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Luísa Locher fala sobre o Dia do Ator: “É um ofício que exige entrega, escuta, coragem e um estudo constante”

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No 19 de agosto comemora-se o Dia do Ator, data importante para entender a relevância da arte e da cultura no país e no mundo. A atriz Luísa Locher avalia seu compromisso com a arte de interpretar. Com uma trajetória marcada pela dedicação, sensibilidade e versatilidade, Luísa relembra o impacto da atuação em sua história e na construção de narrativas que inspiram, emocionam e transformam o público.

Para ela, o Dia do Ator é todos os dias, porque é uma escolha que se faz diariamente, porém essa data é um lembrete do porquê ela escolheu essa profissão. “É um ofício que exige entrega, escuta, coragem e um estudo constante. É emprestar meu corpo e minha voz, estudar a vida, as experiências e ter a honra de viver várias vidas dentro de uma, é também romper silêncios e dar nome a tantas histórias e ao que tantas vezes foi apagado. Atuação é uma arte milenar, temos que ter consciência da grandeza desse legado”, reflete. 

Natural de São Carlos (SP), Luísa descobriu sua paixão pela arte ainda na infância e, desde então, vem acumulando experiências nos palcos e nas telas, transitando entre o teatro, o audiovisual e a direção. 

Presença feminina

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Em sua visão, ser mulher no audiovisual hoje é fazer parte de uma geração que está reescrevendo as regras do jogo, criando redes de apoio, ocupando espaços de liderança e inspirando outras mulheres a fazerem o mesmo. “Apesar dos avanços conquistados nas últimas décadas, ainda enfrentamos uma indústria marcada por desigualdades de gênero, tanto em frente como atrás das câmeras. Na atuação, os estereótipos de gênero ainda limitam muitos personagens femininos. A hipersexualização, a ausência de protagonismo complexo ou a recorrente figura da mulher como suporte emocional do protagonista masculino ainda são padrões que se repetem. Felizmente, isso vem sendo desafiado por criadoras e criadores que entendem o poder da narrativa”, afirma. 

Luísa acompanhou muitas mudanças nos últimos anos e uma maior presença das mulheres no audiovisual, por isso ela comenta que, quando iniciou, já era perceptível uma movimentação de mulheres buscando ocupar mais espaços, mas que na prática, ainda era visível o quanto a estrutura da indústria era, e em muitos casos ainda é, dominada por homens, especialmente em cargos de direção, roteiro, fotografia e liderança de equipe. “Com o tempo, fui testemunhando uma mudança visível: hoje vejo mulheres atuando com protagonismo em todas as frentes, dirigindo, escrevendo, operando câmeras, liderando equipes, tomando decisões artísticas e estratégicas. Há um desejo genuíno de construir um audiovisual mais inclusivo, diverso e principalmente justo”, aponta.

No que diz respeito à arte de contribuir para transformar a forma como a sociedade vê as mulheres, a atriz acredita que a arte tem o poder de transformar percepções, questionar padrões e abrir espaços. Além disso, ela enxerga as artes como uma ferramenta essencial para romper estereótipos, revelar verdades invisibilizadas e ampliar o olhar coletivo. “Durante muito tempo, as mulheres foram retratadas através do olhar de outros. Mas quando nós mesmas escrevemos, dirigimos, atuamos e criamos, mostramos camadas que por muitas vezes eram ignoradas”, observa.

Influências da carreira

Nesta data especial, Luísa também diz quais são suas referências na dramaturgia que a inspiram: “Viola Davis, pela força visceral. Ela tem uma presença que atravessa, que não pede permissão para existir em cena. Meryl Streep, pela versatilidade e inteligência com que constrói suas personagens é uma atriz de pesquisa e escuta profunda. Fernanda Montenegro é uma referência viva de dignidade artística. Ela representa não só o talento, mas o compromisso com a arte como linguagem de pensamento e sensibilidade. Ouvi-la falar sobre teatro é, por si só, uma aula sobre o valor da cultura. Alessandra Maestrini, além de ser uma potência vocal e cênica, me toca profundamente pela inteligência emocional e artística com que conduz suas escolhas. Ela transita entre o drama e o humor com rara elegância, sempre com alma e presença”, confessa.

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Luísa ainda dá um conselho para mulheres que desejam atuar e criar suas próprias obras: “Não espere que te deem permissão para existir artisticamente. Se você sente o chamado, honre isso. Estude, pesquise, e principalmente: não se diminua diante do processo. Criar dá medo, claro. Mas é justamente nesse medo que mora a força de quem se arrisca. Como atriz e criadora, aprendi que atuar é emprestar o corpo e a voz, mas criar é emprestar a alma. E você pode – e deve – fazer os dois”, finaliza.

Atualmente, além dos projetos como atriz, Luísa também tem explorado sua veia artística em outras áreas e reforça sobre a importância de expandir seu olhar para além da atuação. O reconhecimento de seu trabalho é fruto de uma trajetória construída com propósito, verdade e respeito pela arte.

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Gabriel Coppola celebra o Dia do Ator destacando a arte como ferramenta de transformação

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Neste 19 de agosto, data em que se comemora o Dia do Ator, Gabriel Coppola celebra não apenas sua trajetória na dramaturgia, mas também a força da atuação como uma ferramenta de transformação social e pessoal. Com diferentes papéis e personagens especiais, como sua participação no elenco de “Além do Guarda Roupa”, série da HBO Max, ele reafirma sua paixão pela arte e o desejo de continuar contando histórias com verdade.

O ator, que atualmente está em pré-produção com o futuro filme autoral “Olhos Em Mim”, traz seu olhar atento para seus trabalhos e deixa sua marca no audiovisual brasileiro independente. Dessa maneira, Gabriel define que ser ator é colocar o corpo e o coração a serviço de uma história. “É escutar de verdade, se permitir sentir, errar, improvisar. Ser ator é um jeito de existir mais atento, mais presente no mundo”, diz. 

Ao longo da carreira, o ator busca personagens complexos, que o desafiem de forma pessoal e profissional, além de instigar estereótipos aprofundando discussões sobre identidade, afetos e pertencimento. Por ser uma carreira que o provoca todos os dias, Gabriel afirma que ser ator o ajuda a continuar acreditando em si mesmo nos dias em que parece que nada acontece. “A espera entre um trabalho e outro pode ser cruel. Mas aprendi a transformar essa angústia em criação, e isso me fortaleceu”, revela. 

Sobre se preparar para viver esses personagens, o ator e roteirista descreve o processo: “Gosto de começar com rabisco, cenas que não existem, escrevo perguntas, vou destrinchando o roteiro como se fosse um mapa emocional. Gosto de entender o que esse personagem sente, o que ele esconde, o que ele nunca falaria em voz alta”, narra. “Às vezes escrevo diários para ele, crio trilhas sonoras, anoto palavras soltas que me conectam com o universo dele. É um mergulho que começa no papel e vai ganhando corpo aos poucos”, completa. 

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O ator conta que com essa profissão aprendeu quase todos seus defeitos, por sentir tudo muito profundamente e que isso é sua força e não um problema. “Atuar me ensinou a olhar para mim com mais carinho e também acessar lados meus que nem eu conhecia”, aponta. 

Gabriel ainda destaca que, para ele, o que mais marcou sua trajetória até hoje foi estar em certos lugares, cercados por artistas que admira muito e perceber que também estava ali, ocupando um espaço com pessoas muito talentosas, “isso me emociona de um jeito especial”, desabafa.

Sobre o papel do ator na sociedade atual, o artista comenta que por vivermos em um mundo acelerado, principalmente pelas redes sociais, o ator tem o poder de humanizar conversas e provocar empatia. “Eu acho que exige muita coragem nessa profissão, para poder, muitas das vezes, trazer assuntos importantes e sensíveis que são transformados em arte. É lindo isso, nenhuma tecnologia substitui isso. Esse tipo de criação vem do coração”, finaliza.

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Nick Maia emociona em participação especial na Toca e pode voltar com show tributo a Marília Mendonça

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No último sábado (02), a cantora Nick Maia brilhou em uma participação especial no show da dupla João Lucas & Leandro, na Toca, uma das casas de shows mais badaladas da Vila Olímpia, em São Paulo. Mesmo com apenas alguns minutos no palco, Nick arrebatou o público com sua presença marcante, carisma e potência vocal.

A surpresa agradou tanto que, segundo fontes próximas à produção da casa, já há conversas para que a artista retorne em breve, desta vez com um show completo em tributo à inesquecível Marília Mendonça, ídolo e inspiração de Nick.

Foi uma noite inesquecível. Cantar em São Paulo, numa casa cheia e ser recebida com tanto carinho, me deu ainda mais certeza de que estou no caminho certo. E fazer uma homenagem à Marília, que é uma referência pra mim, seria uma honra enorme”, declarou Nick Maia, dona do hit Zero Guerra.

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A Toca, localizada na Vila Olímpia, vem se consolidando como um dos palcos mais vibrantes da música ao vivo em São Paulo. Com estrutura de primeira, ambiente acolhedor e agenda sempre repleta de grandes nomes, o espaço é ponto de encontro obrigatório para quem valoriza boa música e experiências únicas.

Acompanhe a agenda da Nick nas redes sociais:

https://www.instagram.com/nickmaiaoficial                                                                                                           

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Pablo Cortez estreia no Globoplay como Jesus Cristo na Série “Raul Seixas: Eu Sou”

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O ator Pablo Cortez faz sua aguardada estreia no Globoplay na pele de Jesus Cristo na nova série original “Raul Seixas: Eu Sou“. A produção, uma homenagem ao renomado Raul Seixas, explora a complexidade e genialidade do artista, aprofundando em suas influências culturais, políticas, espirituais, batalhas contra vícios e sua incessante busca por autenticidade e liberdade de expressão.

Raul Seixas foi um dos maiores ícones da música brasileira, amplamente reconhecido como o “Pai do Rock Brasileiro”. Sua obra transita por temas complexos como existencialismo, misticismo, filosofia e crítica social. Conhecido por sua personalidade “Maluco Beleza” e letras instigantes, Raul desafiou padrões e inspirou gerações com sua autenticidade e busca incessante pela liberdade de expressão, deixando um legado imortal que continua relevante até os dias de hoje.

Na trama que homenageia o artista, a relação de Raul com Jesus Cristo – personagem de Pablo -, é profunda, complexa e simbólica, aparecendo de várias formas ao longo da sua obra musical e filosófica. Raul era fascinado por figuras revolucionárias e pensadores que romperam com o status quo e Jesus, para ele, se encaixava nesse perfil. 

Para o ator, dar vida a Jesus Cristo na série, sob a ótica singular de Raul Seixas, foi um mergulho profundo e desafiador. Ele não vê o papel apenas como um personagem, mas como uma representação simbólica da dimensão espiritual e filosófica que tanto permeou a vida e a obra do Raul. “É um personagem que eu sempre quis fazer e poder trabalhar em um contexto totalmente diferente do que se espera desse personagem tem tudo haver comigo”, conta Pablo.

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Essa conexão é evidenciada também em diversas músicas na trama, como “Medo da Chuva”, “Gita”, “O Homem”, “Água Viva” (com Marcelo Nova), “Rock das Aranhas” (com Raulzito e os Panteras) e “Canto para Minha Morte”, que mencionam ou fazem referência a Jesus.

Este projeto marca a estreia do ator em uma produção original do Globoplay, um passo significativo em sua carreira. “Desde a estreia, todo o retorno vem sendo ótimo. O resultado artístico da série está maravilhoso, cada detalhe, da arte à direção, está muito bem feito. Fico muito feliz de fazer parte de um projeto desse tamanho”, declara.

“Raul é mais que um artista, é uma lenda, um movimento. Eu nem sabia quem era Raul Seixas e ele já estava presente na minha vida , quando minha avó me chamava de Maluco Beleza!”, finaliza.

A série “Raul Seixas – Eu Sou”, com a participação de Pablo Cortez, já está disponível para streaming exclusivo no Globoplay.

Sobre Pablo Cortez:

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Pablo Cortez possui uma trajetória marcada pela busca por aprimoramento artístico. Recentemente, o ator se mudou para Nova York para ingressar no renomado The Actors Studio, a convite do co-diretor artístico Javier Molina. A instituição, conhecida por seu rigoroso processo de seleção por audição e por ser um espaço de pesquisa cênica para grandes nomes do teatro e do cinema como Al Pacino, Alec Baldwin e Ellen Burstyn, reforça a dedicação de Cortez à sua arte.

Atualmente, o ator encontra-se em Portugal, preparando-se para novos trabalhos que ainda não podem ser detalhados, mas que prometem expandir sua atuação para o mercado europeu, incluindo a Espanha. Além disso, Pablo dirigiu dois filmes rodados em Nova York no ano passado, que atualmente estão em fase de finalização.

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