Connect with us

Negócios

De ajudante em pastelaria a fundadora da maior rede de comida japonesa do Paraná

Published

on

Emiko Koyama superou a crise econômica da empresa e hoje comanda a cozinha de 20 unidades do Grupo Matsuri

Antes de se tornar uma das mais lucrativas redes de franquia de comida japonesa do sul do país, o Matsuri To Go viveu o apogeu e o declínio. Por trás do sucesso do restaurante, hoje com 25 unidades e faturamento projetado para 2024 de R$ 76 milhões, há uma história de dedicação e resiliência que serve de inspiração para quem tem ou quer abrir o próprio negócio.

Durante duas décadas, o restaurante fundado em Londrina pelos descendentes de japoneses Claudio e Emiko Koyama se consolidou como a maior referência de gastronomia asiática na região. Mas problemas de gestão provocaram o acúmulo de dívidas e o fechamento das portas em 2020.

Chamado às pressas para salvar o empreendimento, o filho dos proprietários, Raphael Koyama, sabia que a fidelidade dos clientes conquistada em duas décadas era uma moeda forte. O engenheiro buscou empréstimos, vendeu o apartamento e dois carros dos pais, renegociou as dívidas e, a partir da implantação do modelo de delivery, reabriu as portas do Matsuri em grande estilo e ainda mais requintada do que antes da pandemia, em novembro passado.

Advertisement

Se o passivo financeiro provocou o fim das atividades, um ativo humano foi fundamental para o reinício: o sabor dos pratos oferecidos, um padrão de qualidade implantado e exigido desde o começo por Emiko, a responsável pela elaboração do cardápio. Mulher, mãe e cozinheira de mão cheia, ela iniciou sua trajetória empreendedora aos 19 anos de idade, no início do namoro com Claudio, ainda em Maringá, onde moravam.

O primeiro contato com a culinária foi na pastelaria da família do então futuro marido. Uma fase de muito aprendizado, segundo ela. “A preparação dos pastéis era bem mais fácil do que seria depois no sushi. Mas serviu para que eu entendesse como funcionava uma cozinha comercial”, recorda Emiko.

A atividade ocupava às manhãs e tardes e, para complementar a renda, ela passou também a trabalhar à noite, no restaurante de comida japonesa dos cunhados. “Foi lá que aprendi tudo o que sei hoje. Era cansativo, chegava a trabalhar 18 horas por dia”, diz Emiko. “Mas valeu a pena. Descobri naquele momento minha vocação.”

Já casados e com filhos, Emiko e Cláudio toparam um novo desafio, o de assumir a franquia de uma pastelaria de outro casal de cunhados, em Londrina, a 100 quilômetros de Maringá. O ponto comercial era ótimo, em uma das principais avenidas da cidade. Já a condição financeira não era das melhores. Logo os dois viram que o faturamento não daria para cobrir os gastos da família, como os estudos dos filhos Jeniffer e Raphael, na época com 11 e sete anos de idade.

A necessidade de ampliar o orçamento motivou o casal a colocar em prática uma ideia que vinha tomando corpo: a de oferecer, além dos pastéis, comida japonesa. “Aproveitamos que a pastelaria era grande e fizemos um conjugado. De um lado, pastel; de outro, japonês”, conta Emiko. “Deu certo. Nos tornamos conhecidos, fomos aumentando as vendas, e a situação melhorou.”

Advertisement

Restaurante fechado no começo da pandemia

A virada de chave definitiva aconteceu quando o contrato de aluguel do restaurante venceu e os empresários tiveram de procurar outro lugar. Diante do faturamento alcançado com o sushi, o novo espaço, já com o nome Matsuri, nasceu dedicado à comida japonesa. Por um tempo, o pastel ainda fez parte do cardápio, mas aos poucos foi perdendo espaço para os pratos orientais.

Começava então uma trajetória de sucesso. Durante oito anos consecutivos, o Matsuri ganhou o prêmio de melhor restaurante de comida japonesa de Londrina. Além do atendimento no local, o estabelecimento participou de grandes eventos particulares na cidade, sempre com Emiko liderando a cozinha.

Naturalmente, o empreendimento foi se expandindo. Entre 2016 e 2019, o Matsuri abriu mais duas novas unidades e um modelo de container. Mas a trajetória ascendente encobria uma realidade administrativa deficiente. Emiko admite os erros: “A gente sentiu dificuldade por ter aberto novas unidades em pouquíssimo tempo, sem se organizar. Eu cuidava da cozinha e o Cláudio, do atendimento, com a mesma dedicação. Mas nos descuidamos da gestão”, comenta a proprietária, fazendo referência ao fechamento das portas em 2020, no começo da pandemia de Covid-19. “Não demos à devida atenção ao caixa, e o pior aconteceu. Não tivemos escolha.”

Diante da crise, Emiko desabou. “Sempre me considerei uma mulher forte, mas naquele momento eu chorei. Vi meu marido entrar em depressão e toda a família sofreu junto. Tive que buscar forças internamente para poder remobilizar a todos. Era meu papel de empresária, esposa e mãe”, relembra a empresária. “Foi aí que entrou o Raphael e deu novo rumo ao Matsuri.”

Advertisement

A transformação do negócio para o delivery

Quando as atividades foram encerradas, ainda havia um mês de aluguel pago em uma das unidades. O tempo e o espaço foram usados no preparo de marmitas para a venda por encomenda. Cláudio ficou com a responsabilidade das entregas. Para Emiko, foi um novo desafio: “Lá fui eu para a cozinha novamente. Era um período de incertezas, e algo precisava ser feito”, recorda Emiko, relembrando uma frase que virou um mantra para a família desde então. “Mesmo com toda a dificuldade, desistir não era uma opção.”

A intenção era ter uma renda, mínima que fosse, mas a estratégia acabou indo muito além: aproveitando que as pessoas passaram a pedir comida em casa por causa da pandemia do coronavírus, o filho mais novo teve a ideia de mudar o modelo de atendimento presencial para delivery.

Era uma corrida contra o tempo. Emiko conta da saga para alugar uma casa onde a família pudesse morar e trabalhar. “A gente estava com nome restrito e não conseguia locar a residência. Então, o Anderson Misuno, que era um dos funcionários mais antigos, alugou a casa no nome dele para a gente morar e executar o trabalho. Ele ajudou muito e hoje é sócio operador em uma das franquias”.

Raphael então publicou um vídeo que mostrava o encerramento das atividades nos restaurantes físicos e a adoção do delivery. Foi um sucesso. O material viralizou, e a clientela, fiel, voltou a comprar do Matsuri, agora via online.

Advertisement

Mas, para que novos problemas financeiros fossem evitados, o engenheiro implantou processos de gestão em cada setor. “No meu caso, na cozinha, ele criou procedimentos padrões. Custos, aproveitamento dos ingredientes, o processo de trabalho em si, tudo foi colocado no papel. Uma organização que a gente não tinha antes”, enaltece Emiko.

Padrões orientam gestão e garantem qualidade dos produtos

O sistema mostrou-se fundamental quando da abertura das franquias da rede. A partir de então, nada mais foi feito de forma empírica. “O Raphael dizia que para a gente expandir não poderia ser dessa forma. Por exemplo: as receitas saíam todas da minha cabeça, sem uma ordem. Era tudo no olho. Como poderia transferir essa lógica para os funcionários?”, detalha Emiko. “Hoje, é tudo medido e pesado, peça por peça. Até o peso do salmão que vai rechear um niguiri de sushi é sempre o mesmo”, reforça.

Da compra dos ingredientes, passando por preparo, acondicionamento e entrega, tudo é calculado. Assim, os custos e o lucro são conhecidos na hora de cada venda. Além disso, os padrões são os responsáveis por garantir a mesma qualidade dos produtos em qualquer unidade do Matsuri.

Segundo a empresária, a operação também ficou facilitada: “Um exemplo é quando em uma loja acontece de o arroz não ficar no ponto. Hoje eu consigo, à distância, auxiliar o pessoal da cozinha. Por videochamada, passo as orientações com as informações de tudo o que acontece na operação”.

Advertisement

A métrica é adotada até para o estudo de viabilidade de uma nova franquia. Ao mesmo tempo em que comemora o novo momento da rede Matsuri, Emiko também valoriza o passado de superação. Empresária e mãe, por vezes teve de ser mais austera nas relações, algo de que nunca se arrependeu. Hoje, ela colhe os frutos.

“A qualidade do tempo que nos resta para ficarmos com os filhos é muito importante. Por isso, sempre cobrei a educação deles. Era severa. Trabalhava muito e ficava ausente”, comenta a empresária. “Tenho certeza de que todas as vitórias, a de conquistar de novo o nosso trabalho e de ter alcançado toda essa virada, é porque eu eduquei muito bem os meus filhos. Eu digo que a mulher tem muita força, a força de recomeçar.”

 

Advertisement
Continue Reading
Advertisement

Negócios

Premiada no LAQI Summit 2025, Dra. Beatriz Bocchi é destaque na transformação da advocacia no Brasil

Published

on

By

Com uma trajetória marcada por coragem, independência e propósito, a advogada trabalhista Beatriz Bocchi, 38 anos, desponta como uma das principais representantes da nova geração feminina que está reinventando o exercício do Direito no Brasil. Fundadora de um escritório próprio na Avenida Paulista, em São Paulo, ela lidera um movimento que alia técnica, acolhimento e protagonismo feminino.

Criada por uma mãe solo em Ribeirão Preto, Beatriz cresceu cercada por referências jurídicas na família, mas decidiu trilhar um caminho autoral. Aos 37 anos, rompeu com a estrutura familiar e inaugurou seu próprio escritório, com recursos limitados, mas com um propósito claro: oferecer uma advocacia ética, humanizada e transformadora. “Ficar era seguro. Mas eu não fui chamada para conforto. Fui chamada para construir”, destaca.

Nos primeiros meses, acumulou múltiplas funções — de advogada a secretária e responsável pela limpeza — enquanto implementava sua visão de uma advocacia mais acessível, com escuta ativa, linguagem clara e foco em resultados. Em pouco tempo, sua atuação passou a chamar a atenção de clientes e colegas, especialmente mulheres que buscam empreender no Direito.

Além de atender empresas e trabalhadores na área trabalhista, Beatriz se tornou mentora de advogadas iniciantes e palestrante em eventos voltados ao empreendedorismo jurídico feminino — um movimento que cresce no país. Segundo a OAB, as mulheres já são maioria entre os novos registros, mas ainda enfrentam desafios para alcançar cargos de liderança e protagonismo em grandes bancas ou na gestão de escritórios. Muitas, como Beatriz, têm respondido a esse cenário criando seus próprios caminhos.

Advertisement

A poucos dias, esse trabalho foi reconhecido internacionalmente: Dra. Beatriz Bocchi foi premiada no LAQI IMPACT SUMMIT – Brazil 2025, promovido pelo Latin American Quality Institute. Recebeu troféu e medalhas que representam não apenas conquistas profissionais, mas a consolidação de um caminho pautado por ética, propósito e impacto social positivo.

Seu diferencial está na combinação de técnica apurada e sensibilidade, especialmente em causas trabalhistas envolvendo dor, desgaste emocional ou busca por justiça. Sua atuação já impactou milhares de vidas, tanto no suporte a trabalhadores quanto na consultoria preventiva para empresas.

Com decisões corajosas e uma visão estratégica, Dra. Beatriz tem desafiado a ideia de que sucesso na advocacia está atrelado a fórmulas tradicionais. “Não deixei só processos resolvidos. Deixei mulheres fortalecidas, caminhos abertos e um legado que respira por si só”, afirma.

Mais do que uma advogada de destaque, Beatriz Bocchi se tornou símbolo de um novo modelo jurídico: mais humano, mais acessível — e liderado por mulheres que não esperam por espaço. Elas constroem o próprio.

Advertisement
Continue Reading

Negócios

Wilder Morais cobra maior segurança jurídica em evento realizado pelo instituto IEJA em Brasília

Published

on

By

O Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (IEJA) realizou nesta terça-feira mais uma edição do tradicional almoço Tá na Mesa, reunindo lideranças do setor produtivo, autoridades dos Três Poderes e representantes da sociedade civil para um diálogo estratégico sobre o desenvolvimento nacional. O encontro contou com a presença do Senador Wilder Morais (PL-GO), atual presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, que destacou a urgência de modernizar a relação entre o Estado e os empreendedores brasileiros.

A palestra magna:

O evento teve como foco central o fortalecimento das pontes institucionais entre o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e os agentes econômicos, reforçando o papel do IEJA como espaço de articulação propositiva entre os diferentes atores que moldam o ambiente jurídico e regulatório do país.

“O Brasil precisa reconfigurar a forma como o Estado se relaciona com o setor produtivo. É preciso simplificar, desburocratizar e garantir segurança jurídica para quem gera emprego, renda e inovação. Só assim teremos um país mais competitivo e justo”, afirmou o senador Wilder Morais durante sua fala, recebida com entusiasmo pelos presentes.

Advertisement

Para o CEO do IEJA renato mello , o encontro reforça a missão do instituto de promover a convergência entre os interesses públicos e privados com base em diálogo técnico, ético e institucional. “A integração entre os Poderes e o setor produtivo não é apenas desejável – é essencial para um Brasil mais moderno, eficiente e preparado para os desafios contemporaneos, pontuou.

Empresário Fernando Costa  cobra prioridade para a educação superior no Brasil

Durante evento do Instituto IEJA, com palestra do Ministro Jorge Messias, líder empresarial do setor de educação destaca necessidade de um pacto nacional pela educação no Brasil.

Brasília — Em mais uma edição do prestigiado Tá na Mesa, promovido pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (IEJA), lideranças dos Três Poderes, do setor produtivo e da sociedade civil reuniram-se em Brasília para um debate de alto nível sobre os desafios estruturais do Brasil. O encontro contou com a palestra magna do Ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, que abordou o papel do Estado na garantia da segurança jurídica e no fomento ao desenvolvimento sustentável.

Na ocasião, o empresário Fernando Costa — reconhecido defensor da educação e da modernização institucional nobrasil — fez um pronunciamento enfático sobre a urgência de reavaliar a forma como o Estado se relaciona com quem produz no país. “Precisamos urgentemente de mais eficiência dos órgãos estatais. O Brasil só avançará quando o governo colocar a educação, no centro das políticas públicas”.

Advertisement

Para o CEO do IEJA, Renato Mello, a presença de autoridades como o Ministro Jorge Messias e lideranças empresariais como Fernando Costa reforça o papel do Instituto como espaço de articulação estratégica. “A integração entre os Poderes e o setor produtivo é vital para construirmos um país mais moderno, justo e eficiente. A educação é a base de tudo — e precisa ser tratada como tal”, afirmou.

Consolidado como um dos principais fóruns de interlocução institucional do país, o Tá na Mesa reafirma a missão do IEJA de promover debates de alto impacto sobre os temas mais relevantes para o Brasil contemporâneo.

Continue Reading

Geral

Amparo é a pauta do Podcast “Conexão Fábio Borri” que estreia em 18 de junho

Empresário Fábio Borri da cidade de Amparo-SP estreia podcast.

Published

on

A cidade de Amparo ganha um novo canal que irá apresentar suas histórias e destacar suas
personalidades com o lançamento do podcast “Conexão Fábio Borri”, que estreia no dia 18 de
junho.

Com o slogan “Amparo em pauta”, o podcast apresentado por Fábio Borri, advogado e
empresário, o programa promete conversas leves e inspiradoras com figuras que fazem diferença na cidade,sejam atletas, empresários, artistas, políticos ou cidadãos comuns.

O podcast tem como objetivo destacar histórias de Amparo, destacando trajetórias, iniciativas e
a conexão de cada convidado com a cidade. “Sinto que Amparo é uma cidade que encanta,
mas que é pouco conhecida pelos seus próprios moradores. O foco do podcast é fomentar o
amor a Amparo e apresentar para o amparense muita coisa que ele talvez nem saiba que
exista na cidade”, 
afirma Fábio Borri.


Em um formato inovador, o primeiro episódio trará uma inversão de papéis: Fábio Borri será o
entrevistado. A edição será conduzida por Fábio Gomes, reitor da Unifia, onde Borri lecionou
por anos. A conversa vai explorar a trajetória de Borri e sua relação com Amparo, dando o tom
do que o público pode esperar: bate-papos descontraídos, mas repletos de histórias ricas e
inspiradoras dos episódios futuros.

Advertisement


Nas edições seguintes, Fábio Borri poderá contar com co-hosts, que se juntarão a ele para
entrevistar convidados de diferentes segmentos. A proposta é criar um espaço onde o ouvinte
conheça melhor as pessoas que constroem a identidade de Amparo, desde empreendedores
que movimentam a economia local até artistas e cidadãos comuns com histórias marcantes.
“Conexão Fábio Borri” será disponibilizado em plataformas de streaming como Spotify e
transmitido ao vivo pelo canal de Fábio Borri no YouTube, com episódios que prometem
aproximar os amparenses de sua própria cidade.

Para acompanhar o podcast é só clicar no link e se inscrever no canal do YouTube: https://youtube.com/@fabioborri?si=xdzEf4OcrtxeHOTP

Continue Reading

Mais Lidas

Copyright © TimeOFFame - Todos os direitos reservados