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Dia Nacional da Inovação: conheça empresas brasileiras que apostam em soluções inovadoras para mudar a sociedade

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O Dia Nacional da Inovação é celebrado no dia 19 de outubro e foi criado com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de soluções e negócios disruptivos no Brasil. As startups, empresas de base tecnológica com capacidade para escalar soluções de mercado, e outras empresas inovadoras, têm sido responsáveis por diversas transformações no país, impulsionando o avanço de tecnologias e proporcionando melhorias para diferentes públicos e setores.

Em celebração a data, reunimos algumas startups e empresas com foco em tecnologia que desenvolvem soluções para melhorar o futuro da sociedade quando dentro de diferentes segmentos como trabalho, educação, habitação, alimentação, mobilidade, eventos, alimentação e justiça.

Futuro do mercado de eventos corporativos

Quem já passou pela experiência de organizar um evento sabe o estresse que a tarefa pode causar. São diversas preocupações, como orçamento, local, equipe, data, alimentos. É por isso que a Treve, uma startup paulista trouxe para o mercado um app que promete mudar esta realidade, com uma plataforma que chega para simplificar a maneira como empresas planejam e executam seus encontros presenciais. Com uma abordagem 100% digital, a startup elimina as barreiras que muitas vezes acompanham a organização de eventos, permitindo que as empresas escolham fornecedores, comparem preços e planejem suas atividades com facilidade e conveniência, sem gastar horas ao telefone ou sem trocar centenas de mensagens pelo WhatsApp – muitas vezes não respondidas. Fundada em 2022, a Treve tem mais de 40 clientes, incluindo marcas como Zendesk, Mastercard e Amazon. A expectativa do negócio é chegar a um faturamento anual de aproximadamente R$ 4 milhões até 2024. A receita da startup é gerada a partir de um percentual do valor de cada evento organizado pela plataforma.

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Futuro do turismo

Fundada em 2020, a Just Travel Tour é uma startup que trabalha para facilitar a vida de pequenos e médios agentes de turismo, sejam eles guias, agências ou produtores de conteúdo. Por meio da plataforma white label e sem custo de setup voltada ao turismo, pequenos e médios agentes do turismo passam a oferecer serviços de qualidade para seus clientes, além de ganharem acesso à um amplo portfólio de produtos como: preços competitivos, diversas soluções de pagamentos, proteção antifraude e flexibilidade para definir sua estratégia comercial. A Just Travel tabém oferece ao consumidor um site de e-commerce customizável, com layout flexível, configurado para desktop e responsivo para mobile.

Futuro do trabalho

A Woba é o maior ecossistema de escritórios flexíveis da América Latina, que já falava dos coworkings antes do segmento bombar no Brasil. Acompanhando o aumento de nômades digitais, a Woba incentivou o mercado de escritórios flexíveis, primeiro, por meio de uma plataforma de networking, e avançou, criando um marketplace de espaços compartilhados de trabalho. Quando o home office se fez obrigatório à grande parte da população durante a pandemia, a Woba se antecipou aos modelos de trabalho que viriam a se tornar comuns – remoto e híbrido –, orientando grandes empresas e executivos de todo o país, sendo porta-vozes desse mercado e criando soluções, como os escritórios sob medida (BTS). Hoje, a rede Woba de coworkings conta com mais de 2 mil espaços de trabalho em 250 cidades do Brasil, México e outras cidades da América Latina, e seus projetos BTS redesenham escritórios para uma nova cultura organizacional: moderna, flexível e que preza pela qualidade de vida.

Futuro da educação

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Em pouco mais de um ano, a Escola Korú passou de uma aceleradora de oportunidades a um polo de conhecimento acelerador de carreiras. A mudança se deve, principalmente, à previsão de um apagão tecnológico no Brasil, que forma muito menos profissionais do que o necessário para preencher as vagas crescentes do mercado. O mercado precisa urgentemente de pessoas com conhecimento prático para dar sequência à transformação digital que estamos vivendo. Por isso, a Korú desenvolve cursos intensivos de 6 meses que têm a capacidade de suprir diversas funções da área tecnológica, por exemplo, as formações em Desenvolvimento de Software Full Stack, Marketing Digital, Produtos Digitais e Engenharia de Dados. A empresa também entende que o estudo é uma questão de oportunidade e por isso a escola funciona sistema de bolsas: as integrais são destinadas a mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+, PcDs e pessoas sem um emprego formal; bolsas de até 75% são ofertadas aos demais candidatos. Em apenas oito meses, a startup concedeu mais de R$ 1 milhão em bolsas de estudo.

Também dentro do segmento educacional, temos a Teachy, uma startup de tecnologia educacional, fundada em 2022, que usa Inteligência Artificial para automatizar tarefas extrassala de aula de professores. A plataforma permite que professores criem atividades e avaliações, corrijam trabalhos e preparem aulas em minutos. A empresa é a primeira startup de IA da América Latina voltada para ajudar professores na preparação pedagógica, elaboração e avaliação de atividades, ofereceno mais de 200 mil exercícios para listas de atividades e avaliação, tendo uma base de dados alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a curadoria de um time de docentes de diversas áreas. Com a utilização da plataforma é possível que os professores possam reduzir em até 80% o tempo que gastam no desenvolvimento de suas atividades. Além do auxílio para elaboração dos conteúdos, a IA também ajuda os professores a avaliarem as atividades, fazendo uma correção prévia dos conteúdos.

Futuro da alimentação

Fundada há 28 anos, a Verdureira é a primeira empresa brasileira a entregar saladas gourmet prontas para consumo. A empresa atua em fazendas periurbanas, entre a zona rural e a cidade, possibilitando que a marca coloque sua produção no mercado em até 24 horas após a colheita. O modelo hidropônico de cultivo diminui a exposição a pragas, garante a produção em qualquer clima, com produtividade cinco vezes maior e reduz o consumo de água em 90% comparado às plantações convencionais. A proximidade da cidade garante, também, a redução das emissões de carbono e do desperdício. Após a colheita, a seleção das hortaliças é artesanal, que permite ainda mais qualidade na produção. As folhas são higienizadas e embaladas com tecnologia de atmosfera modificada capaz de preservar os nutrientes e frescor dos alimentos até o momento do consumo, sem a necessidade de conservantes. A marca também desenvolveu um sistema de rastreabilidade das hortaliças por meio de um QR Code disponível nas embalagens. O objetivo é poder rastrear o processo de produção de produtos in natura, que garante informação sobre o alimento, seu frescor e qualidade de ponta. Dessa forma, o consumidor tem a garantia da origem.

Futuro da habitação

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A uCondo surgiu para otimizar a gestão de condomínios, um mercado que se expande no Brasil à medida que as gerações millennials e Z vêm deixando suas casas para viver em apartamentos, nas suas e em outras cidades. Os jovens adultos são motivados pelas facilidades e pela segurança dos condomínios e pelas oportunidades do entorno. Essa migração de pessoas acompanha o crescimento da globalização, que elimina as fronteiras do mercado de trabalho e gera novas profissões. A tecnologia da uCondo concentra em uma só plataforma a comunicação e a gestão completa do condomínio, conectando administrador, síndico, moradores e funcionários (como porteiro, zelador e auxiliar de limpeza), com funcionalidades que vão desde atividades cotidianas até às administrativas. O trabalho da uCondo é utilizar a tecnologia para atravessar as complicações da moradia na vida moderna.

Já a Construir Loteamentos tem como um dos objetivos ajudar a construir cidades melhores, o que inclui o planejamento sistemático de bairros e o desenvolvimento no entorno do novo bairro. A empresa é um dos principais players do mercado de desenvolvimento urbano e já desenvolveu 5 mil lotes em 7 milhões de m² com mais de 1 milhão de m² de áreas verdes preservadas. Os empreendimentos desenvolvidos pela companhia incluem soluções inovadoras, como bairros planejados e smart cities.

Futuro da mobilidade

Na década de 1990, o vale-transporte ainda era feito de papel e tamanha era sua circulação que começou a ser usado como segunda moeda para compras em padarias, supermercados e em outras transações financeiras, gerando uma grande evasão tarifária. Até que, em 1997, um projeto de bilhetagem trouxe para o Brasil uma tecnologia francesa de cartões inteligentes, que substituíram os bilhetes de papel e inauguraram uma nova era na mobilidade urbana do país. A criadora desse projeto pioneiro foi a Empresa 1, centro de inovação em mobilidade urbana que desenvolve tecnologias que agilizam os processos do serviço de transporte público, facilitam a circulação de pessoas pelas cidades e evitam fraudes no setor. Ao longo desses anos, a Empresa 1 foi do ticket de papel à biometria facial e continua investindo em inovação para que o transporte público seja uma solução e não um problema na vida das pessoas.

Futuro da Justiça

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Os escritórios de advocacia convencionais estão com pilhas de processos em andamento e modelo tradicional do Direito no Brasil, que alcançou 80 milhões de processos em tramitação, que podem levar anos até sua resolução, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ainda é muito lento. Por não se identificarem com o modelo tradicional da profissão, o casal de advogados Lorena Lage e Robert Oliveira fundou, em 2015, a L&O Advogados, escritório com foco no preventivo jurídico e jurídico estratégico de negócios inovadores, com o objetivo de mitigar a burocracia e solucionar problemas antes que eles se tornem um processo judicial. A L&O Advogados entrou em 2023 com apenas duas ações judiciais em curso e, no histórico da empresa, são menos de 20 ações entre os mais de 1 mil clientes atendidos. Apenas no último ano, o escritório cresceu 130%. Referência no setor de inovação jurídica, a solução do escritório poderia ser multiplicada para todos os setores com o intuito de otimizar a Justiça brasileira.

Ainda na área jurídica, o Paulo Moraes Advocacia se destaca por ser o primeiro escritório especializado em direito imobiliário e digital do Tocantins, pioneiro no registro de contratos imobiliários em blockchain no estado. Com sede em Palmas e ampla atuação no Tocantins, também atende clientes em Goiás, São Paulo e Minas Gerais. A equipe é 100% formada por mulheres que fazem parte de grupos de inclusão, sendo negras ou LGBTQIAPN+. Por serem também cientistas da computação, as sócias do escritório, Flávia Paulo Oliveira e Ana Carolina Moraes, investem na tecnologia para tornar as entregas mais ágeis. Exemplo disso é o cruzamento de dados abertos de instituições públicas a partir de linguagens de programação para a análise de dados. A equipe também utiliza software de gestão jurídica e ferramentas automatizadas para controlar os processos internos do escritório e diminuir o tempo de pesquisa.

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Cinco erros invisíveis que sabotam as vendas sem o vendedor perceber

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Falhas de comunicação e comportamento ativam resistência no cliente e reduzem conversões mesmo em ofertas competitivas

Relatórios recentes da Harvard Business Review indicam que cerca de 95% das decisões de compra são tomadas de forma subconsciente, enquanto estudos da Gallup mostram que interações negativas com vendedores reduzem em até 60% a probabilidade de recompra. Os dados ajudam a explicar por que muitos profissionais de vendas não entendem a real razão de resultados abaixo do esperado. Nem sempre o problema está no preço ou no produto, mas em erros sutis, pouco percebidos por quem está do outro lado da negociação. 

Para Grazi Guaspari, especialista e fundadora do Método VPM em neuro vendas e persuasão, com mais de 20 anos de atuação e mais de 3.500 profissionais treinados, “o vendedor costuma repetir padrões automáticos que parecem inofensivos, mas acionam mecanismos de defesa no cérebro do cliente e travam a decisão”.

Erro 1 Comunicação excessivamente racional

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O primeiro erro ocorre quando o vendedor aposta apenas em argumentos técnicos, números e explicações lógicas. Embora necessários, esses elementos não conduzem a decisão sozinhos. A neurociência mostra que o cérebro decide primeiro pelo emocional e só depois justifica racionalmente. Quando a conversa ignora sentimentos, desejos ou inseguranças do cliente, a proposta perde força. Na prática, isso faz com que a negociação avance, mas não se converta em fechamento, criando a falsa sensação de interesse.

Erro 2 Falar mais do que escutar

Outro ponto crítico aparece na condução da conversa. Muitos vendedores acreditam que dominar o diálogo demonstra preparo, quando o efeito pode ser o oposto. Pesquisas publicadas pela Salesforce apontam que 66% dos clientes esperam que as empresas compreendam suas necessidades específicas. Ao não escutar com atenção, o profissional perde informações-chave e apresenta soluções genéricas, o que enfraquece a percepção de valor ao longo do processo.

Erro 3 Linguagem que ativa defesa

A escolha das palavras também influencia diretamente o desfecho da venda. Expressões que soam impositivas ou apressadas ativam a amígdala cerebral, região associada à percepção de ameaça. Quando isso acontece, o cliente tende a se fechar, adiar decisões ou encerrar a conversa. Grazi Guaspari explica que “tentar convencer demais, insistir ou pressionar cria resistência automática, mesmo quando a oferta é adequada”. O resultado aparece em objeções frequentes e no clássico “vou pensar”. Alerta. 

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Erro 4 Falta de leitura emocional do cliente

A ausência de sensibilidade emocional é outro erro recorrente. Vendedores que ignoram sinais de desconforto, dúvida ou ansiedade seguem o roteiro padrão, sem ajustar o ritmo da conversa. Dados da PwC indicam que 73% dos consumidores consideram a experiência tão importante quanto o produto. Quando o profissional não adapta sua abordagem ao estado emocional do cliente, a negociação perde conexão e tende a esfriar antes do fechamento.

Erro 5 Insegurança mascarada por excesso de técnica

Por fim, muitos profissionais tentam compensar inseguranças pessoais com excesso de técnica, scripts rígidos ou discursos ensaiados. Embora pareçam estratégias de proteção, elas reduzem a autenticidade da interação. Estudos sobre comportamento do consumidor apontam que vendedores percebidos como artificiais geram menor confiança e menor taxa de conversão. “Vendas não são um teatro. Quando falta presença e verdade, o cliente percebe, mesmo que não saiba explicar o motivo”, afirma Grazi.

Na avaliação da especialista, identificar esses erros invisíveis é um passo decisivo para recuperar performance comercial. Ajustes na comunicação, maior escuta e atenção ao comportamento humano têm impacto direto nos resultados, sobretudo em mercados nos quais produtos e preços já são semelhantes. Mais do que mudar técnicas, o desafio está em mudar a forma como o vendedor se relaciona com o processo de decisão do cliente.

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Sophia Martins consolida trajetória editorial com três livros best sellers em cinco países e anuncia novo projeto voltado a mulheres para 2026

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Empresária é coautora de 12 livros no mercado imobiliário, atua com estratégias de ativos financeiros imobiliários e lidera iniciativas de impacto social voltadas à autonomia feminina

A empresária e referência no mercado imobiliário , Sophia Martins, consolida seu nome também no cenário editorial internacional. Com três livros best sellers lançados em sete países, a autora transforma conhecimento prático em obras que ultrapassam o discurso motivacional e se posicionam como guias estratégicos para quem busca crescimento profissional, posicionamento e resultados consistentes.

Os livros de Sophia não nascem do improviso. São fruto de anos de atuação direta em negócios, vendas, estruturação de ativos imobiliários, liderança e construção de marca pessoal. Essa vivência prática explica a forte adesão do público e o desempenho internacional das obras, que rapidamente alcançaram o status de best seller em diferentes mercados.

Além dos títulos próprios, Sophia Martins também é coautora de 12 livros voltados ao mercado imobiliário como autora convidada . contribuindo com análises estratégicas, visão de investimento e leitura de cenário em um dos setores mais relevantes da economia.

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De livro a movimento: o fenômeno 50 Tons de Luxo

Entre os títulos, “50 Tons de Luxo” se tornou um marco. O que começou como um livro evoluiu para algo maior: um movimento de formação profissional. A obra deu origem ao 50 Tons de Luxo Interativo, um ecossistema educacional que reúne curso, aulas estratégicas, conteúdos semanais, e-books aplicáveis e uma comunidade exclusiva.

O conceito central rompe com a ideia tradicional de luxo associada apenas a status ou estética. Para Sophia Martins, luxo é postura, repertório, entrega, disciplina e visão de longo prazo. O método ensina que qualquer profissional , independentemente da área de atuação , pode se tornar um profissional de luxo, desde que construa valor real, consistência e excelência no que faz.

“Vence quem sustenta com ética , entrega experiência e constrói confiança”, resume a autora.

Impacto além das páginas

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O sucesso editorial acompanha a atuação de Sophia Martins como estrategista de ativos financeiros com foco em imóveis, palestrante e mentora. Seus livros dialogam diretamente com empreendedores, líderes, profissionais liberais e investidores que buscam não apenas crescer, mas se posicionar de forma sólida em mercados cada vez mais competitivos.

A combinação entre linguagem acessível, visão estratégica e exemplos reais de mercado transformou suas obras em ferramentas práticas de desenvolvimento profissional, adotadas por leitores no Brasil e no exterior.

Novo livro em 2026: foco em mulheres e independência

Para 2026, Sophia Martins confirmou o lançamento de um novo livro direcionado a mulheres, com foco em independência, tomada de decisão, autonomia profissional e financeira e amadurecimento de mentalidade. Lançamento previsto para Março no Seminário das Mulheres no Mercado Imobiliário em Portugal.

O projeto se conecta a uma causa que a empresária defende ativamente: o fortalecimento feminino por meio de projetos que traz a liberdade financeira financeira e iniciativas que unem moradia, dignidade e desenvolvimento econômico. A proposta vai além do discurso, abordando desafios reais enfrentados por mulheres que desejam crescer, liderar e ocupar espaços com autoridade ,sem abrir mão de identidade, estratégia e consistência.

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Uma autora conectada ao mercado real

Com três livros best sellers em cinco países, 12 coautorias no mercado imobiliário, um movimento educacional em expansão e um novo lançamento já anunciado, Sophia Martins se consolida como uma das vozes mais relevantes quando o assunto é profissionalização, posicionamento e excelência aplicada.

Mais do que escrever livros, ela constrói métodos, provoca reflexões e entrega ferramentas práticas para quem decidiu elevar o próprio padrão , nos negócios, na carreira e na vida.

(Fotos : Arquivo Pessoal)

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A profissionalização das equipes de montagem no setor de acabamentos

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Especialistas explicam por que o modelo brasileiro de instalação é mais estruturado que o norte americano e como a qualificação técnica influencia vendas, experiência do cliente e competitividade das lojas físicas

A demanda por ambientes de exposição mais completos, organizados e capazes de apresentar peças de grandes formatos transformou o setor de acabamentos no Brasil e reposicionou o trabalho das equipes de montagem. O país, que figura entre os maiores produtores e consumidores de revestimentos cerâmicos do mundo, ocupando atualmente a terceira posição segundo dados da Anfacer, desenvolveu um modelo de instalação muito mais profissionalizado do que o padrão predominante nos Estados Unidos. O contraste revela diferenças estruturais na forma de operar lojas físicas, manter showrooms e garantir eficiência no varejo.

Para o especialista em montagem, coordenação de equipes e desenvolvimento de ferramentas de exposição, Jucemar Silva da Rosa, com mais de 30 anos dedicados ao setor, a evolução brasileira foi resultado direto do crescimento da indústria cerâmica e da necessidade de qualificação técnica. “As montagens no Brasil avançaram porque a indústria percebeu que a equipe treinada influencia a segurança, a durabilidade dos expositores e a experiência de compra. Nos Estados Unidos, o modelo é mais fragmentado e depende majoritariamente de prestadores autônomos. Isso dificulta padronização e manutenção”, afirma o profissional, que atua desde 2013 na criação de displays e coordenação de projetos de montagem em lojas de acabamentos.

Um modelo técnico que acompanha a complexidade do produto

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O mercado brasileiro de revestimentos passou nos últimos anos por uma expansão acompanhada do aumento dos grandes formatos, peças que podem atingir 3,20 metros de altura. Para esses produtos, expositores precisam de estruturas reforçadas, ajustes precisos de abertura, materiais metálicos e sistemas de fixação específicos, todos presentes nas linhas industriais dedicadas ao segmento, como mostra o catálogo de expositores para porcelanatos, louças e metais da Jota Silva .

Esse avanço exigiu equipes de montagem com competências técnicas que vão além da instalação final, como leitura de projetos, domínio de ferramentas de exposição, conhecimento de ergonomia, logística e controle de qualidade. “Quanto melhor a equipe entende o projeto e o material, menor o risco de perdas e maior a velocidade de execução. Isso impacta diretamente a performance da loja”, explica Jucemar.

O cenário norte americano e o impacto da fragmentação


Nos Estados Unidos, o varejo de materiais de construção enfrenta um momento de retração. Levantamento do UBS, amplamente repercutido pela imprensa financeira americana, projeta que mais de 50 mil lojas de varejo de todos os segmentos podem fechar até 2027, pressionadas pelo avanço do comércio eletrônico e pela concentração de operações em grandes centros logísticos. Embora o número não seja específico do setor de acabamentos, ele evidencia uma tendência que se repete no segmento. Pequenas lojas têm encontrado dificuldade em competir e manter estrutura física.

Segundo Jucemar, a baixa especialização de equipes de montagem no mercado norte americano reforça esse cenário. “Há pouca integração entre fabricantes, arquitetos e instaladores. A montagem costuma ser apenas execução, não parte do projeto. Isso reduz a vida útil dos displays, prejudica a apresentação das peças e aumenta o custo de manutenção”, analisa.

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Por que o Brasil criou um modelo mais eficiente

A profissionalização da montagem no país consolidou um ciclo de produção mais estruturado, marcado por características como:

  • Equipes internas e treinadas para manipulação de porcelanatos, metais, louças e estruturas metálicas.
    • Integração direta com fábricas e arquitetos, garantindo a correta interpretação de layouts e a execução fiel dos ambientes.
    • Padronização logística e frota própria, como ilustrado nas operações industriais que atuam com mais de 4 mil metros quadrados de parque fabril e produção automatizada de expositores.
    • Protocolos de ergonomia e segurança, fundamentais para peças de grande formato.
    • Redução de tempo de montagem, resultado de treinamento técnico, divisão de tarefas e antecipação de problemas.

No currículo de Jucemar constam experiências que reforçam esse padrão, como coordenação de amostras na Cecrisa, participação na montagem de espaços em feiras como Revestir e Cersaie e liderança de equipes dedicadas a projetos completos envolvendo fabricação, transporte e instalação de displays para showrooms em todo o país.

Efeitos diretos na experiência de compra e na saúde das lojas físicas
Estudos de comportamento de consumo mostram que ambientes organizados, bem iluminados e com exposição clara do produto aumentam a conversão em até 20 por cento, segundo análises de varejo presentes em relatórios internacionais. No setor de acabamentos, onde o cliente precisa visualizar textura, cor, brilho e paginação, o papel da montagem torna se ainda mais central.

Para Jucemar, uma exposição mal executada tem impacto imediato no desempenho da loja. “Quando a peça não está bem posicionada, quando o display não suporta o peso ou quando a paginação não é fiel ao ambiente real, o consumidor perde referência. A montagem é parte da venda”, explica.

Tendências e caminhos para os dois mercados
Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, especialistas apontam que o futuro da montagem no setor de acabamentos passa por três direções principais.

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  1. Formação continuada
    A qualificação em leitura de projetos, logística, ergonomia e manuseio de grandes formatos torna se cada vez mais indispensável.

  2. Participação do instalador desde o início do projeto
    Integrar montadores às decisões de layout reduz falhas, melhora o acabamento final e aumenta a durabilidade dos expositores.

  3. Padronização de processos
    Rotinas documentadas, cronogramas claros e testes prévios de estruturas otimizam tempo e reduzem custos operacionais.

Impacto econômico e oportunidade para o varejo

A adoção de modelos profissionais de montagem em larga escala tem potencial para fortalecer lojas físicas, especialmente em cidades de médio porte, onde a presença de arquitetos, designers e consultores ainda é um diferencial competitivo. No Brasil, essa profissionalização contribuiu para a expansão de franquias e boutiques de acabamentos. Nos Estados Unidos, o movimento pode ajudar a reduzir a dependência das grandes redes e permitir a sobrevivência de pequenos negócios locais.

Jucemar sintetiza: “A montagem deixou de ser apenas execução. Ela é estratégia comercial. Quando a equipe entende técnica, logística e exposição, a loja ganha eficiência, estética e resultado.”

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