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De gestão de dados a fraudes: operadoras de saúde investem na transformação digital Uso da tecnologia personaliza atendimento, reduz perdas com no-show e prejuízos com fraude

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A transformação digital assumiu um papel de protagonismo na área da saúde e os investimentos são crescentes. De acordo com a TechTarget, 41% das organizações do setor aumentaram seu orçamento de TI somente no ano passado. A busca é pela transformação digital completa, sendo Automação, Inteligência Artificial e ciência de dados as prioridades de investimento para 30% dos entrevistados. Já estudo da Phillips sobre o futuro da saúde, mostra que a Inteligência Artificial, a análise preditiva e o uso de dados são as tendências para o próximo biênio. Em relação à IA, 72% dos gestores planejavam investir nessa área em 2022 e a projeção é que o percentual chegue a 94% neste ano.

A tendência foi vislumbrada pelo empresário João Renato Côrtes de Barros Silveira, conhecido por seus investimentos de sucesso no setor de saúde. Ex-proprietário da Lafe e fundador da ProEcho, vendidas respectivamente para o Grupo Fleury, em 2018, e para o Grupo Alliança, em 2023, o hoje CEO da empresa de diagnósticos médicos do Rio de Janeiro Starlab, acaba de voltar suas apostas para digitalização dos cuidados médicos ao anunciar a aquisição do app Bonsai. O objetivo é fortalecer o ecossistema digital das empresas e parceiras do grupo, oferecendo novos benefícios e serviços à uma base de 7 milhões de usuários.

“Acredito muito no Bonsai, é uma poderosa ferramenta de administração da saúde da família. Ele permitirá através de seu desenvolvimento, a forte inclusão de inteligência artificial, o acompanhamento dos diagnósticos, tratamentos e evoluções das etapas da vida humana. Poderemos desde controlar o período menstrual/fértil como acompanhar nossos avós remotamente. Todos os exames, todos os prazos, todas as recomendações em um único lugar. Este é o futuro!” afirma Silveira.

Grandes corporações também têm visto a tecnologia como forma de alavancar resultados. A Seguros Unimed, braço segurador e financeiro do Sistema Unimed, projeta alcançar uma economia de R$ 5 milhões por ano, a partir de 2024 com a adoção da tecnologia antifraude da Neurotech, uma empresa B3, especialista na criação de soluções avançadas de Inteligência Artificial e Big Data.

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“O combate às fraudes é um grande desafio que a Saúde Suplementar vem enfrentando no Brasil. Em outubro de 2022, a FenaSaúde denunciou um esquema que custava R$ 40 milhões em reembolsos solicitados por empresas de fachada. Por isso, aqui na Seguradora estamos investindo em tecnologia e em parceiros para combater essas ações que prejudicam todo o ecossistema, afetando operadoras, prestadores e beneficiários”, comenta Wilson Leal, Diretor Executivo de Mercado e Tecnologia da Seguros Unimed.

Menos de um ano desde a implementação e desenvolvimento da solução junto a algumas das maiores Operadores de Saúde do país, a Neurotech conseguiu evitar perdas superiores a R$ 30 milhões relacionadas a tentativas maliciosas de recebimento ilegal de recursos por meio de golpes nos pagamentos de reembolsos.

As ferramentas baseadas em IA também podem reduzir outro problema que traz prejuízos financeiros e de tempo aos hospitais e clínicas: as faltas em consultas e outros procedimentos previamente agendados. Levantamento feito pela Botdesigner, healthtech especializada no desenvolvimento de soluções de Chatbots Omnichannel para o segmento, mostrou que, com a utilização de um sistema de confirmação automatizada, seja por Whatsapp ou ligação telefônica, a taxa mensal de não comparecimento (no-show) de pacientes pode ser reduzida pela metade, diminuindo os prejuízos no balanço anual.

Através de sua base de clientes, a empresa analisou o funcionamento de um hospital com cerca de 70 médicos em seu corpo clínico e que cobra, em média, R$ 80 por atendimento. Por mês, são aproximadamente 20 mil agendamentos. Em um cenário sem a tecnologia de confirmação, esse hospital apresentou 4.400 faltas (taxa de não comparecimento de 22%), o que pode gerar um prejuízo mensal de R$ 352.000,00 e anual de R$ 4.224.000,00. Já no cenário com a adoção da confirmação automatizada, a taxa de não comparecimento é reduzida a 11%, sendo 2.200 faltas. O prejuízo mensal fica em R$ 176.000,00 e o anual em R$ 2.112.000,00, uma queda de 50%.

“O sistema viabiliza contatos anteriores ao momento da consulta e/ou exame para lembrar ao usuário sobre o agendamento. Essa interação com o robô já é adaptada às necessidades do cliente e serve como um complemento ao trabalho dos atendentes reais que, paralelamente, podem dar sequência a outros agendamentos de maneira mais fluida”, explica Frederico de Souza, CEO da Botdesigner.

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O uso da tecnologia também acaba por minimizar, inclusive, o risco do vazamento de dados, pois reduz o acesso dos colaboradores a informações críticas que acabam quebrando o sigilo. A gestão das pessoas é o maior dos desafios e tem levado a investimentos no treinamento dos colaboradores, demanda sentida pela DeServ Academy..

“Muitas pessoas acabam acessando as informações de um determinado paciente ou de um titular de dados, o que abre margem para a quebra da confidencialidade. Este cenário aumenta a demanda por treinamentos daqueles que lidam com os dados sensíveis. Muitas vezes, não é que houve a quebra de alguma informação que estava em algum sistema ou erro de algum controle técnico de segurança, mas uma vulnerabilidade humana que acaba vazando informações sobre determinado paciente como fofoca mesmo”, explica a sócia da DeServ Academy, Bruna Fabiane da Silva.

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Cinco aplicações práticas de IA em setores estratégicos

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(crédito: rawpixel/freepik)

Como a inteligência artificial deixa de ser experimento e assume o papel de motor estratégico da eficiência, competitividade e previsibilidade nos negócios

A inteligência artificial deixou de ser apenas uma ferramenta tecnológica para se tornar um pilar estratégico dos negócios modernos. Cada vez mais acessível e sofisticada, ela vem transformando a forma como empresas de diferentes setores tomam decisões, otimizam recursos e interagem com clientes. De varejo a manufatura, de finanças a logística, a IA está moldando uma nova era de eficiência, personalização e previsibilidade.

A IA representa uma mudança de paradigma na gestão empresarial: decisões antes baseadas em intuição agora se apoiam em modelos preditivos e análises explicativas. Essa combinação entre dados, aprendizado de máquina e automação tem impulsionado ganhos expressivos de produtividade e competitividade. Segundo Carlos Relvas, Chief Data Scientist da Datarisk, a inteligência artificial é mais do que uma tecnologia. “Trata-se de uma estratégia de negócios, pois permite decisões mais precisas, ágeis e personalizadas que ajudam as empresas a se posicionarem de forma competitiva em mercados cada vez mais dinâmicos e exigentes.”

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A seguir, cinco áreas em que o impacto da inteligência artificial é mais evidente:

1. Varejo: previsibilidade e eficiência operacional

No varejo, a IA está revolucionando o planejamento de estoque, o relacionamento com o consumidor e a logística. Modelos preditivos ajudam a antecipar riscos de ruptura, ajustando automaticamente os volumes de reposição com base em dados de vendas, sazonalidade, preços e transporte.

A Suzano exemplifica o impacto da IA no varejo. Em parceria com a Datarisk, a empresa reduziu em 50% as rupturas de estoque no canal de papelarias, utilizando modelos de Machine Learning para prever riscos de indisponibilidade com base em dados de vendas, demanda, preços e logística.

Além da gestão de estoque, a IA é aplicada na personalização de ofertas, otimização da comunicação com o consumidor e automação do atendimento. Os sistemas recomendam produtos e promoções em tempo real, com base em perfis de compra e localização, aumentando a conversão e fidelização. A automação também melhora a logística de última milha, reduzindo custos e prazos de entrega.

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2. Mercado financeiro: retenção e crédito com inteligência

No setor financeiro, já existem soluções para prever churn e reduzir a inadimplência. Utilizando modelos preditivos e análise explicativa com a metodologia SHAP (SHapley Additive exPlanations) – ferramenta que mostra quais fatores influenciaram a decisão de um sistema de inteligência artificial, ajudando a entender como ele chegou ao resultado – , a empresa identifica clientes com alta propensão à evasão com até três meses de antecedência, permitindo ações personalizadas de retenção. “Os scores proprietários avaliam desde a estimativa de renda até o risco de crédito para pessoas físicas e jurídicas, além da estabilidade empregatícia e probabilidade de apostas em plataformas digitais. Essas soluções têm ajudado instituições financeiras a tomar decisões mais assertivas e reduzir perdas”, afirma Relvas.

3. Logística: decisões ágeis e redução de gargalos

Na logística, a IA atua na roteirização inteligente, previsão de demanda e gestão de frotas. Os modelos analisam variáveis como tráfego, capacidade de centros de distribuição e comportamento de consumo para otimizar rotas e evitar gargalos operacionais.

A integração das soluções à infraestrutura dos clientes transforma previsões em ações concretas, como definição de volumes ideais de pedido, estimativas de estoque em tempo real e planejamento de atuação de promotores. O resultado é maior disponibilidade de produtos, redução de custos e aumento da satisfação do consumidor.

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4. Manufatura: produção inteligente e manutenção preditiva

Na indústria, a IA está sendo aplicada para otimizar processos produtivos, prever falhas e aumentar a eficiência operacional. “Já existem modelos que analisam dados de sensores e sistemas MES (software que monitora e controla em tempo real as atividades do chão de fábrica) para antecipar problemas, ajustar parâmetros em tempo real e automatizar o controle de qualidade”, lembra o executivo.

Combinada à visão computacional, a IA permite inspeções automatizadas com precisão superior à humana. Além disso, a integração com plataformas como Azure OpenAI e Google Vertex AI garante segurança e governança no uso de IA generativa em ambientes industriais.

5. Serviços: experiência do cliente e automação inteligente

No setor de serviços, a aplicação da IA melhora a experiência do cliente, reduz o tempo de atendimento e aumenta a assertividade nas interações. Um exemplo é o Reclame AQUI, onde a IA reduziu o esforço de moderação e acelerou a resolução de conflitos.

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A solução da Datarisk conta ainda com agentes inteligentes para atendimento, análise de documentos e classificação de dados, além de soluções para previsão de demanda, análise de sentimentos e mapeamento da jornada do cliente.

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Evento no Itaim promove experiência de compra e fortalecimento de marcas independentes

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O Point Shop realiza sua terceira edição no Itaim Bibi reunindo expositores, patrocinadores e famílias em um evento especial de compras de Natal.

O Itaim Bibi recebe, no dia 30 de novembro, a 3ª edição do O Point Shop, evento criado para aproximar o público de marcas independentes e oferecer uma experiência de compra mais humana, afetiva e divertida — bem diferente da rotina apressada do e-commerce. A feira acontece no Horácio Bar e Cucina, na Av. Horácio Lafer, 533, e reunirá um mix de marcas autorais, almoço no local, recreação infantil gratuita e ativações especiais de patrocinadores.

Idealizado por Paula Barone, o evento nasceu da vontade de criar um espaço onde pequenos empreendedores pudessem mostrar seus produtos ao vivo e gerar conexão real com o consumidor. “As pessoas amam comprar na internet, mas nada substitui ver, tocar, experimentar e conversar com quem criou aquela peça. A relação muda completamente e as vendas também”, afirma Paula.

Com edição dedicada ao Natal, o O Point Shop aposta em curadoria e clima acolhedor para quem quer antecipar as compras de fim de ano e descobrir novos talentos criativos da cidade. O público encontrará marcas de moda feminina, acessórios, moda infantil, itens para casa, autocuidado e confeitaria, todas selecionadas para evitar concorrência direta e garantir variedade.

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Para tornar o evento ainda mais convidativo, o Horácio Bar e Cucina preparou uma experiência completa: ambiente pet friendly, ar-condicionado, valet e um cardápio variado que inclui massas, saladas, carnes, risotos e pratos infantis. O espaço foi dividido em três ambientes, permitindo que as famílias almocem com tranquilidade enquanto circulam entre as marcas.

As crianças também terão lugar especial. A programação inclui recreação infantil gratuita com monitores ao longo do dia. Para Paula, essa é uma das chaves para transformar o evento em um programa de fim de semana, não apenas uma feira de compras. “O O Point Shop é para ser leve, gostoso, aconchegante. A ideia é que mães, pais e amigos venham juntos, almoçem, circulem, conversem e descubram marcas incríveis sem pressa.”

Além dos expositores, patrocinadores estarão presentes com ativações, demonstrações e experiências exclusivas, aproximando ainda mais o público de marcas de serviços e produtos que desejam apresentar novidades.

“Criamos um ponto de encontro para quem ama marcas independentes e quer viver um dia diferente. Nosso objetivo é que cada pessoa saia com algo especial: seja uma compra, uma descoberta, um presente ou apenas um momento de bem-estar”, completa Paula.

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SERVIÇO

O Point Shop – 3ª edição
Domingo, 30 de novembro
10h às 18h
Horácio Bar e Cucina – Av. Horácio Lafer, 533 – Itaim Bibi
Atividade infantil gratuita
Pet friendly

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Governança corporativa é o alicerce invisível da inovação sustentável

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Por Roberto Gonzalez (*)

Em tempos em que a inovação é tratada como sinônimo de sobrevivência empresarial, o discurso do “inovar a qualquer custo” ainda encanta muitos executivos. No entanto, a história recente mostra que as empresas que mais se destacam em inovação, ou seja, aquelas capazes de transformar ideias em resultados consistentes, têm algo em comum: uma governança corporativa sólida, que garante direção, transparência e disciplina estratégica.

A inovação, ao contrário do que muitos imaginam, não é apenas fruto da criatividade ou da ousadia de poucos. É um processo que exige estrutura, compliance, accountability e gestão de riscos. Sem esses pilares, as boas ideias se perdem em projetos mal executados, decisões arbitrárias e falta de alinhamento entre propósito e prática. É justamente aí que a governança corporativa atua como fator de equilíbrio entre liberdade criativa e responsabilidade organizacional.

Empresas inovadoras são, por natureza, mais expostas ao risco. Lançar um novo produto, ou até uma nova forma de prestar serviço, adotar uma tecnologia emergente ou alterar o modelo de negócios envolve incertezas que podem comprometer a reputação, a rentabilidade e a sustentabilidade da organização.

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Um bom sistema de governança, com conselhos atuantes, comitê que debata inovação e políticas de compliance integradas, cria um ambiente de experimentação responsável.

Essa estrutura define limites claros, critérios de priorização e métricas de sucesso, sem sufocar a criatividade. Além disso, permite que a inovação seja tratada como investimento estratégico e não como gasto experimental, garantindo continuidade mesmo em períodos de instabilidade.

A governança também é essencial para alinhar interesses entre os diferentes stakeholders (públicos estratégicos): acionistas, gestores, profissionais, governo, comunidade e a sociedade em geral. Afinal, em tempos de ESG, a inovação não pode ser apenas tecnológica; precisa ser ética, sustentável e transparente.

Quando uma empresa comunica de forma clara suas metas de inovação, critérios de investimento e resultados alcançados, ela fortalece a confiança do mercado e atrai parceiros estratégicos, talentos e investidores de longo prazo. O oposto, uma inovação opaca e mal gerida, tende a gerar desconfiança, volatilidade e resistência interna.

Outro ponto muitas vezes negligenciado é que a governança influencia a cultura organizacional. Conselhos e lideranças que valorizam boas práticas de governança incentivam comportamentos inovadores mais maduros, baseados em dados, propósito e aprendizado contínuo. Em vez de premiar apenas a disrupção, valorizam a capacidade de aprender com erros, compartilhar conhecimento e institucionalizar processos de inovação. Essa cultura “governada” garante que a empresa não dependa de indivíduos visionários, mas de um sistema capaz de se reinventar de forma contínua.

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Casos emblemáticos de sucesso, como os de empresas que transformaram setores inteiros por meio de inovação disciplinada, mostram que governança e inovação não são forças opostas, mas complementares. A ausência de governança leva à inovação caótica, enquanto a governança excessivamente burocrática leva à estagnação. O equilíbrio entre ambos é o que permite criar valor sustentável.

Ao reconhecer a governança corporativa como o alicerce invisível da inovação, as organizações deixam de tratá-la como mera exigência regulatória e passam a enxergá-la como vantagem competitiva. Afinal, inovar com responsabilidade é o único caminho possível para construir empresas que não apenas surpreendem o mercado, mas também permanecem relevantes no longo prazo.

(*) Roberto Gonzalez é consultor de governança corporativa e ESG e conselheiro independente de empresas. Foi um dos idealizadores do ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3. Conquistou o prêmio ABAMEC em 2004 defendendo o ESG na Análise Fundamentalista. É autor do livro “Governança Corporativa – o poder de transformação das empresas”.

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