(Encontro acontece na sede do MCI, na zona oeste da capital. Foto: Leandro Karaí Mirim/acervo MCI)
Narrativas mostrarão a diversidade cultural dos povos indígenas brasileiros e ensinamos transmitidos ao longo de gerações; a participação é gratuita com retirada de ingresso no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/
Histórias de arrepiar e acelerar o coração de medo serão contadas no Dia das Bruxas (31/10, às 19h), no Museu das Culturas Indígenas — instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.
O medo e a fantasia se misturam nas lendas indígenas brasileiras compartilhadas pelos mestres de saberes – indígenas do Núcleo Educativo do MCI. As histórias buscam explicar fenômenos da natureza e a presença de entidades sobrenaturais que protegem as espécies que vivem na mata.
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Culturalmente, as lendas são transmitidas oralmente entre gerações e são fundamentais para preservar a identidade dos povos indígenas. Trazem ensinamentos sobre a relação harmoniosa com a natureza e refletem as cosmovisões das diferentes etnias. Conheça lendas indígenas do folclore brasileiro
Protetora da fauna, a caipora é uma entidade mística retratada tanto como homem quanto como mulher. Com cabelos avermelhados, orelhas pontudas e baixa estatura, seus poderes envolvem despistar caçadores e ressuscitar animais. O nome caipora vem de kaa-póra e siginifica “habitante do mato”.
Assim como a caipora, o curupira é um protetor da natureza. Com cabelos de fogo e pés voltados para trás, o ser lendário faz com que caçadores se enganem e se percam durante a busca. Seu nome vem do Tupi-Guarani com possível significado de “corpo de menino”. Os primeiros relatos na literatura sobre a lenda datam do século XVI e foram escritos pelo padre José de Anchieta.
A lenda da mandioca conta a história de uma jovem indígena que desejava engravidar, mas não tinha marido. Certa noite, ela sonhou que um homem loiro descia da lua para visitá-la, dizendo que a amava. Após um tempo, a jovem aparece grávida e nasce uma menina com a pele muito branca, chamada Mani.
Ela era amada por todos na aldeia, brincava e se divertia. Um dia, Mani amanheceu sem vida e sua mãe arrasada a enterrou dentro da oca – todos os dias, ela chorava sobre o local e a terra era regada com suas lágrimas. De repente, um arbusto brotou no lugar e uma raiz, que após ser descascada, mostrou um alimento branco como a pele de Mani.
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O nascimento de uma criança saudável e amada por todos originou a lenda do guaraná, que conta a história de um casal cujo maior sonho era ter um filho e pediram ao deus Tupã que enviasse um menino.
Isso despertou a inveja de Jurupari, o deus das sombras, que se transformou em uma serpente e picou o garoto enquanto ele colhia frutos na mata. Tupã enviou trovões para alertar seus pais, mas de nada adiantou e o garoto foi encontrado sem vida.
Todos lamentaram a morte e Tupã ordenou que seus olhos fossem plantados em um lugar especial, nascendo uma árvore diferente com um fruto exótico: o guaraná.
SERVIÇO
Contação de Histórias MCI: Histórias Assustadoras Indígenas
O céu do Rio de Janeiro testemunhou, no último fim de semana, um encerramento à altura de um dos festivais mais simbólicos da cidade. O TIM Music Noites Cariocas 2025 (@timmusicnoitescariocas) transformou o Morro da Urca novamente em um verdadeiro templo da música brasileira, reunindo público diverso, artistas emblemáticos e uma curadoria que reverencia o passado, celebra o presente e aposta no futuro da nossa sonoridade.
Na sexta-feira (14), o clima era de folia. Durval Lelys (@durvallelys) , ícone do axé, conduziu a plateia por um set list repleto de hits imortalizados por sua voz nos tempos de Asa de Águia. A festa foi completa, com confete imaginário e saudade das micaretas dos anos 90 – tudo atualizado pela pegada irreverente que só Durval sabe imprimir. “Dança do Vampiro”, “Quebra Aê” e “Eva” foram cantadas a plenos pulmões por uma multidão que não parou um segundo.
Fechando com chave de ouro, o Monobloco (@monoblocooficial) assumiu o palco e levou o público a um desfile sonoro pelos carnavais do Brasil, misturando Jorge Aragão, Tim Maia, Jorge Ben, Cazuza, Lulu Santos e muito mais com sua batida característica, onde tudo vira samba. A potência percussiva do coletivo levantou até quem achava que já não tinha mais fôlego. Era impossível não dançar. Era impossível não sorrir.
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Já no sábado (15), a noite começou com a performance intimista e cheia de presença da cantora MANDA (@eumanda), que, sozinha no palco, provou por que é uma das vozes mais promissoras da nova cena. Alternando entre instrumentos e estilos com fluidez, ela conduziu o público por uma jornada afetiva que passou por Lauryn Hill, Djavan e composições autorais como seu maior sucesso, a canção “Coragem”, dentre outras do seu repertório. A artista emocionou, surpreendeu e arrancou aplausos sinceros ao mostrar que seu trabalho.
Na sequência, Adriana Calcanhotto (@adrianacalcanhotto) trouxe a sutileza de sua poesia com a força de quem sabe dominar o palco com a simplicidade do violão e a profundidade de letras atemporais. Alternando sucessos e canções de seu álbum “Errante”, a artista entregou um show elegante, intimista e impactante, com momentos de pura contemplação por parte do público.
Fechando a noite com explosão de energia, Daniela Mercury (@danielamercury) transformou o Morro em um trio elétrico suspenso entre o céu e o mar. A rainha do axé mostrou por que seu nome permanece relevante por mais de três décadas: repertório afiado, presença avassaladora e uma entrega artística que mistura dança, discurso, alegria e performance. O público cantou em coro sucessos como “O Canto da Cidade” e “Rapunzel”, numa catarse coletiva que sintetizou o espírito do festival: liberdade, brasilidade e celebração.
Com quatro fins de semana intensos, o TIM Music Noites Cariocas provou porque é um dos eventos mais esperados do ano. A cada edição, reafirma seu papel como ponte entre gerações, gêneros e geografias sonoras, mantendo-se fiel à alma plural do Rio. No alto do Parque Bondinho Pão de Açúcar, cercado de história, natureza e cultura, o festival mais uma vez entregou o que prometeu — uma experiência musical inesquecível, com o DNA da cidade.
Samuel Rosa, Mart’nália, Supla, Barão Vermelho e Lobão dão o tom do primeiro fim de semana do festival que celebra a música brasileira em um dos cenários mais icônicos do país
Fotos. Gabi Netto (@gabinettooo)
O Tim Music Noites Cariocas 2025 iniciou com força total neste fim de semana, nos dias 6 e 7 de junho, no lendário palco do Morro da Urca, unindo gerações, estilos e histórias que ajudam a contar a trajetória da música brasileira. Um encontro entre a tradição e a reinvenção sonora, com vista para um dos cartões-postais mais simbólicos do Brasil.
Uma noite de poesia, suingue e melodias que marcaram época A estreia do festival trouxe ao palco duas vozes fundamentais da MPB e do samba contemporâneo. Samuel Rosa, ex-vocalista do Skank, apresenta um repertório que costura hits imortais como “Resposta”, “Sutilmente” e “Vou Deixar”com sua nova fase solo, misturando pop, groove e lirismo em um espetáculo envolvente com canções do novo álbum chamado Rosa.
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Na mesma noite, a plural e carismática Mart’nália levantou o público com sua pegada única em seu mais novo show ‘Pagode da Mart’nália’— com alma, suingue carioca e canções cheias de vida e afeto, como “Coração radiante”, “Sem abuso” e outras releituras sempre surpreendentes de clássicos do samba e pagode.
Guitarras afiadas, atitude e rock nacional em alta voltagem O sábado foi uma explosão de energia e atitude com três nomes que carregam a alma do rock brasileiro:
O sempre irreverente Supla abriu a noite com seu punk tropical cheio de personalidade e irreverência, com canções como “Garota de Berlim” e “Humanos”.
Na sequência, o Barão Vermelho trouxe sua trajetória de hinos que moldaram o rock nacional, como “Pro Dia Nascer Feliz”, “Bete Balanço” e “Por Você”, em um show que uniu intensidade e emoção.
Fechando com chave de ouro, o polêmico e provocador Lobão sobiu ao palco com seu repertório afiado e sua postura contestadora, prometendo um set visceral com faixas como “Vida Louca Vida”, “Me Chama” e “A Vida É Doce”.
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Música brasileira com vista para o infinito
Com curadoria refinada e proposta de valorização da produção nacional, o Tim Music Noites Cariocas se consolida como um dos festivais mais relevantes do calendário cultural do Rio de Janeiro. O projeto, que une música de qualidade, cenário histórico e experiência imersiva, busca reforçar a potência da arte brasileira em espaços que são patrimônio afetivo e cultural da cidade — como o Morro da Urca, berço de tantos momentos marcantes da cultura carioca e do país.
Além dos shows, o festival também aposta em infraestrutura de excelência, gastronomia selecionada, cenografia sofisticada e ações de sustentabilidade e acessibilidade, pilares que fazem do Fim Music uma experiência completa.
TIM MUSIC NOITES CARIOCAS 2025 Parque Bondinho Pão de Açúcar Avenida Pasteur, 520 – Botafogo, Rio de Janeiro Site: https://www.ingresso.com/espetaculos/noites-cariocas TIM Music Noites Cariocas – Ingresso.com Parque Bondinho Pão de Açúcar. Avenida Pasteur, 520 – . Botafogo, Rio de Janeiro – RJ. 22290-240 https://www.ingresso.com Possui Acessibilidade Capacidade: 2100 Idade mínima: 18 anos Abertura do evento: às 21h30 Horário dos shows: Primeiro show: 22h / Segundo show: 00h30 / 01h
LINE UP TIM MUSIC NOITES CARIOCAS Próximos shows
13 de junho – Sexta-feira – Monobloco e Durval Lelys 14 de junho – Sábado – Manda, Adriana Cal
Na próxima sexta-feira, dia 6 de junho, o cantor e compositor paraense Breno Branches lança seu aguardado álbum “eu; quando” em todas as plataformas digitais. Composto por nove faixas, o disco representa uma nova fase do artista, marcado por um indie rock alternativo que flerta com a guitarrada e a estética “feel good” em paisagens sonoras leves, com arranjos que remetem à disco music e o boogie brasileiro dos anos 80 e 90, sem perder o frescor da nova MPB.
Produzido em parceria com o britânico Buster Field (conhecido por trabalhos com Paul McCartney e The Cherry Bombz), o álbum equilibra batidas dançantes, melodias nostálgicas e letras poéticas, que abordam temas cotidianos como ansiedade, rotina, nostalgia e liberdade com leveza e humor. Longe das temáticas tradicionais da música popular, ‘eu; quando’ é um convite à contemplação da rotina: “Da leveza de um bom dia, da exaustão da rotina ao desejo de fuga para o mato, do medo do futuro aos pequenos momentos de felicidade”, explica Breno Branches.
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Entre as faixas do novo álbum, destacam-se a já viral “Patience (Is The Key)”, que ultrapassou quatro milhões de visualizações nas redes, e seu último lançamento, “Foi Mal (Me Atrasei)”, que conta com mais de 22 mil plays no streaming e integra playlists editoriais como “Alt BR” e “Flora”. “eu;quando” ainda apresenta seis faixas inéditas, incluindo o novo single “Do Mar (Até Amanhecer)”, uma composição introspectiva escrita durante o nascer do sol em Belém do Pará, após o último show da turnê nacional de Breno, que nasce como um convite à contemplação, à fuga e ao recomeço. “É uma metáfora sensível sobre o desejo de se desconectar do caos cotidiano e encontrar refúgio na natureza, no silêncio e em outras paisagens – internas e externas”, explica o cantor.
Produzida nos estúdios de Buster Field, em Londres, “Do Mar (Até Amanhecer)” traz um tom poético, com elementos sutis e envolventes que ampliam a sensação de imersão, mas sem perder o frescor melódico e a leveza que conecta o ouvinte desde os primeiros acordes. “É como mergulhar – em si mesmo, no mar, ou em um tempo mais lento. É uma faixaparaquembuscapausa,reinvençãoebelezanosimples”, diz Breno Branches.
Com letras bem construídas e melodias cativantes, o álbum também reúne momentos introspectivos como em “It’s a Shame” e histórias curiosas como em “Diz Pra Mim”, que ganhou nova versão e já integrou playlists oficiais do Spotify e virais no TikTok. “’eu; quando’ é, acima de tudo, sobre estar vivo e tentar rir disso sempre que possível”, finaliza o artista.
Breno Branches, que já passou por palcos internacionais como o BRIDGE Festival (Barcelona) e o Sofar Sounds Madrid, traz para este trabalho a maturidade de quem produz, compõe e interpreta cada detalhe da própria arte.
SOBRE BRENO BRANCHES
Com nove anos de carreira, Breno Branches é um artista de Belém-PA que tem se destacado na música independente brasileira. Formado em Arquitetura, o cantor e compositor se apaixonou pela música ainda na infância. Compositor, produtor e autodidata, intérprete de todos os instrumentos em suas canções, ele traz leveza e bom humor em sua trajetória, definida como “feel good indie”. Autoproduzido, seu single “Patience (Is The Key)” viralizou nas redes sociais, recebendo elogios de artistas como Xamã e Kell Smith. Com som leve, guitarras suaves e um baixo marcante, Breno já passou por Portugal, Argentina e Espanha, além de cidades brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro, e já foi headliner em festivais como o Agosto Pro Rock (Belém-PA), Salada Autoral (Joinville-SC) e Festival Risoflora (PR).
Álbum “eu;quando” – Breno Branches TRACKLIST
Energia
Do Mar (Até Amanhecer)
Diz Pra Mim
foi mal (me atrasei)
Hoje É Um Dia Bom
It’s a Shame
STOP TALKING TO ME!!
Patience (Is The Key)
parecequevocêvaiacabarcomaminhavida
FICHA TÉCNICA ÁLBUM
Composição e arranjos: Breno Branches Produção musical: Buster Field e Breno Branches Mix/Master: Buster Field (@theenglishdisco) Bateria: Fabián Carrión Troya
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Produção artística: Rosa Paiva e Cítrica Casa Criativa Label: WORKAMUSIC