Sua voz forte fala sobre liberdade e aceitação: “Nós somos livres e somos muitos, não tenha medo de olhar….” diz a letra da canção que nasce com cara de hino de liberdade e representatividade em um país como o Brasil que é o que mais mata transexuais no mundo, segundo a revista Exame e os motívos são diversos: rejeição familiar, marginalização econômica e impunidade.
Como surgiu a inspiração para escrever ‘Nós Somos Todos”?
A inspiração para Nós Somos Todos nasceu da esperança de um mundo melhor. Um mundo com pessoas que respeitem e amem o próximo, pessoas com empatia. Um mundo em que possamos evoluir como seres humanos, e que as pessoas possam ser livres para serem o que são.
Minha bebê tem duas mães, e eu desejo profundamente, que ela e tantas outras crianças encontrem, daqui a alguns anos mais amor e respeito, nesse mundo.
Nós Somos Todos é uma música muito representativa.
Sim, um hino de muita representatividade. São tantas as bandeiras para levantar. Não pude erguer todas, na letra, mas sei que muitos se sentirão acolhidos. O clipe mostra essa acolhida, pois Nós Somos Todos.
Você gravou um álbum, no Japão, como foi a experiência?
Sobre o álbum 5Minutos, no Japão, foi sensacional, uma baita experiência. Pude me apresentar em algumas pequenas e acolhedoras casas de show, em Kanazawa e, também, em Tokyo. Foram semanas maravilhosas e conhecer artistas japoneses que tocaram meu disco foi muito positivo, uma pegada musical diferente da nossa, isso somou muito ao trabalho, na produção do disco. Fizemos um mix de culturas e estilos, somando músicos brasileiros, americanos e japoneses, todos incríveis. Foi demais!
Quais são suas referências musicais?
Minhas referências são muitas. Quando criança, eu ouvia muita música por influência de minha mãe, íamos de Carmina Burana e Enya a Chico Buarque. Na vida adulta, minhas preferências são muitas, mas poderia citar Maria Rita, Mônica Salmaso, Lenine. Das internacionais, Adele, sem dúvida alguma. Hahaha.
Sou brasileira, a mistura que dá liga, e quanto mais referências, melhor, e eu tenho muitas. Resumindo, acho que é isso.
Com quem gostaria de fazer um feat?
Nossa, que pergunta difícil. Mas, vamos lá: Gostaria de um feat com tanta gente, temos artistas tão maravilhosos que fica difícil dizer um nome, apenas. Mas pensando em Nós Somos Todos – eu gostaria de um feat com Marcelo Falcão.
Sobre Fernanda Coelho
Cantora e compositora, Fernanda Coelho iniciou sua jornada musical com aulas de piano aos 9 anos de idade.
Aos 12 anos começou a se interessar pelo canto. A partir de então, passa a fazer vários cursos livres de música e de técnica vocal e violão.
Aos 18 anos, entrou na Faculdade de Música e formou-se Bacharel em Canto Popular. Em 2009, fez especialização em técnica vocal com os professores do instituto Roy Hart, da França, em São Paulo.
Desde então, sobrevive de música. Durante muitos anos cantou em bares, restaurantes e casas de shows, ganhando experiência em diversos gêneros musicais.
Em 2016, foi ao Japão gravar seu álbum, intitulado “5 minutos”, disponíveis em todas as plataformas digitais.
Hoje, é proprietária da Musical Easy, escola de música, e trabalha em conjunto com sua carreira musical – como artista solo. Lança em breve o clipe “Nós, somos todos”, música de inclusão social de etnias e gêneros, cujo grito implora por paz e amor entre as nações do mundo
Instagram: @fernandacoelhooficial