O som de Claudinho e Buchecha fez a festa de muitos jovens em meados da década de 1990 e também nos anos 2000. Hits como “Nosso Sonho”, “Só Love” e “Xereta” não deixavam ninguém parado. A dupla levou o funk para outro nível, expandindo a popularidade do segmento. Mas, um trágico acidente mudou o curso dessa história, aos 26 anos, Claudinho morreu. O legado da dupla continua sendo perpetuado por Buchecha, que ainda está na ativa.
Em entrevista para o produtor musical Clemente Magalhães, no podcast “Papo com Clê”, Buchecha lembrou de inúmeros episódios do passado. Um deles foi que seu pai queria processar o cantor Latino por um suposto plágio. Segundo o artista, a música “Baba Baby” de Kelly Key, tinha uma forte semelhança sonora com a música “Destino”, lançada originalmente no disco de mesmo nome, em 2000.
Buchecha contextualiza, explicando que a música era dele e de seu pai. “Essa música depois foi regravada pela Angélica, tem uma versão minha com a Adriana Calcanhotto, que o Cassinho deu uma roupagem mais MPB. Ela tem uma melodia que confunde um pouco com a ‘Baba Baby’, se você olhar legal. Só que essa veio antes. Os compositores de ‘Baba Baby’… Na época eu até pensei que tinha sido o Latino”, explica.
“Nunca tinha ouvido a sua música”
Advertisement
Ainda de acordo com Buchecha, ele entrou em contato com o então esposo de Kelly Key para questionar se ele havia feito um plágio. “Eu liguei e o Latino: ‘não, não, eu nunca tinha nem ouvido a sua música’. Mas, tem muita gente que pensa que a gente plagiou, se baseou, mas não, essa música veio antes”, explica.
“Na época, meu pai queria processar e eu disse; ‘não, não faz isso não. A menina está começando, o Latino é meu amigo. Deixa isso quieto’. Ele ficou furioso. A gente iria criar um problema. Há sempre uma mídia positiva sobre a gente, eu não queria entrar nessa briga. Nem sempre é só love, só love”, coloca o cantor.
Problemas com o primeiro empresário
Outro assunto abordado na entrevista para o canal Corredor 5, foi o fato de Buchecha ser ingênuo no início de sua carreira. “Antigamente, além da gente não ter muitas informações sobre os direitos autorais, sobre o direito do fonograma, a gente não sabia nada, o que a gente tinha era desinformação”, diz.
“Não tinha ninguém para informar, então a gente assinava qualquer papel e documento. Por exemplo, no nosso primeiro contrato assinado, o empresário tinha 60% e a gente tinha 40%. Ou seja, eu tinha 20% e o Claudinho 20%. A gente assinou porque verbalizado era uma coisa, mas no contrato era outra. Eu não sabia nem escrever direito, eu tinha parado na quarta série”, lembra como era difícil a sua situação.
A entrevista na íntegra vocês podem conferir no canal Corredor 5.