo desenhado e o investidor terá cada vez mais opções para escolher”, completa Camargo Luiz.

(crédito: freepik)

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Rose Viana reúne experiência profissional e projetos em diferentes áreas

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A administradora de empresas Rose Viana, registrada no Conselho Regional de Administração (CRA 20 60846), possui certificações como AMBIMA-CPA 10, CRECI e CNAI, além de ser formada em Perita Judicial pela CONPEJ. Também tem registro de modelo profissional (DRT 0018659-RS) e participou de treinamentos e eventos de capacitação no setor, entre eles atividades realizadas por Dilson Stein e equipe em São Paulo.

Rose destaca que, nessa vida, muitas das vezes o presente vem de onde menos se espera! Ter o DRT e seus glamourosos momentos, sem dúvida, foi uma conquista de infância. Algo inesperado que estava na caixinha do esquecimento, mas Deus realiza sonhos a seu tempo.

Em 2019, Rose esteve em reportagem sobre o segmento de brechós no Brasil, área em que atuou com foco em consumo consciente e viabilidade de investimento. O comércio sempre esteve entre suas principais atividades, conciliando esse interesse com outras áreas de formação.

Na trajetória pessoal, enfrentou episódios que impactaram sua saúde. Em 2023, foi internada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido a pancreatite aguda. Neste ano, passou por cirurgia no ombro, que a mantém em recuperação. Além disso, convive com diagnósticos de fibromialgia e Lesão por Esforço Repetitivo (LER).

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Atualmente, Rose está afastada do mercado de trabalho e desempregada, mas mantém projetos em andamento. Entre eles, planeja publicar um livro em que pretende relatar experiências relacionadas às chamadas dores invisíveis, com a intenção de ampliar a discussão sobre doenças crônicas.

É casada e feliz com o Cirurgião Dentista Enyo Theodoro e mãe do Lukas, jovem de 15 anos, seu maior e melhor sonho realizado nessa vida, “graças a Deus”. Também destaca a convivência afetuosa com seu cãozinho da raça pitbull, Duke, como parte da família.

“É grata a Deus por tudo, pois sem Ele nem mesmo existiria.”

Rose deseja compartilhar com seus leitores e seguidores que ter fé em Deus e manter a mente ocupada com sonhos e objetivos ajudam a afastar a depressão e a frustração por algo que não aconteceu. Nunca é tarde para sonhar. Deus pode restaurar a saúde, os sonhos. Deus pode tudo.

(Foto: Divulgação)

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Saiba como a linguagem pode fortalecer a liderança feminina e combater o assédio no trabalho Externa

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Carlos André Pereira Nunes, professor, advogado especialista em redação jurídica e normativa, dá dicas de como a linguagem estratégica pode ajudar mulheres a liderar e se proteger

A comunicação estratégica tem ganhado espaço como ferramenta de liderança no mercado corporativo, especialmente entre as mulheres. No entanto, a forma como empresas brasileiras ainda se comunicam com o público feminino revela uma lógica marcada por estereótipos e práticas que reforçam desigualdades. Essa linguagem, em vez de empoderar, muitas vezes perpetua comportamentos associados ao assédio e à exclusão. O professor, advogado especialista em redação jurídica e normativa, Carlos André Pereira Nunes, referência nacional no ensino de linguagem clara, defende que as mulheres podem transformar a forma como são percebidas e respeitadas por meio de mecanismos linguísticos que reforcem autoridade e segurança.

A Pesquisa Mapa do Assédio no Brasil 2024, conduzida pela KPMG, apontou que 30% dos profissionais brasileiros sofreram assédio nos últimos 12 meses, sendo 41% desses casos no ambiente de trabalho. O assédio moral é o mais recorrente, representando 46% dos relatos, enquanto o assédio sexual corresponde a 14%. A pesquisa revelou ainda que 92% das vítimas não denunciaram os abusos, por medo de retaliação ou descrédito. Já a pesquisa “Mulheres 2024 – Desafios, tendências e comportamento da mulher no mercado de trabalho”, produzida pela Catho, mostrou que 78% das brasileiras já enfrentaram assédio no trabalho, e em 21% dos casos a denúncia não gerou nenhuma consequência.

Além do impacto direto, o assédio compromete o espaço de fala das mulheres. Interrupções constantes em reuniões, comentários depreciativos ou a prática de silenciar ideias femininas fazem parte de uma lógica que restringe o potencial de liderança. “A linguagem não apenas reflete nosso lugar, ela pode redefini-lo. Quando as mulheres comunicam com clareza estratégica, não apenas falam: lideram”, afirma Carlos André Pereira Nunes.

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O especialista explica que a comunicação pode funcionar como um escudo e, ao mesmo tempo, como um instrumento de liderança. Estratégias simples, como afirmar “Gostaria de concluir meu ponto” diante de uma interrupção, ajudam a garantir espaço de fala. Outras técnicas incluem iniciar apresentações com frases como “Meu objetivo hoje é…” para transmitir clareza de propósito e autoridade, ou ainda responder a comentários inadequados com perguntas objetivas: “Poderia explicar como isso contribui para nossa pauta?”.

Esses mecanismos linguísticos, segundo André, não apenas fortalecem a presença da mulher em reuniões e negociações, como também reduzem a vulnerabilidade a situações de constrangimento. “Quando uma mulher organiza os argumentos, define a pauta e usa o tempo dela com propósito, ela passa do status de participante ao de protagonista”, completa.

Mas, como observa Carlos André Pereira Nunes, “não é apenas o que você diz, mas como se posiciona ao dizer. A linguagem clara é armadura e passaporte: protege e abre portas”. Para o linguista, a solução passa por uma mudança cultural que valorize a linguagem estratégica como ferramenta de transformação. “Reformular frases como ‘com licença’ ou ‘se não for incômodo’ para ‘antes de prosseguirmos, preciso concluir meu ponto’ já muda o jogo”, exemplifica.

Ao usar a linguagem como recurso de liderança, as mulheres conquistam mais espaço, fortalecem sua autoridade e criam ambientes menos propensos a abusos. “A comunicação estratégica é capaz de transformar reuniões em palco de protagonismo. Mais do que se defender, é uma forma de ocupar o lugar que já é delas por direito”, conclui André.

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5 erros comuns na gestão de minimercados em condomínios

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Praticidade e conveniência estão em alta, mas a operação de minimercados exige atenção para não comprometer a experiência dos moradores

Os minimercados autônomos se consolidaram como um diferencial nos condomínios, trazendo conveniência ao dia a dia. Mas alguns erros de gestão ainda são frequentes e podem colocar em risco a adesão dos moradores. Para evitar falhas e garantir bons resultados, Luciane Gomes, sócia da Eko Market, separou os principais pontos de atenção:

1 – Falta de comunicação com os moradores

Um erro recorrente é instalar o espaço sem explicar claramente como funciona. Quando os condôminos não entendem o processo de compra, formas de pagamento ou reposição de produtos, a confiança cai. A comunicação precisa ser simples e contínua, seja em murais, grupos de WhatsApp ou comunicados periódicos.

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2 – Estoque desatualizado

Nada desmotiva mais do que encontrar prateleiras vazias ou produtos vencidos. Segundo Luciane, a gestão de estoque deve ser ativa, acompanhando a saída dos itens e ajustando o ritmo de reposição. Esse cuidado garante confiança no serviço e melhora a experiência de compra.

3 – Mix de produtos limitado

Cada condomínio tem seu próprio perfil de consumo. Oferecer sempre o mesmo mix, sem ouvir os moradores, é um erro que reduz a atratividade do espaço. A Eko Market realiza pesquisas rápidas para entender as preferências de cada comunidade e ajustar a oferta de produtos. Esse contato próximo com os clientes é um diferencial que fortalece o engajamento.

4 – Desorganização do ambiente

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Um minimercado mal iluminado, com prateleiras desordenadas, passa a sensação de abandono e insegurança. A organização é parte da experiência: quando o espaço está limpo, bem cuidado e funcional, transmite confiança e incentiva os moradores a utilizarem mais o serviço.

5 – Ignorar a manutenção do totem

O totem de pagamento é o coração do minimercado. Se falha com frequência, compromete a adesão e gera reclamações. A manutenção preventiva e o suporte técnico rápido são indispensáveis para manter o espaço funcionando sem interrupções.

Evitar esses erros significa transformar o minimercado em um aliado da vida condominial. Com boa comunicação, reposição constante, mix ajustado às necessidades e suporte adequado, o modelo deixa de ser apenas uma conveniência e passa a integrar a rotina dos moradores como um serviço valorizado e confiável.

Sobre a Eko Market

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A Eko Market é uma rede própria de minimercados autônomos especializada em levar conveniência com propósito para dentro de condomínios residenciais. A empresa alia tecnologia, sustentabilidade, escuta ativa e uma curadoria de produtos personalizada para transformar o consumo do dia a dia em uma experiência prática, efetiva e consciente.

 Sobre Luciane Gomes

Luciane Gomes, sócia-fundadora da Eko Market, é bacharel em Marketing com pós-graduação pela ESPM, MBA pelo IBMEC e especializações nos EUA e na PUC. Atuou há mais de 20 anos no mercado de varejo e franchising, com ampla vivência em marketing estratégico, inovação e comportamento de consumo. Reconhecida como Top 50 Gestores de Marketing 2025, 7th Experience e Top 100 Gestores 2023, Amigos do Mercado. Atua como conselheira da Ótica Diniz, participa de redes como o Acelera Varejo e tem atuação ativa em debates sobre o futuro do varejo, consumo consciente e transformação digital no ponto de venda.

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