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MEC precisa alterar edital de criação dos novos cursos de medicina para garantir o acesso democrático à saúde, afirma especialista

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O Ministério da Educação (MEC) revogou a suspensão da tramitação dos processos administrativos de autorização para novos cursos de medicina que já estavam em andamento, que tramitavam por força de decisão judicial com base no entendimento do STF, no âmbito do julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade n.º 81. Com a publicação da Portaria 421/2023, o MEC reparou alguns danos provocados pela Portaria n.º 973/2023 em relação às instituições de ensino.

Com essa revogação e à espera do julgamento do STF que vai determinar a partir de qual etapa os cursos de medicina, amparados por decisão judicial, poderão seguir seus processos (até agora o julgamento está empatado em 2×2 e o ministro André Mendonça pediu vistas do processo), as atenções se voltam para o novo edital de chamamento público no âmbito do Programa Mais Médicos publicado pelo MEC em 4 de outubro.

Segundo o advogado Daniel Cavalcante Silva, advogado da Abrafi (Associação Brasileira das Mantenedoras de Faculdades), o edital, assim como outros editais anteriores, provoca situações de desigualdade em relação às condições de candidatura de instituições de ensino por todo o país, em especial, para as pequenas instituições. O texto prevê quatro etapas para as avalições dos cursos de medicina: análise de admissibilidade, análise de capacidade econômico-financeira da mantenedora, análise de mérito da proposta e análise de experiência regulatória. Para ele, enquanto os três primeiros pontos consideram aspectos técnicos que podem ser obtidos por instituições de todos os portes, o último fator, que é um critério de desempate, revela uma grande desigualdade.

“Ele coloca como decisivas as indicações de até três cursos de medicina que a instituição já possua (beneficiando apenas as mantenedoras que já possuem cursos de medicina), além da existência de programas de mestrado e doutorado na área da saúde e de programas de residência médica. Em especial, apenas os grandes grupos educacionais se beneficiarão desses critérios. Isso desfavorece as pequenas instituições de ensino e é bastante prejudicial para o princípio da Livre Concorrência”, reforça.

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Daniel ainda explica que existem ainda outras inconsistências ou pontos que precisam ser esclarecidos. Ele cita como exemplos a falta de especificação em relação à que penalidade poderia impedir a participação de uma mantenedora; a falta de estudos e dados que justifiquem a presença de 60 vagas por curso e a ausência de esclarecimentos em relação a vagas deixadas por propostas vencedoras desclassificadas ou eliminadas do processo.

O advogado ressalta que não há transparência em relação aos critérios de seleção das 116 (cento e dezesseis) regiões da saúde que receberão os cursos autorizados e a distribuição quantitativa de vagas por território. Na divisão de vagas do edital, São Paulo, é a mais beneficiada, com a alocação de 780 novas vagas enquanto outras regiões, como Sergipe, Tocantins e Acre, não receberão a abertura de nenhum novo curso de medicina. Outros nove estados possuem a previsão de apenas um novo curso.

“A situação é grave e o edital permite que cada mantenedora apresente até duas propostas distintas para a implantação de cursos de Medicina em diferentes regiões. Com isso, um grupo educacional com dez mantenedoras poderia inscrever até vinte propostas, o que poderia resultar em concentração de mercado, redução ou até mesmo ausência de concorrência. Novamente o princípio da Livre Concorrência sai prejudicado”, delibera.

Em 13 de novembro, o MEC anunciou a prorrogação de prazos do edital, transferindo a Atualização de dados no Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior (Cadastro e-MEC) para até o dia 13 de dezembro, próxima quarta-feira. “O mais justo, para estudantes e para instituições de ensino de todo o país, é que, até esse período, haja uma retificação total do edital por parte do MEC. Caso isso não seja feito, é de extrema importância que órgãos fiscalizadores como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) apresentem questionamentos, pedidos de esclarecimentos ou, até mesmo, determinem a suspensão temporária do edital enquanto as questões acima não forem equalizadas”, determina.

Daniel reforça a necessidade do Ministério da Educação de retificar os critérios do edital do Programa Mais Médicos. Segundo ele, o objetivo é de reparar as injustiças dos sistemas de saúde entre os estados. “Isso é válido especialmente nas regiões mais remotas e necessitadas do interior do país, onde a necessidade de contar com mais cursos de medicina e de mais médicos se torna ainda mais primordial. É preciso expandir o acesso ao sistema de saúde brasileiro, garantindo a paridade de participação das pequenas instituições educacionais no chamamento público, sobretudo aquelas instituições localizadas nos lugares mais remotos do país”, finaliza.

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Assessoria de imprensa Abrafi:

Renan Araujo – (41) 99145-9013 / renan.araujo@tree.inf.br

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Como o Sofá na Caixa virou uma das startups mais comentadas do Brasil e agora acelera sua expansão industrial

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A Sofá na Caixa pode até ter começado como uma startup pequena no interior de São Paulo, mas virou um fenômeno nacional. A marca, fundada em 2024 por Rubens Stuque, conquistou o público com vídeos viralizando nas redes mostrando sofás saindo de uma caixa e sendo montados em minutos. Agora, a empresa está entrando em uma nova fase: a expansão industrial.

O conceito criado pela marca é simples e genial: sofás compactados enviados em uma única caixa, fáceis de transportar, sem dores de cabeça na entrega e com montagem intuitiva. A proposta conquistou um público que busca praticidade, preço acessível e design atual — e mudou a lógica do setor moveleiro.

Em pouco mais de um ano, a marca ultrapassou 100 mil unidades entregues, fortalecendo sua presença em um mercado que tradicionalmente cresce de forma lenta e conservadora. Para sustentar a demanda, a Sofá na Caixa ampliou sua fábrica com um novo galpão de 2.500 m², contratou cerca de 70 colaboradores e reforçou sua equipe de gestão.

A chegada de Osvaldo Filho como diretor de Operações marca uma etapa decisiva: profissionalização e eficiência em escala. “A marca ganhou força rapidamente. Agora era o momento de estruturar a operação para acompanhar esse crescimento com qualidade”, destaca o executivo.

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Além da inovação no produto, o sucesso da empresa reflete uma tendência mais ampla: consumidores buscam soluções que economizam tempo e evitam frustrações, especialmente em categorias complexas como móveis.

Para Stuque, fundador da marca, o desafio é continuar crescendo sem perder a simplicidade que tornou a empresa famosa. “Estamos construindo uma operação sólida, mas mantendo a essência: descomplicar a vida das pessoas”, afirma.

O resultado é claro: a Sofá na Caixa deixou de ser apenas uma startup viral e se tornou uma marca relevante no mercado moveleiro, com potencial para expansão nacional e internacional.

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Evy Lyne Premium encerra 2025 com expansão, reposicionamento e protagonismo no design paulistano

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Ano marca consolidação da empresa junto ao cliente final, fortalecimento da estética brasileira contemporânea e celebração do time que constrói cada projeto

O ano de 2025 foi decisivo para a Evy Lyne Premium, que consolidou sua presença no mercado de design e marcenaria de alto padrão com um olhar cada vez mais próximo do dia a dia dos lares paulistanos. Acostumada a entrar na rotina real das famílias, entender necessidades profundas e transformar casas em espaços mais funcionais, afetivos e contemporâneos, a marca viveu um ciclo de crescimento que une reposicionamento estético, profissionalização e uma valorização ainda maior do seu time multidisciplinar.

Ao longo do ano, a Evy Lyne Premium aprofundou sua assinatura criativa baseada na brasilidade, uma composição que une formas orgânicas, texturas naturais e soluções funcionais pensadas a partir da vida real. Esse processo ganhou força conforme um público cada vez mais exigente passou a buscar móveis com identidade e propósito, feitos sob medida e com escuta atenta. “O design brasileiro vive um momento único, mas tudo começa dentro da casa do cliente, entendendo a dinâmica, o afeto e o que aquele espaço precisa comunicar”, afirma a empresária e nome à frente da marca, Evilyn Ribeiro,

Mais do que uma decisão estética, 2025 marcou o fortalecimento de um processo coletivo. A marca investiu no aperfeiçoamento de sua equipe técnica, criativa e operacional, profissionais que, juntos, garantem precisão no projeto, entendimento profundo das expectativas de cada cliente e um cuidado que acompanha todas as etapas, do briefing à instalação. Esse movimento resultou em entregas mais ágeis, acabamentos superiores e uma experiência mais transparente e acolhedora.

A empresa também ampliou seus processos internos e o uso de tecnologias de precisão, o que permitiu acompanhar obras maiores e mais complexas, sem perder a essência do atendimento personalizado. Para a equipe, esse foi o ano em que o impacto do design autoral ficou ainda mais evidente no bem-estar das famílias atendidas, uma percepção construída não só no resultado final, mas em cada visita técnica, reunião e troca sensível ao longo dos projetos.

No campo institucional, a Evy Lyne Premium reforçou sua presença em eventos e expandiu o diálogo com o mercado, sempre mantendo o compromisso com uma estética brasileira contemporânea e conectada às histórias reais dos clientes. Para Evilyn Ribeiro, o ano traduz a união entre propósito e coletividade. “Dois mil e vinte e cinco foi o ano em que entendemos que nossa força está nas pessoas, no time que cria, que executa, que escuta. Não entregamos só móveis, entregamos cuidado. Criamos espaços com alma, feitos por muitas mãos e pensados para transformar vidas”.

Encerrando 2025 em ascensão, a Evy Lyne Premium inicia 2026 preparada para ampliar sua atuação, com novos projetos autorais, expansão regional, fortalecimento do relacionamento com o cliente final e o compromisso de continuar valorizando o design brasileiro como patrimônio estético, cultural e afetivo.

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Da sala improvisada ao uso de inteligência artificial: a trajetória de Juliana Anhaia e a criação da plataforma que promete mudar o recrutamento no Brasil

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A história de Juliana Anhaia começa longe das salas de reunião e dos modelos formais de gestão que hoje fazem parte de sua rotina. Há 16 anos, quando decidiu empreender, sua primeira empresa funcionava literalmente atrás de um tapume de obras, onde atendia clientes, organizava planilhas e conduzia entrevistas em meio ao improviso. A falta de estrutura não impediu que ela desse início a uma trajetória marcada pelo crescimento contínuo, pela profissionalização de equipes e pela construção de negócios que, hoje, movimentam milhões de reais no Rio Grande do Sul.

Com passagens pelos setores de facilities, gestão empresarial e desenvolvimento humano, Juliana se consolidou como uma liderança capaz de estruturar processos, formar equipes de alta performance e implementar modelos de gestão que elevaram o padrão de atendimento no mercado. Sua formação multidisciplinar com graduação em Literatura e Direito, além de especializações em Recursos Humanos, Gestão de Pessoas e Liderança contribuiu para uma visão estratégica que integra performance, cultura organizacional e transformação humana.

A frase que costuma guiar suas decisões “negócios só crescem quando as pessoas crescem primeiro” é também o eixo de sua atuação. Esse olhar sustentou a expansão da FOCO Serviços Terceirizados, da qual é fundadora, e da S3 Hub de Negócios, da qual é cofundadora. Ambas se tornaram referências regionais pela capacidade de profissionalizar operações e criar ambientes organizacionais mais estruturados.

Agora, Juliana inicia uma nova fase com o lançamento da RECRUTA.AI, plataforma que utiliza inteligência artificial para reduzir erros de contratação, diminuir turnover e oferecer às empresas uma leitura mais precisa sobre comportamento, comunicação e competências de candidatos. A proposta nasce como resposta a um dos principais desafios das organizações brasileiras: encontrar o talento certo no tempo certo.

Segundo Juliana, a plataforma não substitui o olhar humano, mas amplia a capacidade de análise e reduz decisões baseadas em intuição ou urgência. O objetivo é oferecer previsibilidade e eficiência a processos que, historicamente, geram custos elevados e instabilidade para negócios de todos os portes.

A história da empreendedora, que começou com atendimentos improvisados, cresce agora em direção à tecnologia. Sua decisão de criar a RECRUTA.AI representa não apenas uma evolução natural de carreira, mas a consolidação de um propósito que atravessa toda a sua trajetória: desenvolver pessoas para fortalecer empresas.

“A transformação sempre começa pelas pessoas. Quando cuidamos do capital humano, todo o restante evolui junto”, afirma.

Do tapume à tecnologia, Juliana Anhaia constrói um percurso que reflete os novos movimentos do empreendedorismo brasileiro mais estratégico, mais humano e, sobretudo, mais preparado para o futuro.

Saiba mais em – https://recrutamentoia.com.br/

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