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Moda

Moulage: a técnica que transforma vestidos em esculturas vivas

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Com mais de 15 anos de experiência em design, Patricia Granha revela os bastidores do processo artesanal que dá forma aos sonhos de noivas reais

Quando uma noiva se vê no espelho e diz o primeiro “sim” — não ao noivo, mas a si mesma — algo mágico acontece. E por trás dessa emoção existe um processo silencioso, artístico e profundamente humano, comandado pelas mãos da estilista Patricia Granha, especialista em vestidos sob medida com a técnica de moulage.

Com mais de 15 anos de atuação no design de moda, Patrícia construiu uma carreira pautada pela escuta atenta, pela criação autoral e pela valorização do feito à mão. Seu ateliê não funciona com coleções prontas ou prazos apressados: ali, o tempo é aliado, e cada vestido é um projeto único, moldado com a precisão e a sensibilidade de quem sabe que está criando mais do que uma peça — está criando memória.

A escuta que antecede o croqui

Tudo começa muito antes da primeira agulha tocar o tecido. O ponto de partida é o encontro. “O vestido só nasce quando eu entendo quem é essa noiva. O que ela quer dizer com o vestido? Como ela quer se sentir? Que história quer contar?”, revela Patrícia.

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A partir dessa escuta, surge o croqui: um desenho autoral que traduz em traços e tecidos a essência de cada mulher. É o primeiro vislumbre do que será vivido meses depois, diante do espelho.

Moulage: a técnica francesa que transformou a alta-costura — e que poucas ainda dominam

Em francês, a palavra moulage significa “molde”. Mas no universo da alta-costura, seu significado vai muito além: é a arte de modelar o tecido diretamente sobre o corpo ou sobre um manequim tridimensional, criando volumes, formas e encaixes que seguem a anatomia de maneira absolutamente personalizada. A técnica, que exige domínio, paciência e intuição, é considerada uma das formas mais refinadas de construção de vestuário — e até hoje, permanece como um símbolo do verdadeiro luxo artesanal.

A história da moulage começa no coração da moda européia, em Paris, no século XIX. Foi ali que os primeiros ateliers de alta-costura, como os de Charles Frederick Worth e Madeleine Vionnet, começaram a explorar o tecido diretamente sobre o corpo, dispensando moldes planos e padronizados. Vionnet, em especial, revolucionou o setor ao usar tecidos no viés, criando vestidos leves, com movimento, que respeitavam as curvas femininas e libertavam o corpo das amarras da rigidez.

Casas como Dior, Balenciaga e Chanel eternizaram a técnica como base da alta-costura. Mas, com a industrialização da moda e a busca por escalabilidade, a moulage tornou-se rara. Hoje, são poucos os estilistas que ainda dominam — e praticam — essa arte em sua forma pura.

No Brasil, Patricia Granha é uma das guardiãs desse saber. Desde o início de sua carreira, a técnica é parte de sua identidade criativa. “É como esculpir com tecido. O caimento guia o processo, e a modelagem acontece em tempo real. O vestido vai ganhando forma na medida em que a história daquela mulher se revela. É uma dança entre técnica e emoção”, explica.

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Esse método confere aos vestidos um caimento perfeito, uma fluidez que desafia moldes tradicionais e uma personalidade impossível de replicar. A peça se constrói em camadas — de tule, organza, renda e significado.

Provas que emocionam mais que o altar

Ao longo das provas, o vestido vai tomando corpo — literalmente. A cada ajuste, a noiva se reconhece mais. A emoção transborda nos olhos, nos gestos, nas palavras não ditas. Para Patrícia, esse é o verdadeiro ápice: o instante em que o vestido deixa de ser um “modelo” e se torna uma extensão da própria mulher.

“Muitas vezes, o primeiro ‘sim’ não acontece no altar, mas no ateliê. Quando ela se vê no espelho e sente que é ela mesma ali, vestida de verdade — esse é o momento que importa.”

Vestidos que contam histórias, não seguem tendências

Na contramão da indústria veloz e padronizada, Patrícia defende uma moda com alma. Seu trabalho não é guiado por tendências, mas por verdades individuais. “Cada vestido tem uma narrativa. É o reflexo de uma trajetória, de um jeito de amar, de um sonho antigo que ganha forma.”

Por isso, não há espaço para fórmulas prontas. Os tecidos são escolhidos com curadoria minuciosa, os bordados feitos à mão em ritmo meditativo e os acabamentos pensados para durar — não apenas no vestido, mas na lembrança.

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O luxo invisível do feito à mão

Mais do que estética, Patricia oferece presença. Em cada etapa, há tempo, cuidado e intenção. É o que ela chama de “luxo invisível”: aquele que não se mede em brilhos ou volume, mas em significado. Um luxo que se sente, não que se mostra.

“Muitas noivas chegam dizendo que não se veem nos vestidos prontos. Elas querem algo que traduza quem são — e é isso que eu entrego. Não vendo um vestido. Crio uma experiência. Uma memória vestível.”

Em um mercado saturado por produções em série, o trabalho de Patricia Granha é uma ode ao artesanal, ao personalizado e ao emocional. E é por isso que, para tantas noivas, seus vestidos são mais do que lindos: são inesquecíveis.

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Moda

Vestido de noiva ideal existe: como traduzir estilo, corpo e história no look do grande dia

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Com sensibilidade e técnica, a estilista Patricia Granha cria vestidos sob medida que respeitam o biotipo, o estilo de vida e até as memórias afetivas das noivas

Não é só sobre renda, tule ou corte princesa. Para a estilista Patricia Granha, cada vestido de noiva é uma peça única de identidade e afeto. “O vestido ideal existe, sim — e ele não está nas prateleiras. Ele nasce de uma escuta profunda, da conexão com a história de cada mulher, com seu corpo, suas emoções e seus sonhos”, afirma Patrícia, que há mais de dez anos transforma desejos em vestidos sob medida.

Com ateliê em São Paulo e uma lista crescente de clientes de todo o Brasil, Patricia desenvolveu um método próprio que mistura técnica de modelagem precisa com um olhar humanizado. Em vez de impor tendências, ela faz perguntas: “Como você quer se sentir? O que é conforto pra você? Que memórias quer carregar nesse dia?”

O vestido começa na conversa

A jornada começa com uma entrevista minuciosa. Patricia quer saber da infância, do estilo de vida, do relacionamento, das inseguranças e até do tipo de música que a noiva gosta de ouvir. “Já tive uma noiva que quis homenagear a avó costureira e incorporamos detalhes de um vestido antigo. Outra pediu que a manga tivesse o mesmo caimento de um vestido de formatura que marcou sua adolescência. Cada história me inspira e guia o desenho”, explica.

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A partir disso, ela desenha o croqui, propõe tecidos, faz testes e ajusta cada milímetro do caimento. A prioridade é que a noiva se veja — e se reconheça — no espelho, sem se sentir desconfortável ou presa a padrões. “A liberdade estética é essencial. Um vestido bonito precisa se ajustar ao corpo real, não o contrário”, reforça.

Beleza real e autoestima em primeiro plano

Segundo dados da revista Noivas do Brasil, 83% das noivas afirmam que a escolha do vestido é o momento mais emocional dos preparativos para o casamento. E não é por acaso: ele é o símbolo visual da protagonista do grande dia.

“É comum receber mulheres que chegam inseguras, achando que não vão encontrar algo que valorize o corpo delas. Quando percebem que podem ser autênticas, confortáveis e ainda assim maravilhosas, algo muda. Elas se empoderam”, diz Patrícia.

A estilista é conhecida por atender com leveza, sem pressão, e com uma escuta acolhedora. “A gente não vende um vestido, a gente constrói um encontro da mulher com ela mesma. Por isso digo que fazer vestidos é muito mais sobre autoestima do que sobre moda”, completa.

Do croqui ao altar: um processo artesanal

Cada vestido leva, em média, de 3 a 6 meses para ser concluído, com diversas provas e ajustes. Tudo é feito artesanalmente, com atenção aos detalhes. Bordados manuais, tecidos nobres e acabamentos internos são cuidadosamente escolhidos. “Nada é padrão. Cada corpo tem uma curva, uma postura, uma linguagem. Cada vestido também”, afirma Patrícia.

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Além das criações exclusivas, ela também orienta noivas que buscam uma estética mais minimalista ou sustentável, com tecidos naturais e vestidos versáteis — que podem ser usados em outras ocasiões após a cerimônia.

Mais do que tendência: autenticidade

Em tempos de redes sociais cheias de referências visuais, Patrícia faz um contraponto necessário. “A gente não precisa se moldar ao Pinterest. A gente pode criar algo novo, verdadeiro, que combine com a alma da noiva. Essa é a beleza que emociona e fica na memória”, conclui.

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Moda que conecta gerações no Dia dos Pais

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 Editorial da Haut Models aposta em looks coordenados para celebrar afeto e estilo entre pais e filhos

No Dia dos Pais, celebrar os laços que unem famílias vai além das homenagens tradicionais. A moda também pode ser uma poderosa forma de conexão entre gerações, traduzindo afeto, cumplicidade e momentos especiais em produções cheias de personalidade. Para marcar essa data, a agência de modelos Haut Models realizou um editorial exclusivo que reforça o poder simbólico das roupas e do styling na construção de memórias afetivas.

O trabalho retrata diferentes momentos de interação entre pai e filhos, com propostas que vão do casual ao divertido, incluindo produções coordenadas, acessórios compartilhados e a troca de elementos entre adultos e crianças. Combinando cores, estampas e peças-chave do guarda-roupa contemporâneo, os ensaios mostram que vestir-se em sintonia é uma forma de expressar sentimentos e criar lembranças inesquecíveis.

As fotos destacam desde a clássica harmonia do look listrado até composições mais descontraídas, como laços coloridos aplicados na barba do pai e acessórios trocados com naturalidade. A atmosfera lúdica das imagens evidencia que, quando o assunto é paternidade, moda e afeto podem caminhar juntos, revelando um lado leve, sensível e cheio de significado.

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Além de valorizar a presença paterna, o editorial reforça tendências do universo fashion, como o conceito de tal pai, tal filho – quando adultos e crianças vestem peças semelhantes – e a busca por produções que traduzam a identidade familiar. A ideia é inspirar outras famílias a celebrarem a data com criatividade e autenticidade, mostrando que estilo também é herança emocional.

O Dia dos Pais é uma oportunidade de reconhecer a importância dos vínculos e do tempo compartilhado. Para a Haut Models, a moda é uma ponte que conecta gerações, registra histórias e enaltece a beleza de estar junto. O editorial propõe justamente isso: transformar roupas em linguagem e imagens em recordações, eternizando, em cada clique, o carinho que existe entre pais e filhos.

Créditos

Todos os looks são acervo Haut

Ficha técnica

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Realização: Haut Models (@hautmodelsbr)

Direção e Produção Criativa: Leonardo Lopes (@leolopes19)

Fotografia: Edson Souza (@edsonsouza_fotografia)

Styling: Thiago Astolpho Leite (@thiagoalte)

Beleza: Joyce Gabriel (@joycegabrielmakeup)

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Edição: João Paulo Lisboa (@jpliisboa)

Coordenadora de pauta: Antonio de Biazzi (@antoniabiazzi)

Modelos: Matheus Silva, Emilly Silveira e Renan Oliveira

Assessoria de Imprensa: Claudia Zanoni (@clau_zanoni1)

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Moda

Como encontrar seu estilo pessoal sem seguir tendências? Especialista explica por que a autenticidade vale mais do que estar na moda

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Como encontrar seu estilo pessoal sem obrigatoriamente seguir tendências? Com tantas novidades surgindo todos os dias nas redes sociais, é comum que muitas mulheres se sintam pressionadas a acompanhar o que está em alta mesmo quando isso não faz sentido para sua realidade. Mas há quem proponha um caminho diferente: olhar para si mesma antes de olhar para fora.

É o que defende Dayane Matos, criadora de conteúdo, consultora de imagem e estilo, e especialista em moda intencional. Aos 36 anos, ela compartilha nas redes sociais uma visão mais acessível e real sobre moda, mostrando que estilo não é sobre ter um guarda-roupa cheio ou seguir tudo o que aparece nas vitrines, mas sim sobre autenticidade, presença e consciência.

“Estilo não tem a ver com o que está em alta, tem a ver com o que representa quem você é. Quando a gente entende isso, vestir-se deixa de ser uma obrigação e passa a ser um momento de conexão com a gente mesma”, afirma.

Dayane acredita que não há problema em gostar de tendências, mas alerta que elas não podem ser o ponto de partida. Quando a escolha da roupa parte apenas da comparação ou da vontade de se encaixar, o processo de se vestir deixa de ser leve. “O problema começa quando a gente tenta se encaixar em tudo o que vê. Muitas vezes, a roupa que está na moda não tem nada a ver com a sua vida. E aí você se veste para os outros, não para si”, diz.

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Para ela, encontrar o próprio estilo é um processo de observação e liberdade. Está muito mais ligado ao autoconhecimento do que ao consumo. “Às vezes, com poucas peças e boas combinações, você consegue criar looks que funcionam muito mais do que seguir uma tendência só porque ela está no momento.”

Dayane destaca que estilo é sobre entender o que funciona para o seu corpo, a sua rotina e a sua fase de vida. E isso começa no espelho, não na vitrine. “A gente foi ensinada a se vestir para parecer algo. Eu acredito que a gente tem que se vestir para se sentir confortável com quem já é.”

Ela também reforça que repetir roupa, usar peças por mais de uma temporada e fazer escolhas que trazem segurança devem ser hábitos normais e não motivo de culpa. O vestir, para ela, deve ser uma ferramenta a favor da mulher, e não mais uma fonte de cobrança. “Quando a gente se veste com verdade, não precisa de validação. A gente simplesmente se sente bem. E é isso que importa no final.”

Para conhecer mais sobre o trabalho da especialista, acesse: https://www.instagram.com/dayane.matoss?igsh=MWsycm10NnE1Mjl4NA==

(Foto: divulgação)

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