Negócios

Nutrição do cafeeiro eleva qualidade da bebida e impulsiona cafés especiais no mercado dos EUA

Published

on

Estudo de caso conduzido por Renato Maia mostra como manejo nutricional regenerativo transforma lavouras no Cerrado Mineiro em referência para exportação de grãos premium

A adoção de um manejo nutricional regenerativo na cultura do café tem ampliado a presença de grãos especiais brasileiros no mercado norte-americano. Quem afirma é o agrônomo Renato Maia, gerente comercial e de desenvolvimento de mercado da Reager Agro, especialista em fertilizantes especiais organominerais. Segundo ele, práticas baseadas em nutrição adequada do cafeeiro têm influenciado diretamente a qualidade sensorial da bebida, com resultados comprovados na Fazenda Colina, localizada na região do Cerrado Mineiro.

“O equilíbrio nutricional da planta é o que permite o desenvolvimento pleno dos grãos e a expressão do terroir”, explica Maia, que há mais de duas décadas atua na pesquisa e aplicação de fertilizantes regenerativos. Ele acrescenta que, em parceria com instituições de ensino e pesquisa como a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), tem validado técnicas que combinam sustentabilidade e alta performance na produção de cafés especiais.

Na Fazenda Colina, onde é sócio e responsável técnico desde 2003, Maia implementou um sistema de nutrição baseado em biofertilizantes produzidos a partir da reutilização de resíduos agroindustriais. O resultado tem sido uma bebida com notas mais complexas, acidez equilibrada e corpo denso — características altamente valorizadas por torrefadores e importadores norte-americanos.

Advertisement

De acordo com o especialista, as exportações para os Estados Unidos refletem esse padrão de qualidade. “Os compradores americanos buscam consistência, rastreabilidade e história por trás da xícara. Nosso modelo de manejo nutricional nos ajuda a entregar exatamente isso”, afirma. A Fazenda Colina exporta para o mercado de cafés single origin e direct trade, com lotes premiados e participação constante em concursos nacionais.

O uso de fertilizantes especiais de origem orgânica, segundo Maia, fortalece o solo, reduz a dependência de insumos químicos e aumenta a resiliência da lavoura a estresses climáticos. Além disso, promove uma microbiota ativa que favorece a absorção de nutrientes essenciais como potássio, cálcio e magnésio, determinantes na formação de açúcares e compostos aromáticos no grão.

A prática ganha destaque num cenário em que o Brasil, maior produtor e exportador global de café, vê crescer o interesse por nichos de alto valor agregado. Dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) mostram que os cafés especiais representaram 21% da receita total de exportações em 2024, com crescimento de 15,4% sobre o ano anterior.

Para Renato Maia, o caminho da diferenciação passa por ciência e solo saudável. “Café especial não é feito só no terreiro, começa na raiz. O investimento em nutrição equilibrada é o que garante a singularidade de cada lote”, conclui.

Sobre Renato Maia

Renato Maia é engenheiro agrônomo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e MBA em Gestão Comercial pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com mais de 25 anos de experiência em nutrição de plantas e fertilizantes especiais aplicados à cafeicultura. Atua como gerente comercial e de desenvolvimento de mercado na Reager Agro, empresa especializada em biofertilizantes voltados à agricultura regenerativa. Ao longo da carreira, liderou projetos de pesquisa, validação técnica e estratégias de mercado em empresas de fertilizantes organominerais, sempre com foco em sustentabilidade e alta performance agrícola.

Advertisement

Também é sócio e responsável técnico da Fazenda Colina, no Cerrado Mineiro, onde aplica técnicas de manejo regenerativo para a produção de cafés especiais exportados para os Estados Unidos. A combinação entre nutrição equilibrada e condições climáticas específicas da região resulta em bebidas com alta complexidade sensorial, reconhecidas por compradores internacionais. Ele mantém parcerias com instituições de pesquisa como a UFU, contribuindo com estudos sobre fertilidade do solo, qualidade do café e inovação em práticas agrícolas sustentáveis. Para mais informações, acesse o linkedin https://www.linkedin.com/in/renato-maia-queiroz-14078a171/ 

 

Mais Lidas

Sair da versão mobile