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Kélvia Kallene no Ribeirão Fashion Week: o cérebro por trás da moda, da influência e da beleza

O Ribeirão Fashion Week, um evento conhecido por ditar tendências em tecidos e cortes, surpreendeu ao abrir sua edição com um tema inesperado: o cérebro humano. A neurocientista e estrategista de consumo Kélvia Kallene subiu ao palco e provocou a indústria ao afirmar que a moda, antes de ser visual, “é um espelho neurológico”. Com […]

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O Ribeirão Fashion Week, um evento conhecido por ditar tendências em tecidos e cortes, surpreendeu ao abrir sua edição com um tema inesperado: o cérebro humano. A neurocientista e estrategista de consumo Kélvia Kallene subiu ao palco e provocou a indústria ao afirmar que a moda, antes de ser visual, “é um espelho neurológico”.

Com a palestra “O cérebro por trás da moda, da influência e da beleza”, Kélvia conectou criadores, marcas e o público sob uma nova perspectiva: a neuroestética.

Autora do livro “O Código do Consumo”, a especialista explicou que 90% das nossas decisões de compra acontecem no nível inconsciente. Ou seja, antes mesmo de escolhermos racionalmente um look ou produto, o cérebro já decidiu.

“Quando entendemos o que o cérebro procura — segurança, pertencimento, prazer — conseguimos desenhar experiências que criam desejo sem manipular. É sobre consciência, não sobre controle”, afirmou Kélvia Kallene durante o painel.

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Ela é pioneira na aplicação de estudos de grandes universidades, como Harvard e MIT, sobre os pilares que formam seu método AEMD (Atenção, Emoção, Memória e Decisão).

Segundo a neurocientista, a indústria pode usar esse conhecimento de forma prática. Desde a iluminação da loja, o cheiro do ambiente, até a textura de um tecido, tudo pode ser projetado para ativar o sistema límbico – a área do cérebro onde as decisões realmente moram.

“Moda, beleza e consumo têm o mesmo código neural”, destacou. “Atenção é a nova moeda. Emoção é o novo gatilho. E decisão é o novo luxo.”

Encerrando o painel em Ribeirão Preto, Kélvia sintetizou o espírito da nova era: a verdadeira revolução da moda não virá mais de tecidos, mas de neurônios. “O que vestimos é memória viva”, concluiu.

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