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Por que fortalecer a liderança pode ser decisivo para o sucesso de uma empresa

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Grazziela Santos defende a importância da liderança preparada na construção de culturas organizacionais saudáveis e sustentáveis

O Brasil ainda enfrenta uma alta taxa de mortalidade empresarial. Segundo dados do IBGE, aproximadamente 48% das empresas encerram suas atividades em menos de três anos. As causas são múltiplas — e passam, é claro, por fatores como vendas, gestão financeira, mercado e conjuntura econômica. Mas entre os aspectos internos que podem influenciar a trajetória de um negócio, a gestão de pessoas e a atuação da liderança merecem atenção especial.

Grazziela Santos, especialista em desenvolvimento humano com mais de duas décadas de experiência na formação de líderes, observa que muitos desafios operacionais estão ligados a lideranças que ainda não tiveram a oportunidade de se desenvolver plenamente. “Liderar é uma habilidade complexa, que envolve técnica, autoconhecimento e prática constante. Não é raro vermos pessoas em cargos de liderança sem uma formação estruturada para lidar com essa responsabilidade”, pontua.

Um estudo da Gallup revela que apenas 21% dos colaboradores no mundo se sentem engajados em seus trabalhos. Ainda segundo a pesquisa, a liderança exerce um papel relevante nesse cenário: até 70% da variação no engajamento das equipes pode estar relacionada diretamente à forma como são lideradas.

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“O impacto da liderança nem sempre é percebido de imediato, mas influencia o ambiente, os processos e a motivação das pessoas. Uma liderança que escuta, comunica com clareza e se posiciona com empatia tende a criar espaços mais produtivos e colaborativos”, explica Grazziela.

Ao longo dos anos, ela desenvolveu uma metodologia própria voltada à formação de lideranças mais conscientes, que considera tanto os desafios técnicos quanto os relacionados à função. Sua atuação contempla líderes de todos os níveis hierárquicos, com foco em melhorar a comunicação, fortalecer vínculos e alinhar comportamentos à cultura da empresa.

Os resultados desse trabalho costumam aparecer em aspectos como engajamento, retenção e desempenho operacional. Em uma das experiências recentes, Grazziela apoiou uma empresa do setor varejista a reestruturar seu plano de desenvolvimento de lideranças, o que contribuiu para uma significativa redução nos pedidos de desligamento voluntário. “A transformação veio da escuta, da clareza de papéis e da construção de um ambiente mais confiável. Esse tipo de mudança demanda tempo e constância, mas pode gerar efeitos muito positivos”, relata.

Para Grazziela, o investimento em líderes preparados é um passo estratégico para empresas que buscam crescimento sustentável. “Quando cuidamos da base — que são as pessoas e suas relações — criamos espaço para que as demais áreas, como vendas, inovação e marketing, também floresçam com mais consistência”, conclui.

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