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Impacto das reformas trabalhistas nas relações de trabalho

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Leia um guia completo e análise sobre a reforma trabalhista e o impacto para empresas e colaboradores

Nos últimos anos, as reformas trabalhistas no Brasil têm sido um dos assuntos mais debatidos, especialmente após a promulgação da Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, que trouxe importantes mudanças à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Com o objetivo de modernizar as relações de trabalho e adequá-las às novas realidades do mercado, essas reformas têm gerado impactos nas negociações contratuais, na jornada de trabalho, nos direitos dos trabalhadores e na dinâmica empresarial.

O ecossistema para enquadramento sindical e acordos coletivos Radar Sindical oferece uma análise detalhada das principais alterações promovidas pela reforma e discute como essas mudanças têm moldado o cenário das relações de trabalho no Brasil.

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A Reforma Trabalhista

A reforma trabalhista de 2017 foi concebida em um contexto de crise econômica e política, quando Michel Temer assumia o governo federal como presidente interino. Com altas taxas de desemprego, os governantes entenderam que era necessário flexibilizar a legislação trabalhista e estimular uma criação de novas oportunidades de trabalho.

Essa flexibilização pode ser interpretada de várias maneiras e, portanto, é necessário que estejam muito bem esclarecidas entre empresas, colaboradores e parceiros, para que as adaptações que a lei permite não atuem contra os interesses genuínos e direitos dos envolvidos na negociação.

Principais mudanças e debates:

As alterações promovidas pela Lei nº 13.467/2017 atingem diversos aspectos das relações de trabalho, com destaque para os seguintes pontos:

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Prevalência das negociações coletivas (Artigo 611-A da CLT):

A inclusão do artigo 611-A na CLT permitiu que as convenções e acordos coletivos de trabalho prevaleçam sobre a legislação em diversos temas, como jornada de trabalho, banco de horas e intervalo intrajornada. Essa mudança visa permitir que empregadores e empregados possam adaptar as condições de trabalho às necessidades específicas de cada setor ou empresa. No entanto, a flexibilização levantou preocupações quanto à possibilidade de redução de direitos previamente garantidos pela CLT.

Regulamentação da terceirização (Lei nº 13.429/2017 e Artigo 4º-A da CLT):

A reforma expandiu as possibilidades de terceirização, permitindo que empresas terceirizem tanto atividades-meio quanto atividades-fim. O artigo 4º-A da CLT, inserido pela Lei nº 13.429/2017, estabelece que “não há vínculo empregatício entre a empresa contratante e os trabalhadores ou sócios das empresas prestadoras de serviços”, o que foi uma mudança significativa em relação à legislação anterior. Com objetivo de proporcionar maior eficiência e especialização, também gerou debates sobre a precarização do trabalho e a perda de estabilidade para os trabalhadores terceirizados.

Alterações em previsões sobre jornadas especiais de trabalho (Artigo 59-A e Artigo 59-B da CLT):

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A reforma introduziu a possibilidade de jornadas de trabalho especiais, como a jornada 12×36, por meio de acordo individual ou coletivo, o que é regulamentado pelo artigo 59-A da CLT. Este modelo permite que o trabalhador cumpra 12 horas consecutivas de trabalho, seguidas por 36 horas de descanso. Além disso, o artigo 59-B trata da compensação de horas extras por meio de banco de horas, que pode ser negociado individualmente e compensado no prazo máximo de seis meses. Estas alterações foram vistas como benéficas para setores que demandam maior flexibilidade, mas também suscitaram discussões sobre os efeitos na saúde e no bem-estar dos trabalhadores.

Fracionamento das férias (Artigo 134 da CLT):

Com a nova redação do artigo 134 da CLT, as férias podem ser fracionadas em até três períodos, desde que um deles seja de, no mínimo, 14 dias corridos e os demais períodos não podem ser inferiores a 5 dias corridos cada um. A maior possibilidade de fracionamento das férias foi vista como uma maneira de permitir que os trabalhadores conciliem melhor suas necessidades pessoais com as exigências do trabalho, mas também foi criticada por potencialmente comprometer o descanso integral necessário para a recuperação da saúde física e mental dos trabalhadores.

Contribuição sindical (Artigos 545, 578, 579 e 582 da CLT):

Uma das mudanças mais polêmicas da reforma foi o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, que passou a ser facultativa aos empregados não sindicalizados, conforme os artigos 545, 578, 579 e 582 da CLT. Antes da reforma, todos os trabalhadores eram obrigados a contribuir com um dia de salário por ano para o sindicato de sua categoria. A mudança foi justificada pela necessidade de fortalecer a liberdade de associação, mas gerou preocupações sobre a sustentabilidade financeira dos sindicatos e sua capacidade de representar efetivamente os trabalhadores. Importante registrar que atualmente, após decisão do Supremo Tribunal Federal, há obrigatoriedade de recolhimento de contribuição assistencial prevista em norma coletiva, salvo se houver oposição feita pelo trabalhador.

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Teletrabalho e home office (Artigos 75-A a 75-E da CLT):

A reforma introduziu um novo capítulo na CLT dedicado ao teletrabalho, regulamentado pelos artigos 75-A a 75-E. Esta modalidade, que antes não tinha previsão legal, passou a ser formalmente reconhecida, com regras específicas para a contratação, jornada de trabalho e responsabilidades de ambas as partes. Com a pandemia de COVID-19, a relevância dessas disposições aumentou, uma vez que muitas empresas adotaram o teletrabalho como medida de segurança e produtividade. O teletrabalho trouxe maior flexibilidade, mas também desafios em termos de controle de jornada e garantia de direitos trabalhistas.

Neste tópico, houve adequações mais recentes e a nível mundial. Em outubro de 2020, a Espanha, por exemplo, implementou uma lei oficial sobre trabalho à distância, regulando aspectos como planos de carreira, fornecimento de materiais adequados, suporte técnico, e compensação de custos, incluindo ferramentas e energia elétrica. Registra-se que a CLT prevê normas que devem ser consideradas para o trabalho remoto e híbrido. Em setembro de 2022, a Lei 14.442/22 foi sancionada, abordando questões como a necessidade de controle de jornada para os trabalhadores em sistema de teletrabalho.

Adaptação das empresas e trabalhadores:

A maior flexibilidade nas relações de trabalho oferece oportunidades para que as organizações ajustem suas práticas às necessidades do mercado, como a adoção de novas modalidades de contratação e a reestruturação da jornada de trabalho. Por outro lado, essa flexibilização também requer um cuidado redobrado para assegurar que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e que as mudanças estejam em conformidade com a legislação.

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Para os colaboradores, a reforma trouxe tanto desafios quanto oportunidades. A possibilidade de negociação direta com os empregadores pode resultar em acordos mais alinhados com as necessidades individuais, mas também existe o risco de que a assimetria de poder nas negociações resulte em perdas de direitos e benefícios. Além disso, a expansão da terceirização e a introdução do teletrabalho exigem uma adaptação às novas formas de contrato, que podem impactar a estabilidade e a qualidade de vida dos trabalhadores.

Exemplos de implementação:

Diversas empresas têm demonstrado como a adaptação às novas regras trabalhistas pode ser realizada com sucesso, garantindo tanto a conformidade legal quanto a satisfação dos trabalhadores. Estudos de caso mostram que a implementação de políticas claras de teletrabalho, a revisão de contratos para assegurar a flexibilidade desejada pelos empregados e a negociação transparente de acordos coletivos têm sido estratégias eficazes.

Por exemplo, empresas do setor de tecnologia, que tradicionalmente demandam maior flexibilidade e inovação, têm adotado o teletrabalho como uma prática padrão, ajustando seus sistemas de controle de jornada e investindo em tecnologias que assegurem a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores. Outros setores, como a indústria e o comércio, têm explorado a terceirização para aumentar a eficiência operacional, ao mesmo tempo em que investem em programas de qualificação e benefícios para trabalhadores terceirizados, buscando dissolver os impactos negativos dessa prática.

As reformas trabalhistas implementadas em 2017 marcaram um ponto de inflexão nas relações de trabalho no Brasil. Embora tenham gerado controvérsias e debates acalorados, é inegável que essas mudanças estão moldando um novo cenário, caracterizado principalmente por maior flexibilidade e adaptação às realidades contemporâneas. O sucesso desta transição dependerá de como empresas e trabalhadores se ajustarem a esse novo marco regulatório, buscando um equilíbrio entre a necessidade de competitividade e a preservação dos direitos laborais.

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Sobre o Radar Sindical:

O Radar Sindical é uma plataforma que surgiu para auxiliar diversos profissionais que lidam constantemente com sindicatos, enquadramentos sindicais, negociações sindicais e normas coletivas. Trata-se de uma tecnologia inovadora capaz de unir informações precisas, seguras e rápidas em um único local.

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IDW Company vence o Prêmio PRESE 2025 com iniciativa de ESG no AFROPUNK Brasil

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Matheus Antunes, analista de Comunicação e Posicionamento da IDW,  e Leide Laje, consultora em ESG para a IDW Company  – Crédito: @jeanflanderss

A IDW Company  conquistou pela primeira vez o Prêmio de Responsabilidade Empresarial do Setor de Eventos (PRESE) 2025, na categoria Investimento acima de R$50 mil, com o case de ESG no AFROPUNK Brasil. A vitória celebra o compromisso da companhia em promover uma gestão responsável com  impacto social positivo e diversidade em todas as etapas de seus projetos.

A premiação, promovida pela Associação Brasileira de Promotores de Eventos (ABRAPE), reconhece as empresas que aplicam práticas de ESG — Meio Ambiente, Social e Governança — em suas iniciativas e operações de forma estruturada, consciente e integrada aos projetos do setor de eventos. O PRESE valoriza iniciativas que fortalecem e impulsionam um futuro mais sustentável, inclusivo e inovador para o setor no Brasil.

“Desde sua fundação, a IDW sempre investiu em ações de ESG por entender o nosso compromisso enquanto empresárias e cidadãs. Ao longo desses cinco anos, temos colaborado para estimular o engajamento de mais empresas do entretenimento nessa visão. Receber, pela primeira vez, um prêmio tão reconhecido como o PRESE é motivo de orgulho. Esse reconhecimento celebra toda a nossa trajetória e reforça a importância da construção coletiva na indústria de eventos. Agradecemos à ABRAPE e parabenizamos pela realização”,  destaca Potyra Lavor, CEO da IDW Company.

Os vencedores do PRESE 2025 foram anunciados durante a cerimônia oficial no 10º Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos (CBPE). Cada ganhador recebeu como prêmio uma viagem para o South by Southwest (SXSW) 2026, em Austin, Texas, considerado um dos maiores festivais de criatividade e inovação do mundo.

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Com 7,5 milhões de m² em desenvolvimento urbano, Urban Square redefine o conceito de viver e investir em Indaiatuba com o Ville de Provence

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Em Indaiatuba, interior de São Paulo, um empreendimento de alto padrão reforça a vocação da cidade para qualidade de vida, urbanismo planejado e valorização imobiliária. O Ville de Provence, da Urban Square Urbanizadora, consolida um novo patamar de desenvolvimento na região ao unir natureza, infraestrutura completa e inspiração arquitetônica internacional.

Com 7,5 milhões de m² em desenvolvimento urbano e mais de 1.000 lotes entregues, a Urban Square transformou-se em protagonista da evolução urbanística local, criando bairros planejados que unem bem-estar, sofisticação e valorização consistente.

Indaiatuba: referência nacional em planejamento, mobilidade e qualidade de vida

Localizada próximo a Campinas, Indaiatuba está a apenas 12 minutos do Aeroporto Internacional de Viracopos, um dos maiores hubs logísticos do país.

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Essa proximidade estratégica impulsiona a economia, atrai grandes empresas e fortalece o mercado imobiliário.

Reconhecida pelo urbanismo bem estruturado, baixos índices de criminalidade e excelência em saneamento, a cidade consolidou-se como uma das melhores do Brasil para se viver — com parques preservados, ruas arborizadas e um ritmo de crescimento planejado.

A força da Urban Square no desenvolvimento regional

Com 7,5 milhões de m² em desenvolvimento e mais de 1.000 lotes entregues, a Urban Square se destaca por criar loteamentos que unem estética refinada, infraestrutura completa e áreas de lazer entregues equipadas e decoradas — um diferencial importante no mercado.

Cada empreendimento é planejado para oferecer conveniência, segurança, contato com a natureza e qualidade urbana em escala.

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Ville de Provence: elegância, natureza e inspiração francesa

Inspirado na região da Provence, no sul da França — famosa por seus vilarejos charmosos e paisagens bucólicas — o Ville de Provence traz esse conceito para um dos endereços mais valorizados do interior paulista.

O empreendimento reúne:

Mais de 168.000 m² de área verde preservada

Equivalente a aprox. 23 campos de futebol de natureza.

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Mais de 53.000 m² de área de lazer o equivalente a aprox. 8 campos de futebol dedicados ao lazer, esporte e convivência.

Tudo entregue equipado e decorado, incluindo:
• Piscina de 350 m² estilo resort
• Piscina coberta e aquecida com raia de 25 metros
• 2 quadras de tênis
• 3 quadras de beach tennis
• Quadra poliesportiva
• Pista de skate
• Academia
• Brinquedoteca e playground
• Salões gourmet
• Áreas sociais e espaços de convivência integrados ao paisagismo

Essa união entre natureza, lazer completo e estética francesa faz do Ville de Provence um dos clubes mais completos já criados em um condomínio de Indaiatuba.

Um olhar especializado sobre Indaiatuba e o Ville de Provence

Para a empresária e especialista em mercado imobiliário Sophia Martins, que conhece profundamente a cidade por já ter vivido e trabalhado ali em fases estratégicas da carreira, o Ville de Provence chega para reforçar o melhor de Indaiatuba.

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“Indaiatuba sempre esteve no meu radar como um dos mercados mais inteligentes para quem pensa em viver ou investir. A proximidade com São Paulo e com o Aeroporto Internacional de Viracopos cria um eixo logístico único no país. E, conhecendo a cidade como conheço, apresentar um projeto dessa dimensão é realmente especial. O Ville de Provence traduz o que Indaiatuba tem de melhor: planejamento, natureza e um padrão de qualidade que gera valorização real.”

Com visão técnica, Sophia destaca que a união entre urbanismo, natureza e mobilidade torna o empreendimento especialmente atrativo para famílias e investidores.

Sofisticação que gera valorização

Projetos anteriores da Urban Square registraram valorização expressiva, reforçando a credibilidade da marca e o potencial econômico da região.

Com entregas no prazo, infraestrutura impecável e atributos urbanos de alto padrão, o Ville de Provence se posiciona como um dos endereços mais promissores do interior paulista.

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Ville de Provence: onde natureza, arquitetura e investimento se encontram

Ao unir inspiração francesa, áreas verdes exuberantes, lazer completo e urbanismo inteligente, o Ville de Provence fortalece a vocação de Indaiatuba para oferecer um estilo de vida sofisticado, sustentável e com alto potencial de valorização.

Para conhecer mais detalhes, plantas, diferenciais e localização:
👉 https://www.villedeprovence.com.br

(Foto: Arquivo Pessoal)

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Zexter impulsiona criadoras com workshop “Do Zero ao Topo”

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A Zexter promoveu na última terça-feira (11), em São Paulo, o workshop “Do Zero ao Topo com Bruna Vieira”, reunindo criadores de conteúdo em uma tarde de imersão e trocas sobre carreira, imagem e estratégias de monetização.

O encontro, realizado na região da Berrini, teve como foco principal capacitar mulheres que desejam transformar sua produção digital em um negócio rentável. Ao longo das seis horas de programação, as participantes acompanharam painéis sobre sexualidade, bastidores de produção e gestão de marca pessoal, conduzidos por nomes de destaque da creator economy.

Bruna Vieira, que ultrapassa 400 milhões de visualizações e soma mais de R$ 6 milhões em faturamento, abriu o evento contando sua trajetória e compartilhando as táticas que a levaram ao topo. A criadora, que teve a ideia inicial do workshop, explicou que o objetivo era dividir o que aprendeu ao longo da carreira com outras mulheres.

“Eu queria criar um espaço onde pudesse mostrar, na prática, o que realmente funciona. A Zexter acreditou no projeto, ampliou a proposta e transformou a ideia em uma experiência completa, com outros painéis e muita troca”, afirmou Bruna.

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O público também acompanhou um painel sobre autoconhecimento e sexualidade com a sexóloga Tatiana Presser, e outro de fotografia e direção de imagem com Andreas Ciero (Jesus), profissional reconhecido no segmento 18+. Entre uma atividade e outra, houve sessões de fotos profissionais, coffee break e momentos de networking que estimularam a aproximação entre criadoras.

Para Maria Luisa Praxedes, Head de Marketing da Zexter, o encontro simboliza a essência da plataforma. “Teve emoção, teve risada e, acima de tudo, conexão. Ver criadores saindo inspirados e acreditando ainda mais no próprio potencial mostra que estamos no caminho certo”, disse.

Mais do que um evento, o workshop se consolidou como um ponto de virada na relação entre a Zexter e sua comunidade de criadores: reforçando a ideia de que, quando há espaço, suporte e propósito, o conteúdo se transforma em carreira.

(Fotos : Zexter)

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