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O Desafio das Construções Modulares no Brasil e Sua Importância em Situações de Desastre

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As construções modulares estão ganhando destaque global como uma solução eficiente para a reconstrução rápida após desastres naturais. Contudo, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos para a implementação ampla dessa tecnologia, especialmente evidenciado pela recente tragédia no Rio Grande do Sul.

As vantagens das construções modulares são notáveis. Estudos indicam que esse método pode acelerar o tempo de conclusão de projetos em até 50% comparado aos métodos tradicionais de construção. A modularidade permite que unidades sejam pré-fabricadas em fábricas e montadas no local em questão de dias, reduzindo significativamente o tempo necessário para que comunidades devastadas retomem suas atividades normais.

“A construção modular poderia transformar a forma como respondemos a desastres no Brasil, mas enfrentamos barreiras significativas”, destacou Celso Zaffarani, CEO da construtora Zaffarani. “É crucial que haja uma colaboração entre o governo, empresas privadas e a sociedade para superar esses desafios e adotar essa tecnologia de maneira eficaz.”

Benefícios das Construções Modulares

A industrialização da construção civil apresenta várias vantagens. “A industrialização diminui a necessidade de mão de obra no local e aumenta a precisão e a qualidade final do processo construtivo, resultando em uma considerável redução no tempo necessário para a entrega final da obra”, explicou Zaffarani.

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Além disso, a produtividade é muito mais alta com os métodos modulares. “As etapas do processo construtivo são condensadas e otimizadas, possibilitando um avanço significativo em comparação com métodos tradicionais”, acrescentou. Durante uma reunião focada em inovação e produtividade, discutia-se a construção de 3.000 casas e o treinamento necessário para que os moradores pudessem construir suas próprias casas, porém a questão continua tecnicamente uma incógnita para a sociedade e construção civil brasileira. Zaffarani mencionou o método de alta produtividade das construções modulares, destacando sua eficiência e rápida implementação.

Aplicação no Rio Grande do Sul

A recente tragédia no Rio Grande do Sul, causada por enchentes devastadoras, sublinha a urgência de soluções rápidas de reconstrução. “Apesar do potencial das construções modulares, a implementação dessas soluções pode demorar anos devido à falta de preparação e infraestrutura atual”, disse Zaffarani. “A construção modular não apenas permitiria uma resposta rápida, mas poderia ser utilizada em grandes volumes, como no programa Minha Casa Minha Vida.”

Enquanto os módulos e instalações são fabricados, a preparação do terreno e a infraestrutura, como a construção dos radiers, já estão sendo concluídas, prontas para receber os módulos. Esse método de mobilização postergada permite que as atividades no local sejam coordenadas de forma mais eficiente, crucial para otimizar o tempo e os custos envolvidos no projeto.

Impacto Global e Expectativas para o Futuro

Globalmente, o uso de construções modulares tem sido um divisor de águas em regiões propensas a desastres. Após o furacão Maria em 2017, as Ilhas Virgens dos EUA utilizaram construções modulares para rapidamente restabelecer instalações de saúde essenciais. De maneira semelhante, na China, um hospital de 1.000 leitos foi construído em apenas 10 dias durante a pandemia de COVID-19, demonstrando a capacidade dessas construções de fornecer soluções rápidas e eficazes em tempos de crise.

“Essas experiências internacionais evidenciam que, com a preparação adequada, o Brasil poderia adotar e adaptar essas práticas para melhorar significativamente sua capacidade de resposta a desastres”, apontou Zaffarani. “A transformação necessária para a adoção das construções modulares no Brasil inclui investimentos em tecnologia, capacitação de mão-de-obra e mudanças regulatórias. Com esses avanços, o país estaria mais bem equipado para enfrentar e superar desastres naturais futuros, minimizando o impacto sobre as comunidades afetadas.”

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Sobre a Zaffarani

A Zaffarani é uma construtora especializada em empreendimentos exclusivos, conhecida por seus projetos inovadores e de alta qualidade. Com uma sólida reputação no setor, a empresa se destaca pelo seu compromisso com a excelência e a atenção aos detalhes em cada empreendimento que realiza.

Fundada com a missão de redefinir os padrões de construção no Brasil, a Zaffarani combina tecnologia de ponta com um design sofisticado e sustentável. Seus projetos são marcados pela exclusividade, incorporando as últimas tendências em arquitetura e design, além de soluções ecoeficientes que atendem às demandas dos clientes mais exigentes.

“A construção modular promete revolucionar a forma como os empreendimentos exclusivos são desenvolvidos”, afirma Zaffarani. “Nosso objetivo é sempre estar à frente, oferecendo não apenas imóveis, mas experiências únicas e personalizadas para nossos clientes.”

A Zaffarani também é reconhecida por seu impacto positivo na comunidade, investindo em projetos que promovem a sustentabilidade e o desenvolvimento urbano responsável. Com uma equipe altamente qualificada e dedicada, a construtora continua a elevar os padrões do mercado imobiliário no Brasil.

Para mais informações, visite o site oficial da https://zaffarani.com.br/

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PL 4/2025: Quatro mudanças no Código Civil que prometem dar respaldo jurídico ao síndico (e aliviar conflitos no condomínio)

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Expulsão de moradores antissociais, proibição de hospedagens curtas, multas maiores por inadimplência e fim do desconto antecipado. Especialista entrega números que mostram por que essas medidas podem vir a tempo.

O Brasil tem mais de 13,3 milhões de endereços em condomínio, o que corresponde a mais de 12% do total de domicílios do país, conforme dados do IBGE de 2022.  Com esse universo tão grande, conflitos cotidianos — barulho, inadimplência, uso irregular de áreas comuns — acabam se acumulando, gerando desgaste para moradores e síndicos.

É nesse contexto que o Projeto de Lei 4/2025 propõe atualizações importantes no Código Civil, com quatro medidas que podem dar respaldo jurídico claro a quem tem de gerir condomínios: expulsão de condôminos antissociais, regulação de hospedagens por dias, aumento das multas para inadimplência e fim do desconto para pagamento antecipado.

Dados que reforçam a urgência:

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  • Em outubro de 2024, a inadimplência média da taxa de condomínio em todo o Brasil foi de 13,84%, segundo a plataforma Superlógica.
  • Em junho de 2025, esse índice estava em 7,19%, o maior registrado nos últimos 13 meses. 
  • O valor médio da taxa de condomínio subiu 8,9% entre janeiro e outubro de 2024, superando bem a inflação (IPCA ~ 3,9%) no mesmo período. 
  • A quantidade de condomínios no Brasil ultrapassa os 520 mil empreendimentos, com cerca de 80 milhões de pessoas vivendo nesses espaços.

Cristiano Pandolfi, advogado com larga atuação em Direito Condominial, vice-presidente da ANACON, diz que essas mudanças podem trazer respaldo legal necessário para situações que hoje ficam no limbo:

“Quando um morador com comportamento antissocial perturba repetidamente a vizinhança, não bastam multas sem clareza ou instrumentos fracos de repreensão. O PL 4/2025 propõe que, em assembleia com quórum adequado e decisão judicial, exista possibilidade de exclusão desse morador. É medida drástica, mas necessária em casos extremos.”

Ele também destaca que a alta inadimplência — com picos que ultrapassam 13% — compromete serviços básicos no condomínio, gastos com pessoal, manutenção e segurança. “Sem cobranças eficazes, a gestão fica no vermelho”.

 Principais propostas do PL 4/2025

  1. Expulsão de condômino antissocial — assembleia qualificada + homologação judicial;
  2. Proibição de hospedagem por diárias, via plataformas, se definido em convenção ou assembleia;
  3. Aumento das multas para inadimplência, com possibilidade de percentuais maiores, desde que previstos na convenção;
  4. Fim do desconto para pagamento antecipado, buscando isonomia e previsibilidade financeira.

💡 Dicas de Cristiano do que síndicos já podem fazer para se preparar

  • Revisar a convenção condominial à luz das novas propostas;
  • Comunicar de forma clara aos moradores quais normas já vigem e o que pode mudar;
  • Estabelecer políticas internas provisórias para multas, advertências, assembleias informativas;
  • Buscar assessoria jurídica para garantir que práticas estejam em conformidade legal;

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Seleção de cultivares e a busca por maior valor nutricional

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*João Henrique Kozlik Schumaikel

A seleção de cultivares, tradicionalmente conduzida ao longo de séculos pela prática agrícola, continua sendo um dos pilares da inovação no campo. Como profissional atuante há mais de 25 anos no setor hortícola, defendo que este método, ainda que considerado clássico, é uma das mais consistentes ferramentas para chegarmos a cultivares com maior teor vitamínico e melhor qualidade nutricional.

Ao observar a evolução das espécies cultivadas, nota-se que o processo de seleção, baseado na observação empírica e na reprodução controlada, tem permitido avanços significativos em características como produtividade, resistência a pragas e doenças, além do sabor. Contudo, na minha avaliação, o maior desafio e, ao mesmo tempo, a maior oportunidade para o futuro está no desenvolvimento de variedades com teores mais elevados de vitaminas e compostos bioativos, capazes de contribuir para uma alimentação mais saudável.

Esse caminho não é novo. A história agrícola mostra que o ser humano sempre buscou plantas que melhor se adaptassem ao seu consumo. No entanto, ao longo do tempo, a prioridade comercial acabou privilegiando atributos como rendimento e durabilidade pós-colheita, muitas vezes em detrimento do valor nutricional. Em minha opinião, retomar o equilíbrio entre produtividade e nutrição é uma necessidade urgente, não apenas para atender à demanda do mercado, mas também como uma contribuição direta à saúde pública.

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Na prática, a seleção tradicional de cultivares pode ser direcionada por meio de cruzamentos entre variedades com características nutricionais desejáveis, avaliadas em ensaios de campo e testes laboratoriais. É um processo mais lento do que o uso de biotecnologia avançada, mas que preserva a aceitação do consumidor e respeita legislações mais restritivas em relação a organismos geneticamente modificados. Além disso, a seleção convencional permite o aproveitamento da biodiversidade natural, aspecto fundamental para manter a sustentabilidade do sistema agrícola.

Vejo que esse processo precisa ser acompanhado de políticas públicas e incentivos à pesquisa. Universidades e centros de pesquisa podem atuar em conjunto com o setor produtivo, não apenas para ampliar o portfólio de cultivares, mas também para medir cientificamente o impacto nutricional dessas variedades na dieta da população. Um tomate com maior teor de licopeno, ou uma alface com maior concentração de vitaminas do complexo B, são exemplos concretos de como a escolha varietal pode transcender o campo e impactar diretamente a saúde coletiva.

Portanto, acredito que a seleção tradicional de cultivares continua sendo uma ferramenta essencial e de grande relevância acadêmica. Ela nos mostra que inovação não significa, necessariamente, abandonar métodos consagrados, mas sim revisitar e aperfeiçoar técnicas que já provaram sua eficácia. A agricultura, afinal, é um campo onde tradição e ciência caminham lado a lado, e é nesse ponto de encontro que podemos encontrar cultivares mais nutritivos, acessíveis e sustentáveis.

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Formalidade é essencial na comunicação do Judiciário, mesmo com empatia, alerta especialista

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Após polêmica em audiência de custódia em Inhumas (GO), o especialista em comunicação jurídica Carlos André Pereira Nunes reforça que a formalidade e impessoalidade são importantes para preservar a credibilidade das decisões

O vídeo de uma audiência de custódia em Inhumas (GO), divulgado nas redes sociais na última segunda-feira (8/9), gerou debate sobre os limites da linguagem usada por magistrados. Na gravação, a juíza Mônica Miranda reconhece um dos investigados por porte ilegal de arma de fogo e, sorrindo, diz: “Você aqui de novo?!” O caso, ocorrido em maio, envolve um réu que já responde por homicídio, segundo dados do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

Para o advogado e especialista em comunicação jurídica Carlos André Pereira Nunes, episódios assim expõem um desafio contemporâneo: equilibrar empatia e linguagem acessível com a formalidade exigida pela magistratura. “A linguagem simples e a empatia são fundamentais para aproximar o Judiciário do cidadão. Mas a Lei Orgânica da Magistratura e a própria tradição jurídica estabelecem que juízes devem manter formalidade e impessoalidade, sobretudo em audiências criminais. Isso preserva a credibilidade das decisões e respeita os direitos das vítimas”, afirma o especialista.

Segundo Carlos André, o uso de expressões coloquiais ou brincadeiras pode fragilizar a imagem de imparcialidade do Poder Judiciário, mesmo quando a intenção é humanizar o processo. “A formalidade não é mera burocracia: ela garante o Estado de Direito. Uma audiência de custódia é um momento grave, e a forma como o magistrado se comunica impacta diretamente a confiança pública”, explica.

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Nunes, que preside a Comissão Nacional de Direito, Linguagem e Literatura da OAB Nacional e é responsável técnico por manuais de redação de tribunais e conselhos, lembra que o debate sobre linguagem simples, tendência global para tornar o discurso jurídico mais claro, não exclui a necessidade de rigor ético. “É possível ser empático sem comprometer a seriedade do ato judicial. O Judiciário pode adotar uma linguagem compreensível, mas deve evitar comentários que pareçam ironia ou deboche”, acrescenta.

CARLOS ANDRÉ ADVOCACIA E CONSULTORIA ESPECIALIZADA– COMUNICAÇÃO JURÍDICA E PARECERES

Advogado, linguista e referência nacional em pareceres linguísticos na área jurídica e em redação normativa e oficial, Carlos André Pereira Nunes atua há mais de duas décadas na formação de profissionais do Direito. Seus cursos de comunicação jurídica possuem mais de 5 mil alunos em todo o Brasil. É também professor de Linguagem Jurídica e nas Escolas Superiores da Magistratura e da Advocacia, além de diretor do Instituto Carlos André. Atualmente, preside a Comissão Nacional de Direito, Linguagem e Literatura da OAB Nacional, onde lidera projetos voltados à modernização da linguagem jurídica no Brasil, e é responsável técnico pelo Manual de Redação do Tribunal de Contas do Município do Estado de Goiás e do Manual de Redação Jurídica da OAB-GO.

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