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Moda

Os Bastidores da Moda: Como a Akabomb Enfrenta os Desafios de Produzir Streetwear no Brasil

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Entre mão de obra escassa, oscilações de preços e a busca por sustentabilidade, a marca liderada por Lucca Akabomb mostra que é possível crescer 105% em um mercado onde persistir é um ato de coragem e estratégia.

Empreender no Brasil nunca foi uma tarefa simples, mas no setor da moda, os desafios se multiplicam. Para Lucca Akabomb, fundador da marca de streetwear Akabomb, cada coleção representa uma maratona de obstáculos. Do gerenciamento da cadeia de suprimentos às oscilações de preços e à escassez de mão de obra qualificada, as dificuldades do setor de confecção são um teste diário de resiliência.

Dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) mostram que o Brasil é o quarto maior produtor de vestuário do mundo, movimentando cerca de R$ 194 bilhões anualmente. Apesar disso, 30% das empresas enfrentam problemas com a qualificação técnica de seus profissionais, um entrave que impacta a competitividade. “Encontrar mão de obra comprometida é um grande desafio. Muitas vezes, ficamos reféns de fornecedores que não entregam o que prometem ou que atrasam prazos, o que compromete todo o planejamento”, explica Lucca.

Outro problema crítico é a volatilidade dos custos. Segundo um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o preço dos tecidos e aviamentos subiu em média 12% nos últimos dois anos, impactado pelo aumento no custo dos combustíveis, energia e pela instabilidade cambial. “A cada coleção, precisamos recalcular tudo. O preço de um tecido que pago hoje pode variar consideravelmente daqui a um mês, o que torna extremamente desafiador ter uma previsibilidade assertiva na projeção dos custos”, comenta o empresário.

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Na prática, essas dificuldades se traduzem em um esforço logístico monumental. Para uma marca em crescimento como a Akabomb, conciliar compras de materiais, produção de insumos e o tempo necessário para o lançamento de cada peça exige organização impecável. “O consumidor vê o produto final, mas não imagina o caos que pode ser gerir todas essas frentes, especialmente quando se é um empreendedor solo”, conta Lucca.

Mesmo assim, a Akabomb encontrou formas de se diferenciar. Em 2024, a marca registrou um crescimento de 105% no faturamento anual, um feito notável em um setor onde 48% das pequenas empresas de moda fecham nos primeiros três anos, de acordo com dados do Sebrae. O segredo? Metas bem definidas, foco no cliente e um propósito claro. “No início, eu não tinha metas e nem sabia para onde estava indo. Hoje, cada decisão é guiada por objetivos claros e por uma visão de longo prazo”, afirma o fundador.

Além disso, a Akabomb se alinha ao conceito de slow fashion, uma tendência global que prioriza a produção sustentável e o consumo consciente. Estudos do Boston Consulting Group revelam que 75% dos consumidores de moda consideram práticas sustentáveis um fator importante ao escolher marcas. Essa abordagem já economizou cerca de 20% em desperdício de materiais para a marca, ao mesmo tempo que atrai um público que valoriza a transparência e a responsabilidade social.

“Estamos criando roupas que contam histórias e duram. Para nós, a sustentabilidade não é só uma estratégia; é um compromisso com o futuro”, afirma Lucca. Essa escolha ajuda a Akabomb a se destacar em um mercado dominado por fast fashion, que frequentemente é associado a impactos ambientais negativos.

O futuro da moda no Brasil, especialmente para marcas independentes, exige coragem, inovação e muita estratégia. Para a Akabomb, isso significa mais do que vender roupas; é sobre construir um movimento que une autenticidade, sustentabilidade e um relacionamento genuíno com o consumidor.

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“A moda precisa ser mais do que produto. Ela tem que ter significado, propósito e criar conexões reais. E é isso que nos motiva a seguir em frente, apesar de todos os desafios”, conclui Lucca.

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Moda

Vestido de noiva ideal existe: como traduzir estilo, corpo e história no look do grande dia

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Com sensibilidade e técnica, a estilista Patricia Granha cria vestidos sob medida que respeitam o biotipo, o estilo de vida e até as memórias afetivas das noivas

Não é só sobre renda, tule ou corte princesa. Para a estilista Patricia Granha, cada vestido de noiva é uma peça única de identidade e afeto. “O vestido ideal existe, sim — e ele não está nas prateleiras. Ele nasce de uma escuta profunda, da conexão com a história de cada mulher, com seu corpo, suas emoções e seus sonhos”, afirma Patrícia, que há mais de dez anos transforma desejos em vestidos sob medida.

Com ateliê em São Paulo e uma lista crescente de clientes de todo o Brasil, Patricia desenvolveu um método próprio que mistura técnica de modelagem precisa com um olhar humanizado. Em vez de impor tendências, ela faz perguntas: “Como você quer se sentir? O que é conforto pra você? Que memórias quer carregar nesse dia?”

O vestido começa na conversa

A jornada começa com uma entrevista minuciosa. Patricia quer saber da infância, do estilo de vida, do relacionamento, das inseguranças e até do tipo de música que a noiva gosta de ouvir. “Já tive uma noiva que quis homenagear a avó costureira e incorporamos detalhes de um vestido antigo. Outra pediu que a manga tivesse o mesmo caimento de um vestido de formatura que marcou sua adolescência. Cada história me inspira e guia o desenho”, explica.

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A partir disso, ela desenha o croqui, propõe tecidos, faz testes e ajusta cada milímetro do caimento. A prioridade é que a noiva se veja — e se reconheça — no espelho, sem se sentir desconfortável ou presa a padrões. “A liberdade estética é essencial. Um vestido bonito precisa se ajustar ao corpo real, não o contrário”, reforça.

Beleza real e autoestima em primeiro plano

Segundo dados da revista Noivas do Brasil, 83% das noivas afirmam que a escolha do vestido é o momento mais emocional dos preparativos para o casamento. E não é por acaso: ele é o símbolo visual da protagonista do grande dia.

“É comum receber mulheres que chegam inseguras, achando que não vão encontrar algo que valorize o corpo delas. Quando percebem que podem ser autênticas, confortáveis e ainda assim maravilhosas, algo muda. Elas se empoderam”, diz Patrícia.

A estilista é conhecida por atender com leveza, sem pressão, e com uma escuta acolhedora. “A gente não vende um vestido, a gente constrói um encontro da mulher com ela mesma. Por isso digo que fazer vestidos é muito mais sobre autoestima do que sobre moda”, completa.

Do croqui ao altar: um processo artesanal

Cada vestido leva, em média, de 3 a 6 meses para ser concluído, com diversas provas e ajustes. Tudo é feito artesanalmente, com atenção aos detalhes. Bordados manuais, tecidos nobres e acabamentos internos são cuidadosamente escolhidos. “Nada é padrão. Cada corpo tem uma curva, uma postura, uma linguagem. Cada vestido também”, afirma Patrícia.

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Além das criações exclusivas, ela também orienta noivas que buscam uma estética mais minimalista ou sustentável, com tecidos naturais e vestidos versáteis — que podem ser usados em outras ocasiões após a cerimônia.

Mais do que tendência: autenticidade

Em tempos de redes sociais cheias de referências visuais, Patrícia faz um contraponto necessário. “A gente não precisa se moldar ao Pinterest. A gente pode criar algo novo, verdadeiro, que combine com a alma da noiva. Essa é a beleza que emociona e fica na memória”, conclui.

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Moda que conecta gerações no Dia dos Pais

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 Editorial da Haut Models aposta em looks coordenados para celebrar afeto e estilo entre pais e filhos

No Dia dos Pais, celebrar os laços que unem famílias vai além das homenagens tradicionais. A moda também pode ser uma poderosa forma de conexão entre gerações, traduzindo afeto, cumplicidade e momentos especiais em produções cheias de personalidade. Para marcar essa data, a agência de modelos Haut Models realizou um editorial exclusivo que reforça o poder simbólico das roupas e do styling na construção de memórias afetivas.

O trabalho retrata diferentes momentos de interação entre pai e filhos, com propostas que vão do casual ao divertido, incluindo produções coordenadas, acessórios compartilhados e a troca de elementos entre adultos e crianças. Combinando cores, estampas e peças-chave do guarda-roupa contemporâneo, os ensaios mostram que vestir-se em sintonia é uma forma de expressar sentimentos e criar lembranças inesquecíveis.

As fotos destacam desde a clássica harmonia do look listrado até composições mais descontraídas, como laços coloridos aplicados na barba do pai e acessórios trocados com naturalidade. A atmosfera lúdica das imagens evidencia que, quando o assunto é paternidade, moda e afeto podem caminhar juntos, revelando um lado leve, sensível e cheio de significado.

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Além de valorizar a presença paterna, o editorial reforça tendências do universo fashion, como o conceito de tal pai, tal filho – quando adultos e crianças vestem peças semelhantes – e a busca por produções que traduzam a identidade familiar. A ideia é inspirar outras famílias a celebrarem a data com criatividade e autenticidade, mostrando que estilo também é herança emocional.

O Dia dos Pais é uma oportunidade de reconhecer a importância dos vínculos e do tempo compartilhado. Para a Haut Models, a moda é uma ponte que conecta gerações, registra histórias e enaltece a beleza de estar junto. O editorial propõe justamente isso: transformar roupas em linguagem e imagens em recordações, eternizando, em cada clique, o carinho que existe entre pais e filhos.

Créditos

Todos os looks são acervo Haut

Ficha técnica

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Realização: Haut Models (@hautmodelsbr)

Direção e Produção Criativa: Leonardo Lopes (@leolopes19)

Fotografia: Edson Souza (@edsonsouza_fotografia)

Styling: Thiago Astolpho Leite (@thiagoalte)

Beleza: Joyce Gabriel (@joycegabrielmakeup)

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Edição: João Paulo Lisboa (@jpliisboa)

Coordenadora de pauta: Antonio de Biazzi (@antoniabiazzi)

Modelos: Matheus Silva, Emilly Silveira e Renan Oliveira

Assessoria de Imprensa: Claudia Zanoni (@clau_zanoni1)

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Moda

Como encontrar seu estilo pessoal sem seguir tendências? Especialista explica por que a autenticidade vale mais do que estar na moda

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Como encontrar seu estilo pessoal sem obrigatoriamente seguir tendências? Com tantas novidades surgindo todos os dias nas redes sociais, é comum que muitas mulheres se sintam pressionadas a acompanhar o que está em alta mesmo quando isso não faz sentido para sua realidade. Mas há quem proponha um caminho diferente: olhar para si mesma antes de olhar para fora.

É o que defende Dayane Matos, criadora de conteúdo, consultora de imagem e estilo, e especialista em moda intencional. Aos 36 anos, ela compartilha nas redes sociais uma visão mais acessível e real sobre moda, mostrando que estilo não é sobre ter um guarda-roupa cheio ou seguir tudo o que aparece nas vitrines, mas sim sobre autenticidade, presença e consciência.

“Estilo não tem a ver com o que está em alta, tem a ver com o que representa quem você é. Quando a gente entende isso, vestir-se deixa de ser uma obrigação e passa a ser um momento de conexão com a gente mesma”, afirma.

Dayane acredita que não há problema em gostar de tendências, mas alerta que elas não podem ser o ponto de partida. Quando a escolha da roupa parte apenas da comparação ou da vontade de se encaixar, o processo de se vestir deixa de ser leve. “O problema começa quando a gente tenta se encaixar em tudo o que vê. Muitas vezes, a roupa que está na moda não tem nada a ver com a sua vida. E aí você se veste para os outros, não para si”, diz.

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Para ela, encontrar o próprio estilo é um processo de observação e liberdade. Está muito mais ligado ao autoconhecimento do que ao consumo. “Às vezes, com poucas peças e boas combinações, você consegue criar looks que funcionam muito mais do que seguir uma tendência só porque ela está no momento.”

Dayane destaca que estilo é sobre entender o que funciona para o seu corpo, a sua rotina e a sua fase de vida. E isso começa no espelho, não na vitrine. “A gente foi ensinada a se vestir para parecer algo. Eu acredito que a gente tem que se vestir para se sentir confortável com quem já é.”

Ela também reforça que repetir roupa, usar peças por mais de uma temporada e fazer escolhas que trazem segurança devem ser hábitos normais e não motivo de culpa. O vestir, para ela, deve ser uma ferramenta a favor da mulher, e não mais uma fonte de cobrança. “Quando a gente se veste com verdade, não precisa de validação. A gente simplesmente se sente bem. E é isso que importa no final.”

Para conhecer mais sobre o trabalho da especialista, acesse: https://www.instagram.com/dayane.matoss?igsh=MWsycm10NnE1Mjl4NA==

(Foto: divulgação)

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