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Advogado explica como empresas podem sair da crise financeira sem necessariamente entrar em recuperação judicial

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Henrique Rocha Armando, especialista em Direito Empresarial, fala como é possível negociar com os credores e suspender ações judiciais de penhora de bens

Só em janeiro de 2023, foram registrados no Brasil 92 pedidos de recuperação judicial, medida cujo principal objetivo é adiar o pagamento de dívidas. Os números representam um crescimento de 37,3% em comparação com o mesmo mês de 2022. Os dados são do Indicador de Falências e Recuperações Judiciais da Serasa Experian. Apesar disso, mesmo enfrentando dificuldades, muitos empresários por não terem condições financeiras de enfrentar um processo como esses, ou até mesmo por terem um perfil de tentar resolver extrajudicialmente os problemas, acabam se esquivando o máximo possível de recorrer a este processo.

“Costumo dizer que o momento de buscar auxílio do judiciário ocorre quando não há mais possibilidades de negociar amigavelmente com os credores, seja pedindo algum desconto, prazo para pagamento ou abatimento de juros e multas”, inicia Dr. Henrique Rocha Armando, especialista em Direito Empresarial.

“Importante ressaltar para todos que a crise financeira da empresa não decorre sempre de má gestão do administrador. Existem diversos fatores externos economicamente que podem trazer impactos levando a uma situação de dificuldade, a pandemia esteve aí para confirmar minha afirmação”, completa.

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A boa notícia é que, segundo o advogado, existe uma forma de conseguir trazer todos os credores para a mesa de negociação, em um cenário favorável para conseguir deságios, prazos maiores e até mesmo remoção de juros e multas.

“A empresa que estiver em situação financeira desfavorável pode, com auxilio de um advogado especialista da área empresarial, solicitar a abertura de um procedimento de mediação com seus credores, momento em que o CEJUSC – Centro Judiciário de Solução de Conflitos ou até mesmo uma câmara especializada nesse procedimento irá expedir cartas convite chamando esses credores para a mesa”, esclarece Dr. Henrique.

Ele explica como funciona a mediação nesses casos. “É uma forma de solução de conflitos onde uma terceira pessoa, neutra e imparcial, estimula o diálogo e a construção conjunta de decisões, mostrando todos os pontos positivos e negativos de se negociar, objetivando que ambos saiam daquela sessão com um cenário positivo”.

E para quem está questionando que a mediação com credores não impede que ele continue com o processo de execução penhorando bens e dinheiro da minha empresa. O advogado tem a resposta: há suspender essas ações judiciais enquanto você está negociando.

“Como há a possibilidade com base em um artigo novo na Lei de Recuperação de Empresas que foi introduzido no ano de 2020, que caso a empresa esteja em processo de mediação o juiz é obrigado a suspender todas as cobranças e execuções contra a empresa pelo prazo de 60 dias”, destaca.

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“Dessa forma, como o credor está impossibilitado de penhorar bens, a única saída nesses 60 dias é negociar com o devedor com paridade de armas, buscando uma solução eficaz e evitando que a Recuperação Judicial seja o único caminho possível para a empresa, sendo este o pior dos cenários para ambos os lados o que acaba por postergar ainda mais o adimplemento da dívida”, conclui.

Sobre Henrique Rocha Armando

Henrique Rocha Armando é advogado especialista em Direito Empresarial com pós-graduação pela Fundação Getúlio Vargas. Sócio fundador do escritório Armando & Advogados Associados.

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Recuperação judicial volta ao centro das estratégias empresariais diante da pressão econômica

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Lina Irano Friestino, advogada da área cível do Lassori Advogados

À medida que as empresas fecham seus balanços trimestrais e começam a projetar o próximo ano, um tema tem se tornado recorrente em praticamente todos os setores: como manter a viabilidade financeira, reorganizar passivos e garantir a continuidade das operações em um cenário econômico que permanece desafiador. A combinação de juros elevados, crédito caro, inflação resistente e consumo enfraquecido tem pressionado o caixa de muitos negócios, levando companhias de diferentes portes a repensarem suas estratégias de sobrevivência.

Nesse contexto, a recuperação judicial passou a ser vista não como um último recurso, mas como um instrumento legítimo de reorganização. A reforma da Lei nº 11.101/2005, em 2020, também contribuiu para afastar o estigma que antes cercava o procedimento, tornando-o mais acessível e transparente. O movimento acompanha a realidade de um número crescente de empresas que, embora ainda viáveis, enfrentam dificuldades para honrar compromissos e enxergam na recuperação judicial uma alternativa concreta para evitar a interrupção das atividades.

Os dados recentes confirmam essa tendência. Segundo o Serasa Experian, 2024 registrou 2.273 pedidos de recuperação judicial — o maior número já apurado — representando um aumento de 61,8% em comparação com o ano anterior. Entre micro e pequenas empresas, o crescimento foi ainda mais expressivo, chegando a 78,4%. Em outras palavras, justamente no período em que os resultados são avaliados com mais rigor, cresce a procura por soluções jurídicas capazes de reorganizar passivos e restabelecer o equilíbrio financeiro.

A recuperação judicial é um mecanismo destinado a empresas que enfrentam dificuldades financeiras, permitindo a renegociação de dívidas sob a supervisão do Poder Judiciário. Sua finalidade é clara: impedir a falência, preservar empregos e assegurar a continuidade da atividade econômica. Diferentemente da falência, que implica liquidação do patrimônio, a recuperação busca reorganizar o negócio e restabelecer sua capacidade de operação. Durante o processo, a empresa permanece ativa, gerando receita e cumprindo as obrigações assumidas no plano aprovado pelos credores.

Com planejamento adequado e orientação técnica consistente, a recuperação judicial pode representar não apenas a superação da crise, mas uma oportunidade de revitalização. Ela é indicada para empresas que ainda são viáveis, mas que se encontram pressionadas por endividamento excessivo, dificuldades momentâneas de fluxo de caixa, risco iminente de execuções ou situações em que negociações isoladas com credores já não produzem resultado. O ponto central é a possibilidade real de continuidade das operações após a reorganização — algo que ainda se verifica em boa parte das companhias que optam pelo procedimento.

Para que o processo seja bem-sucedido, é essencial que haja transparência nas informações fornecidas aos credores, elaboração de um plano factível e coerente com a capacidade de pagamento, revisão interna de processos, redução de custos e, quando necessário, ajustes societários. A recuperação judicial não substitui uma boa gestão — ela apenas cria tempo e condições para que ela ocorra.

Em períodos de fechamento de balanço, é fundamental que as empresas sejam realistas: problemas de insolvência não desaparecem por conta própria. Eles precisam ser enfrentados com estratégia, planejamento e acompanhamento técnico. A recuperação judicial é um caminho legítimo, eficiente e, muitas vezes, decisivo para negócios com potencial de retomada, mas sufocados por dívidas. Em um país em que a manutenção de milhares de empregos depende da sobrevivência de empresas, recorrer ao procedimento pode ser justamente o fator que diferencia a reorganização do fechamento definitivo das portas.

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Campinas lidera ranking de cidades com terras rurais mais valorizadas de SP, aponta Chãozão

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Dados da plataforma mostram que VGV total do mercado rural paulista ultrapassa R$ 65 bilhões

Com o mercado de terras rurais no interior paulista aquecido, Campinas está no topo da lista de cidades com as propriedades mais valorizadas, segundo um recente levantamento realizado pelo Chãozão, plataforma especializada em anúncios de propriedades rurais.  De acordo com o Índice Chãozão Valor do Hectare (ICVH), atualmente o município tem o valor médio do hectare avaliado em R$ 332.881,50, reflexo da proximidade com a capital, infraestrutura logística e alta demanda por propriedades multifuncionais, que vão desde produção agrícola até empreendimentos de lazer rural.

Em seguida aparecem Franca (R$ 296.575,79) e Avaré (R$ 139.815,26), reforçando a diversidade de polos de valorização dentro do estado. O top 10 ainda inclui Araraquara (R$ 128.091,24), São José do Rio Preto (R$ 125.911,49), Ribeirão Preto (R$ 124.424,61), Itapeva (R$ 109.791,34), Presidente Prudente (R$ 105.523,39), Araçatuba (R$ 103.582,14) e Barretos (R$ 96.418,73). Piracicaba completa a lista, com preço médio de R$ 80.533,28 por hectare.

Além dos valores, o levantamento mapeou 2.535 propriedades rurais disponíveis para venda no interior paulista, que somam um Valor Geral de Vendas (VGV) de cerca de R$ 65 bilhões. Entre as cidades com maior concentração de ofertas, estão São José dos Campos (202); Itapetininga (151); Paraibuna (99); Tatuí (84); Santana de Parnaíba (61); Angatuba (59); São Miguel Arcanjo (55); Monteiro Lobato (51); Araçoiaba da Serra (49); Valinhos (48) e Sorocaba (44).

Segundo Geórgia Oliveira, CEO do Chãozão, os preços refletem não apenas a vocação agrícola de São Paulo, mas também a pressão por terras em regiões de forte desenvolvimento urbano e industrial. “O interior paulista é um mercado único, pois combina tradição agrícola, presença de grandes usinas de cana-de-açúcar, pecuária consolidada e crescente demanda de investidores interessados em diversificação patrimonial”, afirma.

Além do valor agregado, a valorização das terras rurais no estado está diretamente ligada à estabilidade do agronegócio, à alta demanda por alimentos e biocombustíveis e à busca de investidores institucionais por ativos reais em um cenário de juros elevados.

O estudo reforça que o mercado deve permanecer aquecido nos próximos anos, impulsionado pela escassez de terras de qualidade e pelo interesse crescente em ativos ligados à sustentabilidade, crédito de carbono e uso misto (agrícola e imobiliário).

Destaques do mercado de terras rurais no interior paulista, segundo o Chãozão:

Valor Geral de Vendas (VGV) total: R$ 65 bilhões
Número de propriedades disponíveis: 2.535
Cidade com maior volume de propriedades: São José dos Campos (202 ofertas)

Outros destaques em volume:

Itapetininga – 151
Paraibuna – 99
Tatuí – 84
Santana de Parnaíba – 61
Angatuba – 59
São Miguel Arcanjo – 55
Monteiro Lobato – 51
Araçoiaba da Serra – 49
Valinhos – 48
Sorocaba – 44

Ranking de valor do hectare (ICVH – Interior de SP)

Campinas – R$ 332.881,50
Franca – R$ 296.575,79
Avaré – R$ 139.815,26
Araraquara – R$ 128.091,24
São José do Rio Preto – R$ 125.911,49
Ribeirão Preto – R$ 124.424,61
Itapeva – R$ 109.791,34
Presidente Prudente – R$ 105.523,39
Araçatuba – R$ 103.582,14
Barretos – R$ 96.418,73
Piracicaba – R$ 80.533,28

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Os melhores advogados previdenciários de Goiânia estão na Braga e Barbosa

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Com mais de 15 anos de atuação sólida e estratégica, o escritório Braga e Barbosa Advocacia tornou-se sinônimo de excelência jurídica em Goiânia, especialmente nas áreas de Direito Previdenciário e Direito do Trabalho. Fundado por três renomados advogados — Dr. João Leandro Barbosa Neto, Gabriel Gomes Barbosa e Rick Le Senechal Braga — o escritório já processou mais de 13 mil ações judiciais, consolidando sua reputação como referência nacional em causas junto ao INSS e em demandas trabalhistas de grande relevância.

Escritório de advocacia – Braga & Barbosa Advogados Braga & Barbosa Advogados

📚 Compromisso com a Justiça Social

Desde sua fundação, o Braga e Barbosa tem se destacado por unir rigor técnico com sensibilidade humana, oferecendo suporte jurídico qualificado a milhares de brasileiros em situação de vulnerabilidade. O foco do escritório vai além da defesa legal: ele atua como agente de transformação social, garantindo acesso a benefícios como auxílio-doença, aposentadoria, BPC/LOAS e outros direitos previdenciários.

🏢 Estrutura física e atendimento humanizado

Com duas unidades estrategicamente localizadas no coração de Goiânia — uma na Praça Cívica e outra na Avenida Goiás, esquina com a Rua 03 — o Braga e Barbosa oferece uma estrutura robusta e funcional. A equipe conta com mais de 10 atendentes físicos, garantindo um atendimento ágil, empático e personalizado. A produção técnica é coordenada pelo Dr. Arthur Ruggeri, responsável pelo setor de peticionamento, que assegura celeridade e precisão jurídica em cada processo.

🤝 Liderança próxima e ética institucional

A gestão do escritório é feita diretamente pelos sócios fundadores, que mantêm contato diário com os clientes. Essa proximidade fortalece a confiança e reflete os valores que norteiam a atuação do Braga e Barbosa: ética, responsabilidade e empatia. O atendimento humanizado é uma marca registrada, e cada cliente é tratado com respeito e atenção às suas necessidades individuais.

👨‍⚖️ Dr. João Leandro Barbosa Neto: uma trajetória de impacto

Natural de Acreúna (GO), Dr. João Leandro Barbosa Neto construiu sua carreira com base em dedicação, ética e compromisso social. Com mais de 20 anos de experiência, ele se destacou em ações contra grandes usinas de álcool no interior de Goiás, garantindo melhorias históricas para trabalhadores rurais, como banheiros e refeitórios no campo.

Mesmo sem ter familiares na área jurídica, mudou-se sozinho para Goiânia aos 17 anos para seguir sua vocação. Em 2006, fundou o Braga e Barbosa Advocacia, e desde então lidera com atenção aos detalhes e proximidade com os clientes. Sob sua coordenação, o escritório tornou-se um dos mais respeitados do estado, com uma equipe multidisciplinar e atuação estratégica em todo o país.

📌 Excelência que transforma vidas

Mais do que um escritório de advocacia, o Braga e Barbosa é um ponto de apoio para quem busca justiça com dignidade. A atuação ética, técnica e estratégica dos seus profissionais tem gerado impacto real na vida de milhares de brasileiros, reafirmando diariamente o compromisso com a excelência jurídica e a transformação social.

🏛 Estrutura de Atendimento de Alto Nível

O escritório conta com duas unidades físicas em pontos centrais de Goiânia:

Ambas oferecem uma estrutura moderna e funcional, com mais de 10 atendentes especializados, garantindo agilidade e atenção personalizada. O setor técnico é coordenado pelo Dr. Arthur Ruggeri, responsável por assegurar qualidade e rapidez nos processos de peticionamento.

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