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Coluna Giro Tech: Confira os destaques da semana

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* Por redação Coluna Giro Tech

Transfeera acelera

A Transfeera, fintech que fornece soluções de pagamentos para empresas, alcançou a marca de R$ 18 bilhões movimentados no primeiro semestre de 2024, um crescimento de 58%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em paralelo, a scale-up catarinense, que foi adquirida pela espanhola PayRetailers em maio, também acaba de lançar um novo produto no mercado: o link de pagamentos, que permite ao cliente optar por cartão de crédito, boleto e Pix. O novo método deve representar mais de 30% da receita da companhia no futuro, oferecendo maior comodidade aos seus mais de 500 clientes.

Referência em transporte e logística

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A Motz, transportadora digital que facilita e melhora a jornada de motoristas e embarcadores, registrou uma receita líquida de mais de R$ 690 milhões nos primeiros seis meses de 2024, uma alta de 42% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O bom momento da empresa passa também pela quantidade de motoristas cadastrados na plataforma, que chegou à marca de 72 mil profissionais. Dando continuidade à sua estratégia de escalada, a Motz também apresentou uma ascensão em 12% do volume de produtos transportados em relação ao mesmo período de 2023. Apenas nos primeiros seis meses deste ano a companhia registrou mais de 9,6 milhões de toneladas movimentadas. Os dados reforçam o foco da companhia de ampliar em 30% sua receita líquida e em 35% sua base de motoristas até o final de 2024.

Novo CTO

A Quod, datatech que oferece serviços que transformam dados em inteligência para qualificar os processos de tomada de decisão, anuncia Marcelo Clara como seu novo CTO. O executivo chega com a missão de liderar a área de tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento de soluções robustas e ajudando a impulsionar o crescimento da companhia. “Encontrei aqui um time altamente qualificado e engajado, pronto a explorar novas possibilidades de expansão e geração de resultados. O meu objetivo agora é ajudar a alavancar o crescimento da Quod através do uso de tecnologia e de dados em escala, oferecendo serviços de alto valor agregado para a transformação e o desenvolvimento do mercado brasileiro”, enfatiza Clara.

 Marca em expansão

A rede de franquias de padarias artesanais Sagrado Boulangerie, com sede em Alphaville e atuação em São Paulo e Rio de Janeiro, anunciou um crescimento de 30% no primeiro semestre de 2024. A marca tem planos ambiciosos para expansão nacional, incluindo a abertura de novas unidades em Minas Gerais, Mato Grosso e no interior do Rio de Janeiro. Com um faturamento anual de R$10 milhões e opções de investimento a partir de R$225 mil, a Sagrado Boulangerie se destaca como uma oportunidade de negócio rentável e inovadora no segmento de padarias artesanais, consolidando-se como uma das líderes do mercado.

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Parceria em prol da educação

A IARIS, startup paraibana especializada em aplicações de inteligência artificial, e a Senior, multinacional especialista em tecnologia para gestão, se uniram para levar ainda mais inovação e segurança para os processos de aprendizado. Por meio da parceria, as provas e exames realizados dentro da plataforma Konviva LMS passam a ser monitoradas com o uso da Inteligência Artificial (IA) pela solução EasyProctor. A tecnologia já acompanhou de perto cerca de 700 mil exames, o que gerou mais de 3 milhões de alertas de possibilidade de fraudes.

David Correia lança thriller psicológico “Fascínio” em Brasília

Após um lançamento de sucesso na Bienal do Livro de São Paulo, o autor David Correia chega a Brasília para apresentar seu thriller psicológico, “Fascínio”. O evento acontece no dia 14 de outubro, a partir das 19h, na Livraria Leitura, no ParkShopping e contará com uma sessão de autógrafos e um bate-papo com o autor. A obra, que cativou o público na Bienal, acompanha a trajetória de Guilherme em meio a eventos sobrenaturais e psicológicos, oferecendo uma narrativa instigante e cheia de suspense.

Liderança em produtos digitais

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A weme, estúdio de produtos digitais que acelera a transformação de grandes organizações, fechou o primeiro semestre com um faturamento equivalente ao registrado em todo o ano de 2023. Somente nos primeiros seis meses de 2024, a empresa cresceu 50% e já mira faturar o dobro até o fim deste ano. Neste mesmo intervalo, a marca realizou e entregou mais de 35 projetos, atendendo a nomes como Ambev, Rappi, BASF, Elo, Banco BV, CPFL e Pfizer, que tiveram iniciativas digitais construídas ou aceleradas pela companhia. Além disso, a chegada de novos executivos deve fortalecer ainda mais a liderança da weme, que incluiu devez o tema de IA no dia a dia das soluções, experiências e serviços oferecidos.

Programa “Direto ao Tesouro”

A Barkus, negócio de impacto social focado em soluções de inclusão e educação financeira lançou o programa “Direto ao Tesouro”, com o objetivo de capacitar pessoas de todas as idades a realizarem seus investimentos no Tesouro Direto, pelo site https://diretoaotesouro.com.br/. A jornada de orientação financeira é gratuita e interativa, onde cada passo é guiado pela “Diana”, uma personagem com Inteligência Artificial (IA) que ajuda na tomada de decisões, contribuindo para a educação financeira do usuário. O público-alvo do programa são pessoas pertencentes a grupos minorizados, como jovens, mulheres, pessoas negras, do Norte e do Nordeste brasileiro, de 18 a 39 anos de idade, que ganham de 2 a 7 salários-mínimos. O valor necessário para fazer o investimento inicial é a partir de R$35.

Expansão internacional

A Syonet, empresa referência em soluções tecnológicas para concessionárias de veículos, anuncia um novo posicionamento estratégico que inclui ações como a incorporação da Lead Force, rebranding da marca e expansão internacional. A meta é crescer 35% até o final de 2024 e atingir mais de R$ 60 milhões em faturamento. Como forma de ampliar sua presença no mercado latino americano, a Syonet está investindo mais de R$ 1 milhão em expansão internacional, iniciando operações diretas no México com a abertura de uma subsidiária local. A ideia é oferecer soluções tecnológicas integradas para as mais de 2500 concessionárias de veículos leves do país. Entre os clientes mexicanos já conquistados está o Grupo Continental, que concentra mais de uma dezena de lojas de marcas como BYD, Fiat, Jeep, Toyota, Hyundai, entre outras.

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RX Brasil lança estandes sustentáveis em feira de iluminação

A RX Brasil promoveu na Expolux 2024, maior evento de iluminação na América Latina, o lançamento do Programa Estande Sustentável. A ação que fará parte do portfólio de feiras da organizadora tem como principal objetivo conscientizar e incentivar práticas sustentáveis como o uso e reuso consciente de materiais, o correto descarte dos mesmos e impulsionar a utilização mais eficiente de recursos e materiais reciclados. O programa faz parte do projeto ESG da RX, que busca fazer com que os eventos passem a se envolver, de forma mais consciente e mensurável, do contexto social dos mercados e localidades aos quais pertencem.

 Grupo Açotubo projeta R$ 20 milhões em investimentos para o segundo semestre

De acordo com levantamento do Instituto Aço Brasil, a produção brasileira de aço bruto atingiu 16,4 milhões de toneladas no primeiro semestre, demonstrando um crescimento de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2023.  Dentro do bom momento do setor no primeiro semestre, o Grupo Açotubo, maior distribuidora de aço siderúrgico do país, planeja investir R$ 20 milhões nos próximos meses e destaca perspectivas para o fechamento de 2024.

Parceria MyTracking e Alfa Sistemas

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A MyTracking, plataforma de gestão para logística, firmou uma parceria estratégica com o Alfa Sistemas para acelerar seu crescimento nos setores de indústria, varejo e e-commerce. A aliança prevê um aumento de 15% na base de clientes até o final de 2024 e uma expansão no faturamento de até 40% no próximo ano. Essa união traz a possibilidade de soluções mais integradas para a logística de empresas que já usam alguma versão do SAP ou buscam implantá-lo, olhando um escopo mais abrangente, como ter uma Torre de Controle Logística, trazendo mais eficiência e redução de custos. Ambas esperam consolidar a sua presença no mercado, oferecendo uma solução integrada de gestão empresarial e logística.

 Runtalent disponibiliza vagas para o setor de TI

A Runtalent, consultoria referência na contratação e alocação de profissionais de tecnologia, disponibiliza para o mês de setembro diversas oportunidades de trabalho. As 125 vagas estão distribuídas em modelo híbrido (17%), presencial (11%) e remoto (72%). Dentre os cargos oferecidos, incluem-se desenvolvedores Java e Microsoft, analistas funcionais SAP, programadores, profissionais especializados em Cloud, analistas e cientistas de dados. Para mais informações, acesse o site da Runtalent ou a página da empresa no LinkedIn.

Evento com foco no segmento da saúde

A BRL Educação realizará o evento “Infusão Saúde: PGL – Posicionamento, Gestão e Lifestyle” de 4 a 6 de outubro, em Brasília. Com foco no setor de saúde, o evento trará palestras de Janete Vaz (Grupo Sabin), Leandro Vaz, Ravell Nava (SIX Sport Life) e Emerson Finhold (OdontoBusca), abordando liderança e gestão estratégica. O objetivo é capacitar empresários e gestores com ferramentas práticas para otimizar seus negócios, com temas como gestão financeira e inovação, além de promover networking entre líderes do setor, com expectativa de impactos positivos na performance das empresas.

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A profissionalização das equipes de montagem no setor de acabamentos

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Especialistas explicam por que o modelo brasileiro de instalação é mais estruturado que o norte americano e como a qualificação técnica influencia vendas, experiência do cliente e competitividade das lojas físicas

A demanda por ambientes de exposição mais completos, organizados e capazes de apresentar peças de grandes formatos transformou o setor de acabamentos no Brasil e reposicionou o trabalho das equipes de montagem. O país, que figura entre os maiores produtores e consumidores de revestimentos cerâmicos do mundo, ocupando atualmente a terceira posição segundo dados da Anfacer, desenvolveu um modelo de instalação muito mais profissionalizado do que o padrão predominante nos Estados Unidos. O contraste revela diferenças estruturais na forma de operar lojas físicas, manter showrooms e garantir eficiência no varejo.

Para o especialista em montagem, coordenação de equipes e desenvolvimento de ferramentas de exposição, Jucemar Silva da Rosa, com mais de 30 anos dedicados ao setor, a evolução brasileira foi resultado direto do crescimento da indústria cerâmica e da necessidade de qualificação técnica. “As montagens no Brasil avançaram porque a indústria percebeu que a equipe treinada influencia a segurança, a durabilidade dos expositores e a experiência de compra. Nos Estados Unidos, o modelo é mais fragmentado e depende majoritariamente de prestadores autônomos. Isso dificulta padronização e manutenção”, afirma o profissional, que atua desde 2013 na criação de displays e coordenação de projetos de montagem em lojas de acabamentos.

Um modelo técnico que acompanha a complexidade do produto

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O mercado brasileiro de revestimentos passou nos últimos anos por uma expansão acompanhada do aumento dos grandes formatos, peças que podem atingir 3,20 metros de altura. Para esses produtos, expositores precisam de estruturas reforçadas, ajustes precisos de abertura, materiais metálicos e sistemas de fixação específicos, todos presentes nas linhas industriais dedicadas ao segmento, como mostra o catálogo de expositores para porcelanatos, louças e metais da Jota Silva .

Esse avanço exigiu equipes de montagem com competências técnicas que vão além da instalação final, como leitura de projetos, domínio de ferramentas de exposição, conhecimento de ergonomia, logística e controle de qualidade. “Quanto melhor a equipe entende o projeto e o material, menor o risco de perdas e maior a velocidade de execução. Isso impacta diretamente a performance da loja”, explica Jucemar.

O cenário norte americano e o impacto da fragmentação


Nos Estados Unidos, o varejo de materiais de construção enfrenta um momento de retração. Levantamento do UBS, amplamente repercutido pela imprensa financeira americana, projeta que mais de 50 mil lojas de varejo de todos os segmentos podem fechar até 2027, pressionadas pelo avanço do comércio eletrônico e pela concentração de operações em grandes centros logísticos. Embora o número não seja específico do setor de acabamentos, ele evidencia uma tendência que se repete no segmento. Pequenas lojas têm encontrado dificuldade em competir e manter estrutura física.

Segundo Jucemar, a baixa especialização de equipes de montagem no mercado norte americano reforça esse cenário. “Há pouca integração entre fabricantes, arquitetos e instaladores. A montagem costuma ser apenas execução, não parte do projeto. Isso reduz a vida útil dos displays, prejudica a apresentação das peças e aumenta o custo de manutenção”, analisa.

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Por que o Brasil criou um modelo mais eficiente

A profissionalização da montagem no país consolidou um ciclo de produção mais estruturado, marcado por características como:

  • Equipes internas e treinadas para manipulação de porcelanatos, metais, louças e estruturas metálicas.
    • Integração direta com fábricas e arquitetos, garantindo a correta interpretação de layouts e a execução fiel dos ambientes.
    • Padronização logística e frota própria, como ilustrado nas operações industriais que atuam com mais de 4 mil metros quadrados de parque fabril e produção automatizada de expositores.
    • Protocolos de ergonomia e segurança, fundamentais para peças de grande formato.
    • Redução de tempo de montagem, resultado de treinamento técnico, divisão de tarefas e antecipação de problemas.

No currículo de Jucemar constam experiências que reforçam esse padrão, como coordenação de amostras na Cecrisa, participação na montagem de espaços em feiras como Revestir e Cersaie e liderança de equipes dedicadas a projetos completos envolvendo fabricação, transporte e instalação de displays para showrooms em todo o país.

Efeitos diretos na experiência de compra e na saúde das lojas físicas
Estudos de comportamento de consumo mostram que ambientes organizados, bem iluminados e com exposição clara do produto aumentam a conversão em até 20 por cento, segundo análises de varejo presentes em relatórios internacionais. No setor de acabamentos, onde o cliente precisa visualizar textura, cor, brilho e paginação, o papel da montagem torna se ainda mais central.

Para Jucemar, uma exposição mal executada tem impacto imediato no desempenho da loja. “Quando a peça não está bem posicionada, quando o display não suporta o peso ou quando a paginação não é fiel ao ambiente real, o consumidor perde referência. A montagem é parte da venda”, explica.

Tendências e caminhos para os dois mercados
Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, especialistas apontam que o futuro da montagem no setor de acabamentos passa por três direções principais.

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  1. Formação continuada
    A qualificação em leitura de projetos, logística, ergonomia e manuseio de grandes formatos torna se cada vez mais indispensável.

  2. Participação do instalador desde o início do projeto
    Integrar montadores às decisões de layout reduz falhas, melhora o acabamento final e aumenta a durabilidade dos expositores.

  3. Padronização de processos
    Rotinas documentadas, cronogramas claros e testes prévios de estruturas otimizam tempo e reduzem custos operacionais.

Impacto econômico e oportunidade para o varejo

A adoção de modelos profissionais de montagem em larga escala tem potencial para fortalecer lojas físicas, especialmente em cidades de médio porte, onde a presença de arquitetos, designers e consultores ainda é um diferencial competitivo. No Brasil, essa profissionalização contribuiu para a expansão de franquias e boutiques de acabamentos. Nos Estados Unidos, o movimento pode ajudar a reduzir a dependência das grandes redes e permitir a sobrevivência de pequenos negócios locais.

Jucemar sintetiza: “A montagem deixou de ser apenas execução. Ela é estratégia comercial. Quando a equipe entende técnica, logística e exposição, a loja ganha eficiência, estética e resultado.”

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Diálogo competitivo e contratações complexas ganham força no Brasil mas exigem rigor 

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Nova Lei de Licitações consolida o diálogo competitivo em projetos de alta complexidade, enquanto especialistas defendem protocolos claros para evitar distorções na etapa de diálogos

Estudos da OCDE indicam que as compras públicas representam cerca de 12% do PIB dos países membros, reforçando o impacto econômico das contratações governamentais. No Brasil, números do Painel de Compras do Governo Federal mostram que as aquisições federais passaram de R$ 218,6 bilhões em 2021 para mais de R$ 340 bilhões em 2024, enquanto o conjunto das contratações públicas no país supera R$ 600 bilhões anuais. Nesse cenário, o advogado Fábio Ferreira Menezes, especialista em Direito Administrativo, licitações e contratos públicos, analisa a evolução do diálogo competitivo e as diretrizes necessárias para preservar a isonomia na fase de interação com fornecedores.

A modalidade, prevista na Lei 14.133/2021, foi criada para situações em que a Administração ainda não consegue definir com precisão a solução desejada. Em vez de apresentar um edital fechado, o órgão seleciona empresas qualificadas e realiza diálogos estruturados para compreender alternativas técnicas, jurídicas e financeiras antes da apresentação das propostas finais.

Segundo Menezes, que acumula mais de duas décadas de atuação em gestão pública, mediação, arbitragem e consultoria estratégica para empresas licitantes, a modalidade representa avanço, mas impõe responsabilidades redobradas. “O diálogo competitivo aproxima o Estado do nível real de inovação do mercado, mas essa aproximação só funciona quando há critérios objetivos, documentação rigorosa e absoluta igualdade de tratamento. Sem isso, o risco de assimetria informacional é alto”, afirma.

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Evolução recente e motivos para crescimento

O aumento de projetos públicos voltados à transformação digital, infraestrutura e soluções tecnológicas tem impulsionado o uso do formato. Dados do Portal Nacional de Contratações Públicas indicam crescimento no número de editais relacionados à modalidade em 2024 e 2025, embora ainda em volume reduzido devido à fase inicial de adaptação dos entes federativos.

Modelos semelhantes já são amplamente utilizados na União Europeia, especialmente em obras complexas, sistemas tecnológicos e projetos de inovação. Nesses contextos, a Administração não domina integralmente todas as variáveis técnicas e depende de interação estruturada com o mercado para definir a melhor solução.

Diretrizes essenciais para manter isonomia

A fase de diálogos é o ponto mais sensível do processo. Qualquer diferença no nível de informação compartilhada pode gerar questionamentos e comprometer a lisura da disputa. Para Menezes, três pilares são fundamentais.

O primeiro é o roteiro formal de condução. A Administração deve definir previamente temas, limites e critérios de discussão, garantindo que todos os participantes recebam tratamento equivalente.

O segundo é o registro completo das interações. Gravações, atas detalhadas e publicidade posterior são mecanismos previstos na legislação e essenciais para assegurar transparência e rastreabilidade.

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O terceiro é a composição de equipe multidisciplinar. A desigualdade técnica entre Administração e mercado pode distorcer o diálogo. A presença de especialistas jurídicos, de planejamento e de áreas técnicas reduz esse risco e aumenta a qualidade das decisões.

Capacitação e governança como gargalos

A transição para a Lei 14.133/2021 exigiu ampla formação de servidores. Apenas em 2023, mais de 45 mil agentes públicos passaram por capacitações relacionadas à nova lei. O desafio agora é avançar para treinamentos específicos sobre contratações complexas, análise de riscos e condução de diálogos estruturados.

Para Menezes, o domínio técnico precisa acompanhar o avanço normativo. “Estudos preliminares consistentes, matrizes de risco claras e integração entre jurídico, área demandante e setor de compras são essenciais para evitar decisões baseadas em percepções isoladas. O procedimento exige método”, afirma.

O que as empresas devem observar

Para fornecedores, o diálogo competitivo exige preparação detalhada. A etapa demanda clareza técnica, compreensão dos riscos e capacidade de demonstrar viabilidade. Entre as recomendações mais frequentes estão o estudo prévio dos estudos técnicos preliminares, a simulação interna dos diálogos, o alinhamento entre área técnica, comercial e jurídica, a preparação documental antecipada e a clareza sobre limites legais da comunicação com a Administração.

Perspectivas para 2025

Com a revogação definitiva da antiga Lei 8.666/1993 e a plena adoção da Lei 14.133/2021, a tendência é que o diálogo competitivo deixe de ser um mecanismo raro e passe a integrar de forma natural o repertório de contratações públicas. O aumento de projetos digitais, soluções urbanas de alta complexidade e investimentos em infraestrutura sustentável deve acelerar esse movimento.

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Para Menezes, o avanço dependerá da maturidade das instituições. “O diálogo competitivo não é uma reunião livre. É um procedimento jurídico estruturado, que exige rastreabilidade de cada decisão. Quando bem conduzido, produz soluções mais adequadas e alocação de riscos mais eficiente. Quando mal estruturado, compromete a competição e amplia o passivo jurídico”, conclui.

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Reforma tributária redefine bases do sistema brasileiro e exige nova arquitetura fiscal das empresas analisa CEO da Ayres Contabilidade

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CEO da Ayres Contabilidade avalia efeitos estruturais da mudança, aponta os temas mais atuais em debate e reflete sobre o impacto da transição no ambiente corporativo brasileiro

A reforma tributária inaugura uma fase de reconstrução do sistema fiscal brasileiro. Para Alessandro Ayres, CEO da Ayres Contabilidade com atuação em governança financeira de empresas multinacionais, o país está diante de uma mudança que ultrapassa a simples substituição de tributos.

Em sua visão, trata-se de um realinhamento estrutural que exige revisão profunda dos processos internos das empresas. “Não é apenas uma alteração legal. A reforma mexe na lógica do funcionamento fiscal das organizações e exige que cada operação seja redesenhada com muito mais cuidado”, afirma.

A criação do IVA dual, com a CBS e o IBS, está entre os temas de maior impacto. O novo modelo busca uniformizar as bases de consumo e reduzir sobreposições que marcam o sistema atual. Segundo Ayres, o potencial de simplificação é real, mas depende da capacidade das empresas de reorganizar seus controles internos.

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“Grande parte das empresas opera há anos dentro de uma mesma lógica tributária. Migrar para outra estrutura significa revisar cadastros, códigos de produtos, sistemas de faturamento e até modelos de contrato”, observa.

O ponto mais sensível do momento é a fase de transição, quando tributos antigos e novos coexistirão. Em sua análise, essa etapa moldará o sucesso ou fracasso da implementação. “Vamos conviver com dois sistemas ao mesmo tempo, e esse período exige maturidade técnica. O risco não está apenas no cálculo do imposto, mas na classificação precisa das operações durante a transição”, afirma Ayres.

O funcionamento do comitê gestor do IBS também mobiliza discussões. O órgão será responsável pela administração das receitas entre estados e municípios e determinará parte da previsibilidade do sistema. Para Ayres, a governança desse comitê é decisiva para que a simplificação prometida pela reforma não seja perdida na prática.

“A unificação só será efetiva se houver coordenação. Sem critérios claros, as empresas podem enfrentar insegurança semelhante à que já existe hoje”, avalia.

Regimes específicos e setores regulados também estão no centro do debate. Áreas como telecomunicações, serviços digitais e logística tendem a passar por reestruturação significativa. Para empresas com operações complexas, a mudança exige novas definições de crédito, reavaliação dos custos recuperáveis e ajustes nos padrões de documentação fiscal.

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“O impacto é transversal. A reforma força uma reorganização que toca desde o nível operacional até o estratégico, e isso não acontece sem preparação”, destaca.

A observação de Ayres sobre o momento brasileiro tem sido influenciada também por sua atuação em projetos internacionais. Ele aponta que empresas estrangeiras acompanham a reforma com atenção e enxergam no processo uma possível redução de barreiras históricas.

“O Brasil é conhecido pela complexidade tributária. Quando uma mudança dessa escala acontece, investidores internacionais observam para entender como isso pode afetar o custo operacional e a previsibilidade. É um movimento que reposiciona o país no cenário competitivo”, analisa.

Ao mesmo tempo, Ayres vê espaço para que profissionais brasileiros contribuam com essa etapa de adaptação. “Trabalhamos há décadas dentro de um dos sistemas mais difíceis do mundo. Essa experiência se torna um diferencial para auxiliar empresas internacionais que querem operar aqui.”

Para ele, a reforma tributária não deve ser lida apenas como uma mudança normativa, mas como um processo de transformação contínua, com ajustes anuais, regulamentações complementares e adaptações técnicas. “A reforma exige visão de longo prazo. Quem enxergar apenas a mudança imediata perderá a oportunidade de construir um modelo mais eficiente para os próximos anos”, conclui Ayres.

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