Mão de obra feminina representa 38% no Brasil; país está acima da média global (32%)
Nos últimos anos, a presença de mulheres em cargos de liderança tem se mostrado cada vez maior, representando 38% no Brasil, segundo uma pesquisa realizada pela Grant Thornton. Em termos gerais, o país está acima da média global (32%) e da América Latina (35%), no entanto a alta rotatividade das executivas despertam um alerta.
“A luta para conseguir cargos em ambientes majoritariamente masculinos não é fácil. Os resultados se mostram promissores, mas a dificuldade para chegar a cargos de liderança ainda se mostram muito maiores para as mulheres. Hoje, percebe-se uma misoginia no que tange algumas especializações, principalmente em funções de predominância masculina, como a engenharia, tecnologia, automotivo e gestão publica”, explica Paola Araujo, consultora da 4Life Prime Saúde Ocupacional.
Segundo um diagnóstico realizado pela McKinsey & Company sobre a situação das mulheres no mercado em toda a América, a cada 100 homens promovidos a gerentes, 86 mulheres alcançam essa posição. Ou seja, é notável que as mulheres apesar de sua luta constante para alcançar espaços e obter as mesmas oportunidades que os homens, ainda existem corporações resistentes a essa possibilidade.
Felizmente, muitas empresas estão trabalhando para mudar isso. A 4Life Prime, empresa especializada em Saúde Ocupacional, buscando proporcionar um espaço diverso e inclusivo, possui cerca de 90% do quadro de funcionários de mão de obra feminina. Dentre os cargos de liderança, temos a Yara Cosequi, como gerente comercial, e a Vivian Zanaroli, como gerente administrativa financeira. Somente em 2022, a companhia teve um faturamento de 18 milhões/mês e 216 milhões/ano.
Ainda que existam dificuldades para a mulher profissional em espaços onde apenas homens têm o poder de decisão, a consultora afirma que existe uma grande realização em poder potencializar a mensagem da importância da presença feminina em lugares de destaque.
“As mulheres líderes trazem habilidades únicas e perspectivas válidas para a equipe, impulsionando a inovação e a excelência nos negócios. Portanto, é importante reconhecer e valorizar as contribuições das líderes femininas em nossa equipe e na empresa como um todo. A liderança feminina traz diversos benefícios para as empresas. As mulheres tendem a ser mais empáticas e colaborativas, o que leva a uma cultura organizacional mais inclusiva e diversa”, diz Paola.
Um relatório produzido pela S&P Global Market Intelligence aponta que companhias que apostam em mulheres estão multiplicando os resultados. Segundo a pesquisa, empresas com CFOs do gênero feminino apresentaram desempenho superior no preço das ações, em comparação com a média do mercado.