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Negócios

Day trade gera renda para quase 60% dos operadores

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Por Leonardo Megale (*)

O tempo passa e as coisas mudam. Felizmente, no caso do mercado financeiro, para melhor. Refiro-me à evolução do mercado de day trade. Anos atrás era classificado como loteria, pois ganhar dinheiro nesta função parecia ser uma questão de sorte e não de estratégia. Mas isso é passado.
Atualmente, cerca de 60% dos traders obtêm renda mensal que varia de um a mais de cinco salários mínimos fazendo day trade. Quem diz isso é uma pesquisa realizada pelas mesas proprietárias Axia Investing e Star Desk, que juntas contam com cerca de 12 mil profissionais aprovados, um recorte bem representativo desta classe.

A pesquisa foi feita no final do ano passado e, de acordo com ela, 15,74% dos entrevistados obtêm renda de até um salário mínimo trabalhando com day trade. 24,37% responderam que ganham entre dois e três salários-mínimos e 10,15% entre três e cinco salários. 8,63% afirmam auferir mais de cinco salários mínimos. Os 41% restantes disseram ainda não ter conseguido renda com o trabalho.

O resultado contrasta com levantamento feito pela FGV (Fundação Getulio Vargas) em 2019, quando se constatou que 97% dos profissionais só perdiam dinheiro e os 3% restantes ganhavam, em média, R$ 300. Mas é fácil entender a razão para isso acontecer. Na época em que a FGV fez o estudo era mais comum as pessoas se arriscarem sem ter conhecimento, pois acreditavam que era fácil. Sem entendimento do mercado, realmente o operador fica mais próximo de um jogador apostando em um cassino do que de um profissional com estratégias bem definidas.

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De lá para cá isso tem mudado. A melhora nos níveis de qualificação explica muito e acredito que as mesas proprietárias contribuíram para esse avanço, já que para ingressar em uma é preciso passar por um processo de seleção, ou seja, o candidato tem de estudar sobre mercado financeiro para ter chances. Com isso, além de base teórica ele passa a ter experiência. Foi essa mudança no perfil dos traders que possibilitou essa guinada tão positiva.

Se ainda restam dúvidas, a mesma pesquisa mostra que o nível de qualificação dos profissionais que fazem day trade melhorou. 44% responderam ter dois ou mais anos de estudo sobre as técnicas utilizadas para operar no mercado. Outros 32% afirmaram ter até um ano de estudo a respeito do tema e 24% disseram nunca ter feito cursos, ou seja, aprenderam na prática, na base do erro e acerto.

Para efeito de comparação, na primeira consulta feita pela Axia, em 2021, o percentual de profissionais com dois ou mais anos de estudo era de 34,34% – 9,6 pontos percentuais a menos. Naquela ocasião, 37,35% tinham até um ano de estudo e 28,31% preferiram aprender na prática, sem fazer qualquer curso. A melhora nos níveis de conhecimento pode ser constatada observando os níveis de acerto desses profissionais e, consequentemente, os ganhos que eles passaram a auferir.

Quanto ao nível de escolaridade, 30,81% afirmaram ter ensino superior completo, 25,25% ensino superior incompleto e 23,74% ensino médio completo. Apenas 3,54% disseram ter ensino médio incompleto e ninguém respondeu ter apenas nível fundamental ou menos. Questionados onde obtém informações sobre o mercado financeiro, 41,54% reponderam mídias sociais e outros 41,54% sites de notícias. Na sequência estão Telegram (6,67%), Casas de análise (5,64%) e WhatsApp (4,62%).

Atualmente, 32% dos traders afirmam ter níveis de acerto nas operações mensais entre 70% e 89%. Outros 44% garantem que são bem sucedidos entre 50% e 69% das tentativas. Por fim, 20% têm níveis de acerto entre 30% e 49% e apenas 4% dos entrevistados são bem-sucedidos em menos de 30%.Como se vê, o mercado passa por uma rápida e consistente evolução que, mantendo-se no mesmo ritmo – e acredito que manterá -, transformará essa classe de profissionais em uma das mais relevantes e bem-sucedidas do País. O tempo nos mostrará.

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(*) Leonardo Megale é sócio fundador das mesas proprietárias Axia Investing e Star Desk

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Negócios

Aumenta a fiscalização sobre investidores com ativos no exterior: como se preparar sem cometer erros

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Com o avanço dos acordos internacionais e o cruzamento de dados via CRS, Receita Federal amplia o cerco a brasileiros com patrimônio fora do país.

A Receita Federal intensificou a fiscalização sobre brasileiros que mantêm investimentos e contas no exterior. Segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o volume de informações trocadas entre países por meio do Common Reporting Standard (CRS) cresceu mais de 60% em 2025, ampliando a capacidade de cruzamento de dados de contribuintes.

Atualmente, o Brasil recebe relatórios de mais de 100 jurisdições financeiras — incluindo paraísos fiscais e grandes centros econômicos — que compartilham informações sobre contas, rendimentos e ganhos de capital. A medida faz parte de um esforço internacional para combater a evasão fiscal e aumentar a transparência no fluxo global de capitais.

“As autuações estão mais frequentes porque o sistema é automatizado e o cruzamento de informações acontece em tempo real. Pequenas inconsistências já são suficientes para gerar alerta”, explica Cláudia Kistenmacker, especialista em contabilidade para investidores e sócia da DOC7 Contabilidade.

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Entre os principais erros estão a omissão de rendimentos obtidos no exterior, o não preenchimento de fichas específicas no Imposto de Renda e o cálculo incorreto do câmbio em operações internacionais. “Não se trata apenas de declarar valores, mas de compreender as regras e formatos exigidos pelo Fisco. Um simples erro de código pode custar caro”, reforça Cláudia.

Para a especialista, o compliance internacional precisa ser tratado como uma estratégia de gestão, não como uma obrigação burocrática. “Quando o investidor entende que regularidade fiscal é sinônimo de segurança patrimonial, ele passa a encarar o contador como um parceiro estratégico, e não apenas um prestador de serviço”, conclui.

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Negócios

Holding: mais do que proteger o patrimônio, é sobre crescer com estratégia e segurança

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A estrutura de holding vem ganhando espaço entre empresas e famílias que desejam proteger bens, pagar menos impostos e planejar o futuro. Mas na prática, o que pouca gente explica é que uma holding bem feita começa com o diagnóstico certo — e não com uma estrutura padrão

No Brasil, a palavra “holding” virou tendência — mas também gerou confusão. Muita gente encara a criação de uma holding como uma solução mágica para reduzir impostos ou evitar inventário. Embora esses sejam benefícios possíveis, o que nem sempre é dito é que uma holding mal estruturada pode mais atrapalhar do que ajudar.

Na LCS Contabilidade, o ponto de partida é outro. Antes de abrir qualquer CNPJ ou falar em economia tributária, a primeira pergunta é: isso faz sentido para você, agora? Porque o que funciona para uma empresa familiar com imóveis pode não funcionar para um grupo empresarial com filiais. E vice-versa.

“Tem cliente que busca proteção patrimonial, outro quer facilitar a sucessão, ou então melhorar a estrutura do grupo. A holding certa nasce da estratégia — não do modismo”, explica Lucas Oliveira, fundador da LCS.

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Muito além da sucessão, a holding é uma ferramenta de gestão. Pode organizar patrimônios, reduzir carga tributária sobre distribuição de lucros ou aluguéis, facilitar entrada de sócios e dar mais agilidade à tomada de decisão. Mas tudo isso só se concretiza com um planejamento real, simulações de cenários e gestão ativa. Não é o contrato social que garante o sucesso da holding — é o que se faz com ela depois de pronta.

Na prática, os modelos mais comuns são a holding patrimonial, usada para concentrar e proteger bens, e a holding operacional, voltada à administração de empresas ativas sob um mesmo grupo. Em ambos os casos, o risco está em adotar estruturas padrão, sem considerar as especificidades de cada negócio.

“Já vimos holding aberta com CNPJ que nunca foi usada. Também já pegamos casos com cláusulas mal redigidas que geraram conflitos familiares. Por isso, nosso trabalho vai além da abertura — ele continua depois, com acompanhamento contábil e fiscal de verdade.”

Criar uma holding pode sim significar economia, segurança jurídica e tranquilidade para o futuro. Mas só quando ela está integrada ao dia a dia do negócio. Holding não é contrato, é ferramenta de continuidade — que precisa de gestão, revisão, e um contador ao lado para garantir que ela continue fazendo sentido ao longo do tempo.

Na visão da LCS, isso tudo só funciona com proximidade e parceria. Proteger patrimônio, pensar no futuro da empresa e pagar menos imposto são objetivos legítimos — mas é o caminho que diferencia resultado de risco. Por isso, a holding ideal não é a mais sofisticada, nem a mais barata: é a mais bem pensada para os objetivos reais do cliente.

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Negócios

Mercado de Tax Liens e Tax Deeds nos EUA atrai investidores globais com retornos de até 24% ao ano

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AXT Proptech, liderada pelo economista Ricardo Guimarães, aposta na tokenização e em ativos imobiliários dolarizados para ampliar o acesso a oportunidades nos Estados Unidos

O economista Ricardo Guimarães, CEO da AXT Proptech, tem observado o aumento do interesse de investidores estrangeiros, especialmente brasileiros, em um segmento pouco conhecido, mas bilionário, do mercado imobiliário norte-americano: o de Tax Liens e Tax Deeds, que movimenta cerca de US$ 22 bilhões por ano, segundo dados da National Tax Lien Association (NTLA).

Na prática, os Tax Liens representam títulos de dívida emitidos por governos locais quando o proprietário de um imóvel deixa de pagar o imposto territorial. O investidor que adquire o certificado passa a ter direito de receber o valor devido acrescido de juros, que podem variar entre 12% e 24% ao ano, dependendo do estado. Já os Tax Deeds correspondem à escritura do imóvel leiloado em razão do não pagamento dos tributos, permitindo ao comprador tornar-se o novo proprietário por uma fração do valor de mercado.

“Esses instrumentos existem há mais de dois séculos e são essenciais para o financiamento de cidades e condados americanos”, explica Guimarães, que acumula 25 anos de experiência no mercado financeiro e foi sócio da XP Investimentos e do Banco Inter. “Além de gerar receitas públicas, eles criam oportunidades reais de investimento com segurança jurídica e rentabilidade previsível.”

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Com operações nos estados da Geórgia, Alabama, Mississippi e Flórida, a AXT Proptech atua na originação, gestão e tokenização desses ativos, oferecendo soluções para investidores individuais e institucionais. O modelo permite que cada imóvel adquirido, ou cada certificado de dívida, seja fracionado digitalmente por meio da tecnologia blockchain, o que garante transparência, liquidez e rastreabilidade em todas as transações.

De acordo com Guimarães, a combinação entre tecnologia e ativos reais dolarizados torna o segmento um instrumento eficiente de diversificação e proteção patrimonial. “O cenário atual, com o dólar em leve enfraquecimento e tendência de queda dos juros nos Estados Unidos, amplia o apelo dessa tese. No médio e longo prazo, a soma da rentabilidade dos títulos e da valorização cambial pode ser extremamente atrativa”, afirma.

A empresa, que planeja lançar uma oferta pública no Brasil via plataforma de investimentos alternativos regulada pela CVM, também oferece consultoria completa a investidores, incluindo abertura de contas, estruturação de LLCs e assessoria fiscal. A proposta é simplificar o acesso a um mercado ainda pouco explorado fora dos EUA.

Para Guimarães, o diferencial da AXT está em sua estrutura integrada, que une especialistas em engenharia, blockchain e finanças descentralizadas. “Nosso modelo de atuação cobre todo o ciclo, da compra em leilão à reforma, locação e revenda, com uso intensivo de dados e inteligência artificial para mapear oportunidades em um mercado fragmentado”, diz o executivo.

A AXT Proptech se posiciona, assim, como uma das primeiras empresas a oferecer no Brasil um modelo tokenizado de investimento imobiliário nos Estados Unidos, combinando inovação tecnológica e segurança regulatória. “Estamos apenas no começo de uma transformação profunda na forma como se investe em ativos reais”, resume Guimarães.

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Sobre Ricardo Guimarães

Ricardo Guimarães é economista formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e possui mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro brasileiro. Foi sócio da XP Investimentos, da Hurst Capital e do Banco Inter, onde participou da criação de produtos estruturados e fundos imobiliários inovadores. Atualmente, é CEO da AXT Proptech, empresa de tecnologia com atuação nos Estados Unidos e foco na originação, gestão e tokenização de ativos imobiliários oriundos de Tax Liens e Tax Deeds.

Com sólida trajetória no mercado de capitais e profundo conhecimento em finanças tradicionais (TradFi) e finanças descentralizadas (DeFi), Guimarães lidera iniciativas que conectam investidores globais ao mercado imobiliário norte-americano por meio da tokenização de ativos reais (RWAs). Sua atuação tem como propósito democratizar o acesso a investimentos dolarizados, com segurança jurídica, eficiência operacional e impacto positivo nas comunidades locais.

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