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Lei da Alienação Parental precisa ser vista como aliada

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No Dia Internacional de Combate à Alienação Parental (25 de abril), advogado de Direito da Família explica por que a legislação merece mais atenção e como pode afetar a vida de milhares de genitores e crianças

Segundo as Estatísticas do Registro Civil de 2022, o Brasil registrou um aumento de 8,6% no número de divórcios em comparação ao ano anterior, subindo de 386.813 em 2021 para 420.039. Desse total, 340.459 divórcios foram realizados por via judicial e 79.580 de forma extrajudicial.

Dentro dessa perspectiva, há a necessidade de olhar com cuidado para os contextos a que essas famílias estão inseridas, a maneira como as separações são conduzidas e, principalmente, como ficam os filhos desses casais, muitas vezes submetidos a violências dos pais e transformando-se em munição para que um genitor possa atingir o outro. Controversa quando olhada de forma superficial, a Lei da Alienação Parental pode ser uma aliada, tendo impacto nessa estrutura familiar e no bem-estar psicológico de crianças e adolescentes, de maneiras diferentes.

De acordo com Paulo Akiyama, advogado especializado em direito de família no Brasil, apesar das recentes polêmicas a respeito da Lei 12.318/2010 (Lei da Alienação Parental), é preciso ter uma visão crítica a respeito daquilo que ela defende uma vez que, foi elaborada com base em estudos e casos quando havia a influência de atos alienadores praticados por genitores/parentes e amigos próximos, criando falsas memórias nas vítimas de tais atos. “É uma regulamentação que busca a proteção dos pequenos e não o contrário. Precisamos de profissionais responsáveis que façam valer a justiça, para que ela cumpra seu papel”, comenta.

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É importante destacar que, apesar dos casos em que os pais agressores tentam utilizar a legislação para não serem incriminados, a Justiça precisa estar atenta ao cumprimento das respectivas penas. Hoje, 40% dos processos litigiosos envolvendo ex-casais usam a acusação de alienação parental como estratégia. “Criada para proteger as crianças de manipulações nocivas em contextos de disputas familiares, a Lei requer uma condução ética e criteriosa para assegurar sua eficácia e justiça. É essencial que cada caso seja submetido a uma investigação aprofundada, envolvendo avaliações psicológicas detalhadas e a atuação de profissionais especializados”, explica o advogado.

Ele conta que muitos, de forma errônea, alegam que a lei se baseou exclusivamente na tese da Síndrome da Alienação Parental, defendida por Richard A. Gardner, médico psiquiatra e pesquisador da Universidade de Columbia. Mas, desde o PL 4053/2008, que gerou a regulamentação, o projeto de lei não trazia em seu bojo referências a Gardner. “Com o advento da Lei, desde sua publicação, me arrisco dizer que milhares de famílias foram auxiliadas no convívio entre genitor e prole a partir de sua aplicação”, comenta. Há um movimento atual na busca da revogação, que defende que esta Lei é uma forma de proteger os pedófilos. “Ora, isto, no mínimo, é afrontar o bom princípio do julgamento dos processos judiciais. Assim, vejamos: um juiz togado não adotará qualquer posição de convencimento, pela prática ou não de atos de alienação parental, sem que antes tenha um parecer psicossocial, podendo ser de profissionais do Estado ou mesmo particulares. Em nome da celeridade processual, temos uma lei recente que permite ao magistrado eleger um perito psicossocial que não seja serventuário. As partes envolvidas no processo podem, cada um, contratar seus assistentes técnicos e combaterem tecnicamente o laudo apresentado ao juízo”, detalha.

Pais também cometem alienação parental

Quando a Lei da Alienação Parental é utilizada corretamente, observa-se que ambos os gêneros podem ser autores ou vítimas da prática destrutiva. Recentemente, observou-se um aumento na conscientização sobre situações em que homens praticam a alienação contra mães. “Em geral, os casos envolvem a manipulação de crianças e adolescentes para que rejeitem ou demonstrem hostilidade contra um de seus genitores, uma estratégia que pode ter profundas repercussões psicológicas e emocionais para as vítimas”, acrescenta o especialista. É uma prática que impede o desenvolvimento de uma dinâmica familiar saudável, necessitando, assim, de atenção das autoridades competentes e da sociedade para que medidas preventivas e corretivas sejam efetivamente aplicadas e, protejam o bem-estar das crianças e adolescentes.

Para que uma acusação seja realizada, a avaliação psicológica prévia é sugerida. “Sempre se deve evitar ao máximo propor uma ação ou um incidente processual alegando a questão. O advogado não é psicólogo. Ele entende da sua área de atuação, mas não é psicólogo ou psiquiatra para formar convicção”, pontua o especialista, chamando atenção para um olhar crítico em relação a cada um dos casos.

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O efeito da Alienação Parental para crianças e adolescentes

Conforme explica o Dr. Paulo Akiyama, a Lei da Alienação Parental vem trazendo, ao longo dos anos, uma enorme contribuição ao jurisdicionado, já que muitos casos são praticados de forma inconsciente pelo genitor alienador, uma vez que está envolvido pelo drama da falência do casamento e a perda do espírito de família que sempre buscou. “Ela mostra caminhos que não se enxergava anteriormente, confirmando para aquele genitor alienador ou parentes próximos (os quais podem ser os praticantes dos atos) que suas atitudes estão fazendo a criança sofrer, cria traumas psicológicos enormes — e, muitas vezes, irreparáveis — que levam os pequenos a se transformarem em adultos problemáticos, em especial (mas não limitado) às relações conjugais. Relacionamentos amorosos, muitas vezes, se tornam um martírio para estes adultos que se desenvolveram sob atos de alienação parental”, detalha. Além disso, os benefícios se estendem ao longo dos anos, com a Justiça se aperfeiçoando na aplicação e promovendo uma convivência mais saudável entre pais e filhos.

Outra lei que se tornou um avanço nesses casos e ajuda na promoção de uma estrutura familiar mais saudável é a da Guarda Compartilhada (Lei 13.058/2014), que reforça o direito dos filhos a uma relação equilibrada e contínua com ambos os pais, independentemente do estado civil deles. “Nosso papel como advogados é garantir o bem-estar das crianças e adolescentes, acima de tudo, buscando sempre a minimização dos conflitos e o respeito mútuo entre os envolvidos”, enfatiza. Ou seja, é essencial que as discussões e revisões legais sejam feitas com base no aprimoramento e na adaptação às novas realidades familiares — e não na simples revogação de leis que já contribuíram de forma relevante para a resolução de conflitos familiares.

O Dia Internacional de Combate à Alienação Parental deve servir como um lembrete dos desafios enfrentados por muitas famílias, mas também como uma oportunidade para promover mudanças positivas por meio da educação, do diálogo e do comprometimento legal e social com a proteção dos mais vulneráveis.

Sobre Paulo Akiyama

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Paulo Akiyama é formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família.

Sobre o escritório Akiyama Advogados

Com participação direta de seu fundador, o Dr. Paulo Akiyama, advogado e economista, o escritório Akiyama Advogados Associados, investe fortemente em Tecnologia da Informação para assegurar a alta integridade e a segurança das informações fornecidas por seus clientes, garantindo que estas sejam mantidas dentro dos sigilos altamente necessários e desejados. Para mais informações acesse o site, ligue para (11) 3675-8600 ou por email.

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Consórcios impulsionam crescimento de patrimônio imobiliário no Brasil

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Modalidade cresce como alternativa para construção de portfólios sem descapitalização e com rentabilidade estratégica

O consórcio imobiliário tem ganhado destaque entre investidores brasileiros como uma ferramenta para construir patrimônio sem a necessidade de grandes aportes iniciais. Em vez de comprometer o capital próprio, muitos têm recorrido a estratégias que utilizam recursos de terceiros para acelerar a formação de portfólios imobiliários, ampliando a geração de renda e valorização patrimonial de forma planejada.

Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o volume de créditos comercializados no segmento de imóveis alcançou R$ 191,11 bilhões em 2024, um crescimento de 35% em relação ao ano anterior. O número reflete a busca crescente por alternativas inteligentes de investimento, em meio a um cenário de juros elevados e instabilidade no acesso ao crédito tradicional.

Rendimentos como impulso para construção de patrimônio

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Para Juciel Oliveira, CEO da Monteo Investimentos e especialista em estratégias de alavancagem patrimonial por meio de consórcios, é possível utilizar rendimentos de diferentes aplicações — como fundos imobiliários, fundos de ações e renda fixa — para custear de forma estratégica uma nova frente de investimento no mercado imobiliário, diversificando o portfólio sem comprometer o capital principal.

“Direcionar os rendimentos de outros investimentos para o pagamento das parcelas permite que o investidor participe de um consórcio sem a necessidade de descapitalizar seu patrimônio. Ao ser contemplado, ele ainda passa a gerar receita com o aluguel ou a valorização do imóvel adquirido, potencializando o retorno sobre o investimento”, explica.

A carta de crédito do consórcio também oferece flexibilidade. Segundo Juciel, o investidor pode aproveitar o momento mais oportuno do mercado para negociar a aquisição do imóvel, com margem para obter melhores condições. “Essa liberdade de escolha aumenta o potencial de valorização da compra e permite decisões alinhadas ao plano financeiro do investidor”, pontua.

Gestão ativa das cotas evita perda de oportunidades

Outro ponto de atenção, segundo o especialista, é a gestão contínua das cotas contratadas. “É comum ver pessoas que contratam um consórcio e depois simplesmente esquecem de acompanhar sua cota. Quando a contemplação chega, o investidor não está preparado, ou então perde o timing de usar aquele crédito com vantagem”, destaca.

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Para evitar esse tipo de situação, ele reforça a importância de uma condução estratégica ao longo de todo o processo. “Com acompanhamento profissional, é possível antecipar movimentos, analisar o comportamento do grupo e tomar decisões com base em dados e contexto, sem depender da sorte”, complementa.

Observando o amadurecimento do mercado, Juciel acredita que o modelo deixa de ser apenas uma solução de longo prazo e passa a ocupar um espaço mais estratégico nas decisões patrimoniais. “A lógica de alavancagem com controle de risco tende a ganhar mais força entre investidores que buscam crescimento consistente sem abrir mão da previsibilidade financeira”, finaliza.

Sobre Juciel Oliveira

Juciel Oliveira é fundador e CEO da Monteo Investimentos, referência nacional em estratégias de alavancagem financeira e patrimonial através de consórcios. Criador e host do Receita de Sucesso Podcast, autor do livro Receita de Sucesso: Os Pilares dos Empresários Bem-Sucedidos, Juciel é especialista em formação e liderança de times de vendas de alta performance. Iniciou sua trajetória como vendedor porta a porta e, com visão estratégica e execução consistente, construiu uma empresa que ultrapassa 300 milhões de reais em vendas anuais.

Para mais informações, visite o Instagram.

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Sobre a Monteo Investimentos

A Monteo Investimentos é uma empresa especializada em estratégias de alavancagem financeira e patrimonial por meio de consórcios. Fundada em 2011, a Monteo se consolidou como a maior referência do Brasil em investimentos por meio de consórcio imobiliário. Com um portfólio robusto, que reúne as principais administradoras do país, tornou-se a número 1 do segmento em parceria com uma das maiores administradoras de consórcio do Brasil.

Com mais de 3.000 clientes ativos e mais de R$ 1,2 bilhão sob gestão em cartas de crédito, a Monteo vai além da venda: atua como assessoria estratégica, conduzindo toda a jornada do investimento para que o cliente não precise lidar sozinho com o processo — esse é um dos grandes diferenciais da empresa.

A Monteo se destaca pelo elevado índice de satisfação de seus clientes, fruto de uma operação que alia excelência no atendimento com entregas consistentes. Com forte atuação na construção de portfólios imobiliários, oferece soluções inteligentes voltadas à alavancagem de capital e à formação estratégica de patrimônio com foco na geração de renda passiva — ideal para quem busca otimizar seus investimentos no mercado imobiliário.

Para mais informações, acesse o site oficial.

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Toque Art adesivos e rótulos revoluciona o mercado gráfico em Maringá com soluções para pequenas e grandes tiragens

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Atendendo desde artistas iniciantes até grandes profissionais do ramo gráfico, a Toque Art adesivos e rótulos se consolida como uma das principais referências em Maringá quando o assunto é impressão de alta qualidade. Localizada na Rua Allan Kardec, 300 – Parque Avenida, a gráfica oferece um atendimento completo, com foco em tiragens personalizadas que se adaptam às mais variadas demandas de seus clientes.

Com uma estrutura moderna e equipamentos de ponta, a Toque Art adesivos e rótulos oferece soluções sob medida tanto para quem está começando a empreender quanto para empresas já consolidadas. Entre os principais serviços, destacam-se impressões digitais, offset, cortes especiais, adesivagens, além de materiais promocionais e institucionais.

“Acreditamos que cada projeto merece atenção especial, seja ele uma pequena tiragem de cartões de visita ou uma produção em larga escala de materiais gráficos para grandes campanhas”, destaca a equipe da Toque Art.

O diferencial da empresa está no atendimento personalizado e na versatilidade. Com foco na qualidade e agilidade, a Toque Art adesivos e rótulos se tornou uma parceira estratégica para diversos segmentos, como moda, gastronomia, educação, eventos e comunicação visual.

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Seja qual for a sua necessidade gráfica, a Toque Art está pronta para transformar ideias em impressões de alto impacto. Conheça a estrutura da empresa em Maringá e surpreenda-se com o resultado.

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ANACON elege nova diretoria e Cristiano Pandolfi assume vice-presidência nacional

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A ANACON – Associação Nacional da Advocacia Condominial elegeu na última quinta-feira, 15 de maio, sua nova diretoria para o triênio 2025–2028. Reconhecida como a maior e mais representativa entidade do setor no Brasil, a ANACON atua com o objetivo de promover o estudo do Direito Condominial, contribuir para o aprimoramento das legislações vigentes e defender as garantias do livre exercício profissional de advogados e advogadas condominialistas.

Com presença em todos os estados e no Distrito Federal, a ANACON consolida-se como uma instituição de referência no cenário jurídico nacional, sendo constantemente chamada a atuar como amicus curiae em processos de relevância que envolvem questões condominiais.

Para este novo ciclo, foi eleito como presidente o advogado Dr. Márcio Spimpolo, que sucede o Dr. Miguel Zaim com o compromisso de dar continuidade à gestão anterior e ampliar a atuação técnica da associação. Um dos destaques da nova composição é o advogado Dr. Cristiano Pandolfi, de São Paulo, que assume a vice-presidência nacional com a missão de fortalecer a atuação regional da entidade e fomentar eventos e capacitações em parceria com as seccionais da OAB e entidades locais.

“A ANACON é hoje um pilar do Direito Condominial no Brasil. Nosso desafio é aproximar ainda mais os advogados da realidade prática dos condomínios, promovendo uma advocacia técnica, preventiva e estratégica”, afirma Pandolfi, que também é coautor do livro “Direito Condominial: Perspectivas e Desafios Contemporâneos”, obra organizada por Márcio L. Spimpolo e Ramon Perez Luiz, com lançamento previsto para 23 de maio.

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Entre as prioridades da nova diretoria está a aproximação da advocacia com o mercado imobiliário, especialmente com as incorporadoras, para garantir que convenções e regimentos internos reflitam a realidade de cada condomínio. A proposta é oferecer maior segurança jurídica às decisões tomadas diariamente por síndicos e gestores condominiais, beneficiando toda a coletividade envolvida.

Sobre Cristiano Pandolfi

Cristiano Pandolfi é advogado, sócio do escritório Toledo & Pandolfi Sociedade de Advogados, com atuação especializada em Direito Condominial, Direito Imobiliário e Leilões Judiciais e Extrajudiciais. Formado pela Universidade Paulista em 2002, é inscrito na OAB/SP sob o nº 415.997. Atualmente é Secretário-Geral da Comissão de Direito Condominial da OAB São Paulo e foi presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB Tatuapé (gestão 2022–2024). Também é palestrante e articulista, e integra o time de autores do livro “Direito Condominial: Perspectivas e Desafios Contemporâneos”.

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