Transformando tecnologia em aliada da proteção ambiental
A plataforma Aruanã.ai, desenvolvida pela empresa Local DC, é um marco da inovação brasileira em tecnologia ambiental. Selecionada pela ONU para ser apresentada na Green Zone da COP30 — principal vitrine de sustentabilidade do evento —, ela representa uma nova abordagem para o uso da inteligência artificial: não como ferramenta de controle, mas como aliada da natureza.
Tecnologia que escuta, aprende e age pela natureza
O Aruanã.ai foi concebido com base em princípios de empatia ecológica. Utilizando visão computacional, análise acústica e aprendizado profundo, a plataforma é capaz de interpretar contextos ambientais em tempo real. Isso significa que ela não apenas “vê” objetos, mas entende situações: distingue uma queimada controlada de um incêndio florestal, reconhece sons de motosserras em áreas protegidas e identifica movimentações suspeitas em zonas de preservação.
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Essa inteligência contextual é aplicada por meio das Unidades de Monitoramento Inteligente (UMIs), que combinam sensores ambientais, câmeras e microfones para captar dados em campo. A partir daí, o sistema gera alertas automáticos e insights acionáveis para autoridades, pesquisadores e comunidades.
Infraestrutura verde e descentralizada
Por trás da IA está uma arquitetura de data centers sustentáveis. Diferente dos modelos centralizados, o Aruanã.ai opera com edge datacenters — unidades instaladas próximas a fontes de energia renovável, que processam dados localmente. Isso reduz a pegada de carbono, aumenta a resiliência do sistema e garante operação mesmo em áreas remotas.
Além disso, o hardware utilizado é otimizado para eficiência energética, com tecnologia NVIDIA voltada para alto desempenho analítico sem desperdício de recursos.
Blockchain para confiança e transparência
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Outro diferencial da plataforma é o uso de blockchain para registrar evidências ambientais. Cada imagem, som ou evento detectado é digitalmente autenticado e armazenado em um livro-razão imutável. Isso garante rastreabilidade e combate à desinformação, além de permitir que relatórios ambientais sejam verificados por qualquer pessoa — de ONGs a cidadãos.
A tecnologia também abre espaço para modelos de incentivo com tokens, recompensando comunidades que colaboram com dados e ações de monitoramento.
Comunidade como protagonista
Mais do que uma solução tecnológica, o Aruanã.ai é uma plataforma de engajamento social. Seu módulo de participação comunitária permite que moradores, escolas e universidades contribuam com informações ambientais. A iniciativa Aruanã Echo, por exemplo, utiliza sensores de escuta para detectar sons incomuns — como tiros ou motosserras — e acionar alertas em tempo quase real.
Esse modelo aproxima ciência e território, fortalece a educação ambiental e transforma cidadãos em agentes ativos da preservação.