Connect with us

Negócios

Combustível mais caro, frete mais pesado: inflação pressiona logística e desafia transporte rodoviário no Brasil

Published

on

Com aumentos nos combustíveis, pedágios e serviços logísticos, setor de transporte de cargas enfrenta uma tempestade de custos, enquanto plataformas como a Transvias ganham protagonismo na busca por eficiência e racionalização dos fretes

O transporte rodoviário de cargas, responsável por mais de 65% da movimentação de mercadorias no Brasil, está sendo diretamente impactado pela combinação de inflação persistente e custos operacionais em alta. A elevação recente nos preços dos combustíveis e serviços logísticos reacendeu a preocupação com o repasse desses custos ao consumidor final e trouxe à tona os desafios estruturais de um setor essencial para a economia nacional.

Dados do IBGE mostram que o grupo “Transportes” foi o segundo com maior impacto no IPCA de 2023, com alta acumulada de 7,14%. A gasolina, item de maior peso individual no índice, subiu 12,09%, enquanto o etanol avançou 17,58%. O óleo diesel, combustível central para o transporte de carga, apesar de ter caído 3,18% no IPCA, ainda custa, em média, R$ 5,94 o litro nas bombas, segundo levantamento da ANP de maio de 2025 — uma redução tímida frente à deflação registrada pela Petrobras nas refinarias (-34,9% desde janeiro de 2023), que não chegou aos postos com a mesma força.

Além dos combustíveis, outros custos também pressionam o setor. As tarifas de pedágio sofreram reajustes de 4,1% neste ano, segundo a ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias). Em rodovias como a Régis Bittencourt e a Fernão Dias, que ligam os principais eixos logísticos do Sudeste ao Sul e Centro-Oeste, os valores superam R$ 100 em viagens de ida e volta para veículos comerciais.

Advertisement

“Estamos lidando com um efeito cascata. O combustível sobe, o pedágio encarece, o custo da manutenção aumenta com a alta de peças — e tudo isso pressiona o valor do frete. Mas não há espaço proporcional para repasse, principalmente em contratos fixos ou no transporte fracionado. Isso reduz a margem e impõe ajustes severos nas operações”, afirma Célio Martins, gerente de novos negócios da Transvias, maior plataforma de conexão entre transportadoras e embarcadores do país.

A busca por alternativas viáveis tem levado o mercado a apostar cada vez mais no modelo de cargas fracionadas, que permite o compartilhamento de espaço em um mesmo veículo por diferentes empresas, diluindo custos e otimizando a malha logística. De acordo com levantamento do Instituto Ilos, o transporte fracionado cresceu 40,05% em 2024, impulsionado pelo e-commerce e pela pulverização de centros de distribuição.

O Transvias, com mais de 12 mil transportadoras cadastradas, registrou um aumento de 39,5% nas buscas por cotações de fretes fracionados em 2024. O número saltou de 693 mil para quase 971 mil consultas na plataforma em um ano, com destaque para a região Nordeste, que teve crescimento de 90,46%. “Estamos vivendo uma descentralização logística. Com o custo de transporte encarecendo, a proximidade entre fornecedor e consumidor se torna mais estratégica, e isso amplia a demanda por rotas novas e transportadoras regionais, algo que o Transvias ajuda a mapear e conectar com eficiência”, explica Martins.

O cenário é desafiador, sobretudo para pequenas e médias transportadoras, que operam com margens estreitas e maior dependência de combustíveis fósseis. Segundo estudo da NTC&Logística, 62% das empresas do setor já relataram redução na rentabilidade no primeiro trimestre de 2025, e 47% afirmaram que estão renegociando contratos ou reduzindo rotas para manter a viabilidade financeira.

Com o avanço da digitalização, plataformas que conectam oferta e demanda de transporte têm ganhado força como uma alternativa para redução de custos administrativos e ganho de escala. É nesse contexto que o Transvias aposta em ampliação de serviços, lançamento de novos produtos e integração com marketplaces e sistemas de gestão logística. A edição mais recente do “Guia Geral dos Transportes” trouxe 20% mais empresas cadastradas em relação ao semestre anterior, ampliando o alcance para 1,4 milhão de rotas no Brasil e Mercosul.

Advertisement

“A logística não pode mais ser reativa. Precisa ser inteligente, conectada e orientada por dados. E essa é a principal transformação que estamos promovendo: dar às empresas uma rede confiável e atualizada para enfrentar o impacto da inflação com inteligência logística”, finaliza Martins.

Continue Reading
Advertisement

Negócios

Natália Oliveira transforma trajetória pessoal em referência no apoio estratégico a mulheres empreendedoras

Published

on

By

A história de Natália Oliveira, 34 anos, fundadora da AnVa, reflete um movimento crescente e necessário no Brasil: o fortalecimento do empreendedorismo feminino com base em estratégias sólidas, suporte emocional e visão de longo prazo. Mãe solo, Natália iniciou sua jornada profissional na confeitaria, mas foi após um episódio de ruptura pessoal — marcado por um golpe financeiro sofrido por parte de seu ex-companheiro — que ela encontrou um novo propósito.

Com uma filha pequena nos braços e diante de um cenário de incertezas, Natália optou por não interromper sua trajetória. Investiu em terapia, autoconhecimento e formação contínua. Essa fase de reconstrução não apenas redefiniu sua visão de futuro, como também a conduziu à fundação da AnVa, empresa voltada ao suporte estratégico de outras mulheres que desejam estruturar seus negócios com mais organização, clareza e intencionalidade.

“Não romantizo o caminho. Empreender sendo mulher, mãe e sozinha é desafiador. Mas é possível. E eu quero mostrar isso com ferramentas reais, não com promessas vazias”, afirma.

https://www.instagram.com/nataliaoliveirass?

Advertisement

Seu trabalho, hoje, está centrado em auxiliar empreendedoras a desenvolverem rotinas mais eficientes, ampliar a visão de negócio e crescer de forma sustentável — sem abrir mão do cuidado com a própria saúde mental e identidade pessoal. Ao oferecer metodologias práticas e orientação estratégica, Natália se consolidou como referência entre mulheres que buscam empreender com propósito, mas sem se perder no excesso de demandas.

A atuação de Natália está em sintonia com dados recentes do Sebrae, que apontam que mais de 50% dos novos microempreendimentos no Brasil são liderados por mulheres, muitas delas movidas pela necessidade, mas cada vez mais conscientes do valor da profissionalização e da gestão.

Com uma abordagem que une experiência prática, escuta ativa e planejamento, a fundadora da AnVa tem se destacado em iniciativas de aceleração, capacitação e redes de apoio entre mulheres. A proposta é clara: empoderar, sim — mas com base em estratégia, estrutura e resultados mensuráveis.

Em um país onde o empreendedorismo feminino ainda enfrenta múltiplas barreiras, o trabalho de Natália Oliveira oferece um contraponto concreto às narrativas idealizadas. Mais do que inspiração, ela entrega direção.

https://www.linkedin.com/me?trk=p_mwlite_feed-secondary_nav

Advertisement

Continue Reading

Negócios

Onda Segura fecha acordos com credores

Published

on

By

Empresa ganha fôlego e prevê expandir os negócios em até 26% até o fim deste ano

A Onda Segura, uma das maiores empresas de garantia locatícia do País, segue em trajetória de expansão, mesmo diante do cenário desafiador imposto ao mercado. A companhia, que acumula 1.200 clientes em 6 estados do país, espera encerrar o ano com um crescimento de 26%.

Com atuação em um mercado desafiador, a empresa, que enfrentou entraves junto a alguns contratos firmados, ressalta que está em processo de recuperação, com acordos fechados com os credores. “Mantemos firmes com o nosso compromisso de transparência e o bom relacionamento, que sempre nortearam nossas parcerias. Neste sentido, fechamos acordos com a maioria esmagadora das imobiliárias parceiras e estamos honrando com o que foi acertado. Seguiremos com a meta de resolver todas as pendências no menor prazo possível”, afirma Douglas Vecchio, CEO da Onda Segura.
O executivo explica que medidas concretas não só para solucionar e honrar todos os acordos, mas também irão fortalecer ainda mais a Onda Segura neste importante mercado de garantia de aluguéis foram adotadas.

Entre as medidas implementadas estão:

Advertisement

• Reajuste nas políticas de análise de crédito, com critérios mais rigorosos para aprovação. Na prática isso estabelece uma maior transparência e segurança na análise de crédito do inquilino, além de verificar os já tradicionais índices de score dos maiores birôs do mercado, como Serasa, SPC, Boa Vista e Quod. Também verificamos dívidas vencidas em bancos, comércios, crediários, financiamentos, protestos em âmbito nacional e busca judicial por despejos e crimes.

• Mudança na forma de pagamento, adaptando-se à nova realidade do mercado. Ou seja, agora o pagamento será via pix, com possibilidade de desconto a depender da ficha do inquilino, além de cartão de crédito em 12 vezes sem juros;

• Readequação do nosso produto, visando maior sustentabilidade e segurança para todos os envolvidos. Isso significa que a Onda Segura se posiciona novamente como percursor de um mercado novo, mas com enorme potencial de aprendizagem e benefícios para as imobiliárias, proprietários e inquilinos, visando a segurança e proteção do imóvel.

“Estamos cientes do cenário desafiador que atuamos e das preocupações do mercado, mas afirmamos com total convicção: não somos uma empresa que abandona seus parceiros. Temos o compromisso de atuar de forma transparente e respaldada pela Lei do Inquilinato, que prevê responsabilidades as leis vigentes, segurança confiança para as imobiliárias e proprietários, ou seja, nos impõe respeito as boas práticas e à legislação vigente”, diz Vecchio.

A Onda Segura é uma empresa fundada em 2019, na cidade de Navegantes, Estado de Santa Catarina. Seu expertise é o mercado de garantia locatícias e, somente no ano passado, teve um faturamento de R$ 28 milhões.

Advertisement

Formada por cerca de 80 colaboradores, a empresa hoje possui em seu portfólio 1100 imobiliárias atuando nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, e a expectativa é de ampliar sua atuação para outros 4 estados ainda em 2025. Para isso, a empresa tem alocado esforços, nos quesitos de tecnologia, incluindo inteligência artificial em seus sistemas de verificação de análises e sinistros, expansão de equipe, novos escritórios e com um corpo de conselheiros com vasta experiência no setor imobiliário, dos mais diversos segmentos, além de um corpo jurídico sólido e atento as leis que vigoram o setor.

“Temos avenidas para seguir em direção a um crescimento sustentável, por trata-se de um segmento com muitas oportunidades e estamos alocando esforços para que as mesmas sejam captadas pela nossa equipe”, conclui Vecchio.

Continue Reading

Negócios

Empresas deixam de recuperar valores expressivos por não investirem em processos jurídicos e financeiros eficientes; número de inadimplentes bate recorde em 2025

Published

on

By

No Brasil, a inadimplência corporativa alcançou o maior patamar da série histórica. Segundo a Serasa Experian, mais de 7,3 milhões de empresas estavam inadimplentes em março de 2025, totalizando R$ 169,8 bilhões em dívidas acumuladas. O que muitos empresários ainda não perceberam, no entanto, é que parte expressiva dessas perdas poderia ser mitigada ou até revertida com uma estrutura de cobrança bem definida e integrada — algo que ainda falta à maioria das organizações brasileiras.

A avaliação é de Patrícia Maia, CEO do escritório Barbosa Maia Advogados, especializado em recuperação de crédito e estruturação jurídica de negócios. “A ausência de um modelo estruturado de cobrança — que envolva desde uma análise preventiva de risco até estratégias judiciais para recuperação de débitos — faz com que bilhões de reais deixem de retornar ao caixa das empresas”, afirma a advogada.

Enquanto grandes companhias como Petrobras e Vale desenvolveram times internos robustos para contestar tributos indevidos e buscar créditos fiscais — com resultados que ultrapassam R$ 30 bilhões recuperados nos últimos anos —, as pequenas e médias empresas representam o maior gargalo desse ecossistema, principalmente por não contarem com orientação jurídica adequada nem ferramentas de gestão de risco.

“É comum encontrarmos empresas pagando altos valores em impostos ou simplesmente abandonando créditos vencidos porque não têm estrutura técnica ou jurídica para lidar com o problema. O que deveria ser tratado como ativo estratégico acaba sendo descartado por falta de conhecimento e planejamento”, explica Patrícia.

Advertisement

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), entre 20% e 30% das empresas no Simples Nacional pagam mais impostos do que deveriam por desconhecimento das regras de compensação tributária. Além disso, grupos empresariais com múltiplos CNPJs frequentemente concentram a cobrança em uma única entidade, perdendo oportunidades de planejamento tributário e de recuperação judicial de débitos.

O custo dessa desorganização é elevado: além da perda financeira direta, há impacto no fluxo de caixa, redução da margem de lucro e aumento do passivo tributário e trabalhista. Em muitos casos, a judicialização é evitada por receio de burocracia, quando deveria ser considerada uma ferramenta estratégica, segundo especialistas.

É nesse cenário que escritórios como o Barbosa Maia vêm ganhando relevância. A banca atua com a premissa de que a recuperação de crédito não é apenas uma reação à inadimplência, mas parte da inteligência financeira do negócio. Isso inclui desde a revisão de contratos e cláusulas de cobrança até a proposição de ações judiciais bem fundamentadas para reaver valores por inadimplemento, tributos pagos indevidamente ou créditos prescritos.

“Nosso trabalho começa com um diagnóstico detalhado da operação da empresa e envolve áreas como jurídico, financeiro, fiscal e contábil. Em muitos casos, só esse mapeamento já revela perdas acumuladas de anos”, destaca Patrícia. O escritório também atua na reestruturação societária e na formação de holdings, o que permite maior controle sobre os fluxos financeiros e melhora a governança nas cobranças entre empresas do mesmo grupo.

O desafio, segundo ela, é cultural. “Durante muito tempo, a cobrança foi tratada como um mal necessário, ou terceirizada sem critérios. Hoje, ela deve ser encarada como parte da estratégia de sustentabilidade da empresa. Não se trata de litigar por litigar, mas de fazer valer direitos muitas vezes esquecidos por pura falta de estrutura”.

Advertisement

Ela ressalta ainda que, com o avanço das ferramentas de análise de crédito e a digitalização de processos judiciais, a recuperação de valores devidos nunca foi tão viável — desde que o processo esteja ancorado em bases técnicas e legais sólidas.

Continue Reading

Mais Lidas

Copyright © TimeOFFame - Todos os direitos reservados