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Negócios

Mediação internacional: o caminho inteligente para resolver conflitos globais

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*Marcela Marins Sacramento de Castro

Negócios, contratos e parcerias institucionais cruzam fronteiras todos os dias. E, com eles, surgem também conflitos que refletem a complexidade de um mundo globalizado. Em meio a legislações diferentes, culturas diversas e interesses múltiplos, a solução nem sempre está nos tribunais. É nesse contexto que a mediação internacional tem se consolidado como uma alternativa moderna, estratégica e, sobretudo, humana na resolução de disputas transnacionais.

A mediação se diferencia por permitir que as próprias partes construam o acordo. Não há imposição, e sim diálogo. O processo é conduzido por um terceiro imparcial, o mediador, que atua de forma confidencial e equilibrada para ajudar os envolvidos a encontrarem um ponto de convergência. Essa autonomia confere às partes controle sobre o resultado, o que reduz desgastes, custos e prazos. Na prática, é um caminho que valoriza a cooperação em vez do litígio.

Nos últimos anos, a mediação internacional ganhou força também por conta de marcos institucionais importantes. Um deles foi a Convenção de Singapura, adotada pela ONU em 2019, que criou um regime jurídico claro para reconhecer e executar acordos de mediação em disputas comerciais internacionais. Essa iniciativa conferiu segurança jurídica e previsibilidade, tornando o método mais atraente para empresas e advogados que lidam com operações complexas. De forma semelhante ao que a Convenção de Nova York representou para a arbitragem, a Convenção de Singapura posiciona a mediação como ferramenta legítima e eficiente de pacificação global.

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Na minha atuação com o Direito Internacional, percebo que a mediação tem se mostrado essencial para preservar relacionamentos comerciais e institucionais. Quando uma disputa é resolvida de forma colaborativa, as partes saem com mais do que um acordo: saem com reputação, confiança e possibilidade de continuidade dos negócios. Em um mundo em que a imagem corporativa e a responsabilidade social pesam tanto quanto o lucro, isso faz diferença.

Ainda há desafios significativos. Em muitos países, a cultura da mediação ainda é recente. Faltam profissionais com formação adequada para lidar com conflitos internacionais, e há resistência de setores jurídicos mais tradicionais. Além disso, alguns países ainda não aderiram à Convenção de Singapura, o que cria lacunas na execução de acordos. Mesmo assim, vejo um movimento crescente de escritórios que passaram a incluir a mediação em suas estratégias jurídicas e de empresas que inserem cláusulas escalonadas em seus contratos, prevendo a mediação como etapa obrigatória antes da arbitragem ou do processo judicial.

Essa mudança reflete uma transformação mais profunda no papel do advogado contemporâneo. O profissional do Direito Internacional deixa de ser apenas um representante de litígios para se tornar um facilitador de soluções. É preciso compreender o contexto cultural e econômico de cada negociação, desenvolver habilidades de escuta e construir pontes em vez de barreiras. A mediação exige do advogado uma postura mais empática e estratégica, voltada à resolução inteligente de conflitos.

Acredito que a mediação internacional não é apenas uma tendência jurídica, mas um reflexo da maturidade das relações globais. O mundo caminha para valorizar o diálogo acima do confronto, e o Direito precisa acompanhar essa evolução. Resolver conflitos de forma pacífica, eficiente e colaborativa é mais do que uma escolha técnica. É uma demonstração de que a justiça também pode ser construída pela cooperação.

Sobre Marcela Marins Sacramento de Castro

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Marcela Marins Sacramento de Castro é advogada com mais de 15 anos de experiência, especializada em Direito Internacional pela PUC Minas. Membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da American Bar Association (ABA) e da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), atua em consultoria e mediação internacional, com foco em relações jurídicas entre empresas e instituições de diferentes países.

É coautora da obra Internazionale Juris Academy e do livro Direito Internacional Contemporâneo e Temas Controversos, ambos voltados ao estudo de tratados, migração e cooperação jurídica internacional. Integra desde 2022 a Comunidade Internazionale de Direito Internacional, grupo que reúne profissionais de 12 países e é referência em estudos e debates sobre Direito Internacional Público e Privado.

Reconhecida pela contribuição à advocacia internacional, foi homenageada com o Prêmio Quality Justice 2025 e o Top Quality Brazil 2024, distinções concedidas a profissionais de destaque pela qualidade e credibilidade de sua atuação.

Para mais informações, visite o linkedin ou o Instagram.

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Negócios

Um brinde à moderação! Ambev oferece água grátis na Oktoberfest de Blumenau

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Open água na maior festa cervejeira das Américas promove e reforça a importância do consumo responsável e ajuda o visitante a moderar: Ação é parceria com a Veolia, especializada em soluções sustentáveis de gestão de água

Outubro é o mês oficial do brinde cervejeiro, com a maior festa das Américas dedicada à bebida, a Oktoberfest de Blumenau, que começou no dia 8 e vai até 26/10. É também, por isso, um momento importante para lembrar do consumo responsável.

Para promover a moderação, a Ambev, cervejaria oficial do evento com a marca Spaten, disponibiliza pontos com torneiras de água ultrafiltrada nos pavilhões Blumenau e Munique, permitindo que o público encha suas canecas gratuitamente, quantas vezes for preciso. Os clientes do Camarote Spaten também têm acesso ao open água em todos os bares do espaço.

“Como líderes cervejeiros no Brasil, estamos reforçando um compromisso com o consumo responsável. E para quem visita a festa, relembrando que não existe segredo para moderar: tem que beber devagar, intercalando sempre com água, alimentar-se bem”, afirma a diretora de categoria cervejeira da Ambev, Anna Paula Alves.

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Este é o terceiro ano da iniciativa em parceria com a Veolia, especializada em soluções sustentáveis de gestão de água. No ano passado foram consumidos mais de 50 mil litros de água nas canecas. Isso equivale a cerca de 250 mil garrafas plásticas ou copos que, no caso, não foram utilizados, reduzindo a geração de resíduos no Parque Vila Germânica e o impacto ambiental do evento.

A ação faz parte de uma agenda especial, Brinde à Moderação, que a Cia. preparou para outubro. Além dela, realizou o Dia de Responsa, que há 17 anos mobiliza profissionais da Cia. para levar a bares de todo o país mensagens sobre consumo responsável – reforçadas por meio de peças de marketing (como cartazetes).

Palestras sobre o tema e um almoço harmonizado com zero álcool na Academia da Cerveja, escola de conhecimento cervejeiro da Ambev, entre outras ações, complementam a agenda. “Na última década, investimos R$ 1,4 bilhão em ações para promover e incentivar a moderação. Não nos interessa o lucro proveniente do consumo abusivo de nossos produtos”, afirma a executiva.

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Negócios

Consultoria estratégica transforma liderança e cultura para NR-1

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Flávio Lettieri, especialista em liderança e saúde mental, oferece uma consultoria estratégica com o objetivo de converter diagnósticos técnicos em práticas de gestão e mudança de cultura organizacional. Sua expertise é voltada para empresas que entendem o cuidado com a saúde mental como um diferencial competitivo e buscam ir além da conformidade regulatória imposta pela NR-1, desenvolvendo líderes capazes de influenciar positivamente o bem-estar de seus colaboradores. A proposta é clara: “transformamos diagnósticos de saúde mental em práticas vivas de liderança e cultura”, resume.

O modelo de implementação pós-diagnóstico de Lettieri supre uma necessidade que se tornou urgente no cenário corporativo a partir da reformulação da norma. A NR-1 exige, sob pena de multa, que as organizações implementem programas de gerenciamento de riscos psicossociais, promovendo o bem-estar e prevenindo doenças ocupacionais relacionadas ao estresse e à saúde mental.

“Algumas empresas já possuem diagnósticos de riscos psicossociais, mas enfrentam o desafio de converter esses dados em ações tangíveis que provem o cumprimento da lei”, analisa Flávio Lettieri.

Ele atua precisamente quando as organizações, já de posse de laudos externos ou percepções internas sobre riscos psicossociais, necessitam transformar esses dados em ações concretas. A consultoria “entra após o laudo externo ou conclusões, traduzindo os achados em mudança prática de liderança e cultura”. A metodologia consiste em traduzir relatórios em rituais de gestão e práticas de liderança que fomentam uma cultura de cuidado autêntica.

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Ao equipar líderes com ferramentas e programas de desenvolvimento personalizados, a consultoria de Lettieri garante que a transformação cultural comece a partir da mudança de mentalidade da liderança. O objetivo é que esses líderes, por meio de práticas cotidianas e uma visão estratégica sobre a saúde mental, difundam o cuidado e a segurança psicológica, impactando diretamente o engajamento e a retenção de talentos. A consultoria desenvolve programas 100% customizados, adaptados à realidade, cultura, estágio de maturidade e necessidades específicas da empresa.

Mensuração de resultados

Os resultados esperados dessa parceria incluem:

  • Adoção de novas práticas de liderança em até 90 dias;

  • Percepção de mudança organizacional entre 90 e 180 dias;

  • Impacto direto em indicadores de negócio como turnover e absenteísmo em 6 a 12 meses.

Essa colaboração estratégica não apenas atende às exigências da NR-1, mas também posiciona a empresa com uma cultura mais resiliente e focada no bem-estar integral de seu capital humano.

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Empresário Lenilson Rodrigues anuncia abertura de indústria de água mineral nos Estados Unidos

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Nova operação marca a expansão internacional do grupo Água Mineral Santa Joana e reforça compromisso com sustentabilidade e excelência industrial

O administrador de empresas e empresário Lenilson Rodrigues Torres Filho, à frente da Água Mineral Santa Joana há 19 anos, anunciou a abertura de uma indústria de água mineral nos Estados Unidos, em um movimento estratégico de internacionalização de suas operações. A nova planta será instalada no estado da Flórida, região escolhida por seu potencial logístico e por reunir condições ideais para o desenvolvimento sustentável do setor de bebidas.

Segundo Lenilson, o investimento representa uma nova etapa na consolidação da marca no exterior e deve posicionar a Água Mineral Santa Joana entre as poucas empresas brasileiras do segmento com presença produtiva em território norte-americano. “Trata-se de um passo planejado ao longo dos últimos anos. Estamos levando a qualidade e o padrão de pureza que consolidamos no Brasil para um dos mercados mais competitivos e exigentes do mundo”, afirma o empresário.

A indústria contará com tecnologia de ponta em captação e engarrafamento, com sistemas automatizados de controle de qualidade e rastreabilidade total da produção. O projeto, que deve ser inaugurado até o segundo semestre de 2026, prevê investimento multimilionário e geração de cerca de 120 empregos diretos e indiretos nos Estados Unidos.

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A decisão de expandir para o mercado norte-americano está alinhada ao crescimento global do consumo de água mineral natural. De acordo com dados da International Bottled Water Association (IBWA), os Estados Unidos são o maior mercado mundial do setor, com vendas superiores a US$ 48 bilhões em 2024, e registraram crescimento de 4,7% no consumo anual. A demanda crescente por produtos saudáveis e sustentáveis impulsionou o investimento de Lenilson na região.

Além de reforçar o compromisso com a qualidade, o novo empreendimento será construído com base em práticas ambientais avançadas, incluindo reuso de água industrial, geração de energia solar e uso de materiais recicláveis nas embalagens. “A sustentabilidade é parte central da nossa filosofia empresarial. Não abrimos mão da eficiência ecológica, seja no Brasil ou no exterior”, explica o empresário.

A planta da Flórida também deve servir como base estratégica para exportações a outros países das Américas e da Europa, aproveitando a infraestrutura portuária do estado e acordos logísticos que facilitam a distribuição internacional. “Estamos estruturando um modelo de operação global, com o mesmo padrão de excelência que consolidou a Santa Joana no Brasil. Nosso objetivo é ser referência em qualidade e responsabilidade em todos os mercados onde atuamos”, conclui Lenilson Rodrigues.

A expansão internacional da Água Mineral Santa Joana consolida uma trajetória marcada por inovação, planejamento e visão empreendedora, reafirmando o papel de Lenilson Rodrigues como um dos empresários brasileiros mais influentes no setor de bebidas.

Sobre Lenilson Rodrigues

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Lenilson Rodrigues Torres Filho é administrador de empresas e empresário com atuação consolidada nos setores de bebidas e empreendimentos imobiliários. Há 19 anos, dirige a Água Mineral Santa Joana, referência em captação, engarrafamento e distribuição de água mineral e refrigerantes. Também é responsável pela Tavares Torres Empreendimentos Imobiliários, empresa dedicada à concepção, construção e administração de condomínios residenciais, centros comerciais e open malls. Sua trajetória é marcada por liderança estratégica, visão empreendedora, eficiência operacional e compromisso com o desenvolvimento sustentável e econômico regional. Recentemente, Lenilson anunciou a expansão internacional de suas atividades com a abertura de uma indústria de água mineral na Flórida (EUA), consolidando seu papel como uma das principais lideranças empresariais brasileiras no setor de bebidas.

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