Neste dia do jovem (13), destacamos números que revelam a importância do acesso à educação financeira nesta faixa etária. entenda
Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), revela que mais da metade dos brasileiros (52%) não consegue guardar dinheiro com frequência. E os motivos que dificultam a economia, a gente já conhece: o alto custo de vida e a falta de controle financeiro.
Quando fazemos um recorte para a realidade dos jovens, a situação é ainda mais preocupante. Segundo o SPC Brasil, de cada 10 jovens de 25 a 29 anos, 4 estão endividados. Portanto, falar sobre educação financeira com esse grupo é essencial.
Segundo Bia Santos, educadora financeira e CEO da Barkus Educacional, é importante ter consciência financeira e planejamento para conseguir economizar e não ficar só no aperto. “A gente tem números cada vez maiores entre a inadimplência e a população jovem. Acredito que há uma influência muito grande de todo esse movimento social que a gente vive que é esse imediatismo. Hoje queremos consumir tudo para ontem. Sociólogos e filósofos reforçam a tese de “ter para ser””, explica a especialista.
Até pouco tempo, ter 18 anos ou mais era considerado um pré-requisito para obter uma conta nas instituições financeiras. No entanto, para acompanhar o avanço da sociedade no processo de inclusão digital, bancos tradicionais, digitais e fintechs estão com um novo olhar para o público infanto-juvenil e têm desenvolvido soluções financeiras mais intuitivas e desburocratizadas.
Uma pesquisa do Banco Central do Brasil apresentada no Relatório de Economia Bancária mostra um crescimento de 50% na última década no número de contas abertas por jovens entre 15 e 24 anos, com um total de 23 milhões delas. A partir disso, o cenário traz inúmeros benefícios, principalmente no que se refere ao desenvolvimento da educação financeira familiar.
A reflexão trazida no Dia do Jovem mostra que saber incentivar a organização das finanças é essencial para garantir um futuro melhor para as próximas gerações. A educação financeira aborda e explica conceitos importantes sobre como organizar as finanças, tanto para conseguir aproveitar melhor o dinheiro, como para se preparar e lidar com imprevistos.
Educação financeira não significa se tornar especialista em investimentos, bolsa de valores e no mercado financeiro como um todo, mas sim entender conceitos básicos e adotar práticas simples que aumentam a sua saúde financeira.