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Negócios

Giro Tech: Confira as novidades e destaques techs do mês

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*Por Coluna GiroTech

Trabalho remoto

O Leading Tech Report, estudo realizado pela BossaBox, startup que aloca e gere profissionais de tecnologia para empresas e scale ups, analisou a maneira como líderes e C-Levels percebem o impacto das áreas de Produto e Tecnologia nos negócios para 2025. A pesquisa revelou que o trabalho remoto segue como o principal modelo para times e profissionais da área, sendo que 52% deles já atuam dessa forma. Além disso, dentro desse grupo, 93% afirmam não ter planos de mudança nos próximos meses. “Os números refletem não apenas uma adaptação consolidada a este formato, mas também os benefícios percebidos principalmente pelos profissionais. Identificamos, ainda, que os ambientes que mais promovem alta performance são aqueles em que as áreas de Produto e Tecnologia têm protagonismo, oferecendo senioridade, ciclos rápidos de entrega, e sobretudo, trabalho remoto”, afirma João Zanocelo, Head de Produto e Marketing e cofundador da BossaBox.

Além da forte adesão ao trabalho remoto, os dados do estudo indicam que esse modelo está diretamente associado a um desempenho superior das equipes. Quando o time trabalha remotamente, 47% dos membros relatam alta performance em qualidade e quantidade de entregas. Já no modelo presencial, esse índice cai para 37%. Com 95% das equipes formadas por plenos e seniores, a necessidade de supervisão constante diminui, permitindo maior autonomia e eficiência nos processos.

Vivo gera 130 milhões em contratos com startups

A Vivo encerrou 2024 com R$ 130 milhões em negócios realizados com startups, alta de 30% em relação ao ano anterior. O valor reflete os resultados das iniciativas conduzidas pela Wayra e pelo Vivo Ventures – fundos de Corporate Venture Capital da empresa – com foco em identificar soluções que otimizem processos internos e contribuam para a expansão do modelo de negócios da companhia. O montante é a soma dos contratos que a empresa tem com startups, independentemente de serem ou não investidas do Vivo Ventures e/ou da Wayra.

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Generali lança espaço de memória no RJ

Em celebração ao seu centenário, a Generali inaugurou o “SPAZIO DI MEMORIA” em sua matriz, no Rio de Janeiro. A exposição conta a história da seguradora estrangeira mais antiga no país por meio de fotos, vídeos, documentos, premiações e depoimentos, permitindo ao visitante uma viagem no tempo inovadora. O espaço, que conta com a contribuição de parceiros como as empresas Pacta Clara e Approach, tem o objetivo de proporcionar uma experiência imersiva e interativa na história da Generali no Brasil ao longo do tempo e oferece uma experiência única por meio de óculos de realidade virtual (VR), que transportam os visitantes para a Itália do século XIX, recriando os primeiros anos da companhia antes de sua chegada ao país. Outro importante recurso oferecido no Spazio di Memoria é a assistente virtual EmiglIA, criada pela Área de Inovação da empresa e que permite ao visitante obter facilmente respostas sobre os principais marcos da história da Generali Brasil.

Maple Bear na ABRIN 2025

A Maple Bear, maior rede de escolas bilíngues, segue em expansão e prevê a abertura de 16 novas escolas ainda este ano. A marca foi um dos destaques da ABRIN 2025, maior evento do setor de brinquedos e entretenimento infantil da América Latina. Durante a feira, Antonieta Megale, diretora acadêmica da Maple Bear, e Gabriela Pinsdorf, especialista acadêmica de Educação Infantil, destacaram a importância dos brinquedos na aprendizagem e no desenvolvimento infantil, além de discutir como o setor pode impulsionar o segmento educacional no Brasil e na América Latina. Hoje, a Maple Bear atua em 34 países, com mais de 60 mil estudantes pelo mundo.

Curso em São Paulo com Felipe Boselli ensina como vencer licitações e manter contratos lucrativos

Nos dias 15 e 16 de maio, São Paulo recebe o curso “Estratégias para vencer licitações e manter contratos lucrativos”, ministrado pelo advogado e especialista em licitações Felipe Boselli. O treinamento aborda boas práticas para empresas que participam de licitações e buscam fechar  contratos públicos lucrativos. Destinado a advogados e profissionais que atuam nas áreas de licitações e contratos, o participante terá a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre esse universo, essencial para o sucesso de qualquer empresa que atua no setor público. Os interessados podem fazer suas inscrições pelo link:

https://boselli.com.br/curso-estrategias-para-vencer-licitacoes-e-manter-contratos-lucrativos/

Em crescimento

As vendas de materiais escolares pela internet cresceram 15,79% entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, movimentando R$ 356,1 milhões, segundo dados do marketplace da Layers. No período, foram realizadas 282.469 vendas (+9,35%), com aumento no ticket médio para R$ 1.260,72 (+5,89%). O número de lojas ativas na plataforma subiu 48,56%, enquanto a participação de comunidades cresceu 192%. A base de compradores também avançou 6,90%, reforçando a digitalização do setor como alternativa eficiente diante da inflação e das dificuldades do varejo físico.

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Nova unidade da Fogo de Chão

A rede de churrascaria Fogo de Chão inaugurou sua sexta unidade no estado de São Paulo, desta vez na região de Alphaville, no Shopping Tamboré. Fundada no sul do Brasil em 1979, a rede de restaurantes atualmente possui mais de 100 lojas em todo o mundo, incluindo países como Estados Unidos, México e Oriente Médio.

Lançada em 2024, Loyalme supera R$30 milhões em transações

Após conquistar mais de 20 milhões de brasileiros por meio de suas soluções, a Loyalme – startup que nasceu dentro da Cuponeria para oferecer estratégias de fidelização para empresas – projeta um crescimento robusto, com a meta de dobrar o número de clientes fidelizados e expandir sua receita. Fundada em 2024, a startup já se destaca no mercado, ajudando grandes empresas a fidelizar consumidores por meio de programas de loyalty. Em menos de um ano, a empresa já transaciona mais de R$30 milhões por mês e conta com parceiros importantes como Bradesco, Ticket e Natura.

“Desde nosso lançamento, em 2024, alcançamos marcos significativos. Ampliamos o portfólio de clientes e consolidamos nossa posição ao lado de grandes empresas, expandindo soluções para setores como beleza, educação e mobilidade urbana, Esse é apenas o início; temos como meta explorar novos horizontes e agregar ainda mais valor junto aos parceiros”, afirma Thiago Brandão, CEO e cofundador da Loyalme.

Syonet decola

Empresa referência em soluções tecnológicas para concessionárias de veículos no Brasil, a Syonet alcançou a marca histórica de R$ 60 milhões em faturamento em 2024, um crescimento 30% superior ao ano anterior. No período, a empresa conquistou mais de 100 novos clientes, entre eles grandes grupos automotivos que movimentaram mais de R$ 85 bilhões em transações na plataforma. A equipe também cresceu, com a chegada de 58 novos talentos e a geração de 107 novas vagas para 2025, refletindo sua estratégia de crescimento e expansão de negócios. O ano de 2024 também foi marcado pelo início das operações internacionais da companhia, que abriu uma filial no México no início do segundo semestre. A marca investiu mais de R$1 milhão para o início das operações diretas no país. Já para 2025, a empresa projeta um crescimento de 30% em comparação a 2024, atingindo R$ 78 milhões em faturamento.

 Humora acelera

A Humora, startup que combina produtos à base de cannabis e fitoterápicos para o bem-estar, prevê superar R$3 milhões de faturamento em 2025. A meta foi estipulada após a empresa registrar um aumento de 650% na receita no último ano, impulsionada pelo lançamento de novos produtos, como a Humora Boreal, que atualmente é o produto campeão de vendas da marca, e pelo avanço do mercado de cannabis medicinal no Brasil. Segundo o anuário de 2024 da Kaya Mind, especialista em dados e insights do setor, cerca de 672 mil pessoas no país já utilizam derivados da planta para fins medicinais – um aumento de 56% em relação a 2023.

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Grupo Águia Branca lança marca de veículos seminovos

A Divisão Comércio do Grupo Águia Branca, um dos principais conglomerados empresariais do Brasil, com mais de 78 anos de história, apresenta ao mercado a Águia Branca Seminovos, sua nova marca dedicada à venda de veículos seminovos. A novidade unifica todas as lojas da categoria de veículos já existentes no grupo – Kurumá Seminovos, Osaka Seminovos, Kyoto Seminovos, Jeep Vitória Motors Seminovos, Mercedes-Benz Seminovos e Vitória Motors BYD Seminovos. Com a integração, a Águia Branca Seminovos passa a estar presente com lojas nos estados de Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal e Goiás. Com décadas de experiência em negócios de logística, comércio de veículos e transporte de passageiros, a Águia Branca Seminovos nasce com o compromisso de atuar no mercado com o mesmo padrão de excelência, confiança e qualidade das empresas administradas pelo Grupo Águia Branca.

Voke estampará camisa do Ceará por três temporadas

A Voke, empresa líder nacional em locação de hardwares no modelo “As a Service” e na comercialização de equipamentos de tecnologia seminovos, acaba de se tornar a mais nova patrocinadora do Ceará Sporting Club. A marca de tecnologia terá destaque na parte interna dos números das camisas dos atletas, além de contar com exposição em placas no Centro de Treinamento do clube e inserções no telão da Arena Castelão durante os jogos com mando de campo do “Vozão” na capital cearense. A parceria, válida por três temporadas, reforça a presença da Voke no estado. Alinhada à estratégia de expansão, a empresa inaugurou, em 2024, um escritório em Fortaleza e adquiriu a CSI Locações, consolidando ainda mais sua atuação no Nordeste, região em que possui alta capilaridade operacional e de serviços. A negociação foi intermediada pela Monday Marketing Esportivo, em parceria com o departamento comercial do Ceará.

Novo CEO

O Mycon, primeira fintech de consórcios digitais do Brasil, acaba de anunciar a chegada de Luiz Antonio Sacco como novo CEO da companhia. Com quase 30 anos de experiência em posições executivas, Luiz atuou em diversas empresas como IBM, American Express, Bradesco, Cremer, SafetyPay, The Warranty Group, Ripple e Banco Sofisa.

Nova executiva

A Queiroz Investimentos e Participações anuncia Roberta de Amorim Dutra como consultora jurídica especializada no segmento tributário. Com uma trajetória profissional de mais de 20 anos, Roberta é advogada tributarista, mestre em Direito Constitucional Tributário, especialista em Direito Tributário e membro da Comissão de Direito Tributário da OAB de São Paulo e da CENAPRET, chegando para dar suporte a todas as operações da QIP no mercado.

CEO da Digital Manager Guru lança livro para empreendedores digitais

Com 54% dos brasileiros consumindo algum tipo de infoproduto, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o empreendedorismo digital está em constante crescimento no país. No entanto, muitos empreendedores enfrentam desafios que comprometem sua autonomia e lucratividade. Para expor essas armadilhas e mostrar como superá-las, André Cruz, CEO e cofundador da Digital Manager Guru, plataforma de checkout e gestão de vendas online, lança o livro “Guia Politicamente Incorreto Para Empreendedores Digitais”.

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Na obra, o autor apresenta uma abordagem direta e provocativa sobre o mercado digital, criticando modelos que prendem empreendedores a taxas abusivas e promessas ilusórias. “Criou-se um mercado que lucra vendendo sonhos e falsas promessas para aqueles que buscam atalhos e se deixam levar por ilusões. Sem autonomia, muitos profissionais acabam trabalhando para os interesses de terceiros, enquanto veem seus próprios ganhos comprometidos”, afirma o CEO.

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Reforma Tributária e Incentivos Fiscais – Pontos de Atenção e Mitigação

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Por Caio Cesar Braga Ruotolo (*)

A reforma da tributação sobre o consumo representa a mudança mais significativa no sistema tributário nacional nos últimos 60 anos (desde a criação do ICM), e tem como principais eixos um “IVA dual”, com legislação única, base ampla (expandida), neutralidade, não cumulatividade plena, cobrança separada e no destino e alíquota única para todos os bens e serviços, com poucas exceções.

Não obstante os excelentes atributos da reforma, certamente trará, também, impactos substanciais nos chamados benefícios fiscais concedidos a empresas e setores estratégicos pelos entes federados. Neste cenário, a reestruturação do modelo tributário exige um olhar atento sobre os incentivos vigentes, suas possíveis alterações e/ou encerramentos, e as estratégias para mitigar eventuais perdas, caso ocorram.

Os benefícios fiscais, como isenções, reduções de base de cálculo e alíquotas e regimes especiais, tiveram papel importante na competitividade das empresas e na atração de investimentos, mas ao mesmo tempo criaram a chamada “guerra fiscal” que trouxe mais problemas do que soluções no decorrer dos anos. Com a reforma tributária do consumo, muitas dessas supostas vantagens serão revistas ou até extintas, já que o novo modelo tende, a uma, simplificar e padronizar a tributação sobre o consumo, e, a duas, a existência de incentivos é paradoxal num novo sistema de não cumulatividade plena com cobrança no destino. Aliás, regimes diferenciados, como o Simples Nacional e incentivos regionais, passarão a ser reavaliados à luz de uma nova lógica tributária.

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Por isso, considerando a expressa previsão do fim dos incentivos a partir de 2033, pode-se pensar num cenário de possíveis impactos que incluem: i) a revisão e eliminação de benefícios, pois com a unificação da tributação sobre bens e serviços (ainda que sob a modalidade de “IVA-dual”), a grande maioria dos incentivos não terão mais razão de existir; ii) mudança nos cálculos tributários, pois as alterações podem gerar aumento na carga tributária para alguns setores, como de serviços que terão pouca possibilidade de creditamento das etapas anteriores, porém, poderão se beneficiar da simplificação das obrigações acessórias que virá com a implantação total do IBS e CBS; iii) reavaliação da precificação e das margens de lucro, eis que as empresas precisarão recalcular custos operacionais e estratégias de precificação sob a nova sistemática de tributação.

Para que empresas possam se adaptar à reforma tributária sem comprometer sua operação, alguns pontos precisam de atenção especial, tais como mapeamento de benefícios existentes, identificando quais incentivos atualmente utilizados serão extintos e, dentre eles, quais possuem maior relevância na composição de custos e precificação. Além disso, é importante a análise de impacto na cadeia de suprimentos, já que a nova tributação poderá modificar preços de fornecedores e insumos, exigindo ajustes nos contratos comerciais e nos cálculos financeiros, considerando, desde já, avaliar a necessidade de inserção de cláusulas relacionadas com esses novos modelos de tributação, especialmente para contratos de longo prazo.

Com um modelo baseado no Imposto sobre Valor Agregado (IVA), as regras de compensação tributária e aproveitamento de créditos sofrerão transformações importantes, onde o crédito passará a ser financeiro. E não podemos deixar de mencionar a governança e o compliance, pois as mudanças exigirão reestruturação na forma como as empresas gerenciam suas obrigações fiscais e relatórios contábeis.

Para minimizar eventuais impactos negativos da reforma tributária nos benefícios fiscais, empresas podem adotar, desde já, algumas estratégias práticas, tais como: i) simulações fiscais e planejamento antecipado, avaliando diferentes cenários tributários e projetando impactos financeiros antes que as mudanças entrem em vigor; ii) reestruturação de operações, revisando processos internos para otimizar a carga tributária dentro do novo sistema e garantir conformidade regulatória; iii) negociação de incentivos alternativos, pois, diante da neutralidade tributária, a regra agora será a busca por incentivos orçamentários junto aos entes federados para manter a competitividade, e iv) investimento em tecnologia tributária, com aquisição de ferramentas de automação fiscal e inteligência artificial que poderão ajudar no gerenciamento de compliance e na adaptação às novas normas.

A reforma tributária exige adaptação rápida. Empresas que investirem em planejamento e alternativas para manter sua competitividade estarão mais preparadas para o novo sistema tributário brasileiro.

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*Caio Cesar Braga Ruotolo é advogado tributarista. Sócio do escritório Silveira Law Advogados

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Negócios

Avanço dos biocombustíveis impulsiona setor de análise da qualidade de produtos com crescimento médio de 61% ao ano

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Mercado segue avançando com aproveitamento de oportunidades criadas por novas regulações e à busca por soluções mais sustentáveis para o planeta

O mercado de Instrumentação Analítica, que envolve aparelhos destinados a medição da qualidade de produtos de diversos setores, tem registrado forte crescimento impulsionado pelo avanço do setor de biocombustíveis, que atingiu marcos históricos recentes. Em 2023, a produção combinada de etanol e biodiesel alcançou a marca recorde de quase 43 bilhões de litros, conforme reportado pelo Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de 2024. Os dados de 2024 ainda não estão disponíveis, mas a perspectiva é de continuidade da expansão. As projeções indicam que a oferta de etanol no Brasil, considerando a cana-de-açúcar (primeira e segunda geração) e o milho, pode chegar a 48 bilhões de litros até 2034, o que representa um crescimento de 3,8% a.a., em relação ao ano de 2022, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Esse crescimento robusto reflete a diversificação das fontes de energia renováveis no país e fortalece a posição do Brasil como líder global na produção e uso de biocombustíveis. Com um papel crucial no controle de qualidade e pesquisa associados aos biocombustíveis, a instrumentação analítica vem ganhando espaço no segmento. Para se ter uma ideia, a Pensalab, líder no mercado de equipamentos analíticos para Óleo & Gás no Brasil, acaba de anunciar um crescimento médio de 61% ao ano, considerando apenas as transações relacionadas a clientes no segmento de biocombustíveis entre os anos de 2020 e 2024.

Segundo Eduardo Barbosa, Gerente de Aplicação e Produto da companhia, o aquecimento dos negócios nesta indústria se deve à necessidade de os biocombustíveis comprovarem a conformidade com as características de qualidade idênticas aos seus equivalentes derivados de petróleo. “Isso obriga aos produtores e aos demais participantes da cadeia de suprimento de biocombustíveis a monitorarem constante e atentamente a qualidade destes produtos”, explica.

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Para ele, a outra razão é a efervescência da atividade de Pesquisa & Desenvolvimento. De acordo com o executivo, a investigação de novas fontes, rotas de síntese e condições de processo para a produção de biocombustíveis demanda por equipamentos de instrumentação analítica desde os mais simples, como os encontrados em laboratórios de controle de qualidade de combustíveis, até os mais elaborados e complexos.
“Esses dois fatores têm alavancado significativamente a procura por nossos serviços, e a tendência é de que o ritmo fique ainda mais intenso neste e nos próximos anos. Como nosso portfólio é bastante completo para a análise de combustíveis, com parceiros estratégicos e tradicionais, temos fornecido equipamentos para praticamente todos os clientes envolvidos com o segmento de biocombustíveis no Brasil, desde empresas multinacionais, locais, instituições de pesquisa, laboratórios de inspeção e órgãos reguladores”, diz.

Um dos fortes indícios apontados como avalizadores da probabilidade de crescimento dos biocombustíveis está relacionado ao aumento da proporção de etanol na gasolina recentemente anunciada pelo Governo. Estimativas de especialistas calculam que a elevação de 27% para 30% da presença do biocombustível na gasolina teria o potencial de provocar um incremento de até 16% na procura por este recurso sustentável. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indica que a produção nacional de etanol, que hoje está em torno de 12,7 milhões de metros cúbicos, poderá chegar a 14,76 milhões de metros cúbicos até 2026.

“As mudanças nas regulamentações mexem significativamente com o mercado, pois levam a mudanças importantes na forma como os clientes realizam as análises. Se a mudança na regulamentação causa aumento da demanda por biocombustíveis, por exemplo, isso nos leva a um aumento na procura por equipamentos e por automação de processos. Mudanças nos parâmetros de qualidade podem levar tecnologias antigamente dominantes à obsolescência, pois não atendem mais o limite de detecção, por exemplo. Isso mexe bastante com o mercado de instrumentação analítica”, analisa.

O Executivo da Pensalab avalia que entre as inovações, atualmente o biodiesel está na vanguarda dos bicombustíveis no Brasil, por ter um ambiente comercial mais regulado e um custo de produção comparável aos equivalentes derivados de petróleo. “O Brasil é um dos países que possui essa regulação bastante sedimentada, no caso, com legislação específica para a mistura deste biocombustível em diesel. Outra vantagem é que é possível a conversão de fontes não-comestíveis (como a mamona, por exemplo) ou resíduos (como sebo e óleo usado de cozinha), o que evita a competição direta com o mercado de alimentos, e reduz significativamente o custo de produção”, informa.

Já o combustível de aviação sustentável (SAF), apesar de ainda estar em um estágio embrionário no país, está se transformando cada vez mais realidade devido à intenção de redução da pegada de carbono no mercado de aviação, manifestada pelas organizações de regulação internacional como a International Civil Aviation Organization (ICAO) e a Air Transportation Action Group (ATAG).

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Eduardo Barbosa ressalta que, apesar do crescimento espantoso, os biocombustíveis ainda representam uma pequena parcela do negócio da companhia quando comparado com os combustíveis fósseis. “Contudo, estamos em contato constante com dois setores-chave associados a este crescimento, que são o Agro e Óleo & Gás. Neste sentido, as notícias em relação a novas unidades de processamento e novas iniciativas tecnológicas para os próximos 5 anos são muito animadoras. Players de peso como a Acelen, Shell, Raízen e a própria Petrobras têm investido muito em biocombustíveis, fora as companhias locais já experientes na sua produção que estão ampliando seus parques industriais: tudo isso nos traz bastante confiança no futuro dessa área no Brasil”, diz.

Combustível do Futuro

Com relação aos possíveis impactos das mudanças relacionadas ao valor máximo de adição de biodiesel para até 20% em 2030, previstas na Lei do Combustível do Futuro aprovada em outubro de 2024, Eduardo explicou que, desde que a adição de biocombustível resulte numa mistura que cumpra com a mesma especificação do equivalente fóssil, contida nas portarias da Agência Nacional de Petróleo, não há barreiras ou limites para este aumento.

“Obviamente isso mexe com o mercado, de maneiras que nem sempre são previsíveis. Porém, por se tratar de um mercado em plena ascensão, os impactos para quem trabalha com equipamentos de análise e controle de qualidade aplicáveis a este segmento são quase que invariavelmente positivos. Enfim, a complementação e substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis é necessária e premente, visando um mundo cada vez mais limpo e sustentável. Há um longo caminho a percorrer ainda, mas dele não há mais volta.”

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Negócios

FIDCs: A revolução silenciosa no mercado de crédito brasileiro

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Por Eduardo Sgobbi (*)

O mercado de crédito brasileiro está passando por uma transformação profunda e irreversível. Em meio a um cenário econômico desafiador, marcado pela taxa Selic em patamares elevados e pela retração do crédito bancário tradicional, os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) emergem como uma solução estratégica para empresas e investidores.

A venda de recebíveis, uma prática cada vez mais adotada pelos lojistas, apresenta vantagens significativas. Ao optar por essa solução, os empresários ficam isentos do pagamento de IOF e se beneficiam de taxas de deságio competitivas, inferiores aos juros médios do mercado. Para as instituições ofertantes, a redução do risco de inadimplência é um dos maiores benefícios, permitindo operações financeiramente saudáveis e atraentes para investidores.

O impacto dos FIDCs vai além das vantagens financeiras imediatas. Com a taxa básica de juros em 14,25%, o crédito bancário tornou-se inacessível para muitas empresas e consumidores. Esse cenário tem levado a uma busca por alternativas no mercado de capitais, onde os FIDCs se destacam como uma solução viável e eficiente. Estudos indicam que, até 2039, os bancos representarão apenas 32% do segmento de crédito, enquanto produtos como FIDCs, entre outros, concentrarão os 68% restantes.

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E esta é a razão para as fintechs começarem a entrar neste segmento. Como exemplo, o Edan Finance Group anunciou a estruturação de um FIDC de R$ 60 milhões, com o objetivo de fortalecer sua estratégia de parceria com comerciantes por meio de maquininhas (POSs), contas digitais sem mensalidade e antecipação de recebíveis de cartões. A iniciativa destina 70% dos recursos para financiar a antecipação de recebíveis de cartão de crédito originados em estabelecimentos como farmácias, supermercados e restaurantes.

Essa abordagem não apenas oferece liquidez financeira aos lojistas, mas também reduz custos operacionais, criando um ambiente mais competitivo e sustentável. É também uma oportunidade de acesso a crédito diferenciado para estabelecimentos de pequeno e médio portes. Grandes empresas já conhecem e aproveitam os benefícios da modalidade, muito mais do que os menores e o que vemos é a democratização de mais um canal de financiamento no mercado.

Sejamos honestos, se a tendência é o setor tradicional de crédito dar lugar ao mercado de capitais, nada mais acertado do que uma instituição financeira, independentemente do porte, antecipar-se ao movimento e começar a navegar na nova onda que surge. Nesse sentido, a estruturação de FIDCs é uma das colunas mais importantes do planejamento estratégico da corporação em questão. Tanto que a meta para este ano é lançar outros dois FIDCs, de R$ 500 milhões cada, o primeiro até o final de Maio e o segundo no próximo semestre, totalizando R$ 1 bilhão para intensificar o apoio ao varejo. Não há dúvidas de que a iniciativa será copiada por outros players.

A evolução dos FIDCs é impressionante. Segundo a Anbima, em 2024 este tipo de fundo captou R$ 113 bilhões, quase o triplo dos R$ 40 bilhões arrecadados em 2023. Esse crescimento reflete uma mudança de paradigma, impulsionada por fatores como digitalização, open finance e fintechs, além da popularização do crédito privado e da criação da Lei da Liberdade Econômica. Com rentabilidade acima do CDI, liquidez mensal e redução de custos tributários, os FIDCs oferecem uma alternativa robusta e sustentável para empresas e investidores.

Em um momento em que o mercado brasileiro enfrenta desafios internos e externos, como a concorrência com produtos chineses e a política protecionista dos Estados Unidos, os FIDCs surgem como uma ferramenta essencial para garantir a estabilidade e o crescimento econômico. A securitização de créditos, impulsionada por iniciativas como a citada acima, é uma tendência irreversível que merece atenção e sua adoração na estratégia das empresas.

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(*) Eduardo Sgobbi é co-founder & CEO do EDAN Finance Group

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