Conhecido por estrelar na televisão e no streaming, ator mostra sua versatilidade no palco
A peça “As Cinzas de Mairu” chega ao público trazendo uma narrativa potente sobre retomada indígena, memória e transformação. Entre os destaques do elenco está Hélio Amaral, conhecido como o ator e gari, que dá vida a Beto, um homem negro do circo conectado com a ancestralidade. Sua presença no espetáculo amplia o diálogo sobre representatividade, reafirmando a potência da arte como espaço de encontro de histórias diversas e plurais.
Com texto de Silvio de Andrade e direção de Jessyca Meyreles, a peça conta a história de Lili, uma jovem urbana que, acompanhada das cinzas da mãe, parte do Rio de Janeiro rumo à Floresta Amazônica. No caminho, enfrenta o irmão e a patroa da mãe, enquanto busca se reconectar com sua ancestralidade indígena. Inspirada em uma história pessoal, a montagem aborda temas de luto, resistência e reencontro com as raízes que habitam cada um de nós.
A dramaturgia dá corpo a um elenco de cinco atores em cena: três indígenas, um homem negro e uma mulher branca — composição que reflete a diversidade e a potência simbólica da proposta. Dividem o palco com Hélio Amaral as atrizes e atores Clarisse Dessaune, Yumo Apurinã, Aline Stefânia e Monique Vaillé.
“As Cinzas de Mairu” tem ainda assistência de direção de Juliana França e direção de movimento de Camila Rocha. O espetáculo tem classificação indicativa de 12 anos (A12) e marca sua estreia no Rio de Janeiro, como ponto de partida para uma jornada que promete novos desdobramentos e circulação.
Com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, a iniciativa reafirma o compromisso com a valorização da memória, da ancestralidade e das artes como espaço de resistência e transformação.
“Este espetáculo é reconhecimento da intersecção que pulsa no Brasil desde os primeiros até a contemporaneidade ”, destaca o ator.