Realidade com um leve toque de provocação, assim vem “Versículo 22”, novo single do cantor e compositor David Ricco. Refazendo sua história, o artista traz seu talento para falar da experiência cristã sendo parte da comunidade LGBTQIAP+. A música já está disponível nas plataformas digitais e ganhou um videoclipe exclusivo que já pode ser conferido no YouTube do artista.
Depois de passar por uma experiência um tanto quanto preconceituosa na comunidade cristã, ouvindo ofensas e palavras pesadas do pastor, Ricco usa sua voz para trazer uma mensagem importante em “Versículo 22”. Ele divide o quanto o acontecimento o marcou e abre espaço para a discussão sobre a inclusão e a visão cristã em relação à comunidade LGBTQIAP+, principalmente para jovens e adultos que se vêem excluídos.
A origem do trap também vem como resposta aos ataques por um falso cristão e com viés político.
“Não importa quem amamos e sim que todos somos um pedaço do todo, um pedaço de luz. Merecemos sim a espiritualidade e o amor. E é isso que importa. E uma mensagem para muitos adolescentes ou adultos da comunidade LGBTQIAP+: não tomar como verdade o que falam sobre nós”, afirma Ricco.
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Atualmente morando na Europa e anos depois do ocorrido, o artista sentiu que era o momento de se curar das duras ofensas. O processo de criação da música, assim como o de produção, foram desafiadores. Para “Versículo 22”, Ricco pretendia lançar antes das eleições do último ano, mas acredita que os empecilhos trouxeram a música no momento certo. Foram necessárias algumas tentativas falhas para que o artista chegasse à equipe perfeita para trazer o projeto à vida.
“Primeiro desafio foi a rejeição do meu produtor, que apresentava convicções contrárias. Respeitei. Segundo, as produtoras devolveram o material várias vezes por não conseguirem cumprir o prazo. E, por fim, encontrei um cara na rua vendendo trufas e ele disse que escrevia rap. Me enviou o contato do produtor dele e aí tudo fluiu”, conta Ricco.
O nome da música faz referência ao versículo 22, do capítulo 18, livro de Levítico: “um homem não pode se deitar com outro homem como se fosse mulher, pois isso é abominação”.
Videoclipe
No domingo (30), que é dia de culto, o cantor divulgou o tão polêmico videoclipe gravado no mês do orgulho que responde aos ataques feitos.
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Ricco teve o privilégio de ter sua mãe no audiovisual de “Versículo 22”. Além do apoio e participação de amigos para figuração, roteiro, organização geral, figurino, caracterização e maquiagem. Muito além de entregar o clipe, compartilhar esse momento com pessoas próximas, representa a comunidade amor e incentivo que se cria ao redor da arte, independente da sexualidade.
“Depois de Lil nas X dançar no colo do diabo, Sam Smith com o álbum, Gloria fazer várias referências à igreja e ao inferno, me sinto audacioso por falar sobre as igrejas evangélicas e o ‘pecado’ homoafetivo”, conclui o artista.
Aprofundando nas raízes musicais do Maranhão, a cantora Iuna Falcão apresenta seu novo disco Umami, trazendo melôs, radiolas e mistérios da noite. Após o impacto do seu último álbum, Transe, em que se reconectou com a pulsação dos ritmos tradicionais de São Luís como o Tambor de Crioula, Bumba Meu Boi e Tambor de Mina, agora Iuna volta seus ouvidos e coração para outro alicerce da identidade cultural maranhense: o reggae, ritmo que hoje vem sendo resgatado por grandes nomes da música nacional, como IZA e MC Cabelinho.
Umami é construído com texturas densas, linhas de baixo envolventes e ambiências carregadas de reverberação, evocando o mistério e o magnetismo do reggae roots jamaicano, adubado pelo sotaque e calor maranhense. Para formar toda a potência do álbum, Iuna reuniu grandes nomes do ritmo às novas revelações: Sued Nunes, Jadsa Castro, Núbia, Anelis Assumpção, Curumin, e o multi-artista nigeriano, CEF ASHANTA.
Umami é uma ode à noite ludovicense (de quem nasce em São Luís), às radiolas que embalam os bailes ao ar livre e aos melôs, como são conhecidos os clássicos do reggae popularizados no Maranhão. “Escolhi a dedo as participações, porque queria que tivesse não só um sentido estético no qual trabalhamos neste projeto, mas um senso emocional, visto que sou grande admiradora de todos eles”, diz Iuna.
O álbum começa com Convite, composição em parceria com Lucas Cirillo e que se apresenta de fato como um convite ao início dessa aventura noturna, que é onde se passa o universo do filme. Já Feminina, apresenta sua parceria com CEF ASHANTA, trazendo a influência da cultura popular, afrobeat, soul, e reggae; misturando ritmos de raiz com melodias universais. “Cheguei ao CEF ASHANTA por vontade do tempo, estava procurando alguém que tivesse uma forte personalidade pra somar na letra, e por ordem do acaso, ele me mandou uma mensagem nas redes sociais, logo desenvolvemos uma troca muito legal sobre musicalidade e ali percebi o sentido daquela aproximação, ele prontamente aceitou participar do projeto escrevendo e cantando”.
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Após o interlúdio Que Som!, que traz a potência da parceria com Sued Nunes, a faixa Uh Mammy! traz a primeira composição do álbum com Jadsa, assim como Coração Melão, que conta com a participação da estrela revelação do reggae, Núbia. A canção que dá nome ao álbum, Umami, é uma parceria de composição com Sued e Lucas Cirillo, “essa canção foi o início de todo o projeto, ela nasceu a partir de uma conversa com minha grande amiga Sued, e floresceu até virar esse projeto que mergulha num universo sensorial e sensível, falando dos sabores presentes no amor, de sentimento e das possibilidades que encontramos na madrugada”
Misturando influências de dub, reggae, afrobeat, rap, samba e bossa nova, Anelis Assumpção e Curumin trazem sensualidade para Telepatia. Lençóis apresenta uma alusão ao romântico, mas também as sensações que sentimos a partir do contato com a beleza dos Lençóis Maranhenses, e Seu, uma composição de Mayra Andrade, fecha o álbum com belos arranjos de sopro regados ao ritmo de reggae, e que por ser uma música em criolo, traz essa referência do primeiro disco TRANSE, que correlacionam a cultura maranhense com a cabo verdiana.
IUNA FALCÃO
Iuna é rio negro que corre as águas de um Brasil afroindígena. Original de São Luís do Maranhão, território que integra a região identitária da Amazônia Legal, cresce envolvida sobre o universo musical e percussivo maranhense, de onde vem seu estudo etnomusical. Multiartista, aos 17 anos passa a morar em Salvador para cursar Artes Plásticas na Universidade Federal da Bahia. Os atravessamentos dessa experiência geram uma reaproximação com a música. Em 2022, Iuna Falcão lança seu primeiro EP homônimo, produzido por Lucas Cirillo e bem recebido pela crítica musical.
Com uma poética que versa sobre o amor, as forças da natureza e a ancestralidade, a artista lançou em 2023 seu primeiro álbum “Transe”, produzido por Lucas Cirillo, com participações de Lazzo, Xênia França e Theodoro Nagô. Iuna produz uma música preta contemporânea que propõe sonoridades a partir dos encontros diaspóricos musicais nos territórios ancestrais. Traz a fusão do universo percussivo maranhense em encontro com a Bahia, junto ao jazz, MPB, elementos eletrônicos e referências da black music.
Se apresentou em palcos como a Bona Casa de Música, em São Paulo/SP, Formemus, em Vila Velha/ES, Festival Serasgum, em Belém/PA, Festival Frequências Preciosas, em Salvador-BA, Porto Musical, em Recife-PE, dentre outros.
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A artista abriu os caminhos para Umami com “Coração Melão”, uma obra lançada no último mês em parceria com Núbia, e que honra a tradição do reggae, apontando para uma estética mais ampla, contemporânea e sensorial.
Nos dias 15, 18, 20 e 21 de novembro,Anna Suav leva a sua potência e o seu RAP aos palcos do Sesc RJ com a turnê “Anna Suav: Mulher Negra MC da Amazônia”, em apresentações em São João de Meriti, Tijuca, Petrópolis e Barra Mansa e com participações especiais de Maui e MC Lizzie, a turnê é um percurso que reforça o compromisso da artista em conectar públicos diversos e difundir, através da música, as vozes do Norte e da Amazônia.
Este projeto é realizado através do Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar, iniciativa do Sesc RJ que incentiva a produção artística e cultural em suas diversas manifestações.
Radicada em Belém e nascida em Manaus, Anna se destaca como um dos nomes mais promissores do rap feminino. Sua música nasce das vivências enquanto mulher preta e amazônida, transformando experiências pessoais e coletivas em uma sonoridade que une lirismo, denúncia e afirmação de identidade.
No palco, Anna faz da cultura Hip Hop uma linguagem de resistência e afeto. Com presença intensa e mensagens diretas, ela cria um diálogo potente com o público, convidando-o a refletir sobre temas urgentes – do racismo e machismo à valorização da diversidade e dos territórios brasileiros.
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Destaque que vem ganhando reconhecimento no Brasil e no mundo, Anna Suav foi uma das representantes brasileiras no Festival Trópix de Été, em Marseille, na França, no dia 5 de setembro, data em que se comemorou o Dia da Amazônia. A apresentação integrou uma programação dedicada às expressões artísticas amazônidas no espaço cultural Friche la Belle de Mai, um dos mais emblemáticos da Europa. A viagem resultou em três shows, em Marselha, Paris e Porto, Portugal. “Foi minha primeira mini tour internacional, a primeira vez que saí do Brasil e foi muito significativo para mim estar fazendo isso por meio do meu trabalho, levando a cultura hip-hop brasileira, amazônida, para esse outro espaço. Acho que isso é muito significativo, é uma expansão de público, é uma expansão de vivência. E essa oportunidade se deu por meio de dois processos: primeiramente, do convite da Trópix, que é uma produtora franco-brasileira, e da oportunidade da premiação da FUNART, o qual eu me inscrevi e fui contemplada”, diz.
SERVIÇOS:
Sesc São João de Meriti Data:15 de novembro (sábado) Endereço: Endereço: Av. Automóvel Clube, 66 – Centro, São João de Meriti – RJ, 25515-126 Horário: a partir das 18h Valor: R$ 15 (inteira), R$ 7,50 (meia, convênio e programas parceiros), R$ 5 (credencial plena) e gratuito para público PCG
Sesc Tijuca – participação Maui e Lizzie Data: 18 de novembro (terça-feira) Endereço: R. Barão de Mesquita, 539 – Tijuca, Rio de Janeiro – RJ, 20540-001 Horário: a partir das 19h Valor: R$ 15 (inteira), R$ 7,50 (meia e conveniado), R$ 5 (credencial plena) e gratuito para público PCG
Centro Cultural Sesc Quitandinha – participação Lizzie Data: 20 de novembro (quinta-feira) Endereço: Avenida Joaquim Rolla, 2 – Quitandinha, Petrópolis – RJ, 25651-072 Horário: a partir das 20h Valor: R$ 15 (inteira), R$ 7,50 (meia e conveniado), R$ 5 (credencial plena) e gratuito para público PCG
Sesc Barra Mansa – participação Maui Data: 21 de novembro (sexta-feira) Endereço: Av. Tenente José Eduardo, 560 – Vila Nova, Barra Mansa – RJ, 27320-430 Horário: a partir das 19h30 Valor: R$ 10 (inteira), R$ 5 (meia) e gratuito para credencial plena, PCG e menores de 16 anos
Classificação indicativa: 16 anos (válida para todos os shows da turnê). ATENÇÃO: Todos os ingressos serão vendidos nas respectivas bilheterias (em cada Sesc)
Dando sequência a onda de lançamentos do projeto “É Isso Aí! – Ao Vivo”, o grupo CasaNossa, em parceria com a RadarRecords, apresentam o lançamento da emocionante “Cavalgada”, terceira faixa inédita do álbum, que marca essa nova fase que tem encantado os amantes do samba romântico.
Com uma pegada poética e introspectiva, “Cavalgada” retrata a jornada de alguém que, mesmo diante dos obstáculos da vida, segue firme na busca por um grande amor. A letra, marcada por imagens simbólicas como “nessas nuvens meu destino que se abre pra guiar”, traduz com sensibilidade os sentimentos de esperança, saudade e perseverança — elementos que sempre estiveram presentes no estilo autêntico do Casa Nossa.
A música combina lirismo e melodia suave, resultando em mais um momento marcante dentro do audiovisual, que tem reconectado o grupo com o público e reafirmado sua relevância no cenário do samba e pagode nacional.
O single “Cavalgada”, lançado em parceria com a Radar Records, está disponível na principais plataformas de música como Spotify, Deezer, Amazon Music, entre outras.