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Dia Nacional da Inovação: conheça empresas brasileiras que apostam em soluções inovadoras para mudar a sociedade

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O Dia Nacional da Inovação é celebrado no dia 19 de outubro e foi criado com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de soluções e negócios disruptivos no Brasil. As startups, empresas de base tecnológica com capacidade para escalar soluções de mercado, e outras empresas inovadoras, têm sido responsáveis por diversas transformações no país, impulsionando o avanço de tecnologias e proporcionando melhorias para diferentes públicos e setores.

Em celebração a data, reunimos algumas startups e empresas com foco em tecnologia que desenvolvem soluções para melhorar o futuro da sociedade quando dentro de diferentes segmentos como trabalho, educação, habitação, alimentação, mobilidade, eventos, alimentação e justiça.

Futuro do mercado de eventos corporativos

Quem já passou pela experiência de organizar um evento sabe o estresse que a tarefa pode causar. São diversas preocupações, como orçamento, local, equipe, data, alimentos. É por isso que a Treve, uma startup paulista trouxe para o mercado um app que promete mudar esta realidade, com uma plataforma que chega para simplificar a maneira como empresas planejam e executam seus encontros presenciais. Com uma abordagem 100% digital, a startup elimina as barreiras que muitas vezes acompanham a organização de eventos, permitindo que as empresas escolham fornecedores, comparem preços e planejem suas atividades com facilidade e conveniência, sem gastar horas ao telefone ou sem trocar centenas de mensagens pelo WhatsApp – muitas vezes não respondidas. Fundada em 2022, a Treve tem mais de 40 clientes, incluindo marcas como Zendesk, Mastercard e Amazon. A expectativa do negócio é chegar a um faturamento anual de aproximadamente R$ 4 milhões até 2024. A receita da startup é gerada a partir de um percentual do valor de cada evento organizado pela plataforma.

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Futuro do turismo

Fundada em 2020, a Just Travel Tour é uma startup que trabalha para facilitar a vida de pequenos e médios agentes de turismo, sejam eles guias, agências ou produtores de conteúdo. Por meio da plataforma white label e sem custo de setup voltada ao turismo, pequenos e médios agentes do turismo passam a oferecer serviços de qualidade para seus clientes, além de ganharem acesso à um amplo portfólio de produtos como: preços competitivos, diversas soluções de pagamentos, proteção antifraude e flexibilidade para definir sua estratégia comercial. A Just Travel tabém oferece ao consumidor um site de e-commerce customizável, com layout flexível, configurado para desktop e responsivo para mobile.

Futuro do trabalho

A Woba é o maior ecossistema de escritórios flexíveis da América Latina, que já falava dos coworkings antes do segmento bombar no Brasil. Acompanhando o aumento de nômades digitais, a Woba incentivou o mercado de escritórios flexíveis, primeiro, por meio de uma plataforma de networking, e avançou, criando um marketplace de espaços compartilhados de trabalho. Quando o home office se fez obrigatório à grande parte da população durante a pandemia, a Woba se antecipou aos modelos de trabalho que viriam a se tornar comuns – remoto e híbrido –, orientando grandes empresas e executivos de todo o país, sendo porta-vozes desse mercado e criando soluções, como os escritórios sob medida (BTS). Hoje, a rede Woba de coworkings conta com mais de 2 mil espaços de trabalho em 250 cidades do Brasil, México e outras cidades da América Latina, e seus projetos BTS redesenham escritórios para uma nova cultura organizacional: moderna, flexível e que preza pela qualidade de vida.

Futuro da educação

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Em pouco mais de um ano, a Escola Korú passou de uma aceleradora de oportunidades a um polo de conhecimento acelerador de carreiras. A mudança se deve, principalmente, à previsão de um apagão tecnológico no Brasil, que forma muito menos profissionais do que o necessário para preencher as vagas crescentes do mercado. O mercado precisa urgentemente de pessoas com conhecimento prático para dar sequência à transformação digital que estamos vivendo. Por isso, a Korú desenvolve cursos intensivos de 6 meses que têm a capacidade de suprir diversas funções da área tecnológica, por exemplo, as formações em Desenvolvimento de Software Full Stack, Marketing Digital, Produtos Digitais e Engenharia de Dados. A empresa também entende que o estudo é uma questão de oportunidade e por isso a escola funciona sistema de bolsas: as integrais são destinadas a mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+, PcDs e pessoas sem um emprego formal; bolsas de até 75% são ofertadas aos demais candidatos. Em apenas oito meses, a startup concedeu mais de R$ 1 milhão em bolsas de estudo.

Também dentro do segmento educacional, temos a Teachy, uma startup de tecnologia educacional, fundada em 2022, que usa Inteligência Artificial para automatizar tarefas extrassala de aula de professores. A plataforma permite que professores criem atividades e avaliações, corrijam trabalhos e preparem aulas em minutos. A empresa é a primeira startup de IA da América Latina voltada para ajudar professores na preparação pedagógica, elaboração e avaliação de atividades, ofereceno mais de 200 mil exercícios para listas de atividades e avaliação, tendo uma base de dados alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a curadoria de um time de docentes de diversas áreas. Com a utilização da plataforma é possível que os professores possam reduzir em até 80% o tempo que gastam no desenvolvimento de suas atividades. Além do auxílio para elaboração dos conteúdos, a IA também ajuda os professores a avaliarem as atividades, fazendo uma correção prévia dos conteúdos.

Futuro da alimentação

Fundada há 28 anos, a Verdureira é a primeira empresa brasileira a entregar saladas gourmet prontas para consumo. A empresa atua em fazendas periurbanas, entre a zona rural e a cidade, possibilitando que a marca coloque sua produção no mercado em até 24 horas após a colheita. O modelo hidropônico de cultivo diminui a exposição a pragas, garante a produção em qualquer clima, com produtividade cinco vezes maior e reduz o consumo de água em 90% comparado às plantações convencionais. A proximidade da cidade garante, também, a redução das emissões de carbono e do desperdício. Após a colheita, a seleção das hortaliças é artesanal, que permite ainda mais qualidade na produção. As folhas são higienizadas e embaladas com tecnologia de atmosfera modificada capaz de preservar os nutrientes e frescor dos alimentos até o momento do consumo, sem a necessidade de conservantes. A marca também desenvolveu um sistema de rastreabilidade das hortaliças por meio de um QR Code disponível nas embalagens. O objetivo é poder rastrear o processo de produção de produtos in natura, que garante informação sobre o alimento, seu frescor e qualidade de ponta. Dessa forma, o consumidor tem a garantia da origem.

Futuro da habitação

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A uCondo surgiu para otimizar a gestão de condomínios, um mercado que se expande no Brasil à medida que as gerações millennials e Z vêm deixando suas casas para viver em apartamentos, nas suas e em outras cidades. Os jovens adultos são motivados pelas facilidades e pela segurança dos condomínios e pelas oportunidades do entorno. Essa migração de pessoas acompanha o crescimento da globalização, que elimina as fronteiras do mercado de trabalho e gera novas profissões. A tecnologia da uCondo concentra em uma só plataforma a comunicação e a gestão completa do condomínio, conectando administrador, síndico, moradores e funcionários (como porteiro, zelador e auxiliar de limpeza), com funcionalidades que vão desde atividades cotidianas até às administrativas. O trabalho da uCondo é utilizar a tecnologia para atravessar as complicações da moradia na vida moderna.

Já a Construir Loteamentos tem como um dos objetivos ajudar a construir cidades melhores, o que inclui o planejamento sistemático de bairros e o desenvolvimento no entorno do novo bairro. A empresa é um dos principais players do mercado de desenvolvimento urbano e já desenvolveu 5 mil lotes em 7 milhões de m² com mais de 1 milhão de m² de áreas verdes preservadas. Os empreendimentos desenvolvidos pela companhia incluem soluções inovadoras, como bairros planejados e smart cities.

Futuro da mobilidade

Na década de 1990, o vale-transporte ainda era feito de papel e tamanha era sua circulação que começou a ser usado como segunda moeda para compras em padarias, supermercados e em outras transações financeiras, gerando uma grande evasão tarifária. Até que, em 1997, um projeto de bilhetagem trouxe para o Brasil uma tecnologia francesa de cartões inteligentes, que substituíram os bilhetes de papel e inauguraram uma nova era na mobilidade urbana do país. A criadora desse projeto pioneiro foi a Empresa 1, centro de inovação em mobilidade urbana que desenvolve tecnologias que agilizam os processos do serviço de transporte público, facilitam a circulação de pessoas pelas cidades e evitam fraudes no setor. Ao longo desses anos, a Empresa 1 foi do ticket de papel à biometria facial e continua investindo em inovação para que o transporte público seja uma solução e não um problema na vida das pessoas.

Futuro da Justiça

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Os escritórios de advocacia convencionais estão com pilhas de processos em andamento e modelo tradicional do Direito no Brasil, que alcançou 80 milhões de processos em tramitação, que podem levar anos até sua resolução, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ainda é muito lento. Por não se identificarem com o modelo tradicional da profissão, o casal de advogados Lorena Lage e Robert Oliveira fundou, em 2015, a L&O Advogados, escritório com foco no preventivo jurídico e jurídico estratégico de negócios inovadores, com o objetivo de mitigar a burocracia e solucionar problemas antes que eles se tornem um processo judicial. A L&O Advogados entrou em 2023 com apenas duas ações judiciais em curso e, no histórico da empresa, são menos de 20 ações entre os mais de 1 mil clientes atendidos. Apenas no último ano, o escritório cresceu 130%. Referência no setor de inovação jurídica, a solução do escritório poderia ser multiplicada para todos os setores com o intuito de otimizar a Justiça brasileira.

Ainda na área jurídica, o Paulo Moraes Advocacia se destaca por ser o primeiro escritório especializado em direito imobiliário e digital do Tocantins, pioneiro no registro de contratos imobiliários em blockchain no estado. Com sede em Palmas e ampla atuação no Tocantins, também atende clientes em Goiás, São Paulo e Minas Gerais. A equipe é 100% formada por mulheres que fazem parte de grupos de inclusão, sendo negras ou LGBTQIAPN+. Por serem também cientistas da computação, as sócias do escritório, Flávia Paulo Oliveira e Ana Carolina Moraes, investem na tecnologia para tornar as entregas mais ágeis. Exemplo disso é o cruzamento de dados abertos de instituições públicas a partir de linguagens de programação para a análise de dados. A equipe também utiliza software de gestão jurídica e ferramentas automatizadas para controlar os processos internos do escritório e diminuir o tempo de pesquisa.

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Reforma Tributária e Incentivos Fiscais – Pontos de Atenção e Mitigação

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Por Caio Cesar Braga Ruotolo (*)

A reforma da tributação sobre o consumo representa a mudança mais significativa no sistema tributário nacional nos últimos 60 anos (desde a criação do ICM), e tem como principais eixos um “IVA dual”, com legislação única, base ampla (expandida), neutralidade, não cumulatividade plena, cobrança separada e no destino e alíquota única para todos os bens e serviços, com poucas exceções.

Não obstante os excelentes atributos da reforma, certamente trará, também, impactos substanciais nos chamados benefícios fiscais concedidos a empresas e setores estratégicos pelos entes federados. Neste cenário, a reestruturação do modelo tributário exige um olhar atento sobre os incentivos vigentes, suas possíveis alterações e/ou encerramentos, e as estratégias para mitigar eventuais perdas, caso ocorram.

Os benefícios fiscais, como isenções, reduções de base de cálculo e alíquotas e regimes especiais, tiveram papel importante na competitividade das empresas e na atração de investimentos, mas ao mesmo tempo criaram a chamada “guerra fiscal” que trouxe mais problemas do que soluções no decorrer dos anos. Com a reforma tributária do consumo, muitas dessas supostas vantagens serão revistas ou até extintas, já que o novo modelo tende, a uma, simplificar e padronizar a tributação sobre o consumo, e, a duas, a existência de incentivos é paradoxal num novo sistema de não cumulatividade plena com cobrança no destino. Aliás, regimes diferenciados, como o Simples Nacional e incentivos regionais, passarão a ser reavaliados à luz de uma nova lógica tributária.

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Por isso, considerando a expressa previsão do fim dos incentivos a partir de 2033, pode-se pensar num cenário de possíveis impactos que incluem: i) a revisão e eliminação de benefícios, pois com a unificação da tributação sobre bens e serviços (ainda que sob a modalidade de “IVA-dual”), a grande maioria dos incentivos não terão mais razão de existir; ii) mudança nos cálculos tributários, pois as alterações podem gerar aumento na carga tributária para alguns setores, como de serviços que terão pouca possibilidade de creditamento das etapas anteriores, porém, poderão se beneficiar da simplificação das obrigações acessórias que virá com a implantação total do IBS e CBS; iii) reavaliação da precificação e das margens de lucro, eis que as empresas precisarão recalcular custos operacionais e estratégias de precificação sob a nova sistemática de tributação.

Para que empresas possam se adaptar à reforma tributária sem comprometer sua operação, alguns pontos precisam de atenção especial, tais como mapeamento de benefícios existentes, identificando quais incentivos atualmente utilizados serão extintos e, dentre eles, quais possuem maior relevância na composição de custos e precificação. Além disso, é importante a análise de impacto na cadeia de suprimentos, já que a nova tributação poderá modificar preços de fornecedores e insumos, exigindo ajustes nos contratos comerciais e nos cálculos financeiros, considerando, desde já, avaliar a necessidade de inserção de cláusulas relacionadas com esses novos modelos de tributação, especialmente para contratos de longo prazo.

Com um modelo baseado no Imposto sobre Valor Agregado (IVA), as regras de compensação tributária e aproveitamento de créditos sofrerão transformações importantes, onde o crédito passará a ser financeiro. E não podemos deixar de mencionar a governança e o compliance, pois as mudanças exigirão reestruturação na forma como as empresas gerenciam suas obrigações fiscais e relatórios contábeis.

Para minimizar eventuais impactos negativos da reforma tributária nos benefícios fiscais, empresas podem adotar, desde já, algumas estratégias práticas, tais como: i) simulações fiscais e planejamento antecipado, avaliando diferentes cenários tributários e projetando impactos financeiros antes que as mudanças entrem em vigor; ii) reestruturação de operações, revisando processos internos para otimizar a carga tributária dentro do novo sistema e garantir conformidade regulatória; iii) negociação de incentivos alternativos, pois, diante da neutralidade tributária, a regra agora será a busca por incentivos orçamentários junto aos entes federados para manter a competitividade, e iv) investimento em tecnologia tributária, com aquisição de ferramentas de automação fiscal e inteligência artificial que poderão ajudar no gerenciamento de compliance e na adaptação às novas normas.

A reforma tributária exige adaptação rápida. Empresas que investirem em planejamento e alternativas para manter sua competitividade estarão mais preparadas para o novo sistema tributário brasileiro.

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*Caio Cesar Braga Ruotolo é advogado tributarista. Sócio do escritório Silveira Law Advogados

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Avanço dos biocombustíveis impulsiona setor de análise da qualidade de produtos com crescimento médio de 61% ao ano

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Mercado segue avançando com aproveitamento de oportunidades criadas por novas regulações e à busca por soluções mais sustentáveis para o planeta

O mercado de Instrumentação Analítica, que envolve aparelhos destinados a medição da qualidade de produtos de diversos setores, tem registrado forte crescimento impulsionado pelo avanço do setor de biocombustíveis, que atingiu marcos históricos recentes. Em 2023, a produção combinada de etanol e biodiesel alcançou a marca recorde de quase 43 bilhões de litros, conforme reportado pelo Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de 2024. Os dados de 2024 ainda não estão disponíveis, mas a perspectiva é de continuidade da expansão. As projeções indicam que a oferta de etanol no Brasil, considerando a cana-de-açúcar (primeira e segunda geração) e o milho, pode chegar a 48 bilhões de litros até 2034, o que representa um crescimento de 3,8% a.a., em relação ao ano de 2022, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

Esse crescimento robusto reflete a diversificação das fontes de energia renováveis no país e fortalece a posição do Brasil como líder global na produção e uso de biocombustíveis. Com um papel crucial no controle de qualidade e pesquisa associados aos biocombustíveis, a instrumentação analítica vem ganhando espaço no segmento. Para se ter uma ideia, a Pensalab, líder no mercado de equipamentos analíticos para Óleo & Gás no Brasil, acaba de anunciar um crescimento médio de 61% ao ano, considerando apenas as transações relacionadas a clientes no segmento de biocombustíveis entre os anos de 2020 e 2024.

Segundo Eduardo Barbosa, Gerente de Aplicação e Produto da companhia, o aquecimento dos negócios nesta indústria se deve à necessidade de os biocombustíveis comprovarem a conformidade com as características de qualidade idênticas aos seus equivalentes derivados de petróleo. “Isso obriga aos produtores e aos demais participantes da cadeia de suprimento de biocombustíveis a monitorarem constante e atentamente a qualidade destes produtos”, explica.

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Para ele, a outra razão é a efervescência da atividade de Pesquisa & Desenvolvimento. De acordo com o executivo, a investigação de novas fontes, rotas de síntese e condições de processo para a produção de biocombustíveis demanda por equipamentos de instrumentação analítica desde os mais simples, como os encontrados em laboratórios de controle de qualidade de combustíveis, até os mais elaborados e complexos.
“Esses dois fatores têm alavancado significativamente a procura por nossos serviços, e a tendência é de que o ritmo fique ainda mais intenso neste e nos próximos anos. Como nosso portfólio é bastante completo para a análise de combustíveis, com parceiros estratégicos e tradicionais, temos fornecido equipamentos para praticamente todos os clientes envolvidos com o segmento de biocombustíveis no Brasil, desde empresas multinacionais, locais, instituições de pesquisa, laboratórios de inspeção e órgãos reguladores”, diz.

Um dos fortes indícios apontados como avalizadores da probabilidade de crescimento dos biocombustíveis está relacionado ao aumento da proporção de etanol na gasolina recentemente anunciada pelo Governo. Estimativas de especialistas calculam que a elevação de 27% para 30% da presença do biocombustível na gasolina teria o potencial de provocar um incremento de até 16% na procura por este recurso sustentável. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indica que a produção nacional de etanol, que hoje está em torno de 12,7 milhões de metros cúbicos, poderá chegar a 14,76 milhões de metros cúbicos até 2026.

“As mudanças nas regulamentações mexem significativamente com o mercado, pois levam a mudanças importantes na forma como os clientes realizam as análises. Se a mudança na regulamentação causa aumento da demanda por biocombustíveis, por exemplo, isso nos leva a um aumento na procura por equipamentos e por automação de processos. Mudanças nos parâmetros de qualidade podem levar tecnologias antigamente dominantes à obsolescência, pois não atendem mais o limite de detecção, por exemplo. Isso mexe bastante com o mercado de instrumentação analítica”, analisa.

O Executivo da Pensalab avalia que entre as inovações, atualmente o biodiesel está na vanguarda dos bicombustíveis no Brasil, por ter um ambiente comercial mais regulado e um custo de produção comparável aos equivalentes derivados de petróleo. “O Brasil é um dos países que possui essa regulação bastante sedimentada, no caso, com legislação específica para a mistura deste biocombustível em diesel. Outra vantagem é que é possível a conversão de fontes não-comestíveis (como a mamona, por exemplo) ou resíduos (como sebo e óleo usado de cozinha), o que evita a competição direta com o mercado de alimentos, e reduz significativamente o custo de produção”, informa.

Já o combustível de aviação sustentável (SAF), apesar de ainda estar em um estágio embrionário no país, está se transformando cada vez mais realidade devido à intenção de redução da pegada de carbono no mercado de aviação, manifestada pelas organizações de regulação internacional como a International Civil Aviation Organization (ICAO) e a Air Transportation Action Group (ATAG).

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Eduardo Barbosa ressalta que, apesar do crescimento espantoso, os biocombustíveis ainda representam uma pequena parcela do negócio da companhia quando comparado com os combustíveis fósseis. “Contudo, estamos em contato constante com dois setores-chave associados a este crescimento, que são o Agro e Óleo & Gás. Neste sentido, as notícias em relação a novas unidades de processamento e novas iniciativas tecnológicas para os próximos 5 anos são muito animadoras. Players de peso como a Acelen, Shell, Raízen e a própria Petrobras têm investido muito em biocombustíveis, fora as companhias locais já experientes na sua produção que estão ampliando seus parques industriais: tudo isso nos traz bastante confiança no futuro dessa área no Brasil”, diz.

Combustível do Futuro

Com relação aos possíveis impactos das mudanças relacionadas ao valor máximo de adição de biodiesel para até 20% em 2030, previstas na Lei do Combustível do Futuro aprovada em outubro de 2024, Eduardo explicou que, desde que a adição de biocombustível resulte numa mistura que cumpra com a mesma especificação do equivalente fóssil, contida nas portarias da Agência Nacional de Petróleo, não há barreiras ou limites para este aumento.

“Obviamente isso mexe com o mercado, de maneiras que nem sempre são previsíveis. Porém, por se tratar de um mercado em plena ascensão, os impactos para quem trabalha com equipamentos de análise e controle de qualidade aplicáveis a este segmento são quase que invariavelmente positivos. Enfim, a complementação e substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis é necessária e premente, visando um mundo cada vez mais limpo e sustentável. Há um longo caminho a percorrer ainda, mas dele não há mais volta.”

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FIDCs: A revolução silenciosa no mercado de crédito brasileiro

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Por Eduardo Sgobbi (*)

O mercado de crédito brasileiro está passando por uma transformação profunda e irreversível. Em meio a um cenário econômico desafiador, marcado pela taxa Selic em patamares elevados e pela retração do crédito bancário tradicional, os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) emergem como uma solução estratégica para empresas e investidores.

A venda de recebíveis, uma prática cada vez mais adotada pelos lojistas, apresenta vantagens significativas. Ao optar por essa solução, os empresários ficam isentos do pagamento de IOF e se beneficiam de taxas de deságio competitivas, inferiores aos juros médios do mercado. Para as instituições ofertantes, a redução do risco de inadimplência é um dos maiores benefícios, permitindo operações financeiramente saudáveis e atraentes para investidores.

O impacto dos FIDCs vai além das vantagens financeiras imediatas. Com a taxa básica de juros em 14,25%, o crédito bancário tornou-se inacessível para muitas empresas e consumidores. Esse cenário tem levado a uma busca por alternativas no mercado de capitais, onde os FIDCs se destacam como uma solução viável e eficiente. Estudos indicam que, até 2039, os bancos representarão apenas 32% do segmento de crédito, enquanto produtos como FIDCs, entre outros, concentrarão os 68% restantes.

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E esta é a razão para as fintechs começarem a entrar neste segmento. Como exemplo, o Edan Finance Group anunciou a estruturação de um FIDC de R$ 60 milhões, com o objetivo de fortalecer sua estratégia de parceria com comerciantes por meio de maquininhas (POSs), contas digitais sem mensalidade e antecipação de recebíveis de cartões. A iniciativa destina 70% dos recursos para financiar a antecipação de recebíveis de cartão de crédito originados em estabelecimentos como farmácias, supermercados e restaurantes.

Essa abordagem não apenas oferece liquidez financeira aos lojistas, mas também reduz custos operacionais, criando um ambiente mais competitivo e sustentável. É também uma oportunidade de acesso a crédito diferenciado para estabelecimentos de pequeno e médio portes. Grandes empresas já conhecem e aproveitam os benefícios da modalidade, muito mais do que os menores e o que vemos é a democratização de mais um canal de financiamento no mercado.

Sejamos honestos, se a tendência é o setor tradicional de crédito dar lugar ao mercado de capitais, nada mais acertado do que uma instituição financeira, independentemente do porte, antecipar-se ao movimento e começar a navegar na nova onda que surge. Nesse sentido, a estruturação de FIDCs é uma das colunas mais importantes do planejamento estratégico da corporação em questão. Tanto que a meta para este ano é lançar outros dois FIDCs, de R$ 500 milhões cada, o primeiro até o final de Maio e o segundo no próximo semestre, totalizando R$ 1 bilhão para intensificar o apoio ao varejo. Não há dúvidas de que a iniciativa será copiada por outros players.

A evolução dos FIDCs é impressionante. Segundo a Anbima, em 2024 este tipo de fundo captou R$ 113 bilhões, quase o triplo dos R$ 40 bilhões arrecadados em 2023. Esse crescimento reflete uma mudança de paradigma, impulsionada por fatores como digitalização, open finance e fintechs, além da popularização do crédito privado e da criação da Lei da Liberdade Econômica. Com rentabilidade acima do CDI, liquidez mensal e redução de custos tributários, os FIDCs oferecem uma alternativa robusta e sustentável para empresas e investidores.

Em um momento em que o mercado brasileiro enfrenta desafios internos e externos, como a concorrência com produtos chineses e a política protecionista dos Estados Unidos, os FIDCs surgem como uma ferramenta essencial para garantir a estabilidade e o crescimento econômico. A securitização de créditos, impulsionada por iniciativas como a citada acima, é uma tendência irreversível que merece atenção e sua adoração na estratégia das empresas.

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(*) Eduardo Sgobbi é co-founder & CEO do EDAN Finance Group

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