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Preta Brasileira e SEBRAE discutem futuro do empreendedorismo trancista em São Paulo

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Novo encontro já tem data: 27 de outubro no mesmo endereço, inscrições serão anunciadas em breve pelo Instagram da @pretabrasileira

 O salão Preta Brasileira, referência em tranças na zona leste paulistana há 16 anos, promoveu no dia 22 de setembro, em parceria com o SEBRAE um encontro voltado para profissionais de tranças que desejam transformar seu talento em negócio. Realizado na sede do SEBRAE Tatuapé, o workshop gratuito reuniu trancistas de vários bairros e até de outros estados, com a presença de uma participante da Bahia, e discutiu gestão, precificação e inteligência emocional para empreender. A iniciativa destacou que trançar é profissão e negócio, reforçando a importância da formalização em um momento em que o Ministério do Trabalho e Emprego reconheceu a ocupação de trancista e a incluiu na Classificação Brasileira de Ocupações, valorizando uma atividade exercida principalmente por mulheres negras das periferias.

A manhã começou com uma apresentação da Suelen Lima, sócia do Preta Brasileira, sobre como melhorar seu desempenho, falou de técnicas, novidades de mercado e cuidados com os fios. Além de explicar e tirar dúvidas, lembrou que a demanda por tranças cresce em ritmo acelerado e que, neste cenário, é fundamental diferenciar-se pela qualidade e pelo atendimento. Segundo conteúdo do SEBRAE sobre precificação, o setor de beleza apresenta forte crescimento e concorrência, e saber colocar preço no serviço é decisivo para o sucesso do negócio. Por isso, mesmo no momento técnico, já se evidenciava que a excelência profissional anda de mãos dadas com boa gestão.

Na sequência, Leia Abadia, sócia e fundadora do Preta Brasileira, trouxe uma conversa franca sobre empreendedorismo e independência financeira. Ela defendeu que as trancistas entregam identidade, autoestima e futuro e, por isso, devem se posicionar como empresárias, criar oportunidades, divulgar seus serviços e educar a clientela para respeitar horários e orçamentos. Para precificar, explicou, é preciso calcular o custo de materiais, somar o valor da mão de obra baseado em horas trabalhadas, incluir despesas fixas como transporte e internet e aplicar uma margem de lucro que pode variar entre 20 e 30 %, sempre separando a reserva pessoal do caixa da empresa. Além disso, recomendou registrar todos os serviços e buscar formalizar o negócio, pois a informalidade limita a escala e a visão de futuro.

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A última palestra ficou a cargo da consultora do SEBRAE, Andréia Bertolasi, que falou sobre inteligência emocional aplicada ao empreendedorismo. Ressaltou que gerir emoções influencia diretamente a tomada de decisões, o relacionamento com clientes e a motivação das equipes, e que o autoconhecimento ajuda a lidar com pressões e frustrações do dia a dia. Também destacou que cuidar da saúde mental é tão importante quanto dominar técnicas de trançado ou entender de finanças, pois um negócio sustentável exige equilíbrio entre o profissional e o pessoal. A fala serviu como convite para que os presentes invistam em desenvolvimento humano e busquem apoio quando necessário.

O clima de interação marcou o encontro: os participantes trocaram experiências sobre como lidar com cancelamentos, como organizar as finanças e quais estratégias de divulgação funcionam melhor. Houve perguntas sobre tipos de materiais, preços, atendimento, venda, criação de oportunidades e maneiras de otimizar o atendimento, o que gerou uma rede espontânea de apoio entre profissionais que muitas vezes trabalham sozinhas em casa ou em pequenos salões. Para além das palestras, foi uma manhã de conexão, com relatos emocionados e dicas práticas que evidenciaram a potência desse segmento. Como resumiu uma das trancistas ao final do evento, “não é só sobre tranças; é sobre empreender com consciência e construir um legado”.

Iniciativas como essa ajudam a consolidar o reconhecimento profissional das trancistas e mostram que a arte das tranças pode ser um caminho de autonomia e ascensão social. Ao abordar aspectos técnicos, de gestão e de bem‑estar, o Preta Brasileira e o SEBRAE destacaram que empreender no segmento envolve tanto dominar o ofício quanto entender de negócios e cuidar da própria saúde emocional. O encontro reforçou a ideia de que criar preço justo, valorizar o tempo e o saber, formalizar o empreendimento e investir em qualificação são passos essenciais para que as trancistas ocupem seu lugar de direito no mercado e criem novas oportunidades para si e para suas comunidades.

Durante o workshop, as organizadoras também deram um spoiler sobre o IBRAID, primeira beauty tech preta e periférica focada em tranças, identidade e inclusão financeira. O aplicativo, fruto de uma proposta vencedora de hackathon e apoiado pelo hub de impacto social Civi‑Co, pretende conectar trancistas, consumidoras e lojas, promover capacitação e impulsionar a renda de profissionais em todo o país. Em fase de curadoria e construção coletiva, a plataforma será lançada em breve, com uma oportunidade para trancistas, lojistas e aliados participarem desde o início dessa rede.

Sobre o Preta Brasileira

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O grupo Preta Brasileira é um hub de negócios com foco em diversidade e inclusão que atua em capacitação, mentorias e treinamentos, oferecendo ainda um mix de produtos e serviços em estética e beleza. Fundado por Leia Abadia a partir do Salão de Beleza Preta Brasileira, idealizado em 2007 e inaugurado em 2010 para valorizar a estética afro e cacheada, o empreendimento expandiu-se para unidades em bairros majoritariamente negros e criou o braço social Preta Brasileira Cultural para promover ações culturais e de impacto social.

SEBRAE

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) é uma entidade privada sem fins lucrativos dedicada a incentivar o empreendedorismo e fortalecer pequenos negócios no Brasil. Com programas de capacitação, estímulo à competitividade e à sustentabilidade, o SEBRAE apoia quem deseja iniciar, crescer ou reinventar sua empresa, oferecendo orientação e serviços que ajudam a criar um ambiente favorável às micro e pequenas empresas.

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Negócios

Procura por seguros de automóveis recua 4% em agosto

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Levantamento feito pela Neurotech revela o impacto do número menor de dias úteis no mês

A demanda do mercado brasileiro de seguros de automóveis teve queda de 4,19% em agosto, em relação ao mês de julho. Na comparação anual, contra agosto de 2024, o recuo foi de 7,34%. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS), que mede mensalmente o comportamento e o volume das consultas na plataforma da Neurotech, empresa pioneira em soluções de inteligência artificial aplicadas a seguros e crédito.

Este cenário tem reflexo direto do mercado de veículos novos que, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), apresentou retração de 6,74% no número de emplacamentos em agosto ante julho, considerando autos e comerciais leves. Contra agosto do ano passado, a queda nos registros de veículos novos dessas categorias caiu 4%.

Daniel Gusson, head comercial de Seguros da Neurotech, lembra que o mês de agosto teve menos dias úteis (21) em relação ao mês anterior (23), o que impacta consideravelmente o Índice. “Justamente pelas boas perspectivas da Fenabrave para o restante do ano e o aquecimento recente do mercado de veículos novos, esses dois dias a menos fazem muita diferença quando realizamos a comparação. Ainda assim, a projeção de crescimento do mercado ao final de 2025 se mantém acima de 5%, o que é um ótimo sinal para as seguradoras.

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Ainda sobre os dados da Fenabrave, foi observado que as vendas no varejo tiveram uma queda de 9% em agosto comparado com julho do mesmo ano, enquanto as vendas diretas (Frotistas e Locadoras) tiveram um crescimento de 1,7% nos emplacamentos de veículos novos.

Financiamentos recuam

Dados do SNG (Sistema Nacional de Gravames) divulgados pela B3 também mostram leve queda nos financiamentos de veículos. Considerando apenas autos e comerciais leves, tanto novos quanto usados, no mês de agosto houve recuo de 4,5% na comparação anual e de 5,6% contra julho deste ano. Foram cerca de 427  mil unidades financiadas.

Informações do Mercado de Seguros

Dados disponíveis no site  da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) demonstram que o mercado de seguros no Ramo de Automóvel gerou R$28,8 bilhões de prêmio emitido entre os meses de janeiro a junho de 2025 com crescimento de 5,8% em relação ao ano passado, que foi de R$27,2 bilhões. A sinistralidade melhorou, saindo de 59,9% no ano anterior para 59,7% no mesmo período analisado.

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Sobre o INDS

O Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS) abrange o universo das principais seguradoras brasileiras e mensura o apetite do brasileiro a assegurar o seu automóvel. Nem todas as milhões de consultas mensais registradas se transformam em apólices contratadas, pois o processo depende de fatores como o perfil da pessoa que está fazendo a solicitação, o apetite ao risco da seguradora e se há ou não indícios de fraude.

Sobre a Neurotech

A Neurotech é uma empresa B3 especialista na criação de soluções avançadas de Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data que transformam um mundo de dados dispersos em informações relevantes para que as empresas obtenham resultados expressivos, prevendo novas oportunidades de negócios. Com uma bagagem de mais de 20 anos e expertise em Inteligência Artificial, Analytics e Ciência de Dados, a Neurotech já implantou mais de 1.000 soluções que ajudaram gestores e empresas a transformarem dados em melhores decisões nos mercados de crédito, varejo, seguros, financeiro, saúde e telecom.

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Com R$ 25 mi em 2024 e Top 50 Hotmart, Vitor Esprega avança como referência em educação e marketing digital

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CEO da Pandora Educação, Vitor Esprega atende três perfis em alta demanda: quem quer começar um negócio, quem já começou e precisa de direção, e quem quer escalar com método e lucro. A estratégia vem ancorada por resultados recentes: R$ 25 milhões em faturamento em 2024 e inclusão da Pandora Educação entre as Top 50 maiores empresas de marketing digital do mundo pela Hotmart (2024).

Com atuação que combina negócios e marketing digital com disciplina e performance, Esprega sustenta uma proposta pragmática: estrutura antes de escala, execução como diferencial competitivo e lucro como métrica central. O foco é destravar iniciantes e acelerar operadores já em atividade, conectando estratégia de produto, tração comercial e maturidade de gestão.

A Pandora Educação reúne frentes de educação, marketing digital, treinamentos corporativos, palestras e editora. Em 2024, além do faturamento, a presença no ranking global da Hotmart consolidou a empresa no radar internacional do setor, destacando a operação brasileira pelo desempenho e consistência.

Professor de Psicanálise e Teologia e pós-graduado em Neurociência, Vitor traduz linguagem técnica em rotinas aplicáveis de decisão estratégica, marketing e gestão — base da sua agenda como palestrante e mentor estratégico de negócios.

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Entre os temas mais demandados estão:
– Começar e validar: do zero ao primeiro ciclo de vendas com clareza e baixo risco.
– Escalar com método: produto, oferta, funil e operação orientados a lucro.
– Disciplina que imprime resultado: rotina, energia e foco a serviço do caixa.
– Marketing digital sem misticismo: do posicionamento à conversão mensurável.

Vitor Esprega atua como palestrante e mentor estratégico de negócios auxiliando empresários, C-levels e líderes a terem uma visão mais ampla do mercado e lógicas de decisões mais rápidas e efetivas que podem fazer grande diferença no mundo dos negócios.

(Fotos: Divulgação)

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Comunicação no Brasil vive fase de transição, diz CEO da HI Assessoria

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O mercado brasileiro de comunicação corporativa movimentou cerca de R$ 5,3 bilhões em 2024, segundo o Anuário da Comunicação Corporativa. O dado confirma a expansão de um setor que enfrenta o desafio de se adaptar a um ambiente em que imprensa, redes sociais e imagem institucional precisam atuar de forma integrada.

Para Isadora Oliveira, CEO da HI Assessoria, a comunicação segmentada deixou de atender às novas demandas. “Quando a narrativa de uma instituição aparece diferente na imprensa e nas redes sociais, a credibilidade é comprometida. Hoje, reputação precisa ser construída de forma coerente em todos os canais”, afirma.

Fundada em 2022, a HI Assessoria surgiu em São Paulo com essa proposta de integração. Em pouco tempo, a agência passou a desenvolver projetos também no exterior, incluindo iniciativas na Coreia do Sul e nos Emirados Árabes Unidos. O movimento acompanha a tendência de agências brasileiras de médio porte que buscam inserir seus modelos de atuação em mercados globais.

Analistas apontam que trajetórias como a de Isadora Oliveira simbolizam uma mudança geracional no setor. Se antes a comunicação se limitava à divulgação, hoje ganha contornos de gestão de reputação, em um ambiente marcado pela fragmentação da informação e pela disputa pela atenção pública.

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