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Holding familiar: a estratégia que evita brigas entre herdeiros e protege o patrimônio

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O planejamento sucessório é um tema que ganha cada vez mais relevância no Brasil, especialmente diante do envelhecimento da população e do crescimento das disputas judiciais entre familiares após a morte de um ente querido. Em um país onde 90% das empresas não estatais são familiares e respondem por cerca de 65% do PIB, segundo dados do IBGE e Sebrae, a preocupação com a continuidade dos negócios e a preservação do patrimônio tem impulsionado o uso da holding familiar como uma solução eficiente e estratégica.

A holding familiar é uma empresa criada para concentrar e administrar o patrimônio de uma ou mais pessoas da mesma família. Pode incluir imóveis, participações societárias, aplicações financeiras e outros bens. Ao transferir esses ativos para a holding, os sócios passam a deter cotas da empresa em vez de bens diretamente em seus nomes. Com isso, a sucessão pode ser organizada de forma planejada, com regras claras estabelecidas em contrato social e acordos de quotistas, o que ajuda a evitar conflitos, desgastes emocionais e longas batalhas judiciais.

Essa estrutura tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. Segundo levantamento da PwC, o número de holdings familiares cresceu mais de 30% nos últimos cinco anos, impulsionado principalmente pelas incertezas tributárias e pelo desejo de proteger o patrimônio. As vantagens são diversas: além da proteção  patrimonial (muito embora esta proteção seja relativa), há redução de custos com impostos na sucessão (como o ITCMD), agilidade na transferência de bens e manutenção do controle dos ativos dentro da família.

Gislene Costa, advogada que atua  na área de planejamento patrimonial e sucessório, explica que o grande diferencial da holding é permitir que o processo de sucessão aconteça ainda em vida, com a participação ativa do patriarca ou matriarca na definição das regras. “Planejar o patrimônio vai muito além de pensar na herança. É um gesto de responsabilidade com o futuro da família, que evita disputas e garante a continuidade do que foi construído com tanto esforço”, afirma. Ela ressalta que muitas famílias deixam para discutir esses temas apenas quando um imprevisto acontece, o que torna o processo mais doloroso e custoso.

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O impacto da reforma tributária em curso também tem feito crescer a procura por esse tipo de estrutura. A padronização da alíquota máxima do ITCMD em 8% para todos os estados, por exemplo, preocupa famílias com patrimônio elevado. Em estados como São Paulo, onde a alíquota era de 4%, a mudança representa o dobro da tributação em caso de herança. Em vez de aguardar esse cenário mais oneroso, muitas famílias têm preferido antecipar a sucessão por meio da holding, aproveitando ainda os benefícios legais em vigor.

Além disso, a holding permite maior organização e eficiência na gestão dos bens. Em vez de imóveis dispersos em nome de diferentes pessoas, por exemplo, tudo passa a ser controlado por uma única pessoa jurídica, o que facilita o planejamento tributário e evita problemas como inventários demorados e bloqueios judiciais. Em casos de empresas familiares, a holding também pode atuar como instrumento de governança, separando a figura do herdeiro da figura do gestor e profissionalizando a gestão dos negócios.

Gislene aponta que a criação de uma holding não deve ser feita de forma genérica, com contratos “de prateleira”. Cada família possui uma realidade específica, e o planejamento precisa levar em conta variáveis como o regime de casamento dos sócios, a existência de herdeiros menores, eventuais disputas anteriores e os objetivos futuros dos envolvidos. “O bom planejamento é aquele que traz segurança jurídica e paz para a família. É uma ferramenta de amor e de legado, quando feita com consciência”, conclui.

No cenário atual, em que cresce o número de litígios familiares relacionados à herança — cerca de 20% das ações nas varas de família do país envolvem disputa por bens, segundo o CNJ — estruturar uma holding deixou de ser uma estratégia apenas para grandes fortunas. Hoje, famílias com patrimônio modesto também têm buscado essa alternativa como forma de proteger o que foi construído, garantir estabilidade e preservar vínculos familiares. A holding, mais do que uma estrutura jurídica, tem se mostrado um instrumento de preservação de histórias, vínculos e da paz entre gerações.

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Com foco na descarbonização, juventude dos BRICS aposta em reatores nucleares modulares

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Tecnologia dos SMRs surge como alternativa limpa para indústrias e regiões remotas durante cúpula internacional em Brasília

Os Reatores Modulares Pequenos (SMRs, na sigla em inglês) ganharam destaque como solução estratégica para a descarbonização da indústria e o acesso universal à energia durante a sessão especial da Plataforma Nuclear dos BRICS, realizada ontem na VII Cúpula de Energia Jovem dos BRICS, no Palácio da Justiça. O encontro reuniu jovens especialistas, representantes da indústria e autoridades de países-membros para discutir os caminhos técnicos, regulatórios e financeiros para o avanço dessa tecnologia emergente.

Com capacidade de até 300 megawatts, os SMRs foram apresentados como uma alternativa limpa e segura para substituir gradualmente os combustíveis fósseis, especialmente em setores industriais de alta emissão e em regiões remotas com infraestrutura limitada. As discussões também abordaram temas como segurança nuclear, gestão de resíduos radioativos, desenvolvimento de mão de obra especializada, e a importância de conquistar a confiança pública.

A sessão contou com a presença da head da Plataforma Nuclear dos BRICS, Elsie Pule, do vice-diretor de marketing da Rosatom International Network, Ilya Platonov, além de representantes da Eletronuclear e do grupo de Jovens Especialistas em Energia Nuclear dos BRICS.

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Entre os principais anúncios, está a elaboração de um estudo inédito sobre as perspectivas de desenvolvimento dos SMRs, que integrará o BRICS Youth Energy Outlook 2025, relatório internacional elaborado por jovens especialistas do bloco. A Plataforma Nuclear dos BRICS será a parceira institucional da iniciativa.

“A plataforma nuclear dos BRICS funciona como um mecanismo institucional vital para transformar nossos objetivos comuns em resultados práticos”, afirmou Milena Megré, pesquisadora, ex-coordenadora do T20 no G20 Brasil e conselheira municipal de juventude em Belo Horizonte. Segundo ela, o sucesso da iniciativa depende do comprometimento de agências nacionais, organizações técnicas e líderes da indústria, como a Rosatom, no avanço conjunto de projetos colaborativos.

Juventude na liderança da transição energética

 Organizada pelo Ministério de Minas e Energia do Brasil, pela Secretaria Nacional da Juventude da Presidência da República e pela YEA BRICS, a VII BRICS Youth Energy Summit aconteceu nos dias 9 e 10 de junho, reunindo mais de 120 participantes – entre eles, 50 jovens especialistas e formuladores de políticas públicas energéticas dos países do bloco.

A programação foi estruturada em torno de quatro eixos prioritários: combustíveis sustentáveis, financiamento da transição energética, acesso à energia e combate à pobreza energética, e sistemas de baixo carbono. Além das sessões técnicas, os delegados participaram de visitas ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto.

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Criada para fortalecer a cooperação entre empresas e governos na promoção da energia nuclear como fonte limpa e confiável, a Plataforma Nuclear dos BRICS tem promovido encontros estratégicos em fóruns internacionais e reúne representantes de países como Rússia, China, África do Sul, Irã, Brasil, Bolívia, Etiópia e Egito. Em 2024, uma declaração de apoio à criação da plataforma foi assinada por nove instituições desses países.

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Negócios

3º CCS Tech Summit reúne, no Rio de Janeiro, importantes nomes nacionais e internacionais da Captura e Armazenamento de Carbono

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Executivos de indústrias, acadêmicos e representantes do poder público estarão presentes em evento que acontece nos dias 5 e 6 de junho

A Interlink Exhibitions promove nos próximos dias 11 e 12 de junho, o CCS Tech Summit, terceira edição do congresso voltado para o tema da Captura e Armazenamento de Carbono (CCS), no Expo Mag, no Rio de Janeiro. As palestras possuem a curadoria da CCS Brasil, associação que visa estimular as atividades ligadas à Captura e Armazenamento de Carbono no país.

O congresso será realizado durante o Carbon Capture Expo South America, única feira nacional destinada ao setor, e que acontece paralelamente ao Hydrogen Expo South America, voltado para a cadeia produtiva do hidrogênio e da descarbonização. O evento terá os patrocínios da Repsol Sinopec Brasil, Vallourec, Kawasaki e Tecno Project Industriale (TPI).

“Esse congresso representa uma oportunidade ímpar para aprofundamento de conhecimento, intercâmbio de experiências e desenvolvimento de colaborações no setor de Captura e Armazenamento de Carbono, em um fórum altamente qualificado com a presença de varios atores qualificados desse ecossistema”, afirma Nathália Weber, cofundadora da CCS Brasil. Nathalia realizará a palestra de abertura do CCS Tech Summit.

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O evento terá palestras e debates sobre temas como políticas públicas e incentivos para a transição energética, competitividade e desenvolvimento econômico na indústria, regulação e governança, licenciamento ambiental, cadeias de valor de CCS e o potencial do mercado de carbono no país. O evento acontece em meio a um ambiente aquecido no âmbito de CCS no Brasil. No ano passado foi aprovada a lei nº 14993/2024, conhecida como Combustível do Futuro, que trouxe a primeira regulamentação para o setor no país.

O congresso contará com importantes nomes como Raphael Moura e Alexandre Kosmalski, da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis); Carlos de Mathias Martins Junior, presidente do Conselho de Administração da ACX Brasil; Fernando C. Hernandez, Global Chairman of the Society for Low Carbon Technologies; Carlos Peixoto, cofundador e CEO da H2helium, consultoria em desenvolvimento de negócios e projetos de energia de baixo carbono; Patricia Santana, New Energies Manager da Vallourec; Altino Marques, Market Manager na DNV, uma das maiores certificadoras do mundo; Heloisa Borges, Diretora da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); e Isabelle Bela, Gerente de Novos Negócios na Baker Hughes.

Confira mais detalhes sobre o evento e a programação completa: https://carboncaptureexpo.com.br/programacao/

Serviço
3º CCS Tech Summit
Local: Expo Mag (Rua Beatriz Larragoiti Lucas, s/n, no bairro da Cidade Nova, no Rio de Janeiro)
Data: 11 e 12 de junho
Horário: 10 às 16 horas
Informações: https://carboncaptureexpo.com.br/ccs-tech-summit/

Sobre a CCS Brasil
A CCS Brasil é a associação que visa estimular as atividades ligadas à Captura e Armazenamento de Carbono no país, um processo que visa trazer um impacto sustentável positivo para a sociedade e que reúne diversas tecnologias para a captura do CO2, transporte e armazenamento permanente do gás carbônico em formações rochosas profundas. A CCS Brasil busca promover a cooperação entre todos os entes que podem participar dessa cadeia produtiva e que incluem empresas financiadoras, indústrias, governo, universidades e a sociedade, visando o desenvolvimento desse mercado.

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Ricardo Soares: O Homem por Trás dos Grandes Empresários do Brasil

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Por trás de negociações milionárias, parcerias estratégicas e decisões que movimentam setores inteiros do mercado corporativo, há um nome que se destaca por sua discrição, competência e, acima de tudo, lealdade: Ricardo Soares. Natural de Araraquara, interior de São Paulo, o empresário e CEO da RSX Intermediações já intermediou negociações milionárias — e não o faz apenas pelos números, mas por um propósito.

Formado em Direito e com uma trajetória de vida marcada pela persistência, poderia facilmente ostentar títulos e cifras. Mas seu maior trunfo, segundo ele mesmo, é ter construído uma carreira baseada em valores que hoje estão em falta: confiança, integridade e palavra. O que Ricardo vende no mercado está em falta: lealdade. E é isso que o diferencia: ele é o elo de confiança, representando um grupo seleto de investidores.

Antes de se tornar uma referência no meio empresarial, ele viveu uma década como atleta profissional de futebol. Quando a carreira nos gramados chegou ao fim, aos 26 anos, ele voltou para Matão, no interior paulista, e iniciou uma nova jornada. Foi graças à sensibilidade de um grande amigo, Djair, empresário de Ribeirão Preto, que lhe deu a primeira oportunidade no mundo dos negócios. A partir dali, nunca mais parou.

No começo, não foi fácil. Mas entendeu que tinha algo diferente: a facilidade de se conectar com as pessoas. Isso foi seu diferencial. Sua habilidade em criar pontes entre pessoas e oportunidades o levou a negociar com grupos da construção civil, do agronegócio e do mercado corporativo em geral. Um nome especial, porém, merece destaque: Zezé Di Camargo.

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Ricardo tem uma parceria sólida com o cantor e empresário Zezé Di Camargo. Mas a relação vai além dos contratos. Ele nunca teve a pretensão de fazer negócios com artistas. “Zezé é uma exceção. É um homem de palavra, caráter e lealdade. Hoje, ele é mais que parceiro de negócios: é um amigo pessoal.” A confiança mútua entre os dois reflete sua filosofia de trabalho, que valoriza mais o caráter do que os holofotes.

Com uma vida profissional intensa e rodeada de grandes nomes, poderia facilmente ser associado à ostentação. Entretanto, prefere manter o foco na inspiração. Sua missão nas redes sociais é motivar e mostrar às pessoas que é possível conquistar seus objetivos — e que a persistência torna isso possível.

Pensando em ajudar outros empresários, iniciantes ou não, ele desenvolve mentorias completas com um verdadeiro manual do mercado de negócios. Mais do que apenas técnica, ele aborda temas como comportamento, postura, ambientes e mentalidade. Sendo quase um 360 que mostra desde como se vestir até como se posicionar com assertividade, é um guia real para quem quer alcançar os próximos níveis do mercado corporativo. Além disso, em breve, pretende lançar seu primeiro livro sobre técnicas de negociação e palestras pelo Brasil.

Uma das maiores realizações de Ricardo é ter conseguido conquistar a confiança de pessoas que ele admirava. Mais que prêmios, o que o deixa realizado é viver a vida que sempre quis: ao lado de quem ama e fazendo o que realmente o realiza.

Ricardo não romantiza o sucesso. Para ele, grandes realizações exigem sacrifícios. “Tem muita gente querendo começar na página 50. Mas o livro precisa começar do começo. Goste dos problemas. São eles que trazem as grandes oportunidades”, aconselha.

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Se você busca uma figura de referência no mercado corporativo, que une ética, resultado e inspiração, siga Ricardo Soares no Instagram @ricaardosoares e acompanhe de perto o dia a dia de quem já se tornou uma peça-chave por trás de grandes empresários do Brasil.

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