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Alta de 71% nos pedidos de recuperação judicial em 2024 reflete crise econômica e desafios empresariais

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O Brasil registrou mais de mil pedidos de recuperação judicial no primeiro semestre de 2024, o maior índice desde 2005, com micro e pequenas empresas liderando o movimento. Especialistas alertam para a necessidade de planos de reestruturação eficientes e uma adaptação profunda das empresas ao cenário atual.

Em 2024, o Brasil registrou um aumento significativo no número de pedidos de recuperação judicial, com um crescimento de 71% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2023. Foram contabilizados 1.014 pedidos, o maior índice desde 2005, quando esse instrumento legal foi introduzido no país. Este salto evidencia as dificuldades enfrentadas pelas empresas diante do cenário econômico, marcado por incertezas e desafios financeiros.

A recuperação judicial, prevista na Lei 11.101/2005, permite que empresas em crise financeira busquem um plano de reestruturação para evitar a falência. O objetivo é viabilizar a manutenção das atividades empresariais, o que pode gerar impactos positivos no mercado de trabalho e na economia como um todo. O aumento expressivo em 2024, entretanto, acendeu um alerta para diversos setores da economia, particularmente serviços, comércio e indústria.

Perfil das Empresas Atingidas

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De acordo com os dados do Serasa Experian, a maior parte dos pedidos de recuperação judicial em 2024 foi feita por micro e pequenas empresas, representando 713 das solicitações. Em seguida, vieram as médias empresas, com 207 pedidos, e as grandes, com 94. O setor de serviços lidera os pedidos, com 422 recuperações judiciais, seguido pelo comércio, com 277, e a indústria, com 161 solicitações.

Contexto Econômico

A conjuntura econômica do Brasil em 2024, marcada por altos índices de inadimplência e a recuperação lenta da pandemia de COVID-19, contribuiu para esse aumento expressivo. Empresas têm enfrentado dificuldades para honrar seus compromissos financeiros, muitas vezes impactadas pela inadimplência de seus próprios clientes, o que cria um efeito cascata de crise de liquidez. Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, esse crescimento é um reflexo direto dos obstáculos econômicos enfrentados, levando um número crescente de companhias a buscar a recuperação judicial como uma solução de reorganização financeira.

Declaração de Especialistas

Jessica Farias, advogada e administradora judicial especializada em processos de recuperação, destaca a importância do uso dessa ferramenta jurídica para evitar a falência de muitas empresas. Segundo Farias, “a recuperação judicial oferece um fôlego necessário para empresas que, embora tenham acumulado dívidas, ainda possuem potencial de reestruturação e retomada de suas atividades. O desafio é traçar um plano de recuperação realista, que contemple os credores e possibilite a manutenção dos empregos e do funcionamento da empresa”. Ela ressalta ainda que a condução adequada desses processos pode ser a chave para evitar o fechamento de milhares de negócios em todo o país.

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Apesar do aumento no número de recuperações judiciais, muitos especialistas apontam que esse movimento não é necessariamente negativo. Ele pode indicar que as empresas estão buscando soluções para evitar a falência e proteger os seus ativos e operações. Por outro lado, há uma preocupação com a capacidade dessas empresas de se reerguerem diante de um cenário macroeconômico que ainda apresenta incertezas, como a instabilidade nas taxas de juros e a inflação elevada.

Jessica Farias alerta para a necessidade de ajustes estruturais nas empresas, especialmente em setores como o de serviços e comércio, que foram os mais afetados. “Sem uma readequação financeira e operacional, muitas dessas empresas podem não conseguir concluir o processo de recuperação e, eventualmente, chegar à falência. Por isso, é essencial que os administradores judiciais, auxiliares do juízo, sejam altamente capacitados e o plano de reestruturação seja bem elaborado e alinhado com todos os players do processo”, afirma.

A recuperação judicial tem impactos diretos no mercado, uma vez que envolve credores, fornecedores e até consumidores. Ao mesmo tempo que visa garantir a continuidade das operações da empresa em recuperação, ela também provoca incertezas para os envolvidos. A reestruturação das dívidas pode significar que credores tenham que aceitar prazos mais longos para o pagamento de suas faturas ou até mesmo uma redução dos valores devidos.

Em termos macroeconômicos, o aumento dos pedidos de recuperação judicial é um sinal de alerta para o governo e as instituições financeiras. Caso o número de empresas que não consiga se reerguer após o processo continue a crescer, os efeitos negativos na economia podem se intensificar, impactando diretamente a arrecadação de impostos e o nível de emprego.

A expectativa para o restante de 2024 é que o número de pedidos continue alto, conforme as empresas lidam com as consequências das turbulências econômicas e buscam alternativas para se manterem operacionais. Nesse cenário, Jessica Farias observa que a reforma da Lei de Falências e Recuperação Judicial, sancionada em 2020, foi um passo importante para modernizar o processo, facilitando, por exemplo, a renegociação de dívidas e a captação de novos recursos. No entanto, ela reforça que ainda há desafios a serem superados, principalmente no que diz respeito à efetividade dos planos de recuperação.

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“O sucesso de uma recuperação judicial depende não apenas da lei, mas da capacidade da empresa de se adaptar e se reestruturar. Em muitos casos, é necessário fazer cortes profundos nos custos, repensar o modelo de negócios e buscar novas fontes de receita. Essa transformação pode ser dolorosa, mas é essencial para que as empresas possam sair fortalecidas dessa crise”, conclui Farias.

Em 2024, o Brasil vive um aumento expressivo nos pedidos de recuperação judicial, o que reflete tanto os desafios econômicos enfrentados pelas empresas quanto o uso dessa ferramenta legal como uma tentativa de reorganização e sobrevivência. A recuperação judicial se apresenta como um recurso essencial para a continuidade das empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, que têm sido as mais afetadas. Contudo, a efetividade desse processo depende de planos de recuperação bem estruturados e de uma capacidade real de adaptação das empresas às novas condições do mercado.

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IDW Company vence o Prêmio PRESE 2025 com iniciativa de ESG no AFROPUNK Brasil

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Matheus Antunes, analista de Comunicação e Posicionamento da IDW,  e Leide Laje, consultora em ESG para a IDW Company  – Crédito: @jeanflanderss

A IDW Company  conquistou pela primeira vez o Prêmio de Responsabilidade Empresarial do Setor de Eventos (PRESE) 2025, na categoria Investimento acima de R$50 mil, com o case de ESG no AFROPUNK Brasil. A vitória celebra o compromisso da companhia em promover uma gestão responsável com  impacto social positivo e diversidade em todas as etapas de seus projetos.

A premiação, promovida pela Associação Brasileira de Promotores de Eventos (ABRAPE), reconhece as empresas que aplicam práticas de ESG — Meio Ambiente, Social e Governança — em suas iniciativas e operações de forma estruturada, consciente e integrada aos projetos do setor de eventos. O PRESE valoriza iniciativas que fortalecem e impulsionam um futuro mais sustentável, inclusivo e inovador para o setor no Brasil.

“Desde sua fundação, a IDW sempre investiu em ações de ESG por entender o nosso compromisso enquanto empresárias e cidadãs. Ao longo desses cinco anos, temos colaborado para estimular o engajamento de mais empresas do entretenimento nessa visão. Receber, pela primeira vez, um prêmio tão reconhecido como o PRESE é motivo de orgulho. Esse reconhecimento celebra toda a nossa trajetória e reforça a importância da construção coletiva na indústria de eventos. Agradecemos à ABRAPE e parabenizamos pela realização”,  destaca Potyra Lavor, CEO da IDW Company.

Os vencedores do PRESE 2025 foram anunciados durante a cerimônia oficial no 10º Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos (CBPE). Cada ganhador recebeu como prêmio uma viagem para o South by Southwest (SXSW) 2026, em Austin, Texas, considerado um dos maiores festivais de criatividade e inovação do mundo.

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Com 7,5 milhões de m² em desenvolvimento urbano, Urban Square redefine o conceito de viver e investir em Indaiatuba com o Ville de Provence

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Em Indaiatuba, interior de São Paulo, um empreendimento de alto padrão reforça a vocação da cidade para qualidade de vida, urbanismo planejado e valorização imobiliária. O Ville de Provence, da Urban Square Urbanizadora, consolida um novo patamar de desenvolvimento na região ao unir natureza, infraestrutura completa e inspiração arquitetônica internacional.

Com 7,5 milhões de m² em desenvolvimento urbano e mais de 1.000 lotes entregues, a Urban Square transformou-se em protagonista da evolução urbanística local, criando bairros planejados que unem bem-estar, sofisticação e valorização consistente.

Indaiatuba: referência nacional em planejamento, mobilidade e qualidade de vida

Localizada próximo a Campinas, Indaiatuba está a apenas 12 minutos do Aeroporto Internacional de Viracopos, um dos maiores hubs logísticos do país.

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Essa proximidade estratégica impulsiona a economia, atrai grandes empresas e fortalece o mercado imobiliário.

Reconhecida pelo urbanismo bem estruturado, baixos índices de criminalidade e excelência em saneamento, a cidade consolidou-se como uma das melhores do Brasil para se viver — com parques preservados, ruas arborizadas e um ritmo de crescimento planejado.

A força da Urban Square no desenvolvimento regional

Com 7,5 milhões de m² em desenvolvimento e mais de 1.000 lotes entregues, a Urban Square se destaca por criar loteamentos que unem estética refinada, infraestrutura completa e áreas de lazer entregues equipadas e decoradas — um diferencial importante no mercado.

Cada empreendimento é planejado para oferecer conveniência, segurança, contato com a natureza e qualidade urbana em escala.

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Ville de Provence: elegância, natureza e inspiração francesa

Inspirado na região da Provence, no sul da França — famosa por seus vilarejos charmosos e paisagens bucólicas — o Ville de Provence traz esse conceito para um dos endereços mais valorizados do interior paulista.

O empreendimento reúne:

Mais de 168.000 m² de área verde preservada

Equivalente a aprox. 23 campos de futebol de natureza.

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Mais de 53.000 m² de área de lazer o equivalente a aprox. 8 campos de futebol dedicados ao lazer, esporte e convivência.

Tudo entregue equipado e decorado, incluindo:
• Piscina de 350 m² estilo resort
• Piscina coberta e aquecida com raia de 25 metros
• 2 quadras de tênis
• 3 quadras de beach tennis
• Quadra poliesportiva
• Pista de skate
• Academia
• Brinquedoteca e playground
• Salões gourmet
• Áreas sociais e espaços de convivência integrados ao paisagismo

Essa união entre natureza, lazer completo e estética francesa faz do Ville de Provence um dos clubes mais completos já criados em um condomínio de Indaiatuba.

Um olhar especializado sobre Indaiatuba e o Ville de Provence

Para a empresária e especialista em mercado imobiliário Sophia Martins, que conhece profundamente a cidade por já ter vivido e trabalhado ali em fases estratégicas da carreira, o Ville de Provence chega para reforçar o melhor de Indaiatuba.

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“Indaiatuba sempre esteve no meu radar como um dos mercados mais inteligentes para quem pensa em viver ou investir. A proximidade com São Paulo e com o Aeroporto Internacional de Viracopos cria um eixo logístico único no país. E, conhecendo a cidade como conheço, apresentar um projeto dessa dimensão é realmente especial. O Ville de Provence traduz o que Indaiatuba tem de melhor: planejamento, natureza e um padrão de qualidade que gera valorização real.”

Com visão técnica, Sophia destaca que a união entre urbanismo, natureza e mobilidade torna o empreendimento especialmente atrativo para famílias e investidores.

Sofisticação que gera valorização

Projetos anteriores da Urban Square registraram valorização expressiva, reforçando a credibilidade da marca e o potencial econômico da região.

Com entregas no prazo, infraestrutura impecável e atributos urbanos de alto padrão, o Ville de Provence se posiciona como um dos endereços mais promissores do interior paulista.

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Ville de Provence: onde natureza, arquitetura e investimento se encontram

Ao unir inspiração francesa, áreas verdes exuberantes, lazer completo e urbanismo inteligente, o Ville de Provence fortalece a vocação de Indaiatuba para oferecer um estilo de vida sofisticado, sustentável e com alto potencial de valorização.

Para conhecer mais detalhes, plantas, diferenciais e localização:
👉 https://www.villedeprovence.com.br

(Foto: Arquivo Pessoal)

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Zexter impulsiona criadoras com workshop “Do Zero ao Topo”

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A Zexter promoveu na última terça-feira (11), em São Paulo, o workshop “Do Zero ao Topo com Bruna Vieira”, reunindo criadores de conteúdo em uma tarde de imersão e trocas sobre carreira, imagem e estratégias de monetização.

O encontro, realizado na região da Berrini, teve como foco principal capacitar mulheres que desejam transformar sua produção digital em um negócio rentável. Ao longo das seis horas de programação, as participantes acompanharam painéis sobre sexualidade, bastidores de produção e gestão de marca pessoal, conduzidos por nomes de destaque da creator economy.

Bruna Vieira, que ultrapassa 400 milhões de visualizações e soma mais de R$ 6 milhões em faturamento, abriu o evento contando sua trajetória e compartilhando as táticas que a levaram ao topo. A criadora, que teve a ideia inicial do workshop, explicou que o objetivo era dividir o que aprendeu ao longo da carreira com outras mulheres.

“Eu queria criar um espaço onde pudesse mostrar, na prática, o que realmente funciona. A Zexter acreditou no projeto, ampliou a proposta e transformou a ideia em uma experiência completa, com outros painéis e muita troca”, afirmou Bruna.

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O público também acompanhou um painel sobre autoconhecimento e sexualidade com a sexóloga Tatiana Presser, e outro de fotografia e direção de imagem com Andreas Ciero (Jesus), profissional reconhecido no segmento 18+. Entre uma atividade e outra, houve sessões de fotos profissionais, coffee break e momentos de networking que estimularam a aproximação entre criadoras.

Para Maria Luisa Praxedes, Head de Marketing da Zexter, o encontro simboliza a essência da plataforma. “Teve emoção, teve risada e, acima de tudo, conexão. Ver criadores saindo inspirados e acreditando ainda mais no próprio potencial mostra que estamos no caminho certo”, disse.

Mais do que um evento, o workshop se consolidou como um ponto de virada na relação entre a Zexter e sua comunidade de criadores: reforçando a ideia de que, quando há espaço, suporte e propósito, o conteúdo se transforma em carreira.

(Fotos : Zexter)

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