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Negócios

Cresce o número de pedidos de recuperação judicial no Brasil

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Pedidos de recuperação judicial atingem recorde em agosto, com micro e pequenas empresas liderando as estatísticas, aponta a Serasa Experian. Especialistas apontam inflação e juros elevados como causas principais

Em agosto de 2023, os pedidos de recuperação judicial atingiram um recorde considerado alarmante pelo mercado financeiro. De acordo com o Indicador de Falências e Recuperações Judiciais da Serasa Experian, foram registrados 135 pedidos, um aumento de 82,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior e um crescimento de 32,4% em relação a julho deste ano.

Empresas renomadas, como a Maxmilhas e a 123 Milhas foram alguns dos exemplos que, diante das adversidades financeiras, tiveram que recorrer à recuperação judicial recentemente, refletindo a fragilidade do cenário econômico atual.

A predominância desses pedidos vem das micro e pequenas empresas, que totalizaram 91 requerimentos em agosto. O levantamento é realizado mensalmente e coleta dados de falências (requeridas e decretadas) e de recuperações judiciais e extrajudiciais. A coleta se dá por meio dos fóruns, varas de falências, Diários Oficiais e da Justiça dos estados, segmentando por porte empresarial.

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“A contínua expansão da relação de empresas inadimplentes evidencia que a falta de estabilidade econômica ainda representa um obstáculo para as empresas” diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. “É inevitável que muitos empresários, prejudicados financeiramente, busquem a recuperação judicial como alternativa para reestruturar a capacidade financeira das companhias e evitar a falência.”

Especialista analisa o fenômeno

Legenda: A advogada Jéssica Farias, especialista em reestruturação empresarial destaca que os pedidos acontecem devido a instabilidade econômica do Brasil

Jéssica Farias, administradora judicial e advogada especialista em reestruturação empresarial, explica sobre essa crescente onda de recuperações judiciais. Segundo ela, a combinação de uma inflação em alta com juros elevados desencadeou um efeito dominó na economia. “O remédio amargo para combater a inflação com juros altos é o aumento da inadimplência. E o elo mais fraco dessa cadeia são as pequenas e médias empresas,” explica.

O setor de serviços, segundo Farias, sofreu um impacto mais significativo. Ainda se recuperando das consequências da pandemia, essas empresas enfrentam uma realidade onde não conseguem buscar outros mercados como o externo e, assim, dependem intensamente da renda do consumidor e do nível de emprego.

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A especialista projeta que essa tendência de crescimento nos pedidos de recuperação judicial continuará até o fim do ano, dada a inadimplência crescente nas empresas, que aumentou de forma constante desde o final de 2021.

O processo de recuperação judicial no Brasil

O processo de recuperação judicial no Brasil é um instrumento legal que visa permitir que uma empresa em dificuldades financeiras possa reestruturar suas dívidas e, assim, evitar a falência. Segundo a Lei nº 11.101 de 2005, o administrador judicial tem um papel central nesse processo.

Conforme destaca Farias: “Ele não está ali apenas para auxiliar o juízo e fiscalizar as atividades da empresa, mas também trazer soluções inovadoras para que o juízo possa tomar decisões fundamentadas e entender profundamente as nuances do mercado.”

Nesse contexto, a especialista enfatiza que, além da mera aplicação da lei, é preciso uma visão multidisciplinar que considere o contexto empresarial, econômico, capacidade de negociação e mediação, e uma visão técnica apurada. E, em um cenário econômico tão desafiador como o brasileiro, o administrador judicial precisa atuar de forma proativa, estratégica e antecipada para equilibrar os interesses de todos os envolvidos, promover a celeridade do processo e assegurar o soerguimento das empresas viáveis, contribuindo assim para a sustentabilidade econômica e social do país.

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Negócios

Um ano após a tragédia no RS, transporte rodoviário impulsiona reconstrução e aquece economia local

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Plataforma Transvias registrou mais de 78 mil cotações para cidades gaúchas em 12 meses; Porto Alegre lidera com 85% da demanda

Um ano após as enchentes históricas que devastaram o Rio Grande do Sul, o transporte rodoviário segue como peça-chave na reconstrução do estado. Das mais de 478 cidades atingidas, muitas ainda enfrentam desafios logísticos — e é justamente o setor de transportes que tem sustentado o fluxo de doações, insumos, materiais de obra e até mesmo o reabastecimento de comércios locais.

Segundo dados da Transvias, plataforma nacional que conecta empresas a transportadoras de carga, foram registradas 78.488 cotações de transporte com destino ao Rio Grande do Sul no último ano — um aumento de 113% em relação ao período anterior. Porto Alegre respondeu por 85,88% da demanda (67.407 cotações), seguida por Rio Grande (7,31%), Caxias do Sul (2,66%), Pelotas (2,28%) e Canoas (1,87%).

“Quando as estradas foram liberadas, os caminhões já estavam prontos para rodar. A logística rodoviária foi essencial para fazer a ajuda humanitária chegar, e agora ela continua sendo o principal motor da reconstrução”, afirma Célio Martins, gerente de novos projetos da Transvias.

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Da solidariedade à retomada econômica

Apenas nas primeiras semanas após a tragédia, foram transportadas mais de 3 mil toneladas de donativos pelos Correios, 368 toneladas pela FAB e 154 toneladas pela Marinha. Essas entregas, no entanto, representam apenas uma parte do que circulou pelas estradas gaúchas. Empresas de transporte privadas, muitas organizadas via plataformas como a Transvias, mantiveram frotas ativas para apoiar hospitais, escolas, mercados e até pequenos produtores que dependem da malha rodoviária para escoar mercadorias.

“A alta nas buscas por transportadoras com rotas para o Rio Grande do Sul reflete um movimento maior: o de reconstrução em curso, com foco em retomada da infraestrutura, reabertura de comércios e reativação do turismo regional”, destaca Célio.

Infraestrutura: avanço e desafios

De acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), as enchentes danificaram mais de 13 mil quilômetros de rodovias no estado. A reconstrução completa da malha viária exigirá R$ 27,2 bilhões em investimentos. O governo federal já destinou R$ 111,6 bilhões para ações emergenciais e estruturantes, incluindo recuperação de estradas e mobilidade urbana.

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Atualmente, cerca de 94% dos trechos afetados foram liberados para circulação, mas a reconstrução definitiva de pontes, acessos secundários e obras de drenagem segue em ritmo gradual.

Turismo sobre rodas

Outro reflexo positivo está no turismo rodoviário. Mesmo com o Aeroporto Salgado Filho fechado durante boa parte de 2024, o Rio Grande do Sul recebeu 518.557 turistas internacionais em janeiro de 2025, segundo a Embratur — um crescimento de 95,1% sobre o mesmo período do ano anterior.

Com as estradas liberadas, muitos turistas estão optando por chegar de carro ou ônibus. Na Transvias, houve crescimento de 84% nas cotações com destino a cidades turísticas como Gramado, Canela e Bento Gonçalves, especialmente entre São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Conclusão

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A atuação do transporte rodoviário um ano após a maior tragédia climática do estado reafirma a importância logística do setor — tanto na solidariedade quanto no crescimento econômico. A expectativa é que, até o fim de 2025, o volume de cotações na Transvias com destino ao RS cresça ao menos mais 30%, acompanhando o ritmo das obras e da movimentação comercial no estado.

“O transporte rodoviário está presente em todas as fases — do resgate à reconstrução. E continuará sendo o elo entre quem produz, quem ajuda e quem recomeça”, finaliza Célio Martins.

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Negócios

CSI Investimentos: Revolucionando o Consórcio como Forma de Investimento

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Fundada por Pietro Carollo e Bruno Carollo, a CSI Investimentos vem se destacando no mercado ao transformar o consórcio em uma ferramenta estratégica para investimentos. Diferente da abordagem tradicional, onde o consórcio é visto apenas como uma alternativa ao financiamento, a CSI utiliza este modelo para maximizar os retornos financeiros de seus clientes por meio de duas principais estratégias.

Em 2024, a empresa consolidou seu sucesso ao alcançar a 16ª posição no ranking nacional de vendas do produto, reforçando sua expertise e relevância no setor.

Transformando Consórcios em Oportunidades Lucrativas

Sempre que um cliente é contemplado, a CSI Investimentos oferece duas opções rentáveis para otimizar o uso da carta de crédito:

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Investimento em Imóveis para Locação de Curta Duração

A empresa orienta seus clientes a adquirirem studios e outros imóveis compactos, altamente demandados para locação temporária. A gestão desses imóveis é feita por uma empresa especializada e parceira da CSI Investimentos, garantindo praticidade e rentabilidade para os investidores.

Compra e Comercialização de Cartas Contempladas
Para aqueles que desejam liquidez imediata, a CSI Investimentos adquire suas cartas de crédito contempladas. Como o financiamento bancário possui juros significativamente mais altos do que o consórcio, existe uma demanda crescente por cartas contempladas com taxas mais atrativas. A CSI compra essas cartas e as revende para clientes que buscam melhores condições, criando assim um mercado dinâmico e lucrativo.

Diferencial da CSI Investimentos
Com um time de especialistas altamente qualificados, a CSI Investimentos se destaca por oferecer um atendimento personalizado, alinhado com os objetivos financeiros de seus clientes. A empresa se posiciona como uma parceira estratégica, proporcionando soluções inovadoras e seguras para transformar o consórcio em um investimento inteligente.

Seja para quem deseja entrar no mercado imobiliário com alta rentabilidade ou para aqueles que buscam oportunidades no segmento financeiro, a CSI Investimentos se consolida como referência na utilização estratégica do consórcio como forma de investimento.

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Empreendedorismo afetivo: quando cozinhar é um ato de memória e de amor

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Chef Carina Popolare relembra os ensinamentos da nonna e transforma o legado familiar em uma marca que valoriza o afeto à mesa

Em tempos de rotinas aceleradas e relações digitais, há quem escolha o caminho oposto: o de colocar a mão na massa – literalmente – como forma de preservar memórias, tradições e afetos. É o que faz diariamente a chef Carina Popolare, fundadora da Popolare Massas e Empório, em Goiânia. À frente de uma marca que valoriza a produção artesanal, Carina carrega no ofício o que aprendeu com sua nonna italiana, que a ensinou que a massa é mais do que alimento: é cuidado.

“Minha nonna era maravilhosa. Foi ela quem me ensinou que a massa a gente trata com carinho, como se fosse um filho. Esse respeito pelo tempo de preparo, pelo toque, pela textura — tudo isso virou parte da minha vida e do meu trabalho”, conta Carina, emocionada.

A Popolare nasceu dessa raiz afetiva e se firmou como um espaço onde o passado encontra o presente em forma de comida feita com mãos e alma. As receitas da família Popolare — passadas entre avós, mães e filhas — ganharam forma no negócio que hoje leva às mesas goianas mais do que pratos prontos: entrega lembranças, tradição e identidade.

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Neste mês de maio, quando se comemora o Dia das Mães, Carina decidiu dar ainda mais visibilidade a esse legado com a campanha “Amore di Nonna – Onde a tradição encontra o amor”. A ação busca resgatar a figura das avós italianas como guardiãs da cozinha e homenagear o papel silencioso, mas transformador, que tantas mulheres exercem ao alimentar suas famílias — e, com isso, manter vivas suas histórias.

“Antes de sabermos escrever, já sabíamos sentir o cheiro do molho, do pão assando. A cozinha era o lugar onde tudo acontecia, onde o amor era passado sem palavras”, reflete Carina. Na campanha, esse sentimento é traduzido em frases, imagens e um kit simbólico com massas artesanais e uma mensagem escrita em italiano: “Per la migliore nonna del mondo”.

Mais do que uma profissão, a cozinha é, para Carina, uma forma de honrar a memória de sua família e de tantas mulheres que cozinharam com afeto, sem aplausos, mas com um amor que atravessa gerações. E é esse espírito que ela imprime em cada detalhe da Popolare.

“Tradição pra mim não é repetição, é continuidade. É pegar o que veio antes e transformar com respeito e verdade. Cozinhar é minha forma de manter viva a história da minha nonna — e de tantas nonnas que existem dentro de cada um de nós”, conclui.

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