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Empresas brasileiras perdem milhões por falhas na execução de obras corporativas

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Relatórios apontam que até 70% dos problemas de desempenho nas edificações vêm da execução — e não do projeto. Manutenção corretiva pode custar até 3 vezes mais do que a preventiva.

A cena é comum no mundo corporativo: poucos meses após a conclusão de uma nova sede, começam os primeiros sinais de desgaste — infiltrações em paredes recém-pintadas, tomadas que não funcionam, climatização ineficiente e vazamentos ocultos. De acordo com levantamento da Abrinstal (Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações), sete em cada dez falhas em edificações comerciais decorrem da má execução da obra, e não de erros de projeto.

Essa negligência técnica tem um custo elevado e quase sempre subestimado: a manutenção corretiva — aquela feita após o surgimento dos problemas — pode representar até 3 vezes o custo de uma manutenção preventiva bem planejada. E no caso de edifícios empresariais, que operam com alta demanda energética, tecnológica e de conforto, o impacto pode representar até 25% do custo operacional total ao longo de cinco anos, segundo estudo da AECWeb.

“Uma obra mal executada parece mais barata na largada, mas se torna um passivo oculto para a empresa. O que se economiza na obra, gasta-se depois em retrabalho, paralisações e prejuízos à operação”, afirma Celso Zaffarani, CEO da Zaffarani Construtora, especializada em obras corporativas com alto desempenho técnico.

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Segundo Zaffarani, os principais erros de execução identificados em obras empresariais envolvem:

  • Impermeabilização deficiente, que leva a infiltrações e mofo;
  • Instalações elétricas com sobrecarga ou subdimensionamento;
  • Ausência de planejamento para pontos de manutenção futura (como shaft mal posicionado ou sem acesso técnico);
  • Incompatibilidade entre materiais importados e sistemas construtivos nacionais;
  • Isolamento térmico mal aplicado, que compromete a eficiência energética.

“Já atendi empresas com salas inutilizadas por meses porque o ar-condicionado central, mal instalado, gerava goteiras diárias. O projeto era excelente — a execução, nem tanto”, afirma Celso.

Um estudo publicado pelo International Facility Management Association (IFMA) revela que o custo médio de manutenção predial anual pode variar entre R$ 120 e R$ 300 por metro quadrado em prédios comerciais no Brasil — dependendo da qualidade da obra e da gestão técnica desde o início. Em projetos com alta incidência de retrabalho, esse valor pode saltar para acima de R$ 500/m² ao ano.

Além do impacto financeiro, há o prejuízo reputacional. “Se a sede da empresa apresenta problemas estruturais ou estéticos, o cliente ou parceiro percebe. A qualidade da obra reflete diretamente na imagem da marca”, pontua o engenheiro.

Para mitigar esses riscos, a Zaffarani aplica protocolos avançados de compatibilização de projetos, mapeamento de interferências, simulações de desempenho e ensaios técnicos durante a execução — práticas ainda pouco comuns no mercado.

“O Brasil precisa valorizar mais quem executa com excelência. Fala-se muito em projetar bem, mas pouco em executar certo. E é na execução que a empresa garante que aquilo que foi idealizado no papel vai funcionar de verdade por 10, 20 anos”, completa Zaffarani.

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A lição que fica, segundo o especialista, é simples: a economia mal calculada na execução pode custar caro — e de forma contínua. “Toda empresa que constrói quer ROI rápido. Só que sem qualidade de obra, o retorno vira gasto”, finaliza.

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Procura por seguros de automóveis recua 4% em agosto

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Levantamento feito pela Neurotech revela o impacto do número menor de dias úteis no mês

A demanda do mercado brasileiro de seguros de automóveis teve queda de 4,19% em agosto, em relação ao mês de julho. Na comparação anual, contra agosto de 2024, o recuo foi de 7,34%. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS), que mede mensalmente o comportamento e o volume das consultas na plataforma da Neurotech, empresa pioneira em soluções de inteligência artificial aplicadas a seguros e crédito.

Este cenário tem reflexo direto do mercado de veículos novos que, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), apresentou retração de 6,74% no número de emplacamentos em agosto ante julho, considerando autos e comerciais leves. Contra agosto do ano passado, a queda nos registros de veículos novos dessas categorias caiu 4%.

Daniel Gusson, head comercial de Seguros da Neurotech, lembra que o mês de agosto teve menos dias úteis (21) em relação ao mês anterior (23), o que impacta consideravelmente o Índice. “Justamente pelas boas perspectivas da Fenabrave para o restante do ano e o aquecimento recente do mercado de veículos novos, esses dois dias a menos fazem muita diferença quando realizamos a comparação. Ainda assim, a projeção de crescimento do mercado ao final de 2025 se mantém acima de 5%, o que é um ótimo sinal para as seguradoras.

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Ainda sobre os dados da Fenabrave, foi observado que as vendas no varejo tiveram uma queda de 9% em agosto comparado com julho do mesmo ano, enquanto as vendas diretas (Frotistas e Locadoras) tiveram um crescimento de 1,7% nos emplacamentos de veículos novos.

Financiamentos recuam

Dados do SNG (Sistema Nacional de Gravames) divulgados pela B3 também mostram leve queda nos financiamentos de veículos. Considerando apenas autos e comerciais leves, tanto novos quanto usados, no mês de agosto houve recuo de 4,5% na comparação anual e de 5,6% contra julho deste ano. Foram cerca de 427  mil unidades financiadas.

Informações do Mercado de Seguros

Dados disponíveis no site  da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) demonstram que o mercado de seguros no Ramo de Automóvel gerou R$28,8 bilhões de prêmio emitido entre os meses de janeiro a junho de 2025 com crescimento de 5,8% em relação ao ano passado, que foi de R$27,2 bilhões. A sinistralidade melhorou, saindo de 59,9% no ano anterior para 59,7% no mesmo período analisado.

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Sobre o INDS

O Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS) abrange o universo das principais seguradoras brasileiras e mensura o apetite do brasileiro a assegurar o seu automóvel. Nem todas as milhões de consultas mensais registradas se transformam em apólices contratadas, pois o processo depende de fatores como o perfil da pessoa que está fazendo a solicitação, o apetite ao risco da seguradora e se há ou não indícios de fraude.

Sobre a Neurotech

A Neurotech é uma empresa B3 especialista na criação de soluções avançadas de Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data que transformam um mundo de dados dispersos em informações relevantes para que as empresas obtenham resultados expressivos, prevendo novas oportunidades de negócios. Com uma bagagem de mais de 20 anos e expertise em Inteligência Artificial, Analytics e Ciência de Dados, a Neurotech já implantou mais de 1.000 soluções que ajudaram gestores e empresas a transformarem dados em melhores decisões nos mercados de crédito, varejo, seguros, financeiro, saúde e telecom.

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Com R$ 25 mi em 2024 e Top 50 Hotmart, Vitor Esprega avança como referência em educação e marketing digital

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CEO da Pandora Educação, Vitor Esprega atende três perfis em alta demanda: quem quer começar um negócio, quem já começou e precisa de direção, e quem quer escalar com método e lucro. A estratégia vem ancorada por resultados recentes: R$ 25 milhões em faturamento em 2024 e inclusão da Pandora Educação entre as Top 50 maiores empresas de marketing digital do mundo pela Hotmart (2024).

Com atuação que combina negócios e marketing digital com disciplina e performance, Esprega sustenta uma proposta pragmática: estrutura antes de escala, execução como diferencial competitivo e lucro como métrica central. O foco é destravar iniciantes e acelerar operadores já em atividade, conectando estratégia de produto, tração comercial e maturidade de gestão.

A Pandora Educação reúne frentes de educação, marketing digital, treinamentos corporativos, palestras e editora. Em 2024, além do faturamento, a presença no ranking global da Hotmart consolidou a empresa no radar internacional do setor, destacando a operação brasileira pelo desempenho e consistência.

Professor de Psicanálise e Teologia e pós-graduado em Neurociência, Vitor traduz linguagem técnica em rotinas aplicáveis de decisão estratégica, marketing e gestão — base da sua agenda como palestrante e mentor estratégico de negócios.

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Entre os temas mais demandados estão:
– Começar e validar: do zero ao primeiro ciclo de vendas com clareza e baixo risco.
– Escalar com método: produto, oferta, funil e operação orientados a lucro.
– Disciplina que imprime resultado: rotina, energia e foco a serviço do caixa.
– Marketing digital sem misticismo: do posicionamento à conversão mensurável.

Vitor Esprega atua como palestrante e mentor estratégico de negócios auxiliando empresários, C-levels e líderes a terem uma visão mais ampla do mercado e lógicas de decisões mais rápidas e efetivas que podem fazer grande diferença no mundo dos negócios.

(Fotos: Divulgação)

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Comunicação no Brasil vive fase de transição, diz CEO da HI Assessoria

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O mercado brasileiro de comunicação corporativa movimentou cerca de R$ 5,3 bilhões em 2024, segundo o Anuário da Comunicação Corporativa. O dado confirma a expansão de um setor que enfrenta o desafio de se adaptar a um ambiente em que imprensa, redes sociais e imagem institucional precisam atuar de forma integrada.

Para Isadora Oliveira, CEO da HI Assessoria, a comunicação segmentada deixou de atender às novas demandas. “Quando a narrativa de uma instituição aparece diferente na imprensa e nas redes sociais, a credibilidade é comprometida. Hoje, reputação precisa ser construída de forma coerente em todos os canais”, afirma.

Fundada em 2022, a HI Assessoria surgiu em São Paulo com essa proposta de integração. Em pouco tempo, a agência passou a desenvolver projetos também no exterior, incluindo iniciativas na Coreia do Sul e nos Emirados Árabes Unidos. O movimento acompanha a tendência de agências brasileiras de médio porte que buscam inserir seus modelos de atuação em mercados globais.

Analistas apontam que trajetórias como a de Isadora Oliveira simbolizam uma mudança geracional no setor. Se antes a comunicação se limitava à divulgação, hoje ganha contornos de gestão de reputação, em um ambiente marcado pela fragmentação da informação e pela disputa pela atenção pública.

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